APRENDIZADO

APRENDIZADO
Ontem em uma viagem de reconhecimento fomos até nossos irmãos em suas missões. Fomos buscar na simplicidade o amor da missão que eles têm feito para desbravar o grande deserto. Neste deserto a secura de conhecimento é muito grande devido ao nevoeiro que envolve e separa os integrantes do mesmo barco.
Muitas vezes os jaguares do templo mãe saíam em missões para outros templos dizendo levar e quando voltavam para falar com tia Neiva ela dizia: não meus filhos, vocês foram buscar.
Foram buscar…
Este foram buscar têm significado mais amplo com duplo sentido. Não foram levar conhecimento, mas foram buscar simplicidade, humildade, respeito e amor. É o conhecimento da grande luta para emanar os corações daqueles que estão atrasados.
Nesta viagem eu fui buscar este lado bom da integração entre ser ou não ser. Chegando na terra do General tivemos passagem livre, pois os filhos de Seta Branca já começaram a transmutar a dor da morte e da revolta em cura espiritual.
Foi uma transferência de conhecimento deles para mim. O que eu sinto é ver com os olhos a realidade sendo pesada na eternidade, na grande balança do equilíbrio. A composição de um adjunto formando um continente através da batalha de erguer pedra por pedra o seu caminho é se alegrar com a verdade de um povo. Mesmo aquele povo sendo testado pelas rédeas do destino carmico eles tiveram a oportunidade de abrir suas portas para serem ingressados na alta magia.
Eu fui viajar pelos encantos das amaces que nos levam para onde nossos desejos se fazem presente. Fui espiritualmente até lá onde fomos fisicamente. O que eu vi foi uma troca de pensamentos. Estão se desfazendo da verdade, mas sem raiz a árvore seca. Não pensem que porque já tem conhecimento que podem caminhar sozinhos. O jaguar que recebeu seu dote missionário foi preparado dentro da alta magia para desvendar os enigmas da terra e do céu. O povo que se formou na missão deve muito respeito e amor pelo portal que se abriu em suas frentes.
A dupla personalidade é como querer tapar o sol sem ter o sombreiro certo. Não se pode ignorar um caminho sem agradecer o pão de cada dia.
Ao voltar espiritualmente aqueles espíritos chegaram como onda avassaladora querendo tomar o que não lhes pertence. Um tributo deixado na encruzilhada.
Branco negro. A tal história do polaco preto. São espíritos que sugam conhecimento e depois desprezam a fonte.
Como Humahã disse para a clarividente: veja o que vale e o que não vale a pena ser dito. Tuas palavras tem poder.
Eu olhava para um espírito que era metade branco e metade negro. Parecia estar ou ser pintado da cabeça para baixo. De dia uma parte se destacava e de noite a outra. Eu nunca vi um espírito assim interferindo diretamente no campo vibracional.
Ao formar este caminho eu e minha ninfa fomos buscar o amor daqueles corações. Não fomos levar e sim trazer o respeito que muitos esqueceram nos cabides mofados.
Muitos jaguares esqueceram de suas missões para cuidar das dos outros. Se metem na individualidade fazendo um dorcéu de dor. Se eles soubessem que o amor esquece, mas a dor se torna milenar. Quem sofreu injustiça nunca esquecerá seus algozes.
É muito fácil julgar, condenar e sentenciar. Até os fariseus fizeram e fazem até hoje como método de atingir os emissários do sistema.
Ao me desfazer da onda eu mergulho neste mar silencioso. Paz de espírito. Aqui na terra as convulsões sociais despertam as necessidades do enfrentamento, mas mergulhado neste grande mar espiritual o silêncio da eternidade cumpre seu papel de separar a dor do amor.
Para sentirem o espírito basta mergulhar em águas profundas. Muitas vezes elas são sopradas pelos ventos fortes e outras vezes sem vento. Assim é cada coração que se deixa levar pelas emoções.
Eu digo que o bicho jaguar não aprendeu nada da receita. Mesmo ele lendo a bula do remédio ainda toma o errado. Se achando melhor vai comparando seu destino com os demais.
A guerra dos espíritos trás consequências para a vida material. Se todos soubessem que se não tirarem água do barco todos irão perecer. A cegueira do poder foi a causa de muitas guerras e muitas mortes.
Fomos buscar, sim, o amor da missão. O grande trabalhador desta nova era.
Se querem manter o respeito não vão atrás do que não lhes pertence. Tia me falou assim: do seu templo para a casa grande e da casa grande para o seu templo. Cada adjunto tem seu povo formado dentro da cultura necessária para sua região. Eu não posso interferir nas ordens daquele adjunto e do seu ministro. Seria o mesmo que desafiar este mundo levando discórdia e divisão.
Não cabe um adjunto querer comprar um povo que não lhe pertence.
O ministro paga muitos bônus por um jaguar que entra pela porta do templo. Somente um recado: a dívida só vai aumentando e nem todos os bônus irão pagar a desfeita.
Meu compromisso foi com Seta Branca e não com os homens desta terra. Só porque tem mais medalhas que vão corromper o sistenta!
Assim eu digo: a colheita só está começando.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
07.05.2024

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!