ENTREPOSTO

ENTREPOSTO
Mais uma vez parei em um entreposto para recompor minhas energias. Ali eu vi a terra do céu ou o céu igual a terra. Havia uma grande dificuldade que estava atingindo este plano. Eu fiquei pensando: se lá no espiritual está difícil a terra então está passando por uma provação terrível. Era tanta necessidade onde eu estava que faltava tudo e tudo era muito caro.
O dinheiro espiritual era pouco para repor o que faltava. Eu recebi uma mensagem que veio de Aruanda: filho! Assim na terra como no céu!
Levei um susto, pois este entreposto é ligado a nossa evolução terrena. Se na terra está bem, no céu também estará.
Ao ver esta desventura poderia dizer que o homem está recebendo aquilo que plantou e os espíritos recebendo o que conquistaram.
No entre posto anterior, que visitei uns anos atrás, estava tudo claro, havia fartura, todos iam e vinham felizes. Agora não. Havia uma penumbra assombrando os espíritos em trânsito.
Aquele lugar era colorido e agora ficou cinza coberto pelo nevoeiro da morte.
Eu gastei muitos bônus ali para acertar minha conta. E olha que eu estava somente de passagem. Vendo este quadro difícil eu digo para todos da terra; guardem os vossos pertences para não serem pegos desprevenidos. Como me disse Tia Neiva: filho! Cuide do que é teu!
Tenham uma reserva de bônus tanto da terra como do céu. Sejam conscientes que este momento não é de se aventurar se endividando. Tenham muita calma e equilíbrio emocional. As dores serão reparadas com muitas lágrimas. Cuidem-se!
Paguei aquela dívida com muito prazer porque levei o que este plano precisava para equilibrar o que conquistamos nesta grande transição da nova era. Como me disse pai João de Angola: fio! A nova era não será fácil, será muito pesada!
Quem aguentar a transformação da terra será um grande martir no céu.
O guardião daquele lugar ficou feliz por receber meus bônus. Alegrei seu momento dando luz ao movimento que se arrasta pelo espírito. Nós fazemos a diferença, pois nossos trabalhos garantem o sustento material e principalmente o espiritual.
Cautela jaguares, muita cautela. Não se aventurem pelos caminhos dos ventos uivantes. Não sejam como muitos que são induzidos a gastar mais do que receberam.
E saí do entreposto e voltei para minha estrada. Olhando para trás o nevoeiro ficava mais denso. Os espíritos vão perder este lugar de abastecimento por não o enxergarem. Seria como uma grande tempestade de areia no deserto.
Um dia Tia Neiva nos disse que no templo mãe não haveria espaço para tanta gente. Que seriam tantos jaguares buscando o solo sagrado para cumprir seus sacerdócios.
Eu ainda sinto que as dificuldades estão chegando pelas areias da incompreensão. Podemos ser jaguares, filhos de Seta Branca, nas não estamos imunes as dores da sociedade desta terra.
A pior dor é de querer e não ter.
Entenderam!
Boa sorte a todos com muita coragem do espírito espartano.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
19.03 2024

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!