CRUZ DO CALVÁRIO

CRUZ DO CALVÁRIO
E Jesus disse: “pegue a tua cruz e siga-me”.
Eu estava na área templária arrumando para os trabalhos a serem realizados. Era uma pequena cruz, simples, mas remontava séculos de um calvário. Ela tinha mais ou menos um metro de altura, com quatro braços. Uma pequena em cima e outra maior um pouco abaixo. Logo atrás entrou um jaguar de uniforme para me ajudar nesta arrumação. A cruz estava desmontada e ao montar ela contou uma história. Não que tenha falado, mas nela estavam impregnados uma vida. Todos sabem que objetos guardam recordações, por isso antes de desfazer de algo devem retirar a sua história.
Eu montei a cruz enquanto o jaguar observava. Ela tinha este tamanho pois com o tempo ela foi lapidada, encurtando seu significado. Então aquela imensa cruz era agora uma pequena cruz.
Ficou ali no espaço, não no templo, mas na recepção, onde muitos podem vê-la como se fosse a cruz do caminho.
Eu senti as mãos fortes e suaves do destino cultuando a vida. A vida que devemos ter sem se lastimar dos enredos que pairam sobre as mentes.
Foi uma noite de muito trabalho para resgatar vidas. O amanhecer de Seta Branca é um lugar santo para nós jaguares que já sabemos a verdade. Não podemos ficar sem a caridade física, porque é a nossa história que ficará impregnada no altar. Se você não participa não terá como cobrar um dia sua afetividade humana espiritual.
Entendam bem, um jaguar sem história é como um boneco de ventrículo.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
26.05.2023

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!