RAIVA

RAIVA
Quase me mata.
O espírito veio de longe e se agarrou em mim como se eu fosse culpado de alguma coisa. Eu tentei dialogar e meu socorro veio em seguida. Pai João de Enoque veio me ajudar a lidar com esta falta de consciência.
Eu tive que descer ao templo e fazer minhas preces, mas o ódio era muito grande.
Me acabou. Minhas energias foram sugadas e eu nem tive tempo de reverter esta presença.
Quando tudo parece estar bem algo vem atrás atrapalhar. Eu ainda sinto a presença do rastro que ficou grudado em mim. Um sofredor milenar que não aceita perder.
Meu plexo esvaziou e meu corpo sem forças para sustentar o espírito. A ausência da personalidade apaga a individualidade. Os dois caminham juntos para glorificar a vida que Deus criou.
Andei sozinho pelo templo várias vezes como se fizesse imantração e a cada passo meu corpo se arrepiava. Senti que ele estava junto nesta cruzada libertadora. O ódio, meu pai, o ódio é realmente uma arma dos inconsequentes.
Como ficou perigoso eu sozinho no templo fechei meu corpo e a porta desta casa de Seta Branca. Consegui quase me arrastando chegar em casa. Vou buscar este espírito no trabalho de sábado e saber porque ele se infiltrou em meu lar.
Pai João ficou em minha sintonia dando sabedoria para não sofrer arraigamento deste ser.
Estou esgotado. A tirania dele em não aceitar a doutrina e nem passar por perto perdoar. Eu não tenho culpa.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
18.11.2023

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