SABARANA
VEJA: REILI e DUBALE
SABEDORIA
A sabedoria é uma
forma superior de conhecimento, resultando nas ações
e reações mais harmoniosas e melhor direcionamento de
todas as atividades do Homem. É composta por duas naturezas:
uma infusa, trazida pelo espírito que vai reencarnar, dentro
da parcela que lhe for permitida pela Espiritualidade Maior, pois
uma grande parte é “apagada” no sono cultural; e
outra adquirida, através do desenvolvimento no campo dinâmico
- intelectual, filosófico e religioso. Normalmente, a sabedoria
é mais fruto da experiência do que de conceitos, e por
isso independe de graus de cultura ou de intelectualidade. O sábio
pode ser encontrado nos mais diferentes estratos sociais e nas mais
diversas etnias, manifestando sua sabedoria de modos diferentes, mas
irradiando, sempre, sua intensa ligação com os preceitos
divinos. Quando o Homem se der por satisfeito e feliz, por sua sabedoria
irá desvendar novos horizontes. Pela Biologia atual foi descrita
a parte direita do cérebro como depósito dos nossos
sentimentos, enquanto o conhecimento mais racional, o intelecto (*)
se acumularia na metade esquerda. Isso faz com que haja pessoas INTELIGENTES,
porque têm um profundo sentido das interligações
entre os estímulos; as ESPERTAS, que são rápidas
no raciocínio e na avaliação dos estímulos;
e as CULTAS, que têm capacidade para guardar imensa quantidade
de informações. De qualquer forma, existe uma diferenciação
de indivíduo para indivíduo, o que resulta em uma fantástica
combinação desses tipos, havendo pessoas inteligentes
que não são espertas, espertos que não são
cultos, etc. E essa diversidade não é característica
da personalidade, e sim da individualidade, quer dizer, do espírito.
Pelos séculos, através das reencarnações,
vamos evoluindo através do padrão de nossa energia mental.
Há métodos para utilização dessa energia
de forma objetiva. Veja: Concentração, Meditação,
Mentalização e Reflexão.
· “Meu filho
Jaguar: Não confunda cultura com sabedoria. A cultura vem de
fora para dentro, penetra pelos olhos e ouvidos... A sabedoria, ao
contrário, nasce dentro de nós, concentra-se no nosso
plexo e se aflora no coração!” (Tia Neiva, s/d)
· “Sim, filho,
não se exige bastante estudo para seres um Koatay 108. Foi
dito que a caridade trata apenas dos efeitos da pobreza e não
da causa. Não acreditamos no tratamento do efeito e, sim, cremos
no tratamento da causa. Nunca te deixes confundir entre Cultura e
Sabedoria. A Cultura atinge os nossos olhos e a nossa mente, enquanto
que a Sabedoria atinge os três plexos, o nosso Sol Interior
e o nosso coração. Filho: o Adjunto Koatay jamais deverá
pesar os valores intelectuais, a beleza ou a riqueza.” (Tia Neiva,
18.9.83)
SACERDÓCIO
O sacerdócio é
a função que coloca o médium como intermediário
entre a Espiritualidade e o Homem, que se amplia de acordo com as
Consagrações (*) que o médium vai recebendo.
Por isso dizemos: A MINHA MISSÃO É O MEU SACERDÓCIO.
O SENHOR ESTÁ COMIGO!, pois nosso sacerdócio está
contido em nossa missão (*). Na Carta aos Hebreus (19 a 24),
Paulo faz uma exortação à confiança e
à coragem daqueles que seguiriam o Grande Sacerdote Jesus:
“Portanto, irmãos, tendo confiança de entrar no
Santuário pelo Sangue de Jesus, seguindo este caminho novo
e de vida que nos consagrou primeiro, através do véu,
isto é, pela carne, e tendo um grande Sacerdote que preside
à casa de Deus, cheguemo-nos a ele com verdadeiro coração,
revestido de inteira fé, purificados os corações
de toda má consciência e lavados os corpos com água
limpa, conservemos firme a profissão da nossa esperança
- porque fiel é o que fez a promessa -, sejamos mutuamente
solícitos para nos estimularmos à caridade e às
boas obras.” (Veja: MISSÃO)
· “Nada temos
a temer, porém temos a respeitar. E quando chegar a hora de
ver governo sobre governo, pais contra filhos e filhos contra seus
pais, Salve Deus, meu filho Jaguar, tudo o que temos é o nosso
sacerdócio e por ele alcançaremos, sem prejuízo
de nosso corpo físico, tudo o que te perece mistério,
que verás com toda a naturalidade dos justos!” (Tia Neiva,
12.12.78)
SALVE DEUS!
É uma chave que
atua como saudação, como proteção e como
pedido de ajuda à Espirituali-dade. Entre irmãos da
Corrente, significa “QUE O MELHOR DE TUDO ESTEJA CONTIGO!”,
fazendo com que haja uma desintegração de cargas negativas
e protegendo quem emite de qualquer projeção de forças
prejudiciais. Quando emitida em uma reunião ou durante uma
palestra, concentra a atenção e proporciona harmonização
da energia mental dos presentes, desintegrando as bolsas de energia
esparsa porventura em formação. Quando emitida em um
momento difícil ou de perigo, como na ocorrência de um
acidente, atua como pedido de ajuda, um chamado de emergência
para nossos Mentores. Por essa atuação efetiva e instantânea
é que, comumente, logo em seguida agradecemos com a emissão
de “GRAÇAS A DEUS!”, na certeza de que obtivemos
a necessária ação da chave.
FALANGE MISSIONÁRIA
SAMARITANAS
A falange das Samaritanas
traz a herança do episódio que nos relata o Evangelista
João (IV, 4 a 18): “E era preciso que Jesus passasse por
Samaria. Veio, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, perto
da terra que Jacó deu a seu filho José. Ora, havia ali
um poço, chamado a Fonte de Jacó. Fatigado, pois, do
caminho, estava Jesus assim assentado na borda do poço. Era
isto quase à hora sexta. Vindo uma mulher de Samaria tirar
água, disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. A samaritana
lhe disse: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber, a mim, que sou
mulher samaritana? Pois que os judeus não têm relações
com os samaritanos. Respondeu-lhe Jesus: Se conhecesses o dom de Deus,
e quem é o que te diz ‘Dá-me de beber’, talvez
tu mesma lhe fizesses igual pedido e ele te daria da água viva!.
Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirá-la,
e é fundo o poço. Onde tens, pois, esta água
viva? És tu, porventura, maior do que nosso pai Jacó,
de quem tivemos este poço, do qual também ele bebeu,
e seus filhos, e seus rebanhos? Respondeu Jesus, e disse-lhe: Todo
aquele que bebe desta água, tornará a ter sede! Mas
aquele que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá
sede; e a água que eu lhe hei de dar se tornará nele
uma fonte de água que correrá para a vida eterna...
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me desta água, para que
eu não tenha mais sede, nem venha mais aqui tirá-la!
Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido, e volta aqui. Respondeu a
mulher e disse: Eu não tenho marido! Jesus lhe respondeu: Bem
disseste: ‘Não tenho marido’, porque cinco maridos
tiveste, e o que agora tens não é teu marido. Nisto
disseste a verdade.” Em reunião com Koatay 108, em 24.8.80,
Mãe Yara se manifestou e revelou que as Samaritanas e as Nityamas,
no espaço, são as Araganas que limpam os caminhos dos
Cavaleiros. Enquanto os Cavaleiros vão penetrando nas cavernas
e nos pântanos, com suas redes magnéticas, as Samaritanas
se posicionam em determinados lugares. Quando a energia dos Cavaleiros
se desgasta muito, elas lhes servem a água viva, restauradora
das forças. Mãe Yara contou outra passagem: Quando Jesus
estava sendo conduzido pelos soldados romanos, pediu água a
um cidadão, que o atendeu. Mas o soldado veio, agrediu o cidadão
e entornou a caneca com água no chão. Chegou, então,
uma Samaritana, com sua ânfora, e serviu água ao Mestre,
que lhe perguntou: Não tens medo do soldado romano? E ela Lhe
respondeu: Não, Senhor, porque acreditamos em Ti!... As Samaritanas
servem o sal, o perfume e o vinho, nos rituais e nas consagrações,
com poucas exceções: no Oráculo e na Estrela
de Nerhu, as Dharman Oxinto servem o vinho; e nos Julgamentos e Aramês,
as Ciganas Aganaras e Taganas servem o sal e o perfume. A Primeira
Samaritana é a Ninfa Lua Vera Lúcia Zelaya, filha de
Tia Neiva, sendo dois os Adjuntos de Apoio: Adjunto Amuruã,
Mestre Décio, e Adjunto Alássio, Mestre Moraes, e os
prefixos são Izurê e Izurê-Ra.
CANTOS DAS SAMARITANAS:
1. Ó, JESUS, ESTE
É O CANTO DA SAMARITANA QUE, HA DOIS MIL ANOS, SUSPIRA POR
TI! JESUS, AQUI ME TENS EM MISSÃO ESPECIAL, EU E MINHAS IRMÃS,
COM O MESMO ESPÍRITO DAQUELA SAMARITANA QUE, UM DIA, SERVIU
A TI, GRANDE MESTRE, NA PASSAGEM DO TEU CALVÁRIO. HOJE, ESTOU
AQUI, NA MINHA INDIVIDUALIDADE, LEVANDO ÀS LEGIÕES O
QUE MAIS ME FOR POSSÍVEL E O QUE TANTO PRECISAMOS RECEBER.
É A LUTA PARA UMA NOVA ERA! VENHO DE MUNDOS AFINS EM BUSCA
DE TE SERVIR. JESUS! QUE AS FORÇAS SE DESLOQUEM EM MEU FAVOR!
SERVINDO TEUS MESTRES, SERVIREI TAMBÉM A TI. Ó, MEU
JESUS! ELES VÊM DO REINO CENTRAL, CONFIANTES NAS PALAVRAS QUE
NAQUELA TARDE LONGÍNQUA NOS DISSESTES: “QUEM BEBER DA
ÁGUA QUE EU LHES DER NÃO MAIS TERÁ SEDE ETERNAMENTE”.
DISSESTE, JESUS, E TUDO SE CLAREOU NAQUELE INSTANTE. HOJE ESTOU AQUI,
COM - O - EM TI, JESUS QUERIDO. SALVE DEUS!
2. NO TURIGANO: SALVE DEUS!
(EMISSÃO) Ó, JESUS, VOLTO NESTA BENDITA HORA PARA AGRADECER
A DEUS A FELIZ OPORTUNIDADE DE MINHAS IRMÃS QUANDO, NAQUELA
ERA DISTANTE, TE OFERECERAM A ÁGUA DE SUA ÂNFORA, TE
LIBERTANDO DA SEDE. HOJE, SERVIREI EM SEU LUGAR! QUERO SERVIR AMANDO,
SERVINDO SEMPRE EM TEU SANTO NOME, PELO PÃO DE CADA DIA. E
NA FORÇA DECRESCENTE DE MINHA MISSÃO, PARTO COM - O
-// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!
SANDAY
Os Sandays foram uma grande
conquista de Koatay 108 para engrandecimento dos trabalhos do nosso
Templo, recebendo, diretamente das 21 Estrelas (Sivans, Harpásios,
Vancares, etc.), forças iniciáticas de grande poder,
que se somam e se cruzam em benefício de todos, encarnados
e desencarnados, no exercício da Lei do Auxílio. Koatay
108 trouxe sete Sandays de cada um dos três Oráculos
que nos regem - Simiromba, Olorum e Obatalá -, perfazendo as
21 Estrelas. O Sanday é um foco de energias emanadas das Estrelas
e transportadas por amacês, que visa dar maior segurança
e força aos trabalhos. Um Sanday é formado, em nossos
Templos, de acordo com as origens dos elementos componentes, de suas
Estrelas, parte de nossa bagagem transcendental, que irão determinar
nossa posição dentro do Sanday. Essas energias não
são permanentes, deslocando-se na medida da necessidade. A
função dos sudálios (véus) é armazená-las,
para que fiquem à disposição da Espiritualidade
Maior. Dentro de um Sanday há uma hierarquia, um ritual para
cada tipo de situação. São Grandes Iniciados
que regem os Sanday, podendo tal força realizar incríveis
fenômenos. É permitida por Eles a incorporação
de Ministros nos Sandays, pela grande força que representam
e que acrescentam, naquele momento, ao trabalho que estiver em andamento.
SANTOS ESPÍRITOS
Os ANJOS e os SANTOS ESPÍRITOS
são entidades de alta hierarquia, Raios de Olorum (*), que
atuam nos diversos Sandays, projetando suas forças em conjunto
com as das Estrelas, realizando grandes fenômenos de cura, de
desobsessão e, especialmente, as aparições e
materializações que objetivam conduzir as atenções
da humanidade, mergulhada na violência e no materialismo, para
as coisas de Deus. Existem, através da História da Humanidade,
momentos críticos para a Terra, em função da
violência e descaminho dos Homens, que proporcionaram as aparições
de Anjos e Santos Espíritos, abafadas pela Igreja Católica
de Roma, que as denominou como aparições da Virgem Maria
ou do Espírito Santo, uma vez que não podia esconder
as evidências. Periodicamente esses espíritos se apresentam
na Terra. em materializações que visam chamar a atenção
dos Homens e despertar suas consciências para as mensagens que
trazem. Na vidência, o médium vê uma figura que
ele julga ser alada, com um par de asas, mas que, na realidade, se
apresenta com um imenso fluxo de energia que flui dos chakras (*)
umerais, dando a idéia de asas.
SATAY
VEJA: CONTAGEM DE SATAY
SATE
O SATE - Serviço
de Assistência aos Templos Externos - foi organizado por determinação
direta de Tia Neiva e do Mestre Tumuchy, em 10.7.81, para dar maior
entrosamento entre as atividades dos Templos do Amanhecer com as do
Templo-Mãe, com vistas a dar pleno apoio ao corpo mediúnico
e às atividades doutrinárias. A direção
do SATE foi entregue ao Trino Regente Triada Tumarã, Mestre
José Carlos, e ao Trino Herdeiro Dorano, Mestre Jairo, que
tinham, como principais atribuições:
1. Receber e orientar os
mestres vindos dos Templos do Amanhecer, fazendo programação
que lhes proporcionasse pleno aproveitamento de sua passagem pelo
Templo-Mãe;
2. organizar antecipadamente
calendários dos eventos no Templo-Mãe para permitir
que mestres e caravanas dos Templos do Amanhecer pudessem delas participar;
3. organizar caravanas
que, saindo do Templo-Mãe, iam realizar rituais, especialmente
a Bênção de Pai Seta Branca, nos Templos do Amanhecer;
4. programar e organizar
cursos intensivos para mestres e ninfas dos Templos do Amanhecer;
5. examinar assuntos de
Templos do Amanhecer em reuniões periódicas com seus
dirigentes;
6. distribuir material
impresso ou gravado para os Templos do Amanhecer;
7. integrar e harmonizar
os mestres do Templo-Mãe com os dos Templos do Amanhecer;
8. ajudar os dirigentes
dos Templos do Amanhecer na legalização de seu funcionamento.
A composição
básica de um Grupo-SATE era: 2 Sétimos Autorizados do
Adjunto responsável pelo Templo do Amanhecer; 1 Sétimo
Autorizado dos demais Adjuntos; 7 Recepcionistas; 7 Ajanãs;
e 7 ninfas de cada falange missionária. Outros mestres e ninfas
poderiam complementar este Grupo, que se deslocaria para suas missões
sempre sob o comando de um dos dois dirigentes do SATE. Sob essa orientação
- aprovada pelos Trinos Presidentes e pelos Adjuntos - o SATE realizou
muitas missões, até que, com a criação
do Coordenador dos Templos Externos - missão entregue por Koatay
108 a seu filho, Trino Ajarã, Gilberto Zelaya -, em face do
crescimento do número de Templos do Amanhecer, o SATE encerrou
suas atividades.
SAVANOS
Koatay 108, em mensagens
de 5 e 22.2.83, atribuiu aos SAVANOS a manutenção e
assistência aos trabalhos de RANDY.
COMPONENTES: Dois Trinos
mais os Cavaleiros e suas escravas (Savanas) que se decidirem por
assumir esta responsabilidade.
ATRIBUIÇÕES:
· Os Cavaleiros
Savanos deverão participar ao Executivo a necessidade de reparos
físicos naquele setor de trabalho;
· Observar a manutenção
diária daquele setor;
· Observar para
que não falte o necessário - sal, perfume e velas;
· Observar a regularidade
dos rituais conforme a Lei;
· Irmanar-se aos
Comandantes do Dia, convidando outros mestres e contribuindo com sua
própria participação na realização
dos trabalhos sob sua manutenção;
· Organizar a fila
de pacientes e verificar qual o mais necessitado, para que deite na
maca.
Os Trinos Savanos deverão
comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo
e as que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá
se conscientizar de sua missão e, em reunião, escalar
Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas,
de maneira que todos os dias estejam, no Templo, representantes do
grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou
do Adjunto.
· “Meus mestres
e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade:
espero de vocês o amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na
execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre
de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições,
com as falhas dos outros. Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você,
estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando
não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina:
MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor conseguimos o discípulo
amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre que vocês
são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra,
a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 5.2.83)
SEMANA SANTA
Koatay 108 sempre ensinou
o respeito às tradições, especialmente à
Semana Santa. Para nós não existe morte, e nossa visão
do Cristo é a do Caminheiro, nos ensinando a Nova Estrada,
alegre e misericordioso, e não temos o Jesus maltratado e crucificado.
Também, não existe uma real fixação da
morte do Cristo, como acontece no dia de seu nascimento, no Natal
– 25 de dezembro – uma vez que a crucificação
ocorreu na Páscoa hebraica, que é uma festa móvel.
Assim, foi ligado o calvário à Páscoa, e temos
a comemoração variando em vez de ter uma data fixa.
Mortificação, sofrimentos e lamentações,
proporcionando uma terrível vibração por toda
parte, tomam conta da humanidade nesta época. A isso se soma
a grande parcela que só aproveita a parte material, festejando
o feriado prolongado com muito álcool e drogas, orgias e total
afastamento do propósito religioso da Semana Santa. A obrigatoriedade
cristã do jejum vai sendo substituída pela de comer
peixe, e, através do tempo, muda-se toda a filosofia desse
período de meditação e entendimento da fé
cristã. No Vale há, somente na Sexta-feira da Paixão,
alteração na rotina dos trabalhos. A Estrela Candente
e Quadrante funcionam normalmente. No Templo, porém, das 10
às 16 horas, os mestres e ninfas ficam de honra e guarda, buscando
permanecer no interior do Templo, emitindo mantras e buscando concentração
e meditação. No 1º Intercâmbio, abre-se a
Corrente Mestra e o Intercâmbio, fazendo-se a leitura do Evangelho;
os faróis se posicionam na Mesa Evangélica, mas esta
não é aberta. Caso haja pacientes abre-se uma Linha
de Passes. Da mesma forma se procede no 2º Intercâmbio,
exceto no que se refere a pacientes, porque não se abre a Linha
de Passes. Às 16 horas abre-se a Mesa Evangélica e,
a seguir, os demais trabalhos para atendimento ao público.
SENTIMENTOS
Sentimento é nossa
capacidade de sentir, nossa sensibilidade para percepção
(*) de fatos morais, intelectuais e espirituais, tais como amor, entusiasmo,
rejeições, mágoa, ódio, tristeza, pesar,
alegria, etc., enfim, desde as pequenas sensações às
mais elevadas manifestações do espírito. Como
uma forma de emoção (*) prolongada, o sentimento depende
do momento, do estado da alma, mas se baseia no temperamento e nas
tendências do indivíduo, agindo como fator regulador
de suas reações e indutor das emoções,
porque penetra todo o ser e condiciona as ações e reações
do Homem. Um acidente, um gesto, um acontecimento qualquer, até
mesmo fenômenos naturais como tempestades, o nascer do Sol,
uma Lua cheia, provocam sentimentos, variáveis de indivíduo
para indivíduo, que vão sendo de maior grau receptivo
conforme o desenvolvimento da mediunidade. Notadamente o Apará
desenvolvido tem seus sentimentos elevados a condições
de extrema sensibilidade, o que exige muitos cuidados com seus relacionamentos,
pois seus sentimentos sentem, compreendem e absorvem muito além
do que vêem e ouvem. Um conflito para o qual o Homem deve estar
sempre atento é o que acontece entre o sentimento e a razão
(*), isto é, a decisão que terá que tomar entre
o que ele deseja fazer e o que deve ser feito, uma questão
que, normalmente, em maior ou menor importância, surge quase
que diariamente em sua jornada, com conseqüências profundas
em seu carma. Vivemos, desde a gestação, sujeitos a
estímulos que agem sobre nossos sentimentos. Temos, como principais
fatores: a negação – por não aceitar as
condições em que vivemos, no lar ou na sociedade; a
culpa – por querer transferir a alguém a responsabilidade
por ações que cometemos ou por nossas palavras; o controle
– por impor restrições e limitações
aos outros, querendo que ajam conforme nossos desejos; o perfeccionismo
– a tentativa de ser perfeito em tudo o que faz e fala, para
sobressair e alimentar sua vaidade pelos elogios dos outros; o medo
– gerado pela insegurança do que faz, do que fala, do
que aparenta ser, do aspecto físico e do controle de seus instintos
e de sua sombra (*).
· “Todos desejam
triunfar na Vida e na Morte! Enquanto uns reagem diante do fracasso,
outros se deixam abater. Nossos triunfos são medidos pelas
nossas tendências em prosseguir na luta e na habilidade de que
somos capazes, enquanto ao fracasso dizemos as nossas inconformações.
Na luta franca, mental, podemos muito bem dominar as nossas paixões,
os nossos desejos. No domínio de nossa inteligência,
conseguimos alcançar o que queremos. Não nos expondo
ao egoísmo, podemos controlar os nossos sentimentos, sofrendo
menos, é claro. Sim, filho, porque em tudo temos uma razão!”
(Tia Neiva, s/d)
· “”Vamos
individualizar nossa posição na Terra, esclarecendo-nos
de tudo o que nos faz sofrer. Esta mensagem é para ser ouvida
na individualidade, sem o turbilhão das tarefas de cada dia,
porque a paisagem que nos cerca muitas vezes nos envolve, desperdiçando
energia, pois o espírito na Terra está sempre indeciso
entre as solicitações de duas potências: sentimento
e razão. Para terminar este conflito, é preciso que
a Luz se faça em nós. Sabemos que a alma se revela por
seus pensamentos e, também, pelos seus atos. Porém,
nem por isso devemos nos escravizar. Jesus nos coloca como discípulos
ao alcance dos mestres!” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 3, 25.9.77)
SEPARAÇÃO
Como sempre podemos ver
– e sentir – toda separação é traumática.
Seja de um casal, com a conseqüente dissolução
da família, ou de duas pessoas que concluem não ser
mais possível ter um convivência tranquila, ou pelo distanciamento
físico e emocional ou pelo desencarne. Geralmente, buscamos
a perfeição em outra pessoa, criando uma imagem ideal
que se distancia da realidade, uma vez que somos todos humanos e,
por conseguinte, temos nossos defeitos e limitações
que precisam ser clara e humildemente reconhecidos, não só
por nós mesmos como por aqueles que conosco convivem. Uma grande
parte das separações se deve a essa fantasia que é
feita em relação àqueles que se tornam objeto
de uma utopia, por nossa parte, e não suportamos a visão
realista daquelas personalidades e individualidades. Tolerância,
humildade e, sobretudo, amor - são as bases sólidas
para qualquer convivência e, especialmente, para a evolução
de um espírito. O importante é compreendermos que, como
não somos perfeitos, não devemos procurar a perfeição
ao nosso redor, exercendo nossa humildade e nossa tolerância.
Quantas vezes fazemos uma imagem ideal de uma pessoa e a projetamos
em alguém, principalmente pela força de uma paixão,
e deixamos de ver o lado real daquela pessoa, até que, por
algum motivo, somos obrigados a reconhecer a realidade que, de modo
geral, nos leva à separação, muitas vezes nos
privando dos fatores básicos para a evolução
de nosso espírito. Existem encontros de almas afins (*) e almas
gêmeas (*), cujas características são bem diferentes,
pois a união das almas afins se faz pelo coração,
cujos sentimentos e sensibilidade são mais apurados se vividos
numa paixão, enquanto as almas gêmeas se unem pelo espírito,
pela alma, reconhecendo, cada uma, a beleza essencial da outra, compartilhando
as sensações e sentimentos, reforçando os seus
potenciais energéticos, gerando uma perfeita integração
entre duas pessoas. Uma ligação de almas afins é,
no nosso plano físico, mais fácil de entender, porquanto
é uma forma de amor consciente, quando gostamos de alguém
sabendo aceitar as limitações e os defeitos, sem fantasias,
avaliando bem todos os seus potenciais. São, na maioria dos
casos, uniões duradouras e, quando desfeitas, não provocam
grandes traumas ou desastres, pois ambos entendem que foi chegada
a hora da separação, tendo plena consciência dos
motivos que os levaram a esse desfecho. Após a separação,
cada um segue sua jornada, sem ódios ou rancores do outro,
podendo, inclusive, manter relações de amizade. E as
ligações de almas afins ou por expiações
cármicas são as que mais provocam as separações.
As separações por motivos cármicos são
marcadas por explosões de sentimentos, que muitas vezes incluem
palavras ásperas, acusações mútuas, até
mesmo agressões físicas. É a energia da transformação,
porquanto ali se desfaz uma cobrança, e cada um vai para seu
lado, muitas vezes ainda irritado, bufando, mas sentindo grande alívio.
Foi uma libertação, foi mais um degrau evolutivo. A
separação pelo afastamento físico, alguém
que parte para distante, pode ser minimizado pela vibração
gerada pela saudade, que propicia a ligação mental e,
em muitos casos, o desdobramento (*) que permite um contato à
distância. Já com o desencarne, a separação
é mais dolorosa, mas o Jaguar sabe que mais forte que a dor
da separação é a certeza do reencontro. Temos,
pelo nosso conhecimento, a consciência de que passamos pelas
dores, que são instrumentos de nossa evolução,
mas não nos deixamos abater e nem nos entregamos ao sofrimento.
· “No mundo
dos espíritos, onde as visões se encontram, sem paixões,
sem teorias, há uma só filosofia: SER OU NÃO
SER. É o que acontece, meu filho, quando chegamos à
nossa realidade. Renunciamos às paixões, nos libertamos
dos falsos preconceitos. Sim, porque o que chamamos de preconceito
é quando, num ato impensado ou mesmo jogado pelas forças
de nossos destinos cármicos, agimos fora da lei que impera
a moral social e ferimos os sentimentos que pensam possuir aqueles
que estão cegos pelo orgulho, arraigados em um quadro obsessivo
e que não sabem analisar ou não sabem amar ao próximo
como a si mesmo. Filho, quando te apegares a alguém, não
te iludas e não iludas a ninguém, sentindo-te imortal
para anular a personalidade, pensando ter ou ser um amigo eterno.
Lembra-te da escada fatal da evolução: O teu amigo ou
o teu amor poderá se evoluir primeiro. Quando Deus te colocar
diante de um grande amigo ou um grande amor, procura sempre acompanhá-lo
para não o perder de vista. O Homem só se liga a outro
como amigo e como irmão quando descendem de uma só evolução.
Assim são, também, os casais de amantes e nossos filhos.”
(Tia Neiva, 24.5.80)
· “No ciclo
iniciático da Vida, ninguém é de ninguém!
Na missão - o Destino - alguém se liga a alguém.
O Homem vive a vida nas vidas - ninguém é de ninguém.
Eis porque não temos o direito de matar as ilusões de
ninguém!...” (Tia Neiva, 12.6.80)
· “O motivo
desta carta foi uma “viagem” que eu fiz. Todas as madrugadas
eu faço o seguinte juramento: Jesus! Arranque meus olhos no
dia em que por vaidade, eu tentar enganar os que me cercam, quando,
desesperados, me procurarem. Serei sábia, porque viverás
em mim! Deus permitiu que eu tivesse o que é meu, um cantinho
nas imediações dos Umbrais, no lugar chamado Ponta Negra.
Eram três horas da madrugada, e eu ali estava, inquieta, como
se alguma coisa estivesse para acontecer. Realmente, não demorou
muito e apareceu uma mulher que se debatia com três ELÍTRIOS,
gritando: Oh, meu Deus! De onde vieram estes bichos horríveis?
Vi quando chegou alguém e ela, sofrida, contava sua história.
Nisso chegou Pai Joaquim das Almas, que me assiste em minhas viagens
em outros planos. Pedi-lhe a benção e que me explicasse
o que se passava com aquela mulher. Essa mulher, explicou ele, amava
um homem e por ele foi amada, no amor da afinidade das almas afins.
Porém, o seu amor era obsessivo. Ele se evoluiu, enquanto ela
não aceitava as coisas que aconteciam. Ele era um pobre homem,
sem luz mas era um JAGUAR e ela também. Então, eles
eram felizes e o Vale os separou? Perguntei. Filha, a missão
é do missionário! O JAGUAR não é espírito
resignado. Em seu peito palpita a esperança e ele vive a buscar,
a conhecer o alto, os sentimentos. Filha! A esperança é
uma planta que revive em nosso SOL INTERIOR. Essa mulher era esposa
de um MESTRE JAGUAR. Amavam-se muito, porém o Jaguar tem o
seu destino traçado pela DOUTRINA. Apesar do amor, ela não
confiava nele e, ainda assim, não o acompanhou. O pobre Amaro
vivia sob o julgo de Marta e ela o caluniava, destruindo seus momentos
felizes. Quando chegou a doutrina, Amaro lançou-se a ela com
amor e dedicação, trocando suas tardes de acusação
e cenas de ciúmes pela realização no trabalho
doutrinário. O Jaguar do Amanhecer, lembre-se, é o trabalhador
da última hora, é o homem designado a condução
de povos. Sua companheira e responsável, também, pela
mesma missão. Amaro, cansado das eternas acusações
de ser infiel e mau caráter, não agüentou mais,
abandonou Marta e foi seguir a sua missão. Ela, que jamais
imaginara que isto aconteceria um dia, sempre procurando motivos para
o magoar, sentiu-se perdida. E se suicidou, deixando uma carta acusadora,
tentando, neste último gesto, criar uma situação
pior para Amaro. Ela ate se esquecera que a própria família
dela o entendia e ficava ao seu lado. Tanto assim que, naquele dia
ele não fora ao VALE e sim, almoçar com os pais de Marta,
que o adoravam. E eu que pensara que ela estava chegando! No entanto,
já estava há três meses... Fiz uma prece e formei
o meu Iabá. Imediatamente, os elítrios a libertaram,
voltando para Deus. Sua passagem foi tão ligeira que nem houve
tempo de recuperação. Por que se foram tão facilmente?
É tão difícil conjugar a vida em dois planos...
Sim filha, continuou Pai Joaquim, olha quem está chegando!
Era Eunóbio, acompanhado de um Índio muito bonito. Pedi
a benção a Eunóbio, que me disse ser o índio
a alma gêmea de Marta. Porque julgar? Porque tentar mudar as
criaturas? Compreendi que Marta e Amaro haviam completado o seu tempo
na Terra. Como é perfeita essa criação! Mais
uma vez repito: COMO E DIFÍCIL JULGAR OS NOSSOS SENTIMENTOS
DE VIDA E MORTE!” (Tia Neiva, 11.7.83)
SEREIAS DE YEMANJÁ
VEJA: POVO DAS ÁGUAS
SESSÃO BRANCA
A Sessão Branca
tem sua descrição no Livro de Leis. Propicia a troca
de energia com muitos espíritos encarnados na condição
de indígenas da região do Xingu, que dispõem
das grandes forças dos Caboclos e do Povo das Águas,
que se fazem presentes no Aroma Verde das Matas. É um grande
poder que recebemos com essas incorporações, que nos
impregnam com puro magnético animal, enriquecendo nosso fluxo
mediúnico, recebendo, em troca, poderosa força vital
iniciática, que os fazem mais sensíveis e receptivos
das grandes forças de que dispõem em suas terras, em
suas tribos. Numa região onde há tribos indígenas
próximas a um Templo do Amanhecer, os índios chamam
o Templo de “Casa dos Sonhos”, pois, certamente, muitos
se lembram de ter sonhado com o local onde seus espíritos participaram
de uma Sessão Branca. No Templo-Mãe, houve um cacique
que estava em visita numa noite de Sessão Branca e, permitida
sua presença, teve a oportunidade de conversar com membros
de sua distante tribo que estavam incorporados.
SEXO
O sexo distingue homem
e mulher de macho e fêmea, pois estes têm, na Natureza,
sua finalidade voltada para a reprodução das espécies,
sendo o sexo apenas um instinto. Mas o ser humano também modificou
este instinto, embora com muitas dificuldades e traumas, chegando
à noção atual de que sexo não é
sujeira, não é pecado, não é anormalidade,
fazendo com que a humanidade se sinta mais realizada na liberação
de suas forças sexuais. Como todo potencial, deve o sexo ser
equilibrado e orientado, parta evitar graves conseqüências
psicossociais e físicas, pois envolve a totalidade dos campos
de emissão e recepção de energia dos parceiros
envolvidos em uma relação. Hoje, pela globalização
dos conceitos e idéias, temos que fazer bem clara a diferença
que existe entre sexo e amor (*). Confunde-se “fazer sexo”
com “fazer amor”, quando existe uma relação
bem diferenciada, pois o sexo tem muito a ver com o plexo físico,
enquanto o amor se apresenta como um dos mais nobres sentimentos,
dos quais o sexo é importante componente. Nos chakras (*) básico
- no homem - e esplênico - na mulher - se relacionam o senso
de realidade, a ligação com a Terra, a sexualidade e
os instintos de sobrevivência. Ali é a sede das energias
denominadas Kundalini (*) - o Fogo Serpentino, principais energias
de criação, manifestação e construção
da consciência superior. São o centro sexual para os
homens e mulheres, e armazenam tensão. Bem equilibrados, liberam
tensões, permitindo que talentos de vidas passadas possam aflorar,
dando estabilidade emocional e sensação de bem estar
e equilíbrio. A educação tradicional, arraigada
a discriminações sentimentais e imposições
de falsa moral, forma no ser humano a erotização da
dominação e da violência no relacionamento sexual,
que vai crescendo deste a infância, passando pela puberdade,
adolescência e se projetando na fase adulta, formando uma sociedade
violenta e egoísta, que sofre pela incapacidade de viver uma
real parceria, com equilíbrio e satisfação sexual.
O chakra esplênico é o centro sexual das mulheres, responsável
pela maternidade e pelo fluxo prânico de maneira geral. Embora
o prana flua por todo o corpo, este chakra é responsável
pela distribuição central da energia prânica e
sua perfeita vibração leva ao aumento da criatividade,
equilíbrio emocional e maior realização nos relacionamentos
íntimos. Seu desajuste causa tensões, raiva e repressão
sexual. Por força da evolução da cultura humana,
o sexo deixou de ser um tabu para passar a verdadeira onda na sociedade,
com estudos, conselhos, advertências e, principalmente por conta
da transmissão de doenças e, especialmente, da AIDS,
um ponto de permanente discussão. A educação
sexual passou a ser ministrada nas escolas a um público infantil
ou adolescente, e alguns filósofos adotaram teorias de que
o sexo seria a chave da saúde e da felicidade. Como sabemos
que o equilíbrio é uma das principais metas de nossa
existência, devemos encarar o sexo como poderosa força
individual que deve ser conhecida, equilibrada e controlada para nosso
bem-estar. Uma perfeita união sexual no plano físico
dá equilíbrio e harmoniza o Sol Interior, fazendo com
que os desejos e aspirações unam as individualidades
pelo amor liberado pelas personalidades, o que faz ampliar o conhecimento
entre os parceiros, dando-lhes maior afinidade intelectual e, consequentemente,
melhor sintonia com o mútuo relacionamento. Isso proporciona
as condições ideais para que um casal possa evoluir
junto, porém mantendo cada um seu crescimento individual. O
sexo sem amor é um grande desperdício, porque se torna
um ato egoísta, levando os parceiros à irrealização
e mágoas. Uma ligação que se faça baseada
só na satisfação sexual é pouco duradoura.
Quando o sexo se torna um complemento do amor, se transforma em fonte
de satisfação e de realização.
· “A cada dia
nossas responsabilidades estão aumentando e, por isso, é
preciso ficarmos cientes da vida fora da matéria. É
muito fácil o espírito dela se compenetrar, porém
não é fácil se adaptar! Nos mundos espirituais
ou mundos fora da matéria, a vida se compõe de positivo
e negativo, isto é, homem e mulher. O espírito do homem
continua homem e o espírito da mulher continua mulher. Apesar
de ser afirmado por alguns iniciados que o espírito não
tem sexo, os meus olhos dizem o contrário. A adaptação
do Homem na vida fora da matéria é difícil porque
sente muita saudade de suas coisas e dos seus entes queridos, nas
suas concepções másculas de Homem terreno, isto
mesmo com o amor dos puros (força de expressão). Os
espíritos libertos vivem em suas dimensões e se amam...
Se amam com a ternura dos anjos!” (Tia Neiva, 26.6.65)
SEXUS
Os Sexus são obsessores
que atuam sob a forma de elítrios (*), comprometendo o normal
desempenho sexual de suas vítimas. Agem de modo a ocasionar
desvios sexuais e descontroles que conduzem às taras, gerando
dramas e violência nos caminhos de seus obsidiados. Não
podem ser deslocados facilmente, pois projetam suas vibrações
de tal forma que alteram, até mesmo, as fontes de energia mental
(*), provocando desvios de comportamento e de raciocínio em
suas vítimas, de modo irreversível, que só poderão
ser superadas através de outras reencarnações.
SÍMBOLOS
A palavra símbolo
vem do grego – symbolon – que significa um sinal de reconhecimento.
O símbolo é um sinal que substitui o nome de uma coisa
ou ação, indicando uma realidade que, conhecida, conduz
ao conhecimento de outra, menos conhecida ou mesmo desconhecida, e
vem sendo usado desde a pré-história, principalmente
por seitas e religiões. Têm várias categorias
de condensação: uma faixa de associações
está ligada a um símbolo, cuja eficácia e energia
são liberadas apenas quando conseguimos interpretá-lo
e nos envolver emocionalmente com ele. Nossa Doutrina utiliza a simbologia
em múltiplos aspectos, muitos dos quais já vimos em
outros itens (cruz, emissões, morsas, etc.). A fim de explicar
o significado de mais alguns, temos:
1. L L S L - Legião
de São Lázaro
2. N L L M L - Raio Ajanã
3. N S L S L - Raio Adjuração
4. J R L A - Mestre Lua
e Ninfa Lua
5. HORIZONTAL - Raio Ajanã
não incorpora e campo fechado para elevação
6. VERTICAL - Raio Ajanã
pronto para incorporar e campo aberto para elevação
7. RÓSEA - Amor
e energia
8. LILÁS - Cura
9. VERMELHO - Força
desobsessiva
10. RANDY - Lança
Vermelha
SIMIROMBA
SIMIROMBA significa, em
nossa Corrente, “Raízes do Céu”, e Pai Seta
Branca é o Simiromba de Deus! De seu Oráculo, Simiromba
realiza toda a grandeza presente em nossos trabalhos. O Oráculo
de Simiromba é o Oráculo de Ariano. Aqui Simiromba dispõe
de sete poderes, raios ou raízes, cada um regido por seu respectivo
Ministro, atuando, separadamente ou em conjunto, nos nossos plexos
e nos dando condições para bom desempenho em nossos
trabalhos, que são:
· ERIDAN - Primeiro
Adjunto - É o Primeiro Raio Iniciático, que emite para
os trabalhos de Desenvolvimento, preparando o plexo do médium
em suas aulas, tornando-o capaz de manipular as forças iniciáticas
que irá receber “a Caminho de Deus”.
· ONER - Terceiro
Adjunto - É o Raio da Iniciação, força
dos Grandes Iniciados que se projeta no médium quando faz sua
Iniciação Dharman Oxinto (A Caminho de Deus). O médium
a recebe como acréscimo à força de Eridan.
· ADONES - Sétimo
Adjunto - É um Raio de grande poder desobsessivo que se projeta
no médium quando realiza seu segundo passo iniciático
- a Elevação de Espada - tornando-o capaz de manipular
poderosas correntes magnéticas e toda a sorte de energias que
encontra na Estrela Candente.
· ARAKEN - Terceiro
Sétimo de Xangô, Mestre Lázaro - É o Raio
que se soma aos anteriores, no plexo do médium, quando este
faz a sua Consagração de Centúria, que o torna
apto a qualquer trabalho em nossa Corrente. Araken é o Terceiro
Sétimo de Xangô, isto é, um comando, portador
das Forças da Terra, tanto na Linha Africana como na Linha
do Amanhecer, apresentando-se como Mestre Lázaro na figura
missionária de força desobsessiva. Tem três Raios
Adjuntos de Araken, que são Delanz, Alufan e Aton.
· DELANZ - Segundo
Sétimo Adjunto, faz a energia circular nos trabalhos, beneficiando
encarnados e desencarnados que se encontram no Templo, ativando células
orgânicas através do chakra coronário e do Sol
Interior, levando proteção e equilíbrio aos médiuns.
· ALUFAN - Quarto
Sétimo Adjunto Raio de Simiromba, tem sua ação
na composição das células orgânicas, harmonizando
as cargas dos elétrons atômicos que constituem o corpo
humano. São Raios de energia cósmica etérica,
beneficiando todos os Jaguares, alcançando hospitais, manicômios,
presídios, etc., atuando onde houver condições
para sua ação benéfica no corpo etérico.
Entra em ação nas Consagrações da Estrela
Candente.
· ATON - Primeiro
Sétimo Adjunto, é uma Raiz que age diretamente no Sol
Interior de cada médium na realização dos trabalhos,
sendo necessário, porém, que ele já tenha feito
Consagração de Centúria, quando seu plexo já
está preparado para os grandes trabalhos desobsessivos e curadores.
Tem o poder de alimentar todo o fluxo energético dos médiuns,
atuando sobre as partes mais delicadas de seu plexo físico
e do seu microplexo, ampliando sua intuição, sua sensibilidade
e seu poder de manipular qualquer tipo de energia. É a força
que conduz o Jaguar em sua jornada crística. Tem uma derivação,
AKYNATON, que age de modo concentrado no Leito Magnético e
em trabalhos de elevado grau de realização, como o Turigano
e a Estrela de Nerhu. Não se desloca sem uma grande razão,
pois concentra forças muito intensas, que devem ser manipuladas
apenas em locais onde haja grande concentração de médiuns
e uma força magnética animal muito ativada, para que
lhe permita se deslocar plenamente. Tem todo o poder de Amon-Rá,
e se projeta no chakra coronário do médium, fornecendo-lhe
toda a energia para realizar eficiente e eficazmente seu trabalho.
É uma grande energia, gerando força desobsessiva, curadora
e geradora. Através dela se manipulam todas as outras energias
que cheguem ao trabalho ao qual está em ação.
Akynaton também rege as amacês que conduzem os espíritos
sofredores para o Canal Vermelho.
Em três momentos
do dia - 12, 15 e 20 horas - , onde quer que estejamos, entramos em
sintonia com as forças que emanam do Oráculo de Simiromba,
através da Amacê da Estrela Candente. . São as
Horas do Jaguar, nas quais trabalhamos para nós mesmos, emitindo
a chave: “O SENHOR TEM O SEU TEMPLO EM MEU ÍNTIMO! NENHUM
PODER É DEMASIADO AO PODER DINÂMICO DO MEU ESPÍRITO.
O AMOR E A CHAMA BRANCA DA VIDA RESIDEM EM MIM! SALVE DEUS!”.
Pode ser seguida pela Prece de Simiromba, com grande efeito benéfico
para nós mesmos ou para quem mentalizarmos, pois, nesse momento,
se deslocam as forças do Mundo Encantado dos Himalaias, junto
com as de Olorum e Obatalá.
PRECE DE SIMIROMBA
Ó, SIMIROMBA, DO
GRANDE ORIENTE DE OXALÁ!
NO MUNDO ENCANTADO DOS
HIMALAIAS, FAZE A MINHA PREPARAÇÃO...
ILUMINA O MEU ESPÍRITO
PARA QUE EU POSSA PARTIR, SEM RECEIOS,
NO AVANÇO FINAL
DE UMA NOVA ERA!
FAZE EM MIM A VERDADEIRA
FORÇA DO JAGUAR!
Ó, SIMIROMBA, DOS
MUNDOS ENCANTADOS!
EM BREVE ESTAREI SOBRE
O LEITO E JESUS, O SOL DA VIDA,
TRANSMITIRÁ, POR
MIM, OS MANTRAS PODEROSOS
PARA A LIBERTAÇÃO
DOS VALES NEGROS DA INCOMPREENSÃO...
Ó, SENHOR, PARTIREI
CONTIGO... NADA TEMEREI!
· “Simiromba
é a junção de sete Raízes Universais.
Quando Simiromba se desloca, na sua ordem vão também
se deslocando as Raízes, segundo sua necessidade. Porque, filho,
saiba pois que as forças não se deslocam em vão
e, segundo posso explicar, cada Raiz tem seu conceito, porque atrai
sempre a origem. É uma honra atender a Simiromba. Há,
inclusive, precisão na escolha ou pela necessidade. Os Grandes
Iniciados são precisos. Posso afirmar que há, inclusive,
uma técnica. Eles não deslocam uma força indevidamente
e, por conseguinte, também não devemos invocá-la.
Invocamos sem saber o que merecemos. Porém, eles sabem, com
precisão, do que precisamos. Uma RAIZ é algo, por exemplo,
como um estado de acomodação de forças em movimento
de destaque. Podemos considerar assim: as raízes foram formadas
pelos Grandes Iniciados na Terra. Assim como nós estamos tentando
homogeneizar a Raiz do Amanhecer com, também, uma Contagem
para um Adjunto.” (Tia Neiva, s/d)
· “Meu filho:
vamos penetrar no Mundo Encantado de Simiromba, Nosso Pai, e de seus
Ministros. Removendo séculos, encontraremos dos nossos antepassados
suas heranças, nos destinos que nos cercam!” (Tia Neiva,
1.9.77)
SINTONIA
Quando ligamos um rádio,
é preciso que, pelo dial, se ajuste com exatidão a estação
que queremos ouvir pois, caso não esteja no ponto exato, haverá
ruídos, distorções e não conseguiremos
ouvir claramente a transmissão. Chamamos a isto sintonizar
a estação. No nosso caso, a sintonia é feita
com a Espiritualidade e com nosso interior, e devemos buscar a faixa
precisa para evitar alguma interferência, harmonizando-nos com
nosso Sol Interior, com nossa energia mental e, assim, emitindo um
padrão vibratório em perfeita sintonia com os planos
espirituais. Assim, a sintonia compreende o estado de quem se encontra
em correspondência ou harmonia com o meio em que vive, isto
é, em perfeita afinidade (*) com espíritos encarnados
e desencarnados e com o padrão vibratório ambiente.
É importante lembrar que, ao sairmos da Pedra Branca (*), após
o desencarne, não temos qualquer orientação ou
proteção: nosso caminho será trilhado apenas
pela nossa sintonia, isto é, nossa afinidade, nosso padrão
vibratório, e, então, poderemos ir para Planos Superiores
ou para Cavernas! O médium perfeitamente sintonizado consegue
perfeição em seu trabalho. Se for Apará, transmitirá
a Voz Direta sem qualquer interferência; se for Doutrinador,
estará tranqüilo e consciente, equilibrado e vigilante,
evitando qualquer irregularidade no trabalho. Há médiuns
que confundem sintonia com sua vontade de realizar determinado trabalho.
Quando convidados a participar de um trabalho ou Sanday, se negam
a ir, pretextando não estar em sintonia. Ora, se ele não
está em sintonia, o melhor que faz é mudar seu uniforme
ou indumentária, e passar como paciente, porque, na realidade,
ele não está com vontade de trabalhar. Nosso Templo
é um pronto-socorro espiritual, e devemos estar sempre prontos
a colaborar onde se fizer necessário. Imagine se um acidentado
chega ao hospital e os médicos não estejam em sintonia
para atendê-lo! Devemos, sim, estar sempre prontos para atender
àqueles espíritos que necessitam de nosso auxílio.
Para isso, antes de iniciarmos nossos trabalhos, vamos entrar em sintonia
com nossos Mentores e com a Espiritualidade Maior, fazendo nossa mentalização
diante de Pai Seta Branca ou no Castelo do Silêncio.
SISTEMA CRÍSTICO
Independentemente de tudo
o que foi escrito sobre a passagem de Jesus na Terra, inclusive nos
Evangelhos, foram trazidas, pelo plano espiritual, as bases de um
Sistema Crístico, garantindo a verdade dos ensinamentos do
Divino e Amado Mestre, que foi implantado na Terra e nos corações
dos Homens, estabelecendo a ligação entre os diversos
campos vibratórios dos planos etéricos com o físico.
Enquanto os trabalhos escritos - inclusive os Evangelhos - são
focos de discussão através da história do Homem
e das religiões, por suas traduções, interpretações
e antropomorfismo, temos a palavra de Jesus vivo, trazendo, pela Espiritualidade
Maior, coisas incontestáveis, para as quais não há
como negar sua veracidade, que formam o Sistema Crístico, a
Igreja de Jesus - o mundo do Amor, da Tolerância e da Humildade.
Existem espíritos de alta hierarquia que ainda não entenderam
as palavras de Jesus e continuam na Velha Estrada, na Lei Mosaica
do “olho por olho, dente por dente”. No Sistema Crístico,
a justiça implacável deu lugar à misericórdia
e ao perdão, permitindo-nos aliviar nosso carma através
da prática da caridade, na Lei do Auxílio. Só
foi possível termos essa condição pelo Sistema
Crístico. As correntes mediúnicas existentes pela força
das diversas seitas, doutrinas e religiões são classificadas
como positivas, se estiverem dentro do Sistema Crístico - da
Lei do Amor e do Perdão; se não, são chamadas
negativas. Na estruturação do Sistema Crístico
foram criadas, por Jesus, as Casas Transitórias, entre as quais
está o Canal Vermelho, que propiciam grandes oportunidades
para a evolução de um espírito.
· “Uma coisa
vocês precisam entender bem: nós não vivemos uma
filosofia cristã. Nós vivemos um Sistema Crístico!
O Sistema é uma coisa pronta, acabada, que existe e não
tem possibilidade de mudar. Já a filosofia é a maneira
como os Homens interpretam a Lei. Assim se formam as religiões,
baseadas justamente na distorção dessas interpretações,
porque não há uma unidade de pensamento. Reúnem-se
as idéias e se fabrica uma nova forma. Nada se cria - apenas
muda-se a forma das coisas. Daí a razão de milhares
de livros escritos. A toda hora, uma novidade. E agora, então,
com a predominância do Vale das Sombras, com essa predominância
dos espíritos a quem está entregue a destruição!
Dizemos em nossas aulas para que nossos médiuns não
falem em Espiritismo, não discutem religiões, porque
não é mais época. Tudo o que o Sistema Crístico
podia fazer para os Homens está feito, já deu a qualquer
um a possibilidade de se encontrar consigo mesmo, com sua individualidade.
Quando os Homens preferem inventar novos métodos, vão
se afastando da realidade, que é o Sistema. Quando se fala
que o Jaguar tem o pé na Terra é porque o Jaguar tem
o pé no Sistema, explicado em termos do nosso Sol Interior.
Quando falamos em Sol Interior, estamos falando numa filosofia cristã,
e nenhum comentarista ou filósofo cristão comentará
esta palavra, porque ela só vai ser encontrada no Evangelho
se buscarem o Evangelho Iniciático, isto é, o Evangelho
cujo segredo só podemos entender se tivermos iluminação
por dentro. As palavras são iguais para todos, mas alguns enxergam
de uma maneira diferente e chegam ao Sistema, se tiverem os pés
na Terra. Entretanto, no Evangelho, tudo se resume na prática
destas três palavras, que nós sempre repetimos: Amor,
Tolerância e Humildade. Agora, chegou o momento de saber até
que ponto cada um de nós adquiriu a capacidade de perdoar,
de tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e assim
avaliar o ponto a que chegou em termos de amor incondicional!”
(Tia Neiva, s/d)
SISTEMA NERVOSO
Denomina-se sistema nervoso
ao conjunto de tecidos nervosos do organismo que controla os movimentos
voluntários e involuntários do ser vivo, compondo-se
pelo sistema nervoso central - o cérebro e a medula espinhal
- e o sistema nervoso periférico - os 12 pares de nervos cranianos,
os nervos que saem da medula espinhal e os nervos do sistema simpático
que chegam os órgãos internos e aos vasos sangüíneos.
Devemos incluir, também os chakras (*), por sua diferenciação
e atividade, como importante parte do sistema nervoso. O sistema nervoso
simpático ou autônomo é o que exerce ação
reguladora sobre a maioria dos órgãos do corpo, independentemente
de nossa vontade, tais como o coração, as glândulas
e os vasos sangüíneos, entre outros, e aciona os músculos
involuntários dos órgãos internos. Entre os efeitos
desse sistema nervoso simpático, por impulsos eletromagnéticos
emitidos através das fibras nervosas, temos aceleração
e aumento dos batimentos cardíacos, transpiração,
dilatação das pupilas, contração de artérias,
retenção do suco gástrico e muitas outras funções
automáticas ou involuntárias, porém refletem
sentimentos e emoções. O sistema nervoso parassimpático,
constituído pela secção entre o crânio
e o sacro, comanda as ações conscientes e projetadas
pela vontade, tais como falar, movimentar os pés, as mãos,
prestar atenção a alguém ou a alguma coisa, etc.
e, também, registram a captação dos estímulos
eletromagnéticos sensoriais que são: fótons –
agem nos olhos, gerando a sensação de luz e das cores;
fónons – gerados pelas diversas modalidades de sons, atuam
nos órgãos de audição; osmons – gerados
pelos diversos odores; gêusons – fornecem a sensação
do paladar; áfenons – transmitidos pelo tato; térmons
– a sensação do calor; e rígons – a
sensação do frio. O ponto básico do sistema nervoso
central é a célula nervosa, que não se reconstitui
nem regenera, sendo irreversível qualquer lesão que
sofra. O álcool e os tóxicos atuam negativamente no
Homem pela destruição das células nervosas, levando-o
gradativamente à perda da consciência, à diminuição
do alerta mental, à lerdeza do raciocínio e outras deficiências
degenerativas, cuja gravidade avaliamos quando sabemos que o sistema
nervoso é o mecanismo intermediário entre o corpo físico,
o mundo externo e o campo consciencional. Podemos chamar o sistema
nervoso simpático ou autônomo de passivo e o parassimpático
de ativo, para facilitar o entendimento dos dois tipos de mediunidade
(*) em nossa Corrente do Amanhecer: a do Apará, o médium
de incorporação, está baseada no sistema nervoso
passivo, tendo natureza passiva, orgânica e anímica,
onde a vontade e a consciência pouco ou nada atuam; enquanto
a do Doutrinador funciona com base física, no sistema nervoso
ativo, com predomínio da consciência e da vontade, fazendo
com que passasse a existir um transe mediúnico totalmente consciente.
Devemos não confundir o sistema nervoso com os meridianos energéticos,
que a acupuntura trata (veja: POLARIDADE)
SISTEMA PLANETÁRIO
Existem dois sistemas
planetários a serem considerados em nossa Doutrina: o Sistema
Planetário da Terra ou Sistema Sideral - nosso planeta, o Sol,
a Lua, os demais planetas e estrelas, inclusive Sívans, Harpásios,
Taumantes, que formam os Sandays (*), etc. -; e o Sistema Planetário
do Homem, com suas esferas coronárias, seu Sol Interior (*),
governadas pelo Eixo Solar, em constante movimento no âmbito
de sua orbe terrestre.
SIVANS
Sivans é uma das
21 Estrelas que formam os Sandays, regendo os médiuns que a
trazem no sentido de predominância racional, de análise
dos seres e das coisas que nos cercam.
· “O mestre
Adjunto Koatay 108 SIVANS, continuação da ordem dos
Ramas e Rajas, é Adjunto para qualquer iniciação,
até mesmo a presidência evangélica iniciática
nos templos, ou no seu próprio templo, se assim lhe convier,
porque o Adjunto Koatay 108 Triada Sivans é também um
herdeiro, como os Ramas e os Rajas são herdeiros. Os Adjuntos
Koatay 108 Triada Sivans são, porém, limitados: por
três anos terão que acompanhar o seu Adjunto e trabalhar
paralelo com ele. Caso houver necessidade de o Adjunto Rama ou Raja
convocar o mestre Sivans para seus trabalhos, ele, desde já,
deverá saber que obedecemos a uma hierarquia. É claro
que tudo se fará pelo amor incondicional! Não existe
a ordem forçada, mas uma lei que obedecemos, com -0- em Cristo
Jesus. Os Sivans são mestres - principalmente Mestres Luz -
que se encontram em qualquer desenvolvimento evangélico iniciático.
Só poderá ser um Sivans o mestre que tem boa dicção
e escolaridade. A individualidade do mestre fica à mercê
de sua consciência. Não se esqueça, meu filho:
a vida iniciática evangélica é força,
razão e consciência. Religião é conduta
doutrinária na família e em Deus!” (Tia Neiva,
26.12.81)
· “Sívans
é uma grande estrela que emite mil amacês que trabalham
em diversos lugares e em diversos outros planos. O maior trabalho
é no seu próprio plano. (...) Sivans está a responder,
com suas amacês, às heranças transcendentais,
emitindo de uma vida para outra, afirmando que a constituição
do Homem não resiste às descargas magnéticas
cósmicas nucleares. (...) A este respeito eu tenho um quadro
belíssimo da grande Sívans, que traz a mensagem da reencarnação.
Porque Sívans é uma das Estrelas mais desenvolvidas,
mais esotérica, que não se cansa de emitir sua grande
projeção a nós, Jaguares. Nos atende todos os
dias e já apareceu fisicamente a nós, no dia 16 de junho
de 1982, às 22 horas.” (Tia Neiva, 28.1.85)
SOFREDOR
O plano civilizatório
da Terra, iniciado pelos Equitumans (*), foi sendo alterado pelo próprio
desvio daqueles espíritos de sua missão. Os contatos
com Capela foram rareando e redobrados os esforços para guiá-los
na direção certa. A volúpia da autonomia foi
dominando e os afastou cada vez mais dos planos originais, sendo determinada
sua extinção pelos Grandes Orixás. Desencarnados,
aqueles espíritos não tinham condições
para encarnar em Capela e nem poderiam reencarnar na Terra sem um
plano estabelecido pelo Planeta Mãe - Capela. Permaneceram,
então, no etérico, exercendo suas influências
nos terráqueos. Foram-se organizando em poderosas legiões
de seres etéricos, em cujas consciências mal penetrava
a voz do espírito. Aprisionados entre duas dimensões,
esses espíritos se apegaram aos corpos físicos, iniciando
um processo obsessivo em massa, fazendo com que os últimos
cinco mil anos antes do nascimento de Jesus fossem marcados por violentas
guerras e destruições. Ambições, ganância,
violência, vaidade, ódios, impiedade e um barbarismo
cruel eram frutos da desagregação progressiva da mente
humana, sujeita às almas deformadas, surdas de suas consciências,
da voz de seus próprios espíritos. Formou-se, assim,
a grande massa de sofredores. Para nossa Doutrina, o sofredor é
um espírito sem Luz, desencarnado em tristes condições,
que não consegue seguir sua jornada e fica pairando em planos
perto da Terra, porém sem luz solar, sem sons ou quaisquer
outras formas energéticas do plano físico, influenciando
espíritos encarnados com suas vibrações pesadas,
especialmente os médiuns de incorporação, que
sentem seus efeitos com sua aproximação. Ele se liga
ao ser humano pelo padrão vibratório e só tem
acesso quando a vibração do encarnado desce até
a sua. Geralmente o espírito sofredor continua com as impressões
do mal que o levou ao desencarne - dores de doenças terminais,
de desastres - e tem grande apego pelas coisas materiais que lhe pertenceram
em vida. Na verdade, ele não tem consciência do desencarne,
e sofre, em sua mente, dores que lhe acometiam o corpo físico.
Devemos ajudá-los, principalmente na Mesa Evangélica
(*), onde são levados por seus Mentores, para que possam receber
a doutrina e o choque magnético animal que lhes proporcionará
condições de serem elevados a outros planos, onde serão
recolhidos em albergues, hospitais e dependências de Casas Transitórias,
para poderem ser recuperados. O sofredor absorve, com nosso trabalho,
nossos fluidos mais pesados, permitindo que nosso organismo físico
e nosso psiquismo se equilibrem. Por isso, o médium de incorporação
deve constantemente incorporar sofredores. Como estes têm menos
técnica nas incorporações, deve o médium
ter consciência disso, soltando mais ectoplasma e procurando
fazer o mínimo de ruídos e gestos.
· “Não
há qualquer espírito que passe por nossos trabalhos
do qual não se faça a entrega obrigatória! Nosso
trabalho é exclusivamente de Doutrina! Não aceitamos,
em hipótese alguma, palestras, nos Tronos deste Templo do Amanhecer,
de Doutrinadores com entidades que não sejam os nossos Mentores,
espíritos doutrinários! Mesmo fora do Templo, consta-me
que os Doutrinadores que palestraram com exus, etc., atrasaram suas
vidas, pois eles não se afastaram de seus caminhos. A obrigação
do Doutrinador é fazer a doutrina, conversando amigavelmente
com o espírito, procurando esclarecê-lo, continuar seu
amigo, porém fazer sua entrega obrigatoriamente, com o que
ressalva sua responsabilidade perante os Mentores. Outros Doutrinadores
estão com suas vidas atrasadas simplesmente por sua irreverência
com os Mentores, acendendo para estes duas velas, saindo fora de seu
padrão doutrinário. Entre eu e os exus há um
laço de compreensão e respeito mútuo. Porém,
um Doutrinador, por não ser clarividente, não está
em condições de dialogar com eles, exceto no âmbito
da Doutrina.” (Tia Neiva, 7.5.74)
SOL
Quando os Equitumans (*)
chegaram à Terra, em sua missão civilizatória,
o Sol era, para eles, o centro de energia vital, e por isso buscavam
manter com ele a sintonia de suas forças. A Terra ainda buscava,
na época, sua rota de equilíbrio ao redor do Sol, o
que levava às alterações constantes e reajustes
nos seus aparelhos e construções. O Sol é o poderoso
polo magnético positivo de todo o seu sistema - o sistema solar
- e irradia forças de intensa magnitude, principalmente para
a recuperação energética dos seres vivos. Entre
as várias formas de captação da energia solar
está a SOLARIZAÇÃO, ou seja, a exposição
direta aos raios solares. Podemos obter a ÁGUA SOLARIZADA,
que é a água pura (de fonte, filtrada ou mineral) exposta,
em frasco branco, aos raios do Sol, captando e condensando as energias
solares, com grandes benefícios para o corpo físico.
O tempo mínimo de exposição é de uma hora,
mas o ideal é quatro horas. Pode-se, numa emergência,
usar uma pedrinha de gelo colocada em um copo de água, e deixá-lo
ao Sol. Quando o gelo derreter todo, já foi captada energia
suficiente, e a água está pronta para ser tomada. A
água solarizada deve sempre ser consumida não de uma
vez, mas em pequenos goles, tomando-se, em média, quatro copos
por dia: ao levantar, antes do almoço, antes do jantar e ao
deitar, sempre, preferencialmente, com o estômago vazio. A solarização
pode ser feita, também, em óleos, principalmente o óleo
de amêndoas. Pela cromatização é usada
a exposição ao Sol de água ou óleos em
frascos coloridos, como, por exemplo, azul, índigo ou violeta
para acalmar as dores; amarelo e turquesa para problemas de pele;
e dentro da ação das cores (ver Cromoterapia). A solarização
do corpo é mais eficiente se não forem usados óculos
escuros, pois os olhos fazem a recepção dos feixes coloridos
da luz solar.
SOL INTERIOR
O Sistema Planetário
do Homem compreende suas três esferas coronárias, seu
Sol Interior, governadas pelo Eixo Solar, em constante movimento no
âmbito de sua orbe terrestre. O PLEXO SOLAR - O SOL INTERIOR
- Formado por três vórtices, na região pouco acima
do umbigo, é o chakra (*) mais complexo, pois faz a ligação
do corpo astral ao corpo físico, processando energias que se
originam nas vibrações dos Astral inferior, Astral superior
e Mental inferior. É onde se faz a ligação do
Centro Coronário (*). Esferas sobre esferas, os três
vórtices unem-se em um talo complexo que termina entre a 1a.
e a 2a. vértebras lombares. O Eixo Solar do Homem é
uma espiral de energias que atua de forma perpendicular sobre a cabeça
do ser humano e governa suas esferas coronárias, o seu Sol
Interior, um sistema particularizado e individual, centro vital do
Homem, poderoso emissor e captador de energias e forças. Essas
esferas representam os três reinos de nossa natureza, vibrando
intensamente no plano físico - plexo físico -, no plano
psíquico - microplexo ou alma - e no plano etérico -
macroplexo, plexo etérico ou espírito, formando três
planos vibratórios diferentes, sendo cada um regido por suas
leis próprias e, embora dentro de relativa autonomia, os três
mantêm estreita relação entre si, formando uma
unidade composta por três elementos diferenciados. Isto é
o que, sob o ponto de vista iniciático, denominamos o mistério
do Trino, Tríade ou Trindade. Nosso sistema planetário
recebe as influências das diversas estrelas - Sivans, Harpásios,
Vancares, etc. Essas esferas não são físicas,
isto é, não são compostas por qualquer substância
palpável ou tecido, mas contêm as projeções
defeituosas de encarnações anteriores e levam as marcas
dos caracteres hereditários das famílias espirituais
- as afinidades psicológicas ou possíveis contradições
de caráter da mesma família. Deste Centro Coronário
partem sete raios de energia, sete forças que se distribuem
pelo organismo humano, terminando cada um em um chakra - o mesmo sistema
em dois planos diferentes, de onde são distribuídas
aos órgãos do corpo, vitalizando-os. No Doutrinador,
a força alimenta o chakra coronário; no Apará,
o chakra umbilical. É no Centro Coronário que se originam
as manifestações e os registros que calcam a sensibilidade
e envolvem, no físico, sua atuação passada que,
refletida no presente, forma o carma (*), a Lei de Causa e Efeito.
Na manipulação das energias, o Centro Coronário
emana fluidicamente a alma, alimentando-a com irradiações
energéticas, estimulando, vitalizando, gerando o BEM e o MAL,
marcando o próprio Homem com as conseqüências felizes
ou infelizes de seus atos. A condensação das energias
produz magnetismo (*) que, conforme a carga das forças manifestadas,
podem ser atraídas - centrípeta - ou emitidas - centrífugas.
Na Doutrina do Amanhecer se aprende a manipulação dessas
forças, que também variam em sua polaridade - o Sol,
polo positivo, gerando ânions, e a Lua, polo negativo, gerando
cations. Ectopia é a emissão de ectoplasma. O ectolítero
emite o ectolítrio, que vai acionar o chakra laríngeo
(*), permitindo que seja feita, melo médium, a emissão
do ectoplasma. Essa emissão, assim, depende diretamente das
condições proporcionadas pelo médium, de acordo
com a harmonia e o equilíbrio de seu Sol Interior e pelas vibrações
de sua mente. No Sol Interior se produz o ectoplasma (*) - ou fluído
magnético animal -, sendo variável em teor e em quantidade
conforme as metas cármicas ou programas do espírito
na Terra. É universal, porque todas as pessoas - espíritos
encarnados - o produzem, constituindo-se na base do padrão
vibratório (*) e da manifestação mediúnica.
De acordo com sua carga natural, dependendo das condições
de seu Sol Interior, o ectolítero proporciona ectolítrio
em níveis variáveis, influenciando a ectopia, a emissão
do ectoplasma. Quando equilibrado o Sol Interior, o médium
tem plena capacidade de emitir seu ectoplasma portador de várias
energias benéficas, seja um Apará ou um Doutrinador,
sentindo-se realizado em sua jornada. Na Doutrina do Amanhecer é
adotado o desenvolvimento natural da capacidade mediúnica de
cada um, proporcionando-lhe condições para que possa
controlar suas forças e energias, disciplinado-as suavemente
para que possam fluir pelos canais próprios, reunindo as energias
e fluídos ectoplasmáticos pelas forças centrípetas
e afastando e emitindo as energias, sob o comando do Eixo Solar, pelas
forças centrífugas, beneficiando o médium, trazendo-lhe
tranquilidade e paz, e, o que é mais importante, o conhecimento
de todo este complexo sistema, sensível à percepção
sensorial e extrasensorial. O ectoplasma é o portador das energias
emitidas pelo médium. Não é o seu canal de vibrações,
mas sim das energias e forças efetivamente produzidas de acordo
com as condições do Sol Interior do médium. O
médium desenvolvido e que não trabalha regularmente,
que fica muito tempo fora da Lei do Auxílio, corre o risco
de adoecer, porque é com o seu trabalho e com os seus sentimentos
que alimenta seu sistema nervoso, manipulando a energia de seu Centro
Coronário, que mantém o equilíbrio de seus órgãos
e realiza curas em seu próprio corpo. Quando emitimos a chave
“Salve Deus!” aglutinamos forças de proteção
do nosso Sol Interior.
· “Tudo o que
o Sistema Crístico podia fazer para os Homens está feito,
já deu a qualquer um a possibilidade de se encontrar consigo
mesmo, com sua individualidade. Quando os Homens preferem inventar
novos métodos, vão se afastando da realidade, que é
o Sistema. Quando se fala que o Jaguar tem o pé na Terra é
porque o Jaguar tem o pé no Sistema, explicado em termos do
nosso Sol Interior. Quando falamos em Sol Interior, estamos falando
numa filosofia cristã, e nenhum comentarista ou filósofo
cristão comentará esta palavra, porque ela só
vai ser encontrada no Evangelho se buscarem o Evangelho Iniciático,
isto é, o Evangelho cujo segredo só podemos entender
se tivermos iluminação por dentro. As palavras são
iguais para todos, mas alguns enxergam de uma maneira diferente e
chegam ao Sistema, se tiverem os pés na Terra. Entretanto,
no Evangelho, tudo se resume na prática destas três palavras,
que nós sempre repetimos: Amor, Tolerância e Humildade.
Agora, chegou o momento de saber até que ponto cada um de nós
adquiriu a capacidade de perdoar, de tolerar, de ser humilde, de não
julgar e de amar, e assim avaliar o ponto a que chegou em termos de
amor incondicional!” (Tia Neiva, s/d)
· “Todos nós
temos um Sol Interior que, pela força de seu pensamento, tem
como medida o grau de evolução. Este Sol deverá
ser desenvolvido, sempre com o objetivo de favorecer o Bem acima de
tudo, na Lei do Auxílio, completando o ciclo iniciático
nos três reinos desta natureza. Primeiro, procurar o equilíbrio
físico e moral, individualizando-se em perfeita sintonia com
Deus, para que a força da inteligência se torne perceptível
por sua expressão vibratória. Além desta vibração,
você deve saber movimentar os poderes do seu Sol Interior. São
fáceis os contatos físicos no plano físico quando
não temos muita terra no coração! Porém,
com o coração pesado, só encontramos a dor, a
angústia do espírito conturbado pela subdivisão
dos três sistemas do seu reino coronário, porque a tua
alma, divina, exige o teu bom comportamento. Quando assumimos o compromisso
de embarcarmos nesta viagem, viemos equipados para o Bem, assumimos
o compromisso para o reajuste de um débito, o qual não
somos obrigados a assumir. Porém, tão logo chegamos,
pagamos centil por centil o que prometemos!” (Tia Neiva, Carta
Aberta n. 1, 4.9.77)
· “Possua sempre
a paz interior, que é indispensável para que seu Sol
Interior (*) possa irradiar e iluminar sua luz a todo este Universo!
Conheço bem os seus caminhos, e peço por você
em meus trabalhos.” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 6, 9.4.78)
· “Aqui fizemos
uma Lei e, nela, nos complicamos muito. E, por ela, tentamos afirmar
aos olhos dos outros o que, na realidade, não sentimos. A Sociedade
nos ensina tudo o que é bom e honesto, porém a maioria
não entende a mensagem e começa a pesar o ouro e a prata
na balança. E vão abandonando os seus fornecedores,
que são o Sol e a Lua, a força energética que
nos anodiza e que nos dá a fortaleza para bem assumir nossos
destinos cármicos; e desenvolve o poder que está oculto
em nós mesmos. Sim, filho! Se existe um Sol Interior em nós
mesmos, que nos anodiza, colorindo nossos pensamentos, é importante
saber que, adquirindo o ouro e a prata que não pesa na balança,
adquirimos tudo o que realmente precisamos. Inclusive, saber que a
Lua representa a prata e o Sol o ouro. A Lua busca no neutrôm
as impregnações cármicas e, de conformidade,
o seu Sol Interior as vai separando, para que na força centrífuga
as afaste, para o seu bem, onde sempre são formadas estas impregnações,
doenças, até mesmo obsessões.” (Tia Neiva,
3.7.78)
· Porém,
o Homem tem igualmente a sua origem. Sim, porque partimos de um só
mundo, de uma só natureza. Dizem os nossos antigos que, ainda
na era em que o vento uivava e as frondosas raízes, como tentáculos
de um polvo feroz, se salientavam da terra e, na vida, reclamava o
Homem o seu calor, foi-lhe concedido o Sol Simétrico da Vida
do raciocínio! Deus atravessou o primeiro raio do raciocínio,
formando o plexo primeiro e o segundo, onde a alma se acomodava. O
primeiro sustentava o centro nervoso físico - o corpo - que
é o poder do prana. O segundo - o PLEXO PRANA - é a
vida no centro nervoso, conforme o seu amor ou comportamento, alimentando-se
pela Presença Divina, enquanto o plexo etérico rompe
o neutrom e sustenta o corpo, a carne. O Homem vindo de Capela chegou
a viver em corpo fluídico, a ponto de fecundação,
e nas grandes amacês nasceram os primeiros Homens com o Terceiro
Plexo, formando o Sol Interior, que é a formação
total do Homem, que forma o elo entre o Céu e a Terra, que
é o mais importante: o microcosmo ou microplexo. Por Deus,
formou-se o terceiro plexo! Deus e seus Grandes Iniciados formaram,
na Terra, o poderoso Helios, que quer dizer Sol Simétrico,
onde o Homem cresceu e se organizou na santa Centelha Divina. E como
tudo é completo neste Universo de Deus, seguiu-se o plexo da
vida na natureza, do animal e da planta. Foi colocado o plexo animal.
Surgiu o poderoso ERON, que quer dizer “Sol do Prana”. Eron,
conduzido pelo prana, conduz as forças da Natureza, em uma
só obediência, para Deus. Vieram, então, as grandes
inteligências. Formaram-se, também, os poderosos sacerdócios.
Saindo o mundo da somente Natureza, veio a necessidade da Contagem
das Tribos, e elas recebiam o Raio pertencente à sua evolução
e sobre suas origens.” (Tia Neiva, 19.9.80)
SOL SIMÉTRICO
VEJA: SOL INTERIOR
SOMBRA
Sombra é qualquer
espaço onde a luz não penetra, e, sob a visão
espiritual, designa os planos onde, pelas baixas vibrações
de ódios, rancores, sentimentos de vingança e apego
à matéria, espíritos desencarnados sofrem suas
incompreensões (veja Vale das Sombras). Mas recebeu a denominação
de sombra, em Psicologia, o conjunto de aspectos obscuros ou desfavoráveis
do indivíduo que, na estruturação de sua personalidade,
ficam relegados a um segundo plano, representando as tendências
débeis e menos adaptadas do “eu”, sufocadas pela
necessidade de a pessoa se harmonizar com seu ambiente de vida e com
suas obrigações psicológicas e sociais. O ser
humano, por força de sua personalidade, vai, desde tenra idade,
colocando uma máscara para esconder suas emoções
e seus sentimentos negativos - inveja, cobiça, falsidade, raiva,
ressentimentos, cobiça, etc. - a fim de satisfazer a necessidade
de, da melhor forma possível, parecer ser ajustado e agradável,
polido e generoso, àqueles que o cercam. Assim, desde criança
começa o Homem a criar sua sombra, seu lado negativo oculto,
por sua escala de valores, pela qual determina o que pode e o que
não pode exprimir, liberar. Esta seleção vai
determinar o poder oculto do lado negativo, onde colocamos nossas
experiências infantis, nossos ocorrências sentimentais,
apegos emocionais, rejeições, talentos e dons não
desenvolvidos. Para mantermos nossa conduta doutrinária, temos
que aprender a lidar com nossa sombra. Temos que ficar alertas com
nossas reações com as qualidades ou deficiências
das outras pessoas. Quando temos uma grande aversão - preguiça,
sensualidade, estupidez - ou uma grande admiração -
cultura, inteligência, espiritualidade - pode ser que tais sentimentos
estejam sendo projetados por nossa sombra. Outras projeções
podem fazer com que, repentinamente, fazemos ou falamos algo diferente
do nosso estado comum, dando vazão à nossa parte oculta,
às nossas emoções inferiores ou temidas, através
de atos exagerados, impulsivos e não intencionais, de explosões
de raiva e nas reações que temos ao nos sentir humilhados
ou ameaçados. Por isso, temos que buscar entender as mensagens
do Evangelho e dos Mentores do Amanhecer, para que possamos receber
as forças cósmicas em toda a sua plenitude, e, por ação
delas, de forma cruzada com nossas forças mentais e vitais,
manter a nossa sombra sob controle, evitando emissões de cargas
negativas que alteram todo o nosso padrão vibratório
e, na maioria dos casos, atinge os que estão ao nosso redor.
Casos de comportamentos indistintos, sentimentos e ações
intensamente negativos, sofrimento de aspecto neurótico, doenças
psicossomáticas, depressão e abuso das próprias
forças, são exemplos freqüentes de atuação
da sombra. Com equilíbrio e conhecimento, o Jaguar vai aprendendo
a lidar com sua sombra, chegando ao ponto bem definido de identificação
das suas atitudes conscientes e da sua profundeza inconsciente, resultando
em uma aceitação mais autêntica de sua missão,
controlando as repentinas emoções negativas, sentindo-se
mais livre de culpas ou pecados ligados aos sentimentos e atos negativos,
podendo, assim, dosar suas vibrações e refazer a sua
escala de valores, evitando estado vibracional que facilitaria a ação
de espíritos obsessores e cobradores, que iriam agravar todo
o quadro pelo qual estivesse passando. Enfrentar, conhecer e dominar
nossa sombra é fator muito importante para que possamos estabelecer
nossa efetiva conduta doutrinária.
· “No mundo
físico, muitas vezes ocultamos certos comportamentos a que
nosso plexo nervoso nos obriga. Sabendo que o nosso mundo social se
escandalizaria, escondemos, e Deus nos ajuda, pela razão do
nosso sentimento em não querer desafiar os laços sociais
do nosso mundo.” (Tia Neiva, 6.6.80)
· “A tua consciência
pura, tão somente, não te livrará da maldade
dos olhos físicos. É caridade, também, dar satisfação
do teu comportamento ao teu vizinho, que não conhece a tua
consciência.” (Tia Neiva, 12.11.81)
SONHOS
O sonho é uma vivência
ou sequência de imagens que ocorrem durante nosso sono, provocando
movimentos oculares, aceleração das ondas eletroencefalográficas,
alterações neurovegetativas, descargas de adrenalina,
etc., como se a pessoa estivesse realmente vivendo aquelas situações.
Pelos estudos científicos, afirma-se que uma quarta parte do
tempo que se dorme é ocupada pelos sonhos. Não devemos
nos preocupar nem nos deixar impressionar pelos sonhos, o que poderia
nos levar a situações de desequilíbrio. Há
sonhos que nos revelam verdades, mas temos que ter o maior cuidado
em não nos envolvermos com interpretações supersticiosas.
Existem vários fenômenos da alma que se confundem com
a idéia de sonhos. Na realidade, são desdobramentos,
quando a alma sai a vaguear, buscando seus anseios, quando muitas
pessoas têm premonições de acidentes, mortes ou
doenças afetando seus entes queridos, ou, então, quando
existe alguma sobrecarga de sensações ou emoções
que ficam atuando na mente. Não se deve confundir sonhos com
o que vivenciamos em nossos momentos de vigília, isto é,
quando ainda não estamos adormecidos e vemos algumas imagens
representativas e o pensamento perde a sua capacidade dedutiva, aumentando
nossa imaginação e a capacidade criativa. Nos médiuns
do Amanhecer, são comuns pequenas lembranças de trabalhos
que realizam no plano etérico, principalmente no Canal Vermelho,
que são interpretadas como sonhos. Tia Neiva dizia que muitos
Doutrinadores se transportavam para o Canal Vermelho, durante o sono,
para completarem seus trabalhos nos Tronos ou na Mesa Evangélica.
· “Os obstáculos
são atraídos pela força do nosso triste pensamento!
Não se impressione com os sonhos e não fique a querer
interpretá-los. O sonho é uma arma dos supersticiosos.
Procure o lado bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere
sempre o melhor. Com o coração esperançoso, teremos
todas as coisas nobres que desejarmos. Filho, o que desejo é
transmitir um pouco desta sabedoria que a Vida Iniciática nos
tem proporcionado nesta jornada!” (Tia Neiva, 17.6.83)
SONO CULTURAL
Quando se dá a
concepção, aquele espírito que vai reencarnar
inicia, ainda no plano etérico, seu sono cultural, fase de
desassimilação, onde toda a memória se apaga,
e que se prolonga até o feto completar três meses, quando
ele vai despertando à medida em que aperfeiçoa seus
sentidos terrenos. É colocado em torno do corpo, sob a pele,
razão pela qual é denominado perispírito, revestindo-se
da mesma substância da alma, dela se diferenciando por ter uma
herança transcendental, enquanto a alma tem, apenas, a herança
de uma encarnação. (Veja Reencarne)
SORRISO
VEJA: ALEGRIA
SUBCOORDENADOR
Em 1999, o Trino Ajarã
estabeleceu nova sistemática para a administração
dos Templos do Amanhecer, com a grande parte dos Presidentes passando
a Presidência aos Vice-Presidentes e criando Subcoordenadores
regionais e Subcoordenadores Presidentes, que têm por missão
ajudar o Trino Ajarã nas tarefas da Coordenação.
(Veja: COORDENAÇÃO DOS TEMPLOS EXTERNOS)
SUBJUGAÇÃO
Subjugar é o domínio
moral, a profunda influência de um ser sobre outro, e denominamos
como subjugação o processo final de uma obsessão
(*), em que a vítima é tomada totalmente pelo obsessor,
confundindo-se seu estado com os quadros patológicos de esquizofrenia
e loucura, em estado de completo desequilíbrio mental e comprometimento
físico, com sistema neuromuscular refletindo uma total descoordenação,
tendo alucinações visuais e auditivas, desligamento
afetivo, desinteresse pela realidade e profundo desprezo pela vida.
SUBLIMAR
Sublimar é o fato
de alguém julgar que atingiu um grau muito elevado na escala
de valores morais, intelectuais ou estéticos. O Homem que se
deixa levar por sentimentos de superioridade, principalmente em uma
religião, doutrina ou seita, sentindo-se próximo da
perfeição e muito mais adiantado do que seus semelhantes,
está sublimando. Quando encarnado, o médium do Amanhecer
deve estar alerta consigo mesmo para evitar o difícil estado
de sublimação. Na Terra, não temos condições
de nos tornarmos santos, pois somos pólos geradores de energia
vital, de magnético animal, que é a força da
Terra, a força do Jaguar. Temos, sim, na Doutrina, todas as
condições para nossa evolução, trilhando
com amor, tolerância e humildade, a Nova Estrada, o caminho
de Jesus, entregando-nos à Lei do Auxílio. Querer ser
santo ou sentir-se um santo é total desequilíbrio, sublimação
perigosa, um precipício onde nos lançam o orgulho, a
vaidade e o fanatismo. O Homem, em sua jornada, especialmente o Jaguar,
tem como dever lutar por tudo aquilo que deseja, dentro de seu livre
arbítrio, tanto em sua vida material, buscando o conforto e
bem-estar daqueles que lhe foram confiados, como na sua vida religiosa.
A sua mente precisa irradiar sua força e seu amor em todos
os sentidos, como um sol radiante emite seus raios. Aquele que estaciona,
se acomoda, para de lutar e se conforma com sua vida torna-se irrealizado.
O conformismo é o símbolo da derrota do espírito.
O Homem deve ter sempre, em sua mente, a consciência de que
jamais encontrará tranquilidade na Terra.
· “A sublimação
do pensamento reflete um estado de espírito de consciência
sensível à evolução do espírito.
A sublimação no mundo físico - sublimação
a nossos olhos - nos dá, realmente, a posição
feliz do espírito em paz consigo mesmo. Sim, o Homem sublimado
em sua crença tem seguro o seu caminho. Porém, o espírito
passa a criar sua própria imagem e, pelo pensamento, começa
a sentir-se o imortal, o injustiçado. Então, num mundo
de expiação e provas, não podemos assimilar muito
entre o que é bom e o que nos faz mal. Meus filhos, somos uma
máquina a sermos burilados pelos nossos próprios destinos.
Somente o amor nos guia e nos testa a todos os instantes de nossas
vidas cármicas. Sofremos o impacto da Vida e da Morte! Por
conseguinte, temos que, acima de tudo, exemplificar o nosso comportamento
e, se estamos neste anfiteatro, temos que proporcionar tudo que temos
para que possamos servir sem servirmos como espelho vivo, o que é
tão importante para nossa evolução como filhos
de Deus Todo Poderoso. Irmanando-nos a Jesus Cristo, Nosso Senhor,
emitimos a mais bela harmonia no amor incondicional. Ser honesto em
todos os sentidos: não te esqueças de que, por mais
escondido que estejas, a tua sombra bem poderá ser vista. Eis
porque, meu filho, as dificuldades do Homem quando precisa caminhar,
mesmo que seja por curtas passagens, pelas sombras!... O mesmo acontece
ao Homem que tenta sublimar, por vaidade religiosa. O que acontece:
o seu centro nervoso real se inflama e ele passa para um quadro psíquico,
tornando-se uma arma perigosa, decepcionando os que acreditavam em
seu estranho comportamento. Sim, meu filho, aqui na Terra, em seus
carreiros, estamos representando os nossos cem anos de existência,
o que é o máximo aos olhos de todos os povos deste mundo.”
(Tia Neiva, 24.5.80)
SUDÁLIO
Onde se trabalha com a
força dos Caboclos e das Caboclas é sempre um grande
poder desobsessivo. No Sudálio, cujo Sanday consta do Livro
de Leis, o paciente deve passar por três entidades, recebendo
os passes, com muita força desobsessiva, que retiram as possíveis
impregnações, resíduos porventura existentes
após ter ele passado pelos outros trabalhos no Templo. Pode
acontecer – embora raramente – a presença de um Preto
Velho no trabalho. No Castelo do Sudálio, no Templo-Mãe,
é realizado o trabalho de Defumação (*).
SUDARO
Sudaro é como se
denominam os dois pedaços de organza que formam, com o echê
(*), o arranjo que as prisioneiras colocam no lado esquerdo de suas
cabeças, sendo um da cor da capa e outro de qualquer cor, tanto
para a ninfa Lua como a Sol. Após passar pela representante
da Condessa, as ninfas tiram seu echê e o sudaro, mas não
devem se desfazer deles, deixando-os aos pés de Pai Seta Branca,
como comumente fazem. Devem, sim, guardá-los para serem usado
em outras prisões, assim como sua indumentária..
SUICÍDIO
O suicídio é
um ato condenado em quase a totalidade das religiões e doutrinas,
uma vez que a vida não pode ser interrompida pela vontade da
própria pessoa. Isso inclui a eutanásia, que é
a morte provocada para evitar sofrimentos de doenças fatais
e incuráveis. Sob o ponto de vista de nossa Doutrina, há
alguns aspectos a considerar. O primeiro, que compreende a eutanásia
(*), mostra o desconhecimento da Lei do Carma, e corta as oportunidades
que aquele espírito oferece a si mesmo e aos que estão
ao seu redor para reajustes transcendentais, às vezes os mais
importantes para o plano reencarnatório daquele espírito.
Em seu leito de dor, dependendo do carinho e cuidados dos outros,
aquele espírito se reajusta e alivia seu carma e oferece condições
para que seus cobradores também possam se reajustar. Com a
morte abreviada por métodos científicos, ele corta esse
quadro, mergulhando geralmente no desespero de uma obra inacabada.
Isso caracteriza uma violação das leis dos planos etéricos.
Existe, também, aquela pessoa que sabe que não pode
fazer algumas coisas, sob risco de vida, e as faz continuadamente,
tal como fumar, beber ou ingerir drogas. No fundo, existe uma forte
vontade de autodestruição, um suicídio a médio
ou longo prazo. Um outro aspecto do suicídio é aquele
que dá a vida para salvar outra. São muitos os casos
assim caracterizados, um sacrifício que provoca infindáveis
discussões, sem que se consiga uma resposta adequada, uma vez
que são usadas as mais variadas formas de julgamento. O que
sabemos é que a ninguém é facultado morrer ou
não, pois temos um plano reencarnatório para ser cumprido,
onde escolhemos quando e como desencarnar. Quando, abatido pelo desânimo,
alguém decide abandonar a vida, está agravando seus
sofrimentos ao invés de se aliviar. Quem pensa que pode se
livrar de situações angustiosas e do sofrimento pelo
suicídio vai ver que, após a morte de seu corpo físico,
continuará vivo e terá que arcar com as conseqüências
do seu desvario. Todavia, há condições extremas
de tensões emocionais que podem levar ao total desequilíbrio
do sistema nervoso do Homem, levando-o à privação
de sentidos que o levam a matar, inclusive a si mesmo! Um importante
fator a ser levado em consideração, em qualquer situação
que leve a um suicídio, é a obsessão exercida
por um espírito desencarnado e que, muitas vezes, conduz uma
pessoa a esse gesto extremo. Neste caso, a espiritualidade sabe que
aquela ação não foi cometida fria e premeditadamente,
e a aceita e dá uma nova oportunidade àquele espírito,
que deverá cumprir outro tempo na Terra, reencarnando pelo
tempo necessário ao cumprimento do que fora planejado.
· “Estava na
minha frente, para ser consultada, uma bela senhora de cerca de 40
anos, recentemente viúva de um suicida. Junto com ela estavam
sua sogra, um jovem aparentando 18 anos - um belo rapaz com um futuro
prometedor - e uma jovenzinha me parecendo leviana, porém de
bom aspecto. Vi que se tratava de uma família. “Veja o
que pode fazer pela minha sogra, Tia Neiva. Vim para consolá-la,
porque Lúcio se suicidou e ela está sofrendo muito (Lúcio
era filho da anciã). Ela está me dando muito trabalho.
Vê se a faz esquecer, faça qualquer coisa que me dê
sossego!” “Sim, - disse a anciã - a minha maior dor
é saber que meu filho não tem salvação.
Foi tão bom!... Não sei como pode fazer isso!”
A viúva arrematou depressa e com desprezo pelo marido: “Deixou-nos
na pior situação. Enfim, traumatizou todo mundo!”
Disse o rapaz: “Sim, Tia Neiva, pelo amor que meu pai tinha por
nós não é fácil entender o que ele fez
e nem tampouco para mim e minha pobre mãe viver sem ele. Foi
horrível o que passei, pois, no fim, ele mostrou que não
gostava mesmo era da gente, Tia Neiva. Minha avó, coitada,
pensa no quanto ele irá penar. Nisso eu não acredito
muito, pois sei que Deus não irá deixar, porque ele
era bacana mesmo, compreendia a mim mais do que todo o mundo. Quando
eu não estava satisfeito com as coisas da mãe, ele sempre
me dizia que o filho que não gosta da mãe nunca se realiza.
Era bacana mesmo... Não sei como foi tão fraco!”
Depois, ficamos calados, só ouvindo os soluços da vovozinha.
São os restos do carma, logo a senhora estará com ele
- disse eu com tranquilidade e falando com carinho à pobre
sogra. A viúva começou a tagarelar sem parar e sem qualquer
sentimento de amor: “Como, Tia Neiva? - falou a anciã
- A senhora não entendeu que ele se suicidou? Deu um tiro nos
miolos, e agora só Deus sabe por onde anda meu filho!... Meu
pobre Lúcio! Não sei. Um homem tão culto... Quis
ser médico, e foi. Quis seguir a mesma profissão do
pai, pobre pai, pobre marido meu, que Deus o tenha também em
bom lugar. Era como Lúcio, seu filho, um homem bom. Morreu
do coração. Foi um golpe duro para mim, porém
não tão duro como este do meu filho. Sim, Tia Neiva,
o meu mal foi ter me casado com outro. Não dei satisfações
ao meu Lúcio e este atual marido não combinava com ele.
Por causa deste infeliz, Lúcio estava afastado de mim. Lúcio
saiu de casa e só voltou quando ele foi embora. Será,
Tia Neiva, que foi por isso que ele se suicidou? Guardou toda a vida
esta mágoa?” Será que não foi pelos atritos
com Lúcio Júnior? - perguntei. “Não, - respondeu
a anciã - ele até queria a grande herança de
meu marido. Lúcio, coitado, ficou decepcionado comigo. Sempre
que podia, me falava: o Homem nunca pode pensar nos defeitos da mãe.
Mas ele sempre me beijava, ria e ficava por isso mesmo. Acredito que
era só da boca para fora.” Terminado o diálogo,
vi que o pobre suicida se fora para evitar desgraça maior,
pois o quadro daquela gente era o pior possível! Somente o
jovem sofria, pois perdera o pai para se salvar. Chamei o Tiago e
recomendei um trabalho. Fiquei observando se Lúcio se manifestava
por ali, porém ele não veio. Obsessor? pensei. Fui,
então, encontrá-lo no Canal Vermelho. Aproximei-me dele
e disse: Estive com sua família, seu filho e sua filha, seus
dois filhos. “Só tenho Fernando e Fernanda. O que Fernando
pensa de mim? A senhora sabe?” Sei - respondi - bem como também
sei o que o levou ao suicídio. “Falou com ele?” perguntou-me
desesperado. Não, tenho um juramento na Terra que me obriga
a respeitar os sentimentos dos outros e seria incapaz de denunciar
alguém. “Fui suicida e, no entanto, aqui, ninguém
me condenou por isso.” Sim - disse eu - foi aquilo que eu aprendi:
a respeitar os outros. “E minha mãe?” Sua mãe,
Lúcio, sentiu e sente a maior dor! “Meu Deus!” gemeu
Lúcio. Lúcio, sua mãe optou pelo homem que amou,
quando você partiu pela primeira vez, e a mãe não
tem porque optar senão pelo próprio filho. “Sim,
Tia Neiva, foi horrível no dia que meu padrasto me esbofeteou,
na frente de minha mãe, dizendo que ele ou eu ficaria naquela
casa, e minha mãe disse que ia me levar para a casa de minha
avó, mãe do meu falecido pai. Tive uma decepção
tão triste que nunca mais me recuperei, apesar de todo o carinho
de minha avó. Minha mãe não me quis, preferiu
ficar ao lado do homem a quem amava. Mesmo traumatizado e cheio de
tristeza, casei-me. Minha esposa parecia me amar muito. Tivemos dois
filhos maravilhosos, Fernando e Fernanda. Tudo corria aparentemente
bem. Foi então que entrando na casa de Marcelo, meu maior amigo,
ouvi a voz de Edna, minha esposa. Marcelo veio ao meu encontro e perguntei
de quem era aquela voz. Ele gaguejou e disse que não era ninguém.
Desci e fiquei em frente à casa, até que saíssem.
E quem saiu foi ela, a própria Edna! Fiz uma viagem, porém
aquilo não saía de minha cabeça, pensando em
tudo que um homem traído em seu casamento pode pensar. Ela
não se modificou e Marcelo também persistiu no erro.
Eu não quis mais ver o que estava acontecendo. Tive vontade
de matar os dois, porém decepcionar Fernando com sua própria
mãe não era possível. Se eu morresse, ele nunca
ficaria sabendo da sua traição. Pensei comigo: se tudo
estiver bem para Fernando, espero aqui o que Deus quiser. Deus há
de me perdoar por minha pobre incompreensão. Tenho certeza
de que, um dia, Deus me perdoará!” É verdade, pensei.
Fernando estava sem complexos, vivendo sua vida e amando ainda mais
sua mãe. Estávamos bem, quando ouvimos a campainha da
chamada. “Está vendo para onde irei?” perguntou-me
Lúcio. Você vai para o outro lado deste Canal - respondi.
Ele partiu, e soube que tinha ido para reencarnar e pagar na carne
o seu erro de se suicidar. E qual a sua pena? Voltará com uma
forma de disritmia. Perguntei quem seria sua mãe. Sua mãe
será novamente a mesma velhinha, porque rejeitou o direito
de criá-lo, fazendo assim seu primeiro trauma, por ter preferido
o homem que amava, deixando que ele fosse para a casa de sua avó.
O desequilíbrio de uma mãe desajusta uma família.
No outro sábado, aquela família voltou para falar comigo
e, vendo-os sentados à minha frente, tive vontade de dizer
tudo: que tinha me encontrado com Lúcio no Canal Vermelho e
que era ela a única responsável pela sua morte. Como
sempre me limito, apenas, a proteger, porque entreguei meus olhos
a Jesus para nunca escravizar ninguém com palavras ou por insinuações,
e muito menos por julgamento. Fico frustrada pensando nas palavras
de Pai Seta Branca: ajudar, comunicar sem participar, não dividir
nem tomar partido das pessoas!” (Tia Neiva, dez/79)
SUPERSTIÇÃO
A superstição
se caracteriza por idéias e ações fora ou além
da verdade religiosa, qualquer que seja a corrente ou doutrina, induzindo
o Homem a um culto falso de imagens e objetos, a confiar mais no formalismo
dos rituais do que no amor da Espiritualidade Maior e a utilizar meios
impróprios e condenáveis para a realização
de seus desejos, cruzando correntes e caindo na atuação
do Vale das Sombras (*). Existem vários graus de superstição,
e muitos são encontrados no comportamento de médiuns
do Amanhecer, o que significa que ainda não apreenderam as
lições de Koatay 108 nem da Espiritualidade Maior, tão
límpidas para nos esclarecer sobre as verdades da Doutrina.
· “Sim, filho,
aquele que segue somente o caminho da devoção faz com
ele um círculo vicioso até se impregnar da superstição.
Há muitas naturezas neste mundo como há muitas riqueza
no céu. É o que vejo, é o que sinto.” (Tia
Neiva, 12.12.78)
SURDOS
O surdo é aquele
que não ouve ou pouco ouve, mas, em sentido figurado, se refere
àquele que é indiferente, impassível ou insensível.
Quando nos referimos aos “cegos, surdos, mudos e incompreendidos”
não estamos falando de alguma deficiência física,
mas, sim, sob o aspecto espiritual, vibracional. Aquele que é
portador de uma deficiência física está cumprindo
a Lei de Causa e Efeito, o seu carma (*), e só podemos ajudá-lo
fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta,
sua provação. Mas nossa missão inclui aqueles
que têm deficiências que os levam a não ver, a
não ouvir, a não falar e a não entender as lições
da Espiritualidade Maior, e que podem ser curados pelas vibrações
de amor, pela tolerância e pela humildade. Ouvir é uma
ciência, pois não nos limitamos a escutar o que nos dizem
mas, sim, temos que buscar o que nos está sendo dito. Quando
ouvimos com atenção nos integramos na comunicação,
através da sensibilidade, e conseguimos entender o que nos
foi dito e o porquê do que foi transmitido. O sentido amplo
do termo compartilhar inclui o saber ouvir verdadeiramente. Nosso
relacionamento com aqueles que estão junto a nós vai
depender muito da maneira como vamos ouvi-los. Isso inclui nossos
Mentores, que nos falam com amor e dedicação, mas pouca
atenção damos ao que nos dizem. Os surdos não
podem ouvir as palavras de Deus, nem aquelas que estão impregnadas
pelo amor e pela tolerância. Conseguem ouvir muita coisa, mas
só escutam aquilo que querem. Nós temos exemplos muito
comuns nas pessoas que passam por diversos Tronos, ouvem mensagens
e mais mensagens, mas não ficam satisfeitas, até que
ouçam o que querem ouvir. Jesus, segundo Mateus (XIII, 13 a
18), explicou: “Por isso é que eu lhes falo em parábolas;
porque, vendo não vêem, e ouvindo não ouvem nem
entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías,
dizendo: “Ouvireis com os ouvidos e não entendereis; e
vereis com os olhos, e não vereis. Porque o coração
deste povo se fez pesado, e os seus ouvidos se tornaram duros e se
fecharam os seus olhos; porque não vejam com os olhos, e ouçam
com os ouvidos, e entendam com o coração, e se convertam,
e eu os sare!” Ditosos, porém, os vossos olhos, porque
vêem e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois, em verdade vos
digo: muitos profetas e muitos justos desejaram ver o que vós
vedes, e não o viram, e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.”
SURIÊ
O suriê é
um poderoso receptor de energias positivas, como se fosse uma morsa
gigantesca, tem ação altamente positiva e energizante,
devendo ser usado sempre que o mestre for participar de trabalhos
com maior concentração de energia, especialmente se
for comandar um Sanday. Como garante a recepção de grandes
quantidades de energias especiais, deve-se ter o maior cuidado com
o suriê, deixando-o guardado em um lugar onde possa irradiar
sua força, como, por exemplo, na cabeceira da cama, e procurando
evitar expô-lo aos raios do Sol, motivo pelo qual ele é
acompanhado de um saquinho especial.
· “Meu filho,
esta cruz é a estrutura de um suriê, que representa Koatay
108. Pode ser colocada na cabeceira da sua cama ou no seu Aledá.
Nas hora de necessidade espere, em Cristo Jesus, que ela lhe alcance.
Esta cruz só conserva o seu encanto em lugar que haja o seu
calor. Ela é um ponto de irradiação das Legiões.
Ela é o seu Aledá!” (Tia Neiva, Mensagem que acompanhava
o suriê, S/d)