Muitas adversidades causam a morte espiritual.
Eu recebi nesta madrugada um espírito que veio me procurar. Ela trazia em suas mãos um pote e nele muitos nomes. Carregava de um lado para outro, não queria largar, achando que era dona daquelas vidas.
Eu vi muitos potes sendo carregados e pesados com o carma individual. Em um deles eu vi um quase vazio, só tinha um papelzinho escrito: Perdão Deus!
A mulher chorava copiosamente as tramas que ela mesma causou neste cenário de reencarnações.
Eu tive que assistir o coração partido pelos erros que agora sugem para mudar o destino. Nada ficará oculto e a reparação será a libertação.
_ Meu Deus tenha piedade de mim!
Gritava.
Deus tem piedade dos que se convertem e assumem seus compromissos sem molestar a balança universal.
_ Mestre me ajude! Eu sei que Pai Seta Branca houve suas palavras! Interceda a ele por mim!
Eu fiquei vendo aquele quadro espiritual de desejos e malícia humana. Os espíritos choram lágrimas de sangue quando suas personalidades estão caindo na escuridão. O desespero de serem condenados pelo Criador. A morte seria a salvação do endividamento espiritual. O segredo dos justos.
Eu tive que respeitar aquela roupagem que começou a desabrochar. Oitenta dias de provação. Ali é que começa a recuperação do eu.
De repente um papelzinho pegou fogo. Outros não queimaram. Mesmo dentro do pote não incendiaram. O fogo etérico queima os resíduos sem ferir os corações.
Um entre mil. Reparei que o brilho do fogo atingiu somente aquele nome. Com esta libertação ela respirou fundo e acalmou seu emocional. Era nesta roupagem que ela libertou um elo passado. Mais calma agora raciocinava sobre a verdade cristica. O choro de lamento cessou. Os olhos se abriram. Agora olhando para seu pote viu quanto ainda deve lutar para libertar os demais registrados.
Foi um trabalho primoroso de resgate.
A cada viagem que me levam eu aprendo mais uma lição, Deus sabe tudo e tudo sabe. Não adianta querer ou tentar enganar, nós somos vítimas de nós mesmos. Nós estamos ligados a ele pelo fio da vida. Este fio é um elo racional de transmissão direta. Pensem bem antes de entrar pela porta errada.
A mulher foi levada pelo seu tutor e mais calma agora percebe quem é quem neste contexto doutrinário. Na terra a vida é muito fácil, basta ter consciência dos seus atos e não tomar para si o que não lhe pertence. Com Deus não existe barganha. Entenderam!
Na terra somos iguais a negociantes e só vemos o que nos interessa. Lucro material, lucro espiritual, eu nem sei o que cada um pede.
Conversando com Humahã que também assustiu esta mulher em seu pranto ele não precisou dizer nada. O reflexo dos ais foram a minha escola. Aprender com os erros é uma escolha natural dos encarnados. Quem nunca errou que atire a primeira pedra.
O julgamento é uma triste escolha dos revoltados que não olham no espelho. Acham que o vizinho sempre é culpado. Muitas vezes o seu vizinho lhe culpa por ser indiferente. As pedras falam o que a terra vibra.
Não chorem demais. Isso faz mal para o coração. Principalmente reclamando dos caminhos escolhidos. Sejam felizes. Abram seus corações e vibrem energia luminosa. Tudo passa. Como me disse o clarividente Humahã: nem tudo está perdido.
Eu acho que Deus está absorvendo as radiações maléficas e as irradiações do descontentamento. Estamos no terceiro milênio. Estamos na nova era. Dois mil não passarás. Salvem o vosso Deus.
Assim que voltei a cortina fechou. Despedi do mestre e vi que a terra é um grande palco com seus atores vibrando seus papéis. Somos todos atores pendurados por um único cordão. Se ele arrebentar todos cairão por terra.
Diz-me com quem anda…!
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
17.10.2021
