MARES DO SUL

ONDAS DOS MARES DO SUL
Incrível. Coincidência ou verdade.
Ao navegar pelos mares do sul eu encontrei um velho barco sem barqueiro. Estava muito prejudicado em sua estrutura de madeira pelo tempo que ficou abandonado. Eu comecei a limpar retirando a madeira podre. Sentei ao lado e uma onda de imagens percorreu meu coração. Seria saudades! Não sei!
Mas nesta onda eu pude perceber os fatos que cada povo em sua região veio predestinado a viver naquele lugar. Seria como um porto, porque dali seriam direcionados a outras localidades. Exemplo: cada estado tem aquele povo que veio habitar. Houve a miscigenação, mistura de outras raças, outras etnias.
O que me realizou é que este barco era meu. Eu tenho que consertá-lo. A grande batalha para mecher no nó da vida.
Ao retirar a madeira podre apareceram uns rabiscou entalhados nela. Eram marcas do tempo percorrido. Uma contagem para não se perder na existência.
Vieram muitos espíritos juntos nesta viagem que se deslocaram para cada região. A formação dos habitantes de um mundo em projeção. A terra é um paraíso em proporção ao mundo que muitos vieram.
Neste período os espíritos tentaram se converter ao mundo civilizado, mas trazendo resquícios de uma pobre identidade. Com a abertura dos laços que os prendiam estão soltando as amarguras. Estão expondo quem são e como viviam em outros planos. Degradação moral. Vemos esta enfermidade acometendo a atual civilização. Muitos ainda se controlam diante desta onda, mas aos poucos se deixam levar. Agora é proibido proibir. Libertação ou libertinagem.
Sentado ao lado do meu destino eu refazia as contas das contas do meu rosário. Cada conta uma passagem. Se contarmos no rosário veremos até quando ficaremos transitando neste caminho.
Eu sou um espírito solitário herdando uma grande família. Herdar não é ser dono, mas ser como um patrono experimentando novos desafios. Dono é aquele que construiu, que deu vida ao seu projeto.
Um exemplo deste amanhecer. Tia Neiva trouxe as pérolas do astral e construiu este amanhecer na terra. Então ela era a dona deste conhecimento. Os herdeiros não são donos e sim trabalhadores que se mantém dentro desta linha de cultura. Se eles fossem donos poderiam mudar as leis e os costumes. Só cabe ao autor alterar o destino.
A vida passa tão rápido. É como desta onda que eu falo. Quando verem as rugas do destino marcando o semblante como promessas de outra jornada, outra viagem, lá se vão. Para onde! Ninguém sabe o destino que cada espírito desencarnado tomará após sua partida. E aqueles que não tiverem o seu barco serão levados pelo dono do barco. Não são donos, mas passageiros sem saber onde desembarcarão.
O grande enigma da vida é a própria vida.
Me perguntaram de onde vem tudo que conto. Vem do eu interior, do sol interior. Vem do dono destas escritas.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
25.10.2023

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!