PRESÍDIO

PRESÍDIO
O mal se paga com o bem.
A pedido fui em missão espiritual a um presídio em Brasília. Como missionário eu ouço as vozes dos corações aflitos e registro espiritualmente as intenções de cada pensamento.
Esta viagem me mostrou este mundo onde o sofrimento está criando um vórtice nas almas, pois até os espíritos donos de cada pavilhão estão sentindo a dor. Estas almas desencarnadas gostam deste mundo pelo estado emocional abalado, quanto maior sofrimento, mais energia vital se desprende.
Este pedido é para um rapaz de Santa Catarina que foi e está preso. Está abalado, pois fora enganado por aqueles que causaram esta estúpida revolta. Está doente emocionante. Foi ele quem gritou a sua mãe pedindo socorro. Ao entrar neste mundo desiludido as coisas não são fáceis de se resolver. Um espírito sem alma está fazendo as mesmas coisas que atingiu uma reencarnação passada. Ele só não avançou mais porque tem receios, mas se deixarem irá destruir se destruindo. Um espírito muito avesso ao perdão do Cristo. Seguiu Cristo, mas se sentiu traído por atitudes impensadas.
Eu fui conhecê-lo. Fui até onde mora na terra. Ouvi gritos que a noite abafa. Senti arrepios da desumanidade, vingança, vingança, gritava. Chegando perto, abaixo da camada celestial, uma nuvem escura estava estacionada se prendendo à sua cabeça. Era uma energia malévola, um cinturão de pensamentos e desejos de reparação, criar um mundo diferente.
Este tipo de raciocínio não faz parte da civilização espiritual. O massacre será conhecido pela história que ficará marcada.
Esta mãe me pediu pelo seu filho. Eu não prometo nada, porque na terra tem as leis que os próprios homens criaram e com elas se condenam.
Ao chegar na cela ele não me via, eu o via. Soprei a brisa do amor espiritual em sua aura. Energia para sobreviver nesta transição terrível.
Mesmo eu sendo traído o filho não merece castigo. Não vou detalhar esta passagem, ninguém merece sofrer com o rompimento da verdade.
Levei água para matar a cede, levei pão para matar a fome, levei luz para clarear seus pensamentos e levei paz para acalmar sua dor, seu coração.
Eu sempre que pude ajudei quem precisava e tirava da minha boca para saciar os pedintes. Carreguei a cruz de muitos por amor, mas eles só tinham interesses. Hoje me fechei para a terra sem coração.
_ meu filho, cuide do que é teu! Tia Neiva.
Atendo as almas sofridas que ninguém se interessa. A dor dos cegos, surdos e mudos fala mais alto. Eu os ouço e eles me ouvem no clarão da mediunidade.
Eu pedi perdão por aquele povo e tive respostas, tiveram, alguns, no retrato da história da humanidade. Foram causadores da morte de centenas de pessoas inocentes. Aprisionaram pessoas, homens, mulheres e crianças nos galpões da morte. Reencarnaram para pagar os desafetos. A história mudou seu panorama quando ali vi os espíritos angustiados. Estão pagando uma dor com outra dor. Um carma pesado preso no destino. Só assim irão pagar sentindo na carne os erros cometidos em vida passada.
Vejam que não há inocentes pelo ângulo espiritual. Os carrascos se fazem de santo. O justiceiro está cumprindo seu papel.
Só espero que os inocentes não paguem pelos culpados.
Que Jesus interceda pelos vivos e pelos mortos. O único que pode intervir nesta transição pesada.
Tirei um pouco a camada escura da aura. Desimpregnei com a antimatéria dando explosões na batida contra uma parede espessa. Não cheguei ao seu coração, mas aliviei a sua carga.
Quem sabe os rumos mudem a direção.
Eu entreguei a Seta Branca este pedido. Ele saberá atender quem precisa de sua ajuda.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
11.07.2023

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!