SILÊNCIO
Não podemos fazer muito barulho para não acordar as múmias.
Retornando ao passado, sim, somente em espírito podemos regredir na nossa forma original e reescrever a nossa história, para mover as engrenagens travadas da vida moderna.
O silêncio é uma forma de se proteger dos reencontros inesperados que o carma nos cobra. Quando você se sobressai demais se torna vitrine dos pensamentos. Por isso Seta Branca disse que deveriam ensinar ao homem se libertar dos seus pensamentos. A pior emanação é quando a cabeça está vazia e sem estar presa a um compromisso ela vaga pela sua dimensão atraída pelos pensamentos. A força de atração magnética se dá na vaga dimensão do eu sem consciência.
Ao retornar ao velho Egito eu vi os vales dos Reis sendo vilependiado na sua história. Ao mexerem na raiz da cultura acabou interferindo no ambar da existência. Somos parte desta cultura, uns como imperadores e outros como escravos. A maior dívida ou dádiva é poder se reconhecer no bálsamo embrulhado em linho. Vida eterna, sim, ela existe no desembrulhar do invólucro que separa dois mundos. As raízes que se perderam na terra. Raiz do espírito e não do físico que ficou estacionado em museus.
O que eu quero dizer é que somos uma nova cultura neste terceiro milênio. Já atravessamos a coroa de espinhos e edificamos a nova era pedra por pedra.
Vale dos deuses é uma velha história dos Ramsés que cultuavam Deus sol dentro dos segredos místicos da velha era. Labirinto de Ramsés, sim, foi o primeiro nome que originou pela clarividente ao sincretismo milenar. Todos que não tiveram acesso ao que disse Tia Neiva desconhecem o princípio criador.
A forma habitual é desacreditar para desmoralizar. Pensem bem, pois na cultura todos juram a mesma condição e sem voltar ao passado tentam destruir a própria história. Todos podem ser parte deste processo evolutivo.
Ao chegar no Vale dos Reis eu me ative a observar a convulsão da terra sendo remexida nas areias escaldante. Um pensamento percorreu minha emoção me trazendo ilustrações de um império reluzente. Muito brilho, muitas construções, muitas realizações que marcaram esta parte misteriosa dos governantes da época. Os velhos faraós que hoje são simples mortais.
Só uma coisa não morre, a história, e se bem estruturada permanece atualizada, mas se ela for suprimida deixa de existir.
Vivemos a noite e o dia, entenderam o porque da noite.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
24.11.2022
