LIBERTAÇÃO ESPECIAL

LIBERTAÇÃO ESPECIAL
Primeiro a guerra onde as bombas caíam vindas pelo litoral. Era um povo pacífico. Eu via da praia a invasão chegando e não tivemos tempo de nos esconder.
Esta noite houve uma libertação especial para mim e meu povo. Estavam presente mestres já desencarnados na corte, como o representante do ministro Ajarã. Outros mestres foram trazidos espiritualmente em vida para compor este cenário. O templo estava lotado de uma mistura de encarnados e desencarnados.
Eu estava com minha ninfa sentado no banco perto da porta. Esta libertação especial foi para elevar este povo que como prisioneiros ficaram nesta faixa do passado. O primeiro Devas foi convidado a abrir este ritual.
Ajarã estava sentado no banco de costa para o radar. Todos de frente ao Cristo. Neste trabalho de aramê, que justamente é para libertar um grande número de espíritos envolvidos em guerras, militares ou civis, trouxe para este templo uma reforma no astral.
Esta guerra não estava prevista no calendário espiritual, foi uma tomada de poder, uma intervenção militar sem paradoxo. Um louco levado pela tirania do poder.
Desde a abertura até o final na elevação o trabalho transcorreu em harmonia. Era como se este ritual estivesse sendo feito dentro do templo, mas o templo estivesse neste país que foi bombardeado. Eu vi tudo antes de começar. Um foguete passou por cima de minha cabana e atingiu a central de energia. Água ficou escassa. Enfim, a guerra não é um recurso de libertação e sim aprisionamento.
No encerramento todos subiram ao Oráculo de Simiromba para tomar o vinho sagrado. Eu esperei minha ninfa chegar ao meu lado e segurando sua mão fomos em direção do Oráculo.
“Minha missão é o meu sacerdócio, Jesus está comigo “.
Ao sermos servidos do suco magnetizado voltamos para a terra.
Eu fiquei feliz, pois as vítimas desta guerra precisavam seguir seus destinos. Eu era uma vítima que reencarnei traumatizado pela morte estúpida. Para que o homem quer poder. Para que ele precisa subjugar Deus.
Choram homens, mulheres e crianças. Choram a dor da separação, da revolta e do medo.
Todos ali tiveram participação, uns como vítimas e outros como algozes.
Ao reiniciar o período da transição espiritual eu vejo que a terra ainda não saiu do calabouço da maldade. Como diz o velho contemporâneo: Coração dos outros é terra que ninguém anda.
Se hoje está bem, ama, se amanhã esta mal, odeia.
Senhores imperadores e senhores escravos, vocês estão na mesma condição humana. A vida é igual, mas os testes são diferentes.
Voltamos.
A libertação se desfez no silêncio mental de cada convidado. Cada um se recolheu no casulo e os demais foram elevados.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
30.11.2022

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!