TENDAS

TENDAS
Muitas tendas foram armadas para atender os viajantes deste planeta.
Eu estava observando a realidade dos espíritos quando um jaguar veio falar de outro jaguar criticando sua posição no cenário de uma missão. Como Devas ele achou por bem falar o que tinha em seu coração. Eu tive que ouvir para emanar.
Ele estava em uma destas tendas espalhadas pelo plano etérico e com ele outro jaguar que se aprontava para uma instrução.
Naquele momento eu vi que os irmãos não são irmãos, são vítimas de um sistema imperdoável. Ao ele falar eu vi a vaidade sendo exposta, porque tudo era ele. Não que ele conviveu com a clarividente e tenha mais direito que os demais. Ele queria palestrar para meu povo, mas para falar de si mesmo eu acho que todos já tem tudo, o que importa é o trabalho, a caridade.
Neste momento as Gregas chegaram, muitas, e com um conjunto de sinetinhas tocavam sem parar. Era hora da concentração, de se reunir, de se preparar. Elas foram de tenda em tenda chamando, despertando, colocando ordem na chamada.
O jaguar falou muito, reclamou, e eu tive que ouvir.
Eu vi no seu semblante a falta de humildade. Dizer que ele é isso, que é aquilo, mas na hora do despertar era o último na fila. Para o mundo espiritual não importa quem é quem, importa em ser missionário.
As Gregas voltaram e atrás de nós elas tocavam as sinetinhas. Elas estavam em festa, pois tinham a responsabilidade de acordar os dorminhocos.
A integração do amanhecer com os planos divinos é algo dentro da esfera astral. Algo indescritível sem respostas que possam ser vistas a olho nu. Somente os dotados de uma visão do além tem registrado fenômenos etéricos plausíveis da movimentação. Muitos videntes têm se apresentado com argumentos fora da realidade chamando para si os expectadores de um sonho. Como disse nosso pai: somente dos céus ouvireis.
No tardar da meia noite e no clarear do dia a terra desmonta as imagens criadas com a perturbação mental. O excesso de energia deturpa o emocional. Quando a energia sobe para a cabeça ela distorce a realidade. Ali começa a destruição mental. Vultos, vozes, sensações, sim, tudo criado pela falta de Deus. Todos buscam para si as glórias das trombetas.
Ser jaguar é estar com seus pés no chão. Eu vejo uma ninfa, Aganara, que ao vir trabalhar na casa de Seta Branca ela está sempre descalça. O respeito que ela tem com os mentores a faz mais obediente as leis.
O solo sagrado é um lugar Santo. Onde o céu está unificado com a terra. Uma nuvem branca prateada sobe até os joelhos e fica ali durante todo trabalho. Ninguém a vê, mas ela é a projeção das forças magnéticas. Até parece que estamos no céu, céu azul do amanhecer.
Assim o mestre Devas queria ensinar, mas ao invés desabafou. Trocou energia negativa pela positiva. O outro jaguar se apressou em atender ao chamado. A corte o levou para o grande auditório enquanto eu ouvia as lamentações.
Minha missão é ouvir, falar e orientar. Aquilo que eu traduzi nestes caminhos entre o céu e a terra. Não havia o mais importante, havia simplesmente um doutrinador que ainda guarda mágoas dentro de si mesmo.
Voltei.
Chegando com o despertar do sol eu senti no meu peito a força solar. Raios de luzes atravessavam a terra e ao girar mais branca ficavam. Forças geradoras e giradoras. Olorum grande sábio transforma os raios coloridos do sol simétrico em energia branca, correntes brancas do oriente maior, tudo dentro deste amanhecer.
O sol simétrico emite nas antenas do radar e ali as sete forças se transformam em uma só.
Entenderam!
Que quis a bondade de uma clarividente abrir o véu que escurecia nossas mentes. Agora não deixem a luz escurecer vossas visões. É como tentar olhar para o sol. Se fizer ficará cego. Só que esta luz é diferente, ela ilumina sem cegar.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
23.12 2022

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!