A maior ou pior pobreza é da alma ou está nela que ao se despedir do sol fica zanzando como perdida em um mundo esquecido da terra.
Eu fui fazer uma visita a um homem bem pobre. Eram quatro paredes de barro socado em uma única peça. Ajudei a emanar energias do crescimento espiritual para abrir seus caminhos. Foram momentos de paz e tranquilidade. Era um ajanã desencarnado, filho de Pai Joaquim de Aruanda. Seu mentor não estava com ele.
Ao voltar desta viagem eu estava ao lado de minha casa olhando para a casa de Seta Branca. Vendo o crescimento da casa de nosso Pai quando escuto uma movimentação descendo a rua do templo. Ao olhar para a entrada estavam descendo um padre e uma freira. Assustados me viram e deram marcha ré. Foi inusitado, pois o medo afasta as pessoas que desconhecem os segredos da eternidade. Minha tia avó, já desencarnada, era freira missionária do Sagrada Família. Partiu dentro do convento.
Eu fui até a esquina e fiquei observando a reação dos dois que estavam acompanhados por mais um desconhecido.
A reação deles foi receber o impacto das energias que no campo espiritual ficam girando e gerando forças magnéticas para proteger os filhos da terra. Eu descrevo como uma redoma de energia que envolve tudo e todos. Seria como o neutrôm que separa os planos.
Esta energia é provida pelos guardiões da missão. Onde tiver um templo com vida a espiritualidade se faz presente em espírito e em verdade.
Nós somos muito pequenos nesta relação consciente entre saber decidir e ficar olhando sem tomar iniciativa. O templo é como uma rodoviária que entram os encarnados e os desencarnados para seguirem seus destinos. Aqui recebem uma rota que vai correspondendo com suas necessidades. Aqui as energias são para crescimento diante da evolução que necessitamos compreender.
Não existe jaguar pobre, existe, sim, preguiçoso. Preguiça de ajudar, de enfrentar o marasmo que se abate em seu sol interior. Não adianta só manipular o espiritual sem ter base terrestre para aconchegar as forças. Para receber um poder tem que haver antenas na terra para que as projeções se equilibrem. No templo, acima do radar, tem as antenas de tapir. Assim é também com nossos plexos, o desenvolvimento capacita dele receber as energias do astral.
A casa de Seta Branca é o equilíbrio de uma cidade. Mesmo esta cidade com seus habitantes perdidos em seus ais o templo com suas legiões de luz atravessa o neutrôm para curar. Pode o templo estar vazio no físico, mas espiritualmente ele administra um poder fantástico. Nossos templos são para os espíritos. Os encarnados vão chegando para assumir o sacerdócio.
Eu olhava para os três saindo daqui sem nada dizer. Medo, respeito, não sei o que passou em suas cabeças.
Voltei a me recolher. Meu campo vibracional me chamou. O mundo da muitas voltas no seu eixo inclinado mudando as estações em conformidade ao seu tempo, ciclo natural.
Me respondam: o que segura um planeta no espaço silencioso e escuro como a noite sem luar?
Se me responderem terei certeza que somos conhecedores da nossa vida.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
22.01.2022
