FOME E SEDE
Voltamos a era dos oitos ou mais ainda onde os sedentos por justiça estão se realinhando em um grande exército de mal amados.
Eu procuro evitar contra tempos de ir atrás de problemas, mas tem certos espíritos que já são o problema. Nem um prato de comida sacia o dilema existencial, pois sempre querem mais e choram suas riquezas materiais como se fossem pobres. Discrepância animal irracional. Sim, a falta de relatividade entre a luz e a escuridão estão nos olhos que podem estarem fechados, cegueira carmica ou abertos queimados pela incompreensão.
Eu luto todas as noites contra mim mesmo. Estou acordando em dois mundos distantes dentro da realidade da convivência. Eu convivo em dois planos diferentes porque sou dois em um. Na terra estou encarnado e no céu desencarnado. Não que eu tenha morrido, mas quando estamos do outro lado da vida não estamos unificados. Somente ao fechar minha porta que ando pela terra.
Eu vejo o que muitos não vêem e me assusta o desenrolar desta engrenagem seca. A vida é algo tão simples, mas o que compõe esta simplicidade é algo sem precedentes. Deus.
Eu sei que um prato de comida na terra alimenta os corpos, mas você já viu um espírito sem energia, sem forças para lutar! É algo tão assustador, é como uma caveira jogada num canto qualquer.
Não troquem as suas felicidades pela incompreensão. Ninguém tem culpa das suas juras transcendentais. Muitas vezes culpamos nossos vizinhos, nossos irmãos, nossas famílias por não compreender que eles fazem parte deste processo evolutivo.
Lá na frente terão que olhar para trás e dizer em alta voz o que fizeram com seus juramentos.
O silêncio mental é a força que nos move entre os espinhos da eternidade. Acalme tua alma e respeite teu berço.
Vejam como a cobrança carmica afasta as pessoas que se estranham e saem do convívio pela falta da verdade. Se amam e se odeiam num piscar de olhos. A pior dor é não ser amado ou amada.
Eu busco o que é meu e o que não é para aferir a balança do equilíbrio moral. Esta balança é um instrumento de valor na hora de pesar os conflitos. Sim, conflitos, porque quando tudo está bem ela fica esquecida.
Eu trago os conselhos dos veteranos espíritos que são postados em versos e prosas. Estão sobre a mesa borbulhando como um fermento pronto para ser sovado pelas mãos. Quando ele fizer a reação química e expandir será a hora de abrir sua aura. Deixar sair para fora o que está sufocando sua alma.
O desdobramento que assisto é a liberdade do espírito falar a sua verdade.
O magnetismo está na pupila. Entenderam.
Se seus olhos só enxergam o que querem ver é porque não assimilou esta transformação. Transformação não é para um campo só da psique humana. É também para seu lado contrário, oposto da sua percepção.
Eu vejo o choro dos culpados como se fossem inocentes e o sorriso dos inocentes como culpados.
Não procurem respostas em caminhos obscuros. Muitas vezes naquela casa o brilho cega e saem como aventureiros buscando o que tinham. Dão muitas voltas e acabam voltando para a sua raiz. Seu berço de chegada e não de partida.
Não chorem as lágrimas que caem no sapato e não na terra. A secura do caminho irá consumir o resto de sua felicidade.
Nossos mentores têm feito tantas curas para nos ver felizes que muitas vezes preferimos andar pelo caminho da morte por simplesmente não entender o que seja esta felicidade. Ser feliz é estar bem consigo mesmo. Se você está feliz o mundo gira em seu astral.
O grande pêndulo do universo: Amor, ódio, paz, guerra, vida, morte.
Sem isso a terra seria monótona. Foi isso que pedimos a Deus.
É isso que move a nossa engrenagem. Quando tudo for simétrico a relutância em aceitar será como um espinho cravado na alma.
Boa sorte a todos deste terceiro plano.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
29.05.2022
