OLORUM X OGUM

Salve Deus!

Ao chegar no templo a quizumba já estava armada. Eu tive que acender as sete linhas de Olorum, pois Ogum estava com seu exército pronto para a guerra.

Espíritos sedentos por justiça, por conflitos, por coisas que a terra terá que sofrer. Eu presenciei este fato aqui neste trabalho de hoje, onde a terra há de julgar os mortos submetidos aos comandos de um compromisso cármico.

Quando eu vi aquela densa nuvem pairando sobre o templo eu não comandei os trabalhos, eu tinha que ficar de fora, tinha que estar de honra e guarda para não deixar o inevitável entrar pela via sagrada. Mesmo assim um vulto negro entrou e se alojou dentro do templo.

Olorum chegou e fechou as portas do templo. Todos ficaram guardados sob o manto da prudência e protegidos das descargas magnéticas que iriam ocorrer nesta movimentação de forças. Sete linhas, sete mantras, sete destinos e um comando.

Simiromba estava presente, não incorporado, mas coordenando esta assistência direta dos cavaleiros de Oxóssi. Houve um enfrentamento, mas não houve luta, guerra, houve um apaziguamento dos jaguares em suas individualidades. Aquela nuvem foi sendo dissolvida, desintegrada e com isso o templo foi se libertando do grande mal presente.

As aflições de cada jaguar foram substituídas pela energia da paz, da calma e da tranquilidade. Eu digo que nada acontece por acaso e isso só acontece onde o portal está presente, pois por ele passam as energias dos comandos que vão auxiliar a terra em sua projeção astral.

Vocês nunca irão ver estes acontecimentos, porque não estão preparados para o enfrentamento. Eu fiquei em sintonia com medo de sermos todos pegos desprevenidos. Jesus, meus irmãos, Jesus estava presente na visão mais sincera deste mestrado. Ogum, guerra, Olorum, paz e prosperidade.

Não houve combate aqui, pois as forças brancas tomaram providencias para nos proteger. Muitos espíritos passaram nesta libertação, antigos remanescentes de guerras, da violência, dos desgovernos. Eu fiquei observando esta barreira contra os invasores negros. A luz mais uma vez venceu a escuridão.

Agora, até quando os jaguares vão sustentar a bandeira rósea de Jesus. Até quando não serão corrompidos pelas falsidades do materialismo. Todos sabem que o dinheiro compra tudo e até suas almas podem ter preço. Nesta fase de distorções materiais da necessidade vocês podem estar na balança sendo pesados por quem dá mais.

Eu acho que cada um tem seu preço e seu valor. Eu tenho o meu valor, não tenho preço. Eu acredito ainda em Deus e tenho fé que logo venceremos esta situação de desigualdades que estão criando entre os mais ricos e os mais pobres. A terra poderá sucumbir quando a peneira for chacoalhada.

Enfim, não houve conflitos e todos foram embora muito bem deste trabalho. Todos em paz e harmonia.

Feliz é o filho que tem um grande pai.

Salve Deus!

Adjunto Apurê

An-Selmo Rá

03.04.2021

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!