QUANDO ELE NÃO VEM MANDA – parte dois

Voltando ao assunto desta madrugada.

Sabe, quando eu voltei de onde eu estava, círculos espirituais, foi como se me jogassem de cima para baixo. Acordei e não sabia onde eu estava. Eu olhava em volta dentro do quarto, não achava a porta, rodei palpando as paredes até que consegui achar.

Joguei um casaco por cima, estava muito frio, e desci rapidamente para o templo que fica a mais de 100 metros de minha casa. Ao chegar à porta eu não ouvia nada, aí comecei a gritar de fora para dentro, se fosse algo mais grave não me pegaria desprevenido. Parei no lado de fora entre o templo e o pajé, estava tão escuro que não dava para ver nada, foi quando começou a quebrar as telhas na parede da linha de passe. Gritei mais forte e um bicho preto, grande, saiu em disparada para o mato.

Entrei no templo e fui percorrendo tudo quando lá atrás da cura outro barulho grande de telhas sendo quebradas. Fui e vistoriei tudo e não tinha nada quebrado. Agora pela manhã fui novamente ao templo e não encontrei nada. Sei que meus cabelos estavam todos arrepiados como se tivesse levado um descarrego magnético. Parecia um ouriço todo espinhado quando vê o perigo.

Aí voltei para casa e nada de pegar no sono. Meu braço esquerdo estava se arrepiando quando eu pensava naquilo tudo. Três horas da madrugada e nada do sono. Passou o horário critico, me apaguei. Conforme nosso relógio espiritual tem certas horas que são perigosas e horas que são mais suaves. Meia noite quando abrem os portões dos cemitérios e as almas saem para visitar seus entes queridos. Foi justamente nesta hora que tudo começou a acontecer, porque havia um despacho no cemitério local, na cruz, para que este ser negro viesse nos incomodar. Ele se utilizou desta saideira para chegar aqui no templo.

Os animais tem um olfato muito sensível principalmente quando sente a morte por perto eles começam a uivar, chorar a morte. A morte tem cheiro de cadáver, um cheiro horripilante de carne podre, defunto. E por isso o espirito quando chegou ao templo atraiu estes animais para dentro, ou se eram animais, ainda tenho minhas duvidas.

Muito fácil distinguir quando um mortinho chega perto da gente pelo cheiro de coisa podre. Os médiuns sensitivos tem esta qualidade de sentir a transformação do seu ambiente. Muitos chegam a se arrepiar pela energia negativa e outros com outros tipos de sensibilidade.

Eu conto isso para ajudar a entender os mistérios da vida entre as vidas. Nós somos polos magnéticos andando de um lado para outro criando outras fontes de energia. Conforme nos deslocamos criamos uma onda energética ao redor do nosso físico que se move conforme nosso caminho. Se pudéssemos utilizar esta energia eletromagnética poderia até ascender uma lâmpada em nossas mãos. Eletromagnética ou estática, sim, se um pente passar pelos cabelos e depois passar por cima de pedaços de papel eles vão grudar.

Esta movimentação silenciosa dos humanos cria uma energia inexplicável que alimenta o etérico plano. Todos sabem que os espíritos se alimentam de energia e por isso eles criam desencontros nos lares, nas famílias, para poder obter esta energia retirada pela circulação do sangue. Quando uma pessoa entra em colapso emocional ela está como um banquete para os sofredores.

Por isso a calma em andar. Até no templo os jaguares devem andar devagar, pois o deslocamento da energia ativada atrapalha até as manifestações mediúnicas. Respirar fundo e silenciar sua mente.

Vemos estas confusões de poderes abstratos sendo como uma disputa entre o povo de Deus e não percebem que estão correndo perigo de morrer desnutrido espiritualmente. A nossa energia se sugada demais ela acaba e nós iremos falecer nos três reinos de nossa natureza. A constante troca de fluidos nos alimenta em nosso sol interior. Estas reuniões mediúnicas fortalecem os plexos em suas missões.

Veja tudo isso e reflitam a necessidade de todos terem estas oportunidades de se manifestarem mediunicamente nos trabalhos do templo para trocar as energias pesadas pelas cristalinas. Quando um jaguar fica muito tempo sem trabalhar ele fica pesado, fica com duvidas, com medo. A nossa usina cabalística, segredo dos espíritos acaba desequilibrando nosso emocional, nossa mente, com isso vamos bater de frente uns como os outros.

 Um jaguar é um cientista e não um encosto. Não se encostem sem terem a certeza que terão respostas sem medo da felicidade. Muitas vezes o jaguar está tão oprimido que quando a felicidade bate em sua porta ele não sabe como agir, se perde na contagem. A felicidade é uma energia que age no subconsciente e ativa nossos neurônios para clarear nossa mente.

Seta Branca já disse em sua mensagem: Deveriam ensinar aos homens desta terra a se libertarem dos seus pensamentos.

Tranquilidade do velho jaguar que no mosteiro fez a sua escolha e escola.

Salve Deus!

Adjunto Apurê

An-Selmo Rá

16.06.2021

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!