PAJELANÇA

PAJELANÇA
Os caminhos nunca são ou serão os mesmos.
Eu estava sendo vibrado por uma força estranha. Sabe aquela agonia, impaciência, sim, tudo isso estava sufocando meu plexo. Eu estava empanturrado, inchado, pois as energias não estavam circulando na corrente. Nossa corrente sanguínea é como um circuito que se liga a todo corpo físico levando mensagens e estimulando ou represando ações.
Eu estava prestes a explodir sem razão alguma. Vejam como a vibração interfere no destino.
Eu pedi ajuda espiritual e chegou um pajé fazendo um rito sagrado. Pajelança. Um baforejo de erva queimada no cachimbo e na cantiga dos velhos ancestrais foi invocando a cura.
Esta mistura da ciência moderna com os antigos costumes podem alterar os sinais vitais da vibração mental.
Eu sou físico e trabalho para me libertar das ondas que aprisionam as cabeças pensantes.
O pajé veio com ordens do cavaleiro para recompor minhas células vitais espirituais.
É um trabalho digno que muitos desconhecem por ser o princípio deste contato. Somente um iniciado pode desvendar os enigmas do sobrenatural. Para um médium que desenvolva suas faculdades mediunicas, sensitivo, ele pode apresentar vários sintomas desagradáveis que estimulam a circulação do ectoplasma trazendo impregnação. Um médium que se liga ao campo psíquico pode alterar seu estado emocional: controlando ou desajustando.
Eu estava desajustado e por isso o Cavaleiro Verde trouxe o índio. São coisas distintas. Casa espírito tem uma linha de atuação. Temos os nagôs, temos os médicos, temos os caboclos. Mas temos algo muito acima do razoável que se multiplica como areia.
Eu recebi a manipulação deste trabalho com muita admiração.
Estamos formando uma concentração de mediuns preparados para o conhecimento aberto e sem fronteiras.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
02.11.2023

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!