MEU DEUS…

MEU DEUS…
Eu jamais imaginaria que isso pudesse existir.
No fundo de cada coração existem sentimentos que ninguém pode imaginar, pois cada pessoa escolhe seu caminho.
Desci às profundezas de um mundo aqui mesmo na crosta terrena. Entre as pilastra da arquitetura milenar num ritual satânico eu fui acompanhando para ver o que estava acontecendo. Era um submundo religioso nas galerias secretas deste império. Eram religiosos adoradores de Satã. Neste período que antecede o nascimento do Cristo eles vão saudar este ser.
Nesta galeria todos pararam encostados nas paredes e o sacerdote pregava uma liturgia negra. Era uma invocação que eu não entendia bem, pois era em latim. De repente um mugido assustador vindo da escuridão, pois as velas iluminavam somente o local delas. Eu estava encostado numa pilastra escondido. Eu vi a hora que este ser chegou. Uns quase três metros de altura, um rosto semi humano, olhos pretos e seus dentes como de muitos só que tinham uma curvatura para dentro.
_ Meus filhos!
Ecoou pelas galerias. Naquele momento antes de sentar no seu trono às pernas dos escolhidos se prenderam as argolas presas em correntes na parede. Felizmente as minhas não foram presas. Com uma capa escura e uma coroa de pouco brilho ele sentou-se como um Deus. Todos se ajoelharam onde estavam. Eu permaneci em pé, pois sou historiador destes mundos. Ele me viu, mas não me tocou e não dirigiu suas palavras para mim. Parecia estar gostando da minha presença e do que eu escreveria.
Os adoradores de branco acetinado curvados até o chão ouviam atentamente as suas palavras que pelo que escutei não blasfemavam sobre Deus. Ele conquistava pela inteligência de saber se comunicar.
Os escolhidos com suas pernas presas seriam como sacrifício ao Deus pagão.
Dali todos foram para outro salão. Era uma confraternização. Ao entrar, meu pai, o que era aquilo. Eu fiquei com náuseas do que vi. Parecia um cemitério onde espíritos deformados estavam participando. Tinha espíritos de tudo que é forma. Eu entrei não sabendo onde estava. Serviam carne podre como se dos mortinhos retirassem pedaços dos corpos recém enterrados. Eu pensei, meu Deus, mas minha curiosidade parecia me impulsionar para recolher mais detalhes deste mundo. Pensei em sair correndo deste submundo até que vi espíritos encarnados ali. Eles vivem na terra, mas se transportam para cá servindo-se de cobaias humanas. Trazem energias físicas em seus espíritos que abastecem este cenário desumano.
Horripilante se assim eu posso descrever.
Eu reconheci uma mulher que vive na terra. Ela estava servindo aos frequentadores como se fosse empregada. Aquele ser não entrou neste local, pois não se sujeitaria estar com este povo. Ele apreciava do seu trono.
Eu pedi a Deus e ao pai para sair deste mundo e me vi sentado como se fosse uma parada de ônibus. Calmamente esperei minha condução. Ao olhar para a esquerda do meu ombro um homem sentado lateralmente comigo se levantou em vinha em minha direção. Eu o reconheci e chamei pelo seu nome. Ele estava hipnotizado. Seus olhos secos esbugalhados não enxergavam muito bem. Ele me encontrou pelo cheiro ectoplasmático. Nós seres humanos encarnados temos um odor peculiar que os espíritos sentem quando geramos muita energia descompassada. O desequibrio dos pontos cabalísticos fazem fluir esta energia que alimenta os espíritos.
Quanto mais desequilibrado o ser mais assediado ele se torna.
Minha condução chegou. Embarquei e tão logo já estava em terra.
Este império romano está infringindo as leis de Deus. São adoradores de mundos sofredores. Agora o porque na época cristã onde se comemora o nascimento de Jesus. Isso não me foi explicado. Seria o renascimento do anticristo!
Eu aprendi que não podemos adorar a dois Deus. Seria como acender duas velas e nenhuma delas resolvesse seus problemas. As entidades de luz não precisam de velas, somente os sofredores para saber o caminho.
Mestres! Salve Deus!
O que falta para cada um de vocês?
O que ainda procuram em vossas personalidades o que vossas individualidades já não tenham.
Viver o martírio da dor não é viver, é sofrer. Quem gosta deste mundo atrofiado na amargura de um compromisso carmico doentio nunca será feliz. Não adianta viver de aparência, a dor sempre será a mesma. Feliz daquele que se liberta desta jura perigosa e vai buscar seus amores longe do sofrimento. Agora a quem goste deste cenário de traumas e consequências. Viver num mundo de sacrifícios e traições em nome do prazer é ser um inconsequente adorador deste ser sem compaixão.
Libertem o eu espiritual. Sejam de Deus. Sejam mansos e pacíficos.
Jesus em suas pregações libertou e nunca aprisionou.
“Vá e não peques mais “.
Entenderam bem: Vá!
Ele não disse fique. Ele sempre respeitou o livre arbítrio e nunca se apoderou dos sentimentos.
Era o povo que escolhia ir ou ficar.
Ainda sinto o cheiro da carne podre.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
21.12 2023

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!