LIBERTAÇÃO
Nós viemos para libertar e não pra escravizar.
Eu subi para a legião com meu cavaleiro Verde. Neste mundo regido pela força de um poder construidor eu ergui minha espada aos olhos de Jesus e jurei meu coração. Eu sou um espírito que recebi as honras do mestrado pelas mãos da sacerdotisa.
Ao erguer esta espada eu reconsagrei meu sacerdócio. Jaguares de todos os tempos e templos. A hora não está mais para discutir quem está errado ou certo. Será que todos estão tão certos em julgar que esqueceram que também erraram.
Atire a primeira pedra quem nunca errou. Estas palavras de Jesus ultrapassa milênios e trás a consciência plena sobre suas cabeças.
A legião deu seu grito de força e coragem. Meu cavaleiro sorriu em me ver recebendo esta consagração. Ele estava muito feliz, mas não demonstrava pela razão de sua responsabilidade.
Um templo, casa de Seta Branca, é um lugar sagrado onde recebe os andarilhos das vidas que se perderam por não saberem amar. Eu digo com toda clareza, eu vim para libertar. Este povo que aceitou caminhar comigo não são meus escravos, são meus irmãos. Eu sou como o fogo que fica queimando para iluminar as noites escuras do jaguar. Quando mesmo distantes precisam se lembram do velho Jaguar louvando o fogo sagrado e dando a cada um o seu segredo.
Aquele som abafado da grande legião por três vezes estremeceu meu coração.
Recebi os encantos dos cavaleiros verdes especiais e ao sair deste mundo fomos a outro, porque a missão não acaba na terra e nem no céu. Chegamos. Era como se fosse um berçário, uma incubadora de espíritos. Haviam muitos cestos em ordem cobertos com véus brancos. Eu fui até um cesto e retirei um espírito de uma menina e a abracei com muito amor. Encostei-a no peito e senti a sua longa espera neste mundo de preparação. Era uma menina que esperava sua mãe da terra se preparar para recebê-la.
Ao devolver para sua cestinha voltamos para este segundo paraíso que se chama terra. O céu precisa da terra para que os espíritos tenham consciência de suas evoluções.
Chegarmos em casa. Cavaleiro se despediu e subiu para seu reino. Ele descerá na hora da precisão que na chave abrem as portas do contato.
Muita coisa está chegando para a terra. Não baixem seus padrões para não serem escravizados pelas forças negativas e vingativas. Um jaguar pode até chorar sua dor, mas seu silêncio é ouvido. Quantas vezes eu chorei meu silêncio e minha voz emudeceu diante das provocações. Quantas vezes recebi a adaga nas costas dos que confiei meu coração. Hoje eu estou aqui, mas cadê meus acusadores. Arrependimento e consciência de não poder voltar no tempo para mudar o desencontro. Os espinhos ferem o espírito que achou melhor destruir a que construir. Muitas tribos, vilas e povos foram destruídos pela sagacidade do espírito tirano. Será que somos os mesmos de ontem.
Mudar a nossa concepção de mestrado é uma solução drástica para nos conscientizar da verdade. Quem quiser trabalhar comigo terá todas as regalias da cabala. Quem não quiser tem sua liberdade de escolha. Quando as dores se levantarem no horizonte eu poderei não estar presente. Vou estar na vertical assimilando meu caminho. A terra será sempre a terra.
A materialização do espírito trás muitas dores físicas. Quando o ectoplasma se condensa ele se transforma em tumores.
São os cristais quebrados das suas juras transcendentais.
Meu conselho: arranjem tempo para que seus espíritos falem com Deus. Depois pode ser muito tarde para fazer o que esqueceram, atender suas vítimas do passado. Elas esperam suas bondades e caridades.
Pra tudo tem jeito, menos pra morte.
Entenderam!
Não adianta sofrer por um desamor, por alguém que te faça sofrer. O amor é algo muito difícil de se entender. Muitas vezes este amor mata com mais facilidade do que o desamor.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
20.03 2024
