DOIS CAMINHOS

DOIS CAMINHOS
Temos, então, dois caminhos que se cruzam em nossos destinos: O verdadeiro e o falso.
Nesta viagem eu tive que mostrar por exemplo a separação desta faixa que mesmo estando dentro de um ser ele condiciona quem é bom ou ruim.
Um espírito chegou para compor o cenário desta missão. Ela tinha dois destinos na mesma estrada, positivo e negativo.
Eu sempre consigo me neutralizar para não pisar em falso. Ser neutro é não se precipitar nas decisões que podem bater de frente com outras opiniões. É respeitar e não tomar as dores como sendo suas.
Havia um portão que estava fechado. Este portão de ferro fundido parecia com aqueles dos antigos cemitérios. Ela parou em frente e curiosa queria abrir.
_ Não! Não abra este portão!
Alguns passos atrás, mas seus olhos ficaram mais curiosos. Toda vez que passava por ali ela parava no desejo de explorar.
Assim foi esta missão. A curiosidade mata o gato, ditado popular.
Era uma pequena aldeia que se mesclava com o invisível plano. Até que um dia a curiosidade falou mais alto e lá foi ela abrir o pesado portão. Não havia nada do outro lado, nada que lhe fosse prescindivel e necessário, mas a curiosidade é um meio de responsabilizar sua consciência.
Ser neutro é conhecer o coração, sim, pois é não participar das conclusões, é saber se conduzir na longa estrada da vida. Primeiro estudar as reações positivas e negativas, e com razão tomar a decisão.
Todos já ouviram ou leram a história de um rei que era justo. Duas mulheres estavam brigando entre elas por uma criança se dizendo mães dela. Foram levadas pelos soldados diante do rei. Ele viu que não estava conseguindo resolver a questão. Pediu ao soldado a sua espada e que segurasse a criança que iria parti-la ao meio, assim cada uma ficava com uma metade. As duas pararam de brigar e somente uma disse: não meu rei, de meu filho para ela, eu prefiro meu filho vivo.
Foi então que o rei decidiu entregar a ela. Uma mãe prefere perder seu direito a ver seu filho morto.
Aqui eu demonstro a neutralidade do rei, pois se ele tomasse as dores poderia decidir errado.
Na minha vida missionária as decisões devem ser observadas e praticadas com muito respeito. Não se pode deixar envolver na trama da vida e ser injusto na decisão.
Um dia uma pessoa está bem e noutro dia ela está mal. Positivo e negativo. Bem que eu falo é quando está exercitando o amor e mal quando sem motivo virou a casaca.
Devemos ser como o rei que não decidiu pela emoção, mas com razão tomou a medida certa.
A mulher passou pelo portão. Ela tinha dois caminhos e duas escolhas. Viver onde foi bem recebida ou seguir sua curiosidade. Ao passar o portão se fechou. Ela quis voltar atrás, mas não conseguia abrir. Tomou uma decisão e agora deverá arcar com as consequências.
Vejam como a curiosidade mata o espectador. Seria como Deus falando para sua criação, não comam daquela fruta. A mulher curiosa não aguentou foi lá e comeu.
Se eu não tivesse falado sobre o portão talvez não tivesse atiçado a sua curiosidade. Testes da vida.
Assim a vida nos prega muitas peças. Quantas vezes eu vi um jaguar chegar para tia Neiva falando mal de outro jaguar. Ela tinha que engolir sapo para não tomar uma decisão precipitada. A tal fofoca missionária. Ela via pela clarividência que alguém estava faltando com a verdade. Chamava o outro filho e via sobre ele a corrente esparsa atuando. Era a vibração do outro jaguar que queria derrubá-lo jogando-o contra seus irmãos. Tia ficava muito triste e mesmo assim não descriminava o outro. Conhecia os defeitos humanos.
Ser líder de um povo é ser crucificado pelo seu amor. É amar o certo e o errado, sabendo distinguir o falso do verdadeiro.
A mulher não voltou mais. Seguiu seu próprio destino.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
01.03.2023

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!