RASTRO
Nossos rastros denunciam nossas ações.
Chegou um espírito aqui de um homem que veio no cheiro de sua vítima.
_ Eu sou Satanás!
Não tive medo, até porque já acostumado a enfrentar estes desafios não baixei minha cabeça.
Ele veio atrás de um pacto descumprido pela terra, mas não esquecido pelo lado negro. Ao ele chegar fui sentindo a aproximação e tão logo se apresentou. Um espírito seco, sem feição, sem energia.
Um mendigo de rua, das cercanias estreitas por onde o homem jamais deveria caminhar.
Ele veio atrás de um encarnado que deixou seu rastro aqui na porteira.
Queria porque queria que fossemos ao templo para poder falar o que seu coração está sofrendo.
_ Não! Impossível! Somente amanhã poderemos atender!
Deu meia volta e nem deu satisfação. Voltou atrás de uma jura.
Eu fiquei em pé para agir imediatamente à alguma investida. Mas não, ele me ignorou como se não fosse ninguém.
Eu fiquei observando ele subir a rua do templo. Acompanhei até sumir por trás da igreja.
Finalmente sentei-me e redobrei a minha vigilância.
Amanhã vamos ter muito trabalho se caso ele voltar. Com muito amor vou esperar para que resolva o seu problema. Um espírito louco, desequibrado e vingativo. Quem estiver na sua linha nunca terá paz de espírito. Geralmente são suicidas que desamparados pelos seus mentores não tem sucesso. Ficam assim, de um lugar a outro tentando despistar seus carmas.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
27.01.2023
