LEVANTEI E FUI VER – PARTE TRÊS

LEVANTEI E FUI VER – PARTE TRÊS
Consciência antrópica.
Subi e fui rever o angical espiritual. Chegando nesta casa transitória o espírito estava entorpecido pela energia da terra. Inconsciente pela voz direta que exumou o passado que ainda se arrasta preso pela argola do compromisso não resolvido.
Eu não posso abrir o véu mesmo sabendo e vendo a causa do conflito. Fiquei esperando a reação do desencarnado que foi submetido a ordem deste trabalho. Nada. Estava em suspense como catatônico pela alta dose de um calmante ectoplasmático. Mesmo assim eu ouvia o ranger de dentes. Este ranger é o sentimento do seu estado emocional, porque seria como dentes rangendo.
Na terra do homem inconsciente pela sua ferocidade humana ele não escuta seus pronunciamentos dentro do seu invólucro anímico. Eu queria falar, mas pai João de Aruanda me conteve. Sabe quando você vê tudo aquilo acontecendo e se sentir inerte, pois foi assim que fiquei. Eu sabia de quem se tratava e com uma palavra colocaria a consciência extrafísica para funcionar.
_ Não meu filho! Se aquiete!
Mãe Iara veio me consolar para que eu desse a feliz oportunidade do reajuste entre um encarnado e outro desencarnado.
A visão dos mundos de Deus é coisa de doido mesmo. Somente os que são corajosos podem viajar pelo sistema mediúnico e reaver os sinais da cápsula.
O problema é que todos estão vivendo somente terra. Se fecharam para seus compromissos espirituais. Não adianta dizer que trabalha espiritualmente porque está atingindo somente uma faixa. Eu não sinto a vibração, eu vejo a morte nas palavras sem energia.
Sabe, quando você vai doutrinar e não impreguina a sua energia através do conhecimento no som das palavras elas não modificam o aton. É como jogar palavras ao vento. Se perdem e nada se aproveita. Eu já ensinei diversas vezes como impregnar a corrente elétrica no tom de voz. Mas vejo que não escutaram.
A modificação na entonação faz uma grande diferença. Existe a doutrinação morta e a viva. A morte pode prejudicar os vivos que ficam travados no tempo esperando uma oportunidade de se libertarem.
Você tem medo de morrer?
O que seria da vida sem a morte. Todo processo atravessa esta faixa para elucidar o caminho dos que pediram vida sabendo que estão determinados ao reencontro com a morte.
Quando você se transporta é como morrer na terra e viver no espiritual. O desdobramento é diferente, outro sistema da mediunidade.
Eu fui ver o mortinho que passou no Angical. Está em tratamento. O choque das energias impregnou nele. Ali ele está passando por um processo de desligamento vertical. A sua vibração foi cortada para que ele seja curado. Seu filho que correspondia com esta ligação terá que pedir muito a Deus por ele em suas preces. A morte estava a espreita e somente aqui neste templo seu cavaleiro conseguiu reuni-los.
O que me incomoda é eu vendo aquele quadro de dor ficar inerte. Eu levava cada chamada para não me meter, era coisa de família. Mas que eu queria abrir o verbo isso eu queria. Quando os médiuns trabalham na linha visionária as possibilidades de abrir o canal de comunicação é uma realidade diferente.
Nossos trabalhos são na essência divina e não na faixa da crosta. Eu ensino e instruo os médiuns a conhecer os sinais das convenções entre dois mundos.
Irmã Lívia me recebeu muito bem. Este jaguar desencarnado foi readaptado ao mundo que agora vive. Se ele continuasse com este ódio seria muito difícil se manter onde estava. Ali é somente transitório. É para receber cura e consciência. Caso ele não desabafasse não estaria em paz consigo mesmo. Eu não sei o que houve em terra, eu não sou juiz e nem promotor para acusar ou sentenciar. Eu sou um simples doutrinador que sabe onde mete os pés.
A inconsciência dos seres encarnados é que ativa as dívidas carmicas. A sabedoria não está no conhecimento das coisas e sim no silêncio da mente. O paradigma das palavras conjuradas e conjugadas. Elas não se unem por mais que sejam gritadas ao vento.
No mundo espiritual não existe um padrão etimológico. Se todos soubessem a frustação do desencontro da terra com o céu nem pediriam para reencarnar.
Os eternos conterrâneos das guerras e mortes. Tudo se transforma em violência. A morte não tem voz.
Eu falo em morte porque ela é vida que se segue eternamente. Deixa -se um estágio primário para viver a euforia secundária, a libertação.
Desde é claro que haja perdão.
Trabalhar por trabalhar todos fazem, mas trabalhar sabendo o porque é que muda a balança transcendental.
Como disse Tião para a Tia Neiva ao viajarem para outro templo. Eles vão conhecer como é viajar com uma clarividente. Onde o carro foi magnetizacao pela chalana sem capotar. Simplesmente ele grudou no morro.
Jaguares. Tomem cuidado com seus pronunciamentos. Eles são registrados e vigiados pelos mentores.
Quando não se tem consciência dos seus atos por ainda serem inocentes pecadores não tem tanta cobrança. Agora sabendo da verdade serão cobrados.
Eu voltei. O jaguar não pode me atender. Muito respeito com as portas que se abrem.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
12.04.2022

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!