Bateu uma indisposição e eu tive que tirar uma pestana. Neste momento eu fui transportado para as origens espirituais onde residem as famílias em seu berço esplêndido. É tão sagrado, é Deus em sua infinita bondade.
Mexer nos laços familiares é como um ladrão que tenta roubar a essência da felicidade. Eu estava em um abiente feliz, há, como eu gostaria que na terra tivesse esta consciência. Nunca abririam mão de suas heranças transcendentais.
Me senti um intruso respeitado porque respeitei. Vejam, eu não interferi em nada, eu ouvia, via e sorria da alegria contagiante.
A família é algo sagrado nas escrituras sagradas. É por ali que Deus premia as reencarnações dando direito de voltarem para amar, mas o descompasso os faz odiar. Livre arbítrio. Lá existia um bem maior que estampado no rosto de cada espírito.
Voltei. Eu estava bem. No caminho de volta senti uma tristeza ao penetrar na densidade planetária. Fui acometido por um sentimento sombrio. Algo que fechou o sol com nuvens pesadas.
Meio perdido ao reencontro da individualidade com a personalidade eu baqueei no enlace. Me vi triste em dois mundos.
Mas tão logo o círculo fechou suas arestas e é vida que segue. Ninguém pode resumir o calendário existencial. Ninguém pode soprar a chama da vida e sair como se nada tivesse acontecido.
Uma família tem responsabilidade com sua origem.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
28.01.2022
