RACIOCÍNIO
O raciocínio é
o mecanismo analítico da mente, pelo qual se faz o encadeamento
ou a coordenação lógica de dois ou mais juízos,
que leva à formação do todo, de uma conclusão.
É uma das principais funções da energia mental
(*), porque examina tudo o que a consciência apreende e vai
permitir que o Eu selecione o que deve permanecer ou ser rejeitado.
A Lógica clássica o define como a 3a. operação
elementar do espírito, porque pressupõe a idéia
e o juízo. Pelo raciocínio se colocam em ordem as informações
que a psiquê recebe, de acordo com o objetivo que se pretende
alcançar, porém sempre visando à descoberta e
demonstração da verdade. A expressão material
do raciocínio é o argumento. É a utilização
do conhecido para o conhecimento do desconhecido, segundo Tomás
de Aquino. Obedece a uma colocação sucessiva de momentos,
onde há um antes e um depois - as premissas e as conclusões
- onde o conseqüente sempre vem após o antecedente, pois
dele deriva pela necessária implicação, exprimindo,
na maioria dos casos de forma imperfeita, o caráter fragmentário
e analítico da inteligência, por estar limitado às
condições físicas. Baseado na própria
bagagem transcendental, o raciocínio parte do universal para
o particular e tende a passar de uma consideração de
fatos particulares à formulação de conceitos
gerais. O instrumento básico do raciocínio é
a inteligência, capacidade do indivíduo de se aprofundar
no exame de tudo que a sua consciência percebe. Assim, raciocínio
e inteligência são fatores de verificação
de nossa mente, sendo o pensamento a forma de expressão. Raciocinar
é aglutinar idéias - impulsos, sensações,
imagens, etc., constituindo-se na parte mais ativa da energia mental.
RADAR
1. RADAR DO TEMPLO: O Radar
é o Nicho do Trino, isto é, um Santuário, um
Oráculo, onde ficam os Presidentes dos Trabalhos Oficiais e
os Comandantes dos Retiros. Pelo Radar flui a força harmonizadora
resultante de todas as forças em ação no Templo,
fazendo com que os trabalhos ali possam se desenvolver normalmente,
sem vacilos ou incidentes, filtrando forças negativas ou esparsas,
orientando médiuns e pacientes, enfim, atendendo a tudo o que
se fizer necessário para a correta condução dos
trabalhos e Sandays, inclusive procurando obedecer os horários
previstos para suas realizações. O Radar é privativo
dos Mestres Adjuração. É absolutamente proibido
ali depositar objetos ou manter conversas em suas proximidades, perturbando
a concentração dos que estão em seu trabalho,
principalmente conversas com os que estão sentados no Radar.
2. RADAR: Emblema do médium
consagrado Centurião.
RAINHA DE SABAH
Espírito de alta
hierarquia, a Rainha de Sabah conduz seu trabalho no Umbral, atendendo
aos espíritos que foram perturbados em suas encarnações
e não souberam como encontrar o Caminho de Jesus, deixando-se
levar pelos desesperos e pelas dores, ficando em triste situação
após o desencarne. A Rainha de Sabah, juntamente com sua Falange
de Guias Missionárias e Cavaleiros de Oxosse, os assiste e
os conduz às enfermarias e aos albergues. A invocação
da força da Rainha de Sabah é muito poderosa e desobsessiva.
PRECE DE SABAH
EU ESTOU RODEADO PELO
SER PURO,
E NO ESPÍRITO SANTO
DA VIDA, AMOR E SABEDORIA!
EU CONHEÇO A TUA
PRESENÇA E PODER, OH ABENÇOADO ESPÍRITO!
A TUA DIVINA SABEDORIA
AUMENTA SEMPRE A MINHA FÉ NA VIDA
E NA TUA PERFEITA LEI!
EU SOU NASCIDO DE DEUS, PURO DOS PUROS,
E SENDO FEITO À
TUA IMAGEM E SEMELHANÇA, SOU PURO.
A VIDA DE DEUS É
A MINHA VIDA
E COM ELE VIBRO EM HARMONIA
E INTEGRIDADE!
O CONHECIMENTO DE QUE
TUDO É BOM ME LIBERTOU DO MAL!
EU SOU SÁBIO, POIS
EXPRESSO A SABEDORIA DA MENTE
E TENHO CONHECIMENTO DE
TODAS AS COISAS...
POR ISSO EU VIVO MEU DIREITO
NA DIVINA LUZ, VIDA E LIBERDADE,
COM TODA A SABEDORIA,
HUMILDADE, AMOR E PUREZA...
SOU ILUMINADO NAS MINHAS
FORÇAS E VOU AUMENTANDO FORÇAS,
VIDA, AMOR E SABEDORIA...
CORAGEM, LIBERDADE E CARIDADE...
A MISSÃO QUE DO
MEU PAI ME FOI CONFIADA!
EM NOME DO PAI, DO FILHO
E DO ESPÍRITO! SALVE DEUS!
RAIO
VEJA: RAIZ
RAIZ
Raio ou Raiz é
algo como um estado de acomodação de forças em
movimento de destaque. Se formam pelos Grandes Iniciados, na Terra,
e, com nosso trabalho, estamos homogeneizando a Raiz do Amanhecer.
Cada raio ou raiz tem seu próprio conceito, porque atrai sempre
a mesma origem, formando uma contagem. O Raio é uma energia
bem caracterizada, emanada de um Oráculo ou de uma Cabala,
com força determinada e especial para cada tipo de trabalho.
Não existe Raio melhor ou maior, mas, apenas, diferenciação
em suas aplicações, em sua utilização.
Podem agir isoladamente ou em conjunto. Não há condições
de um médium saber quais ou o quanto de força está
recebendo. Isso depende de muitos fatores. Porém, com padrão
vibratório elevado, em sintonia e dentro de correta conduta
doutrinária, pode ficar certo de que estará recebendo
o máximo de energia que seu plexo pode suportar, para se realizar
em nossa Corrente. A raiz que nos rege, nesta Era, é o Raio
de Araken, Terceiro Sétimo de Xangô, projetado do Oráculo
de Ariano (veja: Simiromba). Há cerca de trinta dois mil anos
antes de Cristo, chegou à Terra um grupo de espíritos
missionários originários de Capela Estavam plenos de
Deus e da Eternidade, pois sua constituição era de pura
luz e sua individualidade era conhecida apenas de Deus e dos Grandes
Mestres. Para poderem cumprir sua missão, passaram a habitar
corpos densos e, para operá-los, tiveram necessidade de criar
corpos intermediários - as almas. Os Capelinos (*) vieram em
chalanas, desembarcando em sete pontos do nosso planeta – nos
Himalaias (região atual do Tibet); na Mesopotâmia (atual
Iraque); nos Hiperbóreos (atual região ártica,
incluindo a Groenlândia e o Alasca), na Atlântida (atualmente
submersa pelo oceano Atlântico); na Egea (civilização
que foi submersa na região do mar Mediterrâneo, dando
origem às ilhas gregas do mar Egeu); no Planalto Central Africano
(entre o lago Vitória e nascentes do rio Congo, no Zimbabwe);
e na cordilheira dos Andes (na faixa oriental da América do
Sul, atuais Peru, Bolívia e Colômbia), onde foram formados
portais de integração com forças cósmicas
e extracósmicas, constituindo-se em raízes. Nestes pontos
– as sete raízes - os Capelinos foram padronizando a exploração
das energias vitais com vistas à energização
da Terra, enquanto utilizavam energias das usinas solares contrabalançadas
pelas geradas por usinas lunares. Cada uma das regiões ocupadas
tinha seus planos evolutivos, sendo controladas suas alterações
na crosta terrestre e dispondo de aparelhos específicos para
os trabalhos. Com as quedas sofridas por estes espíritos Capelinos,
as raízes foram sendo perdidas pelo Homem, permanecendo em
contínuo funcionamento a dos Himalaias. Tia Neiva, missionária
que foi incumbida da renovação dos espíritos
Capelinos na Terra, através do estabelecimento da Doutrina
do Amanhecer, com base em duas raízes – a dos Himalaias
e a Andina - teve, também, que reavivar as forças adormecidas
das outras cinco, preparando a humanidade para o III Milênio.
Isso foi obtido no 1º de Maio de 1980, quando a Grande Consagração
reuniu as sete raízes, propiciando ao Jaguar a sua verdadeira
condição de trabalhador da última hora. No Anexo
V – Transcendentalidade da Doutrina do Amanhecer – poderão
ser vistos alguns detalhes das Sete Raízes.
· “Oxosse,
nosso Guarda, nosso Guia, Primeira Raiz protetora nativa desta tribo
espartana, raiz esta que influencia no misticismo da alma - microplexo
- dando esta faculdade de desenvolver o nosso Sol Interior.”
(Tia Neiva, 1-9-77)
· “Estamos
a remover séculos, em busca das raízes que deixamos.
Voltamos para evoluir o mundo que ferimos quando nos afastamos de
Deus, naquela noite triste de luar, quando a dura experiência
nos arrancou do mais alto castelo de força, baseada no imenso
poder químico, que transformava a água em pedra, e que
nos fez esquecer que, átomo por átomo, fomos por Deus
constituídos...” (Tia Neiva, 7-9-77)
· “Veleda era
um Jaguar, espírito nobre que, com seus olhos, dominava as
mentes e via quadros do passado, do presente e do futuro. Pitonisa
dos Germânicos, suas profecias eram sagradas e não sofria
qualquer forma de pressão entre o seu povo. Foi chamada a Roma,
onde sua fama tinha chegado, para ver o quadro do imperador Vespasiano.
Quando chegou a Roma, não conteve seu desprezo pela via que
levavam. Naquela época, a cidade atingia o apogeu de sua vida
de devassidão e orgias. Conduzida até o imperador, Veleda
previu a invasão dos Vikings, guerreiros mascarados que, vindos
do Norte, iriam destroçar os romanos e liquidar a cidade. Cheio
de ira, Vespasiano mandou prendê-la. Veleda era uma feiticeira
- dizia ele - e não havia lugar para ela em Roma. Decidiu que
a morte seria o castigo para quem ousava dizer que Roma teria um fim!
Vespasiano mandou conduzi-la à praça pública
onde, exposta ao povo, seria julgada pelo crime de prever o fim de
Roma. Junto a uma cruz, Veleda recebeu com carinho e amor aqueles
que a seguiam, que a entendiam como espírito superior que era,
e, já sabendo o destino que a aguardava, despediu-se de seus
guerreiros e de suas tropas. Conduzida por centuriões romanos,
foi amarrada a uma biga, sendo esquartejada pelos cavalos a galope.
Agora, no Primeiro de Maio de 1980, revivemos os últimos momentos
de Veleda, e penetramos no nosso Quinto, porque Veleda era uma conjunção
de cinco raízes e representava uma força viva.”
(Tia Neiva, 1.5.80)
RAMA 2000
A partir de janeiro/2000,
ficou estabelecido que somente seriam consagrados como Rama 2000 os
mestres indicados pelos Trinos Presidentes Triada.
JURAMENTO DA CONSAGRAÇÃO
DOS RAMA 2000:
Jesus! Venho nesta bendita
hora, compungido, receber o alimento do meu Sol Interior, que me harmoniza
e me ioniza nesta jornada, fazendo-me Jaguar entre o Céu e
a Terra, iluminando-me para o que é bom e o que não
é. Nesta Consagração, a força do movimento
esotérico me faz viver em Deus Pai Todo Poderoso! Oh, Jesus,
quero a paz interior do meu espírito! Vivo no físico
e não posso parar. Conservo a Tua mensagem quando nos dissestes:
“A mil chegarás; de dois mil não passarás!”
Hoje, recebo esta força básica em que fizestes esta
Cruz de Ansanta, das minhas heranças transcendentais, e colocastes
essa perfeição na harmonia do meu plexo físico,
fazendo-me encontrar comigo mesmo. Estou na vida de Deus, vivendo
Nossa Senhora. Aqui ficará o meu crepúsculo e partilharei
o meu rincão e o meu amor incondicional. Dá-me força,
Jesus, para que eu possa romper esta triste desarmonia dos que não
Te conhecem! Sinto-me Jaguar da última hora. Enfrentarei povos
e mundos designados ao Cavaleiro Verde, ao Cavaleiro Especial. Salve
Deus! (Tia Neiva, 4-2-85)
RANDY
O Randy é um trabalho
de grande efeito curador, tanto físico como etérico,
e que exige grande concentração e perfeita conduta de
seus componentes. Koatay 108 nos contou que, certa vez, estava no
alpendre da Casa Grande quando viu uma grande energia curadora passar
e chegar até uma senhora que estava na Rodoviária do
Vale, envolvendo-a e praticamente curando um mal do qual aquela pessoa
não tinha ainda sentido qualquer sintoma. Essa onda luminosa
vinha de um Randy que estava sendo realizado. Em outra oportunidade,
conduzi um visitante que, pela primeira vez, estava percorrendo nosso
Templo. Era um médium vidente, Kardecista, meu colega em nosso
trabalho material. Ele parou maravilhado diante do Randy, e afirmou
que estava vendo a paciente, que estava deitada na cama, sendo operada,
em sua região abdominal, por uma grande equipe de Médicos
do Espaço. O trabalho do Randy está no Livro de Leis.
RAZÃO
A razão é
o conjunto de fatores que levam o Homem à escolha do caminho
certo, em sua jornada, resultado da elaboração equilibrada
de seu intelecto (*), de sua inteligência (*) e de sua energia
mental (*), constituindo-se na diferença entre o Homem e os
três reinos da Natureza, pois se relaciona diretamente com dois
mecanismos da mente - equilíbrio e consciência, controlando
ações e reações e se sobrepondo aos instintos.
A razão direciona o raciocínio e abre as perspectivas
para a verdadeira aplicação do livre arbítrio,
permitindo que o espírito encarnado tome suas decisões
e se posicione corretamente na sua caminhada, em seu lar, na sociedade
em que vive e, especialmente, em qualquer doutrina ou seita que abrace,
aprendendo a perceber a natureza boa ou má das coisas e dos
seres, sabendo fazer uma idéia, o melhor possível, de
tudo e de todos, independentemente de sua vontade e de seu gosto,
guiando-se somente pelo real e pela verdade. Muito ouvimos Tia Neiva
e Pai Seta Branca nos alertando para o fato de que “a lei física
que nos conduz à Razão é a mesma que nos conduz
a Deus!”
· “É
claro que teríamos de ser como somos, preparados, seres angelicais,
perfeitos, divinos! O fundamental é saber assimilar, sempre,
a força que temos. Quando a razão te falar, não
siga de imediato. Presta bem atenção nas causas ou projetos.
Enquanto não sentires perfeito ao teu redor, considerando que
a razão que te guia é a mesma que te condena, procura
te conheceres bem, para saberes se estás só. Muitas
vezes os nossos impulsos são tirados pela nossa razão.
Não somos suficientemente preparados e tudo que expomos terá
que ser cuidadosamente examinado por nós mesmos.” (Tia
Neiva, 28.6.77)
· “Vamos, hoje,
individualizar nossa posição na Terra, esclarecendo-nos
de tudo que nos faz sofrer. Esta minha mensagem precisa ser ouvida
na individualidade, sem o turbilhão da tarefa de cada dia,
porque a paisagem que nos cerca, muitas vezes, nos envolve, desperdiçando
energias, pois o espírito, na Terra, está sempre indeciso
entre as solicitações de duas potências: o sentimento
e a razão! Para terminar esse conflito é preciso que
a Luz se faça em nós. Sabemos que a alma se revela por
seus pensamentos e também pelos seus atos. Porém, nem
por isso devemos nos escravizar. Jesus nos coloca como discípulos
ao alcance dos mestres!” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 3, de 25-9-77)
· “Faz-se preciso
a maior concentração da alma sobre si mesma, a mais
profunda introspeção, fazendo agir a percepção,
nessa busca para encontrar os fatos, agindo à luz da razão
em todos os campos psíquicos...” (Tia Neiva, 9.2.80)
REAJUSTE
O reajuste é fator
pelo qual o Homem se torna a ajustar, a harmonizar, a acertar as faltas
cometidas em existências anteriores, tanto com seu próprio
espírito como com outros, encarnados e desencarnados, buscando
sua libertação e, consequentemente, sua promoção
a planos superiores após seu desencarne. Em seu caminho para
voltar às origens, o Homem reencarna dentro de um plano de
trabalho elaborado em conjunto com seus Mentores, em que são
previstas dificuldades, em graus variáveis, visando sua evolução.
Cumprir ou não esse plano depende do livre arbítrio
daquele espírito e o resultado positivo ou negativo de uma
encarnação tem como ponto crítico o reajuste.
A aceitação das condições físicas
e sociais em que nascemos: se somos bonitos ou feios, perfeitos ou
com alguma deficiência, pobres ou ricos, alegres ou tristes,
enfim, conviver com situações pessoais é o ponto
mais difícil do reajuste. Pai, mãe, irmãos, uma
família em que escolhemos nascer pela real necessidade de ajustarmos
débitos contraídos no passado acrescentam mais uma dose
em nosso cálice, que vai se alterando com o correr dos anos,
em nossa jornada. Casamento, filhos, problemas familiares e sociais
nos envolvem em reajustes - débitos e créditos de outras
vidas, e de nossas ações e reações vai
depender nosso mérito e o sucesso de nossa encarnação.
Na realidade, temos nos reajustes o principal objetivo de nossas encarnações,
pois só reajustando com nossas vítimas do passado podemos
chegar ã perfeição e, no Sermão da Montanha,
segundo Mateus (V, 17 e 18), já o Divino e Amado Mestre Jesus
anunciava: “Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas!
Não vim destruí-los, mas dar-lhes cumprimento. Porque
em verdade vos digo: enquanto não passarem o Céu e a
Terra, não passará da Lei um só i ou til sem
que tudo esteja perfeito!” Nossos cobradores não entendem
a mensagem crística, e vivem a Lei Mosaica, do “olho por
olho, dente por dente”, e estão com toda liberdade de
ação. São colocados ao nosso lado para que possam
cobrar, centil por centil, aquilo de que se acham credores. Cabe a
nós, através do desenvolvimento da mediunidade e o uso
dela, com amor, tolerância e humildade, no trabalho da Lei do
Auxílio, proporcionar condições de atingir nossos
cobradores, arrefecendo seu ódio, seus desejos de vingança,
tanto no plano físico como no plano espiritual. Muitas coisas
desagradáveis nos acontecem, porque os cobradores estão
no uso de seu livre arbítrio, mas são contidas, em sua
intensidade, se tivermos merecimento, pela Espiritualidade Maior,
que aplica diversos fenômenos magnéticos que levam o
cobrador a uma falsa sensação de ter conseguido seu
intento. E o reajuste se faz, pelo nosso trabalho e pelo nosso amor.
A Doutrina do Amanhecer nos ajuda substancialmente em nossas metas
cármicas, pois nos fornece condições para os
reajustes nos planos espirituais, através do trabalho na Lei
do Auxílio, da Prisão e de todos os fenômenos
decorrentes de uma correta conduta doutrinária, bem como nos
dá harmonia e conhecimentos para lidar com nossos cobradores
encarnados, propiciando reajustes que, fora de uma doutrina, seriam
impossíveis de obter. Mesmo desenvolvidos na Doutrina, independentemente
de nossas consagrações, temos que cumprir nosso carma
e lutar por nossos reajustes. Enquanto houver uma conta, por menor
que seja, para ser acertada, não poderemos partir para nossas
origens e teremos que voltar, reencarnar, para cumprir este reajuste.
· “Tendo completado
seu tempo na Terra, uma nobre família voltou aos planos espirituais.
Houve muitas festas em comemoração por tão rica
passagem. Quando nos referimos a uma “família espiritual”
trata-se de muita gente. Havia, porém, dois jovens que pertenciam
a essa família mas que não participavam dessa alegria:
Rúbio e Rúbia, cuja tristeza irradiava, em torno deles,
com uma intensidade anormal. Enquanto todos os outros membros da família
eram designados e seguiam para suas missões específicas,
os dois nada recebiam; chegou a vez deles e o chefe da família
tomou as providências que o caso requeria. Os dois jovens foram
levados ao Grande Aledá Alufã, onde foi feito o diagnóstico:
numa passagem na Terra, eram mudos e surdos devido a um grande erro
cometido na Guerra dos Cem Anos. Eles haviam se aproveitado dos seus
poderes e fizeram atos de espionagem que causaram muito mal. Foi muito
triste o que aconteceu, pois o casal não podia acompanhar a
grande família e seguir o curso normal da vida. Foram, então,
levados para o sono cultural (...) Foi uma encarnação
triste, porque não tinham, na Terra, nenhum parente espiritual,
o que resultava na ausência de ideais e alegrias. Nem mesmo
o sono cultural curou sua tristeza. Ainda assim, tiveram um lar feliz
e pagaram com amor a sua triste dívida!” (Tia Neiva, s/d)
· “Quando assumimos
o compromisso de embarcarmos nesta viagem, viemos equipados para o
Bem e assumimos o compromisso para o reajuste de um débito,
o qual não somos obrigados a assumir. Porém, tão
logo chegamos, pagamos centil por centil o que prometemos!” (Tia
Neiva, 4-9-77)
RECALQUE
Quando fazemos a exclusão
de idéias, sentimentos e desejos de nosso consciente, por uma
série de motivos relacionados à defesa de nossa personalidade,
tudo aquilo continua a fazer parte de nossa vida psíquica,
originando sentimentos de culpa ou de angústia, gerando o que
chamamos de recalque, uma censura que relega para fora da consciência
e mantém no inconsciente tudo aquilo que nos causa desprazer.
O recalque conduz à resistência a determinados raciocínios
e associações de idéias, e tem sua válvula
de escape através de sonhos. Mas pode levar o Homem a distúrbios
de grande intensidade, inclusive à histeria, a preconceitos
e visão totalmente distorcida da realidade, prejudicando sua
percepção e avaliação real do que lhe
acontece. O recalque atua intensamente no padrão vibratório
do Homem, levando-o a situações angustiantes pelo simples
desequilíbrio de seus chakras. O recalcado gera uma energia
altamente negativa, que altera o padrão dos que estão
junto a ele e, especialmente dos planos espirituais, atrai irmãozinhos
que podem lhe causas tristes quadros.
· “O recalque
é o sentimento dos que não têm capacidade de assimilar
os seus conflitos e os vão enterrando dentro do seu próprio
plexo ou de sua própria alma. Sabemos que tudo vibra e irradia,
porque tudo é força, é luz, é vida! Cada
espírito se identifica na individualidade que o sustenta com
seus fluídos. O Homem sempre sabe o que tem ao seu redor!...”
(Tia Neiva, s/d)
RECEPÇÃO
VEJA: JAPUACY
RECONSAGRAÇÃO
A Reconsagração
de Adjuntos e componentes, realizada em outubro, é a renovação
das forças da Consagração (*), distribuídas
para aquele Adjunto e para cada médium de seu povo, dentro
do mesmo princípio de que, naquele momento, as forças
espirituais e, especialmente, as daquele Ministro, se projetem em
cada plexo, permanecendo uma parcela nos planos superiores. Aberto
o ritual pelo 1º Mestre Jaguar, os três Devas fazem suas
emissões e cantos; a Ninfa Yuricy faz a chamada das forças;
os Trinos Presidentes Triada fazem suas emissões e cantos;
uma corte leva os Trinos Herdeiros e suas ninfas, que irão
representar Koatay 108 na Estrela Candente, passando por Pai Seta
Branca, saindo pelo Turigano e indo para a Estrela. Ali, fazem suas
emissões e cantos; a ninfa que vai representar Tia Neiva faz
sua emissão e canto, e as demais farão suas emissões
e cantos quando houver a substituição. No Templo, inicia-se
a chamada e os Arcanos são conduzidos por uma corte, passando
diante de Pai Seta Branca e indo até o Radar. O juramento é
feito pelo Adjunto de joelhos, de costas para o Radar. Feito o juramento,
o Adjunto cumprimenta os Trinos em suas cassandras, e segue com uma
corte e seu povo até a Estrela Candente, onde faz o roteiro,
fazendo sua emissão diante da representante de Koatay 108.
Serve-se, com sua ninfa, do sal e do perfume, e toma o vinho. Em seguida,
segue com seu povo para a Lança de Yemanjá, onde todos
fazem a anodização e se servem do vinho, fazendo a elevação
do vinho em conjunto. Em seguida, vão até à Pirâmide,
onde termina a jornada. Segundo Koatay 108, os Adjuntos que não
possuem povo deveriam escolher um Rama para se irmanarem e, junto
àquele povo, receberiam a Reconsagração, fortalecendo
aquela ligação. Todavia, passam individualmente, e,
apesar de não terem componentes para consagrar, devem se reconsagrar.
O juramento é o seguinte:
· “Salve Deus!
Ó, Jesus, seguindo o roteiro deste meu sacerdócio, venho
receber a minha Reconsagração! Reconsagra-me, Senhor,
dos poderes iniciáticos! Envolva-me, Senhor, no Primeiro Ciclo
deste Amanhecer!... Ó, Jesus, nesta bendita hora, em que as
forças de movimentam para a Reconsagração deste
meu sacerdócio, eu, o menor dos teus servos, ponho em Tuas
mãos os meus pensamentos e todo o meu amor, para que a força
suprema do Mestre Jaguar possa dominar todo o meu ser. Jesus! Remontando
séculos, chego até aqui para cumprir as Leis do Amanhecer.
Ó, Deus Onipotente, criador de todo o Universo! Eu, Jaguar
......, acabo de receber de minha Mãe Clarividente, este sacerdócio,
que me confirmará o título de ......, e a força
se fará dentro de mim para que possa cumprir os encantos do
Amanhecer. Jesus! Que o meu Sol Interior não se afaste do Teu,
resplandeça sempre a luz da caridade e do amor! Confiante nos
poderes dos Grandes Iniciados, não me faltará o raio
resplandecente dos Ramsés e Amon-Ra. Raio de Araken! Poder
de Aton! Oráculo de Simiromba! Aqui de joelhos, me prostro
aos teus pés, seguro pelos laços da Alta Magia de Nosso
Senhor Jesus Cristo, na esperança de uma Nova Era. Neste instante,
me sinto reconsagrado pela força dos encantos do Amanhecer
e, de ombros erguidos, seguirei minha jornada. Salve Deus, minha Mãe
Clarividente! Juro seguir o teu roteiro nesta caminhada para um rico
Terceiro Milênio, doutrinando, emanando e curando, transformando
a dor no caminho da nossa evolução. Cuidarei, com respeito,
desta Seta imaculada que cultivastes em teu seio, há .... anos,
para me fazer ......! Eu, Mestre Jaguar desta congregação,
peço a tua bênção, minha Mãe! Com
ternura, prometo: ninguém jamais poderá contaminar-se
por mim! Salve Deus!” (Tia Neiva, s/d)
REENCARNE
Um dos pontos básico
das doutrinas espiritualistas é a reencarnação.
Muito discutida, teve uma série de outros nomes através
da História, para satisfazer a teólogos e cientistas
que buscam comprovar seus pontos de vista - contra ou a favor -, tais
como: palingênese, metensomatose e palingenesia, além
de ser a base da moderna TVP - Terapia de Vidas Passadas, uma das
muitas terapias alternativas que estão sendo utilizadas no
limiar do III Milênio. Católicos, evangélicos,
judeus e muçulmanos não acreditam na reencarnação:
as almas dos mortos ficam aguardando o juízo final e não
existem novas oportunidades para quem não cumpriu as ordens
de Deus. Já as grandes religiões espiritualistas, como
Budismo, o Kardecismo, o Candomblé e a Umbanda aceitam a reencarnação
como o processo de oportunidade para a purificação dos
espíritos. Na nossa Doutrina entendemos que o espírito,
após diversas existências na Terra, depois de ter muitas
caras e muitos nomes, depois de fazer suas jornadas de vaidade, ambição,
traição, violências e mentiras, ou de esforços
bem dirigidos, de amor e dedicação, vai para o Canal
Vermelho (*), onde vive no plano espiritual correspondente ao seu
padrão vibratório (*), e ali tem toda sua memória
transcendental, da qual toma consciência de acordo com seu nível
de lucidez. Segundo Koatay 108, o espírito pode ficar até
sete anos terrestres no Canal Vermelho, percorrendo seus vários
planos. Há hospitais, albergues e até mesmo cavernas,
para onde o espírito, ao chegar, se dirige na sintonia da faixa
vibratória que conquistou em sua jornada na Terra. O Canal
Vermelho é o caminho da evolução. Oferece oportunidade
de um espírito ajudar seus entes queridos que deixou na Terra.
Há muitos casos de desencarnados que trazem restos de seus
carmas a serem eliminados, e isso é feito através do
resgate pelo seu trabalho na Lei do Auxílio. No Canal Vermelho
o espírito faz sua recuperação e quando sente
a necessidade de reencarnar, consulta seu Mentor, que avalia suas
condições e, se favoráveis, dá início
ao plano reencarnatório, propiciando o roteiro para sua reencarnação.
Dependendo do nível de consciência, o espírito
identifica conflitos, mágoas, arrependimentos, agressões
por suas ações e reações em oportunidades
que teve em outras encarnações, e se sente infeliz e
irrealizado, sabendo que precisa fazer seus reajustes com suas vítimas
do passado, conquistar aqueles que se dizem seus inimigos, para que,
livre de todo esse peso, possa retornar às suas origens. Suplica,
então, por uma nova reencarnação, para resgatar
tudo isso e se libertar dos tormentos que o envolvem. Os processos
reencarnatórios envolvem diferentes situações:
a) IGNORÂNCIA - É quando o espírito reencarna
com o propósito de melhorar seus conhecimentos e se esclarecer
sobre as leis da Vida, tais como o amor, a humildade, a tolerância,
a caridade e a misericórdia; b) EXPIAÇÃO - Quando
o espírito retorna à Terra para sofrer as conseqüências
de seus erros transcendentais, como acontece com os viciados em bebidas
e tóxicos, sofrendo terríveis condições
morais e a eles é dada a reencarnação de forma
dolorosa e geralmente curta, a fim de que completem o tempo que desperdiçaram
na vida anterior; c) PROVAÇÃO - O espírito reencarna
para sofrer no corpo físico e na alma os desafios e provas
que lhe proporcionarão condições de evolução
conforme sua tolerância e merecimento; d) REPARAÇÃO
- O espírito volta a esta vida para consertar suas falhas transcendentais,
compensar as destruições e desencontros que provocou
em vidas passadas; e e) MISSÃO - Aquele que já superou
as outras fases e reencarna, por amor, para cumprir uma missão
neste planeta, junto a outro espírito, em um lar, em uma cidade,
em uma nação ou por toda a Terra. Enquanto nos planos
espirituais, o espírito pode evoluir muito, pela vontade e
desejo de melhorar, mas somente no plano físico é que
pode demonstrar e praticar tudo o que aprendeu. Pela graça
de Deus, o Homem reencarna dentro de um plano de trabalho elaborado
em conjunto com seus Mentores, em que são previstas dificuldades,
em graus variáveis, visando sua evolução. Cumprir
ou não esse plano depende do livre arbítrio daquele
espírito e o resultado positivo ou negativo de uma encarnação
tem como ponto crítico o reajuste (*). Algum tempo antes de
reencarnar (cerca de onze meses terrestres), o espírito, acompanhado
por seu Mentor, faz uma visita aos locais onde viveu suas várias
encarnações, marcados pelos charmes (*) que deixou.
O sucesso ou o fracasso de uma encarnação depende muito
desses charmes, de como o espírito vai manipular aquelas energias
magnéticas. Essa influência é tão determinante
que, de 80 em 80 dias, o espírito encarnado muda sua roupagem,
tendo suas condições de vida determinadas pelos charmes
que deixou. Com base no que colheu em sua jornada, o espírito
traça, com a Espiritualidade, seu plano reencarnatório,
escolhendo seus pais, seus amores, seus amigos e inimigos que irá
encontrar, e com os quais irá se reajustar, suas dificuldades
que irão submetê-lo às provações,
e até mesmo a forma como irá desencarnar. Prevenido
de suas próprias vacilações, escolhe um futuro
amigo e protetor espiritual, que irá ajudá-lo na penosa
jornada. Os espíritos de seus futuros pais são, então,
chamados, e podem concordar ou não com o planejamento feito.
Desta reunião espiritual resulta o plano definitivo daquela
reencarnação. Assim, quando vemos uma criança
deficiente, um verdadeiro peso para seus pais, devemos ter a consciência
de que foi tudo planejado - e aceito - nos planos espirituais, pois
faz parte do reajuste daquele grupo. Embora quando estejam de volta
ao corpo eles não mais lembrem de coisa alguma, essa missão
- ou reajuste - foi aceita, e por isso devem os pais de deficientes
físicos ou mentais compreenderem que não estão
sendo castigados, mas, sim, tendo a oportunidade de se evoluírem
e ajudarem àquele espírito que foi colocado sob seus
cuidados, tudo de acordo com o que foi planejado. Quando se dá
a concepção, aquele espírito que vai reencarnar
inicia seu sono cultural, fase de desassimilação, onde
toda a memória se apaga, e que se prolonga até o feto
completar três meses, quando ele vai despertando à medida
em que aperfeiçoa seus sentidos terrenos. É colocado
em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual é denominado
perispírito, revestindo-se da mesma substância da alma,
dela se diferenciando por ter uma herança transcendental, enquanto
a alma tem, apenas, a herança de uma encarnação.
O espírito se prende ao corpo físico pela fagulha divina.
A criança nasce e dá expansão aos seus sistemas
sensoriais e começa a acumular informações, alimentando
seu corpo e sua alma com a manipulação das forças
telúricas. Traz toda a experiência e os mecanismos de
defesa necessários à vida terrestre. Com seu corpo preparado
pela codificação genética - sua herança
biológica - inicia sua jornada, submetendo-se às leis
da Terra, sob ação das forças do mundo psicofísico,
e onde irá encontrar cobradores em seu redor, especialmente
em seu próprio lar, e as dificuldades que fazem parte de suas
provações aceitas no seu plano reencarnatório.
Recebe energias de suas origens, que só serão identificadas
a partir do despertar de seu “Eu” (*) para a conscientização
de seu espírito. Assim, o Homem, liberto de suas formas animais,
conquista sua autonomia, mas está contido por suas responsabilidades
morais, por seus deveres e obrigações consigo mesmo
e com a sociedade em que vive. Nasce, cresce, muda de um lugar para
outro, faz amizades, vive paixões, chora, ri, ama, faz o bem
ou o mal, resgata ou contrai dívidas transcendentais, agindo
e reagindo dentro do livre arbítrio, de acordo com sua consciência
e seus conhecimentos. Em seus encontros e desencontros, desde os atos
mais simples aos mais importantes, está envolvido um complexo
mecanismo que se modifica a cada momento, pela decisão que
toma aquela pessoa. Se a decisão é correta, em harmonia
com o planejado em seu plano reencarnatório, o resultado é
bom, causando bem estar e conforto espiritual e mental; mas, se a
decisão é errada, o Homem sofre angústias, tormentos
e dores. Portanto, o Homem é feliz ou infeliz de acordo com
suas próprias decisões, e nestas residem seu desafio
evolutivo. Desde sua concepção até seu desencarne,
o espírito encarnado emite seu padrão vibratório
aos que estão ao seu redor, principalmente a seus familiares,
e tem a grande responsabilidade não só pela sua própria
evolução mas, também, pela daqueles que escolheu
para se reajustar e se harmonizar. O reencarne é a grande prova,
a grande oportunidade que cada um tem para prosseguir em sua jornada
de volta às suas origens. Retornar à vida na Terra é
o que o espírito suplica, em sua conscientização,
por saber que precisa se libertar de seus erros passados, da perseguição
de seus cobradores, e isso só poderá conseguir pela
oportunidade da reencarnação. O Homem que diz: “eu
não pedi para nascer!”, não sabe o quanto está
equivocado!
· “A força
psíquica, quando chega a ser espírito humano - a alma
-, tem necessariamente gravada no perispírito todas as qualidades
distintas e caracterizadas, que são as condições
absolutamente indispensáveis à manutenção
da vida para cada um: mais timidez, mais audácia, tudo de conformidade
à sua missão na Terra, porque a alma humana é
o produto da evolução da força através
do reino de sua natureza.” (Tia Neiva, s/d)
· “Seu corpo
foi preparado de acordo com sua herança biológica. Os
cientistas, com seus bebês de proveta, estão mexendo
na área mais sagrada da Natureza. É, a Engenharia Genética
e os cientistas começam a interferir novamente nas Leis da
Natureza!... (Tia Neiva, s/d)
· “Desde quando
o espírito escolhe sua mãe, um grande laço os
envolve. Sim, pai e mãe. Na minha concepção de
clarividente e mãe experiente, eu digo das mães que
elas assumem toda a responsabilidade.” (Tia Neiva, s/d)
· “Paulo, um
jovem médico, perdeu sua filha de oito anos. Vivia pelos cantos,
desesperado, porque, apesar de ser um Jaguar, não acreditava
na vida fora da matéria. Sofria terrivelmente a perda de sua
filha. Passava horas com sua esposa ou em lugares escuros. Certo dia,
uma família espírita na qual Paulo nunca acreditara,
ensinou-lhe o que fazer: uma pequena mesa forrada de branco, um copo
com água, um pequeno jarro de rosas (de que a menina tanto
gostava). E ali ficaram, à espera do que poderia acontecer.
Súbito, ouviu-se um soluço e, logo depois, a vozinha
esperada, que disse: “Paizinho, vim buscar meu cordãozinho
que o senhor me deu quando nasci! Sim, pai, lhe vejo todos os dias,
quando está pensando em mim!...” “Sim, filha! - disse
o homem, que até então não acreditava - Vou buscar.
Está no cofre...” “Não, pai, já está
no meu pescoço. O senhor não o encontrará mais!
Voltarei, paizinho, para este lar tão logo me permita Deus!”
Paulo foi depressa ao cofre e não encontrou o cordãozinho.
Só ele sabia que ninguém poderia abrir o cofre, pois
só ele tinha a chave... Quatro anos depois daquele ritual,
uma linda menina de dois anos de idade lhe perguntava: “Papai,
onde está o meu cordãozinho?” E, segurando a sua
mão, o levou até o cofre. Ela batia as mãozinhas,
dizendo: “Abre! Abre!” Paulo abriu o cofre e lá estava
o cordãozinho, do mesmo jeito que o deixara, inclusive com
um pequeno coração, também de ouro, que acompanhava
o cordão. Ele conservava a marca do dentinho, mordido que fora
pela menina. Enquanto ela gritava: “Dá, dá, é
meu!”, Paulo, trêmulo, beijava a pequerrucha, dizendo:
“Oh, meu Deus! Devolvestes a minha filha! Não tenho dúvidas...”
Paulo passou o resto de sua vida fazendo rituais, para achar e explicar
a constituição da consciência.” (Tia Neiva,
s/d)
· “Quando assumimos
o compromisso de embarcarmos nesta viagem, viemos equipados para o
Bem e assumimos o compromisso para o reajuste de um débito,
o qual não somos obrigados a assumir. Porém, tão
logo chegamos, pagamos centil por centil o que prometemos!” (Tia
Neiva, Carta Aberta n. 1, 4-9-77)
· “Assumimos
o compromisso de uma encarnação. Juntos partimos não
só pelas dívidas em reajustes como também pelos
prazeres que este planeta nos oferece. Sim, estando no espaço,
devemos na Terra. Sentimo-nos desolados e inseguros, porque estamos
ligados pelas vibrações contrárias. E neste exemplo,
Jesus nos afirma que só reajustaremos por amor.” (Tia
Neiva, 9.10.77)
REFLEXÃO
Reflexão é
quando avaliamos com nosso conhecimento doutrinário, sob os
aspectos da Lei do Retorno, nossas ações e reações,
nosso desempenho, pesando tudo o que praticamos, suas conseqüências,
as situações pelas quais passamos e o que poderíamos
ter evitado. Usando a energia mental (*) de forma consciente e sem
julgamentos, sempre chegaremos a importantes conclusões, sempre
de muita valia para nossa jornada, refletindo sobre objetos diversos
e variados níveis de consideração, dirigindo
nossa análise às bases, natureza e evolução
de nossas próprias operações psíquicas
(o sentir, o conhecer e o querer) e das propriedades e relações
harmoniosas de nossos conteúdos mentais, evitando simpatias
ou antipatias, se é bom ou se é ruim, buscando sempre
nos aproximar da realidade dos seres e das coisas. Pela reflexão
fazemos uma análise retrospectiva de nossa vida, de tudo que
nos envolveu e suas repercussões em nosso próprio íntimo
ou no das pessoas com as quais convivemos. A reflexão é
a base do “Conheça-te a ti mesmo”, porque é
a condição essencial de todo o conhecimento, de todas
as atividades mentais, inclusive da conscientização
da alma e de tudo que a alimenta. Pela reflexão se reconhecem
a verdade e os valores objetivos do conhecimento humano.
REGRESSÃO
A regressão decorre
de situações que incidem, com grande intensidade, no
psíquico de um indivíduo, provocando, em certas circunstâncias,
o retorno a etapas mais anteriores de sua jornada, representando um
retrocesso de seu desenvolvimento espiritual. A regressão pode
ocorrer com qualquer espírito encarnado, pois tem íntima
ligação com seus sentimentos e sua energia mental. Por
isso, o espírito só regride quando está encarnado,
pois o espírito desencarnado não sofre regressão
por possuir a consciência cósmica e universal, o que
faz com que ele somente progrida ou estacione. Todavia, por seu grau
de regressão, pode um espírito chegar à sua aniquilação
total, desintegrar-se pelos desatinos cometidos em uma existência.
Tem havido um grande impulso nas pesquisas científicas da regressão
provocada no Homem, tendo surgido a TVP - Terapia de Vidas Passadas
-, em que se buscam situações passadas pelo paciente
em encarnações passadas, através de sugestões
hipnóticas, e a TPR - Terapia por Regressão - em que
se leva o indivíduo a acessar o que denominam a Grande Vida
- conjunto de encarnações e de períodos intervidas,
nos quais o espírito, livre da existência física,
existe plenamente - mas se mantendo conscientemente no presente, com
o objetivo de identificar causas, no passado, para problemas que o
afligem na vida atual, partindo do princípio de que tudo se
propaga através do espírito, seqüencialmente de
encarnação em encarnação, havendo um acúmulo
de energia emocional provocada por cada ação que passa
de uma vida a outra, podendo resultar em desequilíbrio físico
ou emocional na atual encarnação. TVP e TPR buscam reviver
e compreender as vidas anteriores, passando pelos períodos
intervidas, induzindo o paciente a um estado especial e profundo de
consciência, o qual, dependendo da profundidade deste nível,
mais integralmente permitirá que possa o paciente reviver situações
que provocaram os atuais efeitos, tais como traumas, crises de depressão
e nervosas, fobias, insegurança, obesidade, timidez, complexos,
autoestima e estresse. Por nossos ensinamentos doutrinários,
sabemos que não se deve fazer uma regressão puramente
científica, sem a proteção de uma corrente espiritualista
e sem assistência de nossos Mentores, porque pode ocorrer uma
interferência de um cobrador ou de um obsessor que se manifeste,
causando o descontrole de todo um tratamento, podendo agravar a situação
do paciente.
· “Mesmo as
grandes Iniciações têm as suas regressões,
às vezes muito maiores que as nossas. E, na Magia de Nosso
Senhor Jesus Cristo - a única que eu conheço, e que
também não aceita interferências -, há
regressão, mesmo pela dor cármica. Ao Iniciado de Nosso
Senhor Jesus Cristo não é admissível, no mundo
cabalístico, dizer que cometeu desatinos levado por correntes
negativas. Consciência é a palavra! Se a consciência
falhar, entra no quadro de regressão, porém sem qualquer
prejuízo do destino traçado aqui na Terra. Somente a
esquizofrenia dá este direito, porque os esquizofrênicos
recebem pelo seu triste compromisso. O esquizofrênico é
atingido em seus dois sistemas: cérebro-espinhal, que serve
às ações e aos movimentos controlados pelo perispírito;
e o vago-simpático, que realiza as funções da
vida vegetativa. Somente os grandes cientistas voltam com este compromisso,
para desafiar sua ciência sem a Ciência de Deus. Porém,
ainda não conseguiram, porque sem Deus o Homem não se
encontra senão com sua própria esquizofrenia! Em resumo:
o Iniciado que fez sua consagração consciente só
irá errar se for esquizofrênico. Estaciona, porém
não regride. A regressão, repito, não tira nada
físico e não muda o curso da vida. Apenas, perdendo
sua proteção, o mesmo sofra mais, uma vez que a proteção
o vinha ajudando.” (Tia Neiva, 27.10.81)
REILI e DUBALE
Reili e Dubale, Cavaleiros
da Luz de Oxan-by (*), Raio de Olorum, foram dois cavaleiros mercenários
que, ao se depararem com Jesus, subindo em seu calvário, despertaram
para o Amor, graças ao poder do olhar do Divino e Amado Mestre.
São os que representam a força da libertação
dos espíritos acrisolados no ódio, e se fazem presentes
nos Julgamentos e Aramês. Hoje, formam suas tropas - turnos
- com os Jaguares e Ninfas do Amanhecer para a realização
de grandes fenômenos desobsessivos. O médium, ao fazer
sua opção por um dos dois turnos - Reili e Sabarana;
Dubale e Doragana -, passa a receber a projeção dessa
poderosa força. A opção do Mestre determina a
de sua Ninfa, isto é, se o Mestre escolher Reili, sua Ninfa
será Sabarana; se escolher Dubale, a sua Ninfa será
Doragana. A Ninfa que não tiver Mestre pode optar livremente
pela que sentir mais harmonia: Sabarana ou Doragana.
· “Para que
a criatura cumpra fielmente os desígnios desta Doutrina, é
indispensável que desenvolva os seus próprios princípios
divinos. É preciso que se sacrifique em favor de grande número
de espíritos que se desviam de Jesus. É preciso que
esteja no luminoso caminho da fé, da caridade e da virtude
do Espírito da Verdade, e se dedique, principalmente, àqueles
que tombaram dos cumes sociais pelo abuso do poder, da autoridade,
da fortuna e da inteligência. Eu seria feliz se os visse na
paz e na compreensão de Reili e Dubale, dois terríveis
e valentes mercenários que, à frente de dezenas de homens,
se digladiavam no ódio e no rancor, jurando que se matariam
tão logo se encontrassem. Quis a vontade de Deus que aqueles
brutos que respeitavam o regulamento (que não permitia que
dois comandantes ou capitães se batessem à frente das
tropas, pois seria covardia se assim procedessem), no instante preciso
subissem o Calvário, sem olhar para trás, não
sabendo um por onde o outro caminhava, sem um ver o outro, pois subiam
um por cada lado. Os dois novamente se confrontaram, porém
sem notar um a presença do outro, pois ambos estavam com a
atenção voltada para um grupo de homens e mulheres que
choravam, enquanto outros riam... de Jesus! Era Jesus de Nazareth
que subia o morro, carregando a Sua cruz. Os dois brutos estavam de
olhos parados quando Jesus, descansando, com o olhar amargurado, lançou-lhes
um olhar cheio de ternura, como se lhes dissesse: Filhos, amai-vos
uns aos outros!... Dubale, olhando para Reili, deixou cair a sua lança.
Reili seguiu seu gesto. Os dois se abraçaram, vendo que nenhuma
dor poderia ser igual à de Jesus. Abraçados, ouviram
os chicotes dos soldados de César. Dubale, chegando bem pertinho
de Jesus, ofereceu-Lhe todo o seu exército para salvá-Lo.
Reili fez a mesma oferta. Jesus não quis, dizendo: O meu Reino
não é deste mundo! Dubale e Reili saíram dali
com o coração cheio de dor. Porém, não
esqueciam aquele olhar de profundo amor e de esperança! Aquele
olhar modificara totalmente o curso de suas vidas. Saíram dali
e voltaram para junto de suas tropas. Os dois, sem dizer uma palavra,
deram-se as mãos. Dubale chegou à sua tropa e, como
que por encanto, todos vieram ao seu encontro, perguntando: “Viu
Jesus de Nazaré?” “Vimos!... Sentimos o Seu olhar!...
Estamos cheios de esperança!” Nisso, o grande exército
de Reili foi chegando. Ninguém se moveu. Estavam todos extasiados.
Reili foi descendo e, num impulso, novamente se abraçou com
Dubale. Agora, estavam em frente às suas tropas. Para resumir,
os dois se juntaram, formando uma grande força. Sim, filho,
é como te vejo, o teu impacto ao chegar nesta Doutrina! Os
valentes não abandonaram suas tropas, não dispuseram
de seus dependentes. Juntos, continuaram no mesmo caminho. Sentiam-se
como irmãos, porque Jesus, com Seu olhar, lhes dissera tudo.
Até Galba e Tanoro que, por se considerarem grandes inimigos,
eram mantidos à distância por seus chefes, ao se reverem
se abraçaram na presença de Reili e Dubale. O olhar
de Jesus abençoara aquela tribo! Todos, emocionados, tiveram
os olhos rasos de lágrimas, porque não ficou só
ali a graça de Jesus. Já seria suficiente que aqueles
dois líderes tivessem em seus corações e em suas
mentes aquele olhar!... Quarenta dias se passaram sem que os dois
fidalgos soubessem o paradeiro de Jesus de Nazareth. Tinham medo de
falar em seu Santo Nome. Tinham medo de falar e perder aquele encanto,
aquela luz de esperança, aquela alegria de viver, aquela sublimação
tão bela que haviam adquirido. Não perguntavam um ao
outro o que deveriam fazer. Sabiam o que era bom para eles: AMAI-VOS
UNS AOS OUTROS! Ambos viajavam, calados, quando Dubale quebrou a sintonia
daquele silêncio: “Como se sente?” ”Bem! A esperança
do mundo está dentro do meu coração. Sinto desejos
pela minha Sabarana!” Sorriam, quando uma carruagem parou e um
ancião, angustiado, lhes pediu: ”Senhores! Pagamos tudo
o que quiserem, mas vão salvar meu filho, minha nora e meus
netos, que estão presos nas garras do povo de Zairo. Vão
tomar nossa pequena dinastia e juntá-la ao povo dele.”
Os dois se entreolharam e partiram para a luta. Porém, foi
diferente. Procuraram o chefe e os três dialogaram. Fizeram
um ataque. Ninguém morreu e os assaltantes fugiram dali. Reili
e Dubale repartiram seus honorários e continuaram em suas batalhas.
Mas jamais perderam o amor de Jesus! Finalmente, o desejo de Reili
teve fim. Chegaram à mansão de sua linda Sabarana. Porém,
quem veio recebê-los foi a bela Doragana: “Oh, meu querido
cunhado! Vimos Jesus de Nazareth! Levamos Sabarana e Ele não
a curou!...” “Onde está ela?” perguntou Dubale.
“Aqui!” falou a linda Sabarana, chegando com dificuldades
e abraçando Reili, que estava com os olhos cheios de lágrimas,
repetindo: “Vistes Jesus de Nazareth e Ele não te curou?”
“Sim. Ele me disse: pagarás centil por centil...”
Dubale colocou a mão sobre sua boca, não a deixando
mais falar. Com firmeza, falou: “Jesus de Nazareth! Eu Te amo,
porque enchestes de amor a minha vida... Devolve a visão a
esta mulher, que é a vida de meu irmão, e juntos pagaremos
centil por centil tudo o que devemos!...” Nisso, apareceu uma
luz radiante, e Sabarana voltou a enxergar. Eis porque Dubale fez
aquela cura: Jesus de Nazareth modificara seu coração,
de verdade mesmo, pois não sentiu revolta contra Jesus. O seu
amor e a sua confiança eram tão grandes que não
vacilou. Então, Jesus o ouviu e a curou. Por que não
ser como Dubale e Reili? Sentir o seu amor e confiar, ter confiança.
Jesus de Nazareth nada pede, nada exige. Nada pediu ou exigiu daqueles
dois brutos e, no entanto, eles O sentiram tanto, tão profundamente,
a ponto de curar Sabarana. Dubale se apaixonou pela bela Doragana.
Porém, continuaram sua jornada. Sim, filho, é preciso
muita confiança em Cristo Jesus. Sem nada oferecer a ti mesmo,
receberás a Luz do Santo Evangelho! Lembra-te, filho: o grande
ciclo vai-se fechar. Horas chegarão da tua individualidade.
Continue amando em teus encontros sinceros. Viva os teus desejos,
as tuas paixões, porém em uma só filosofia: ser
honesto contigo mesmo! Farás, filho, tudo o que quiseres na
força da cura desobsessiva. Salve Deus, filho! Quantas vezes
pensei em te ver na figura de Reili e Dubale! Porém, minha
esperança não morre... Quantas vezes morro, aos pouquinhos,
ouvindo um filho dizer: “Vou deixar a Corrente. Minha vida está
muito mal. Vou deixar a Corrente! Trabalho, trabalho, e não
tenho coisa alguma!” Eu sofro ao ver tanta incompreensão.
Deixam milhares de sofredores esperando - as suas vítimas do
passado - e não esperam nem mesmo a bênção
de Deus para serem felizes! No primeiro impacto, deixam de acreditar
até mesmo em sua individualidade, sem dar tempo para receberem
as pérolas dos anjos e dos santos espíritos, que são
a recompensa do trabalhador. Cuidado, filho. Siga o exemplo de Reili
e Dubale!” (Tia Neiva, 24.11.81)
REINO CENTRAL
Essa designação
compreende duas situações: a primeira é a união
de forças provenientes dos três Oráculos - Simiromba,
Olorum e Obatalá -, que se cruzam e se unificam, sendo projetadas
pelo Comandante de um trabalho ou de um ritual, constituindo-se em
um conjunto de forças de maior poder dentro de nossa Corrente;
a segunda, é como se designa a fonte de forças da Cruz
do Caminho, quando se forma a reunião das raízes dos
Ramsés e de Yemanjá para a realização
de grandes fenômenos, inclusive a Iniciação Dharman
Oxinto. São duas grandes projeções, com a mesma
designação, porém com efeitos e direcionamentos
diferentes. Para assumir a posição de Cavaleiro do Reino
Central, em qualquer trabalho, o Mestre deve ser, no mínimo,
um Centurião.
REINO DE DEUS
Falando da origem divina
de Jesus, João (III, 13 a 21) relata: “Porque ninguém
subiu aos céus senão aquele que desceu dos céus,
ou seja, o Filho do Homem, que está nos céus! E assim
como Moisés, no deserto, levantou a serpente (referindo-se
à serpente de bronze que levava a cura àqueles que a
olhassem), assim importa que seja exaltado o Filho do Homem, para
que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna. Porquanto Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho
Unigênito. para que todo o que crê Nele não pereça,
mas tenha a vida eterna. Nem Deus enviou Seu Filho ao mundo para julgar
o mundo, mas sim para que o mundo seja salvo por Ele! Quem Nele crê,
não será condenado; mas o que não crê.
já está condenado, porque não crê no nome
do Filho Unigênito de Deus. E esta á a causa da condenação:
a Luz veio ao mundo, mas os Homens amaram mais as Trevas do que a
Luz, porque eram más as suas obras. Porquanto, todo aquele
que faz o mal, odeia a Luz e a ela não se chega para que não
sejam argüidas suas obras. Mas aquele que pratica a Verdade chega-se
à Luz, para que suas obras sejam conhecidas, porque são
feitas em Deus! “ E mais à frente, o Evangelista relata
o encontro de Jesus, já prisioneiro, com o Governador da Judéia,
Pôncio Pilatos, que Lhe perguntou se Ele se considerava um rei,
tendo Jesus lhe respondido (XVIII, 36 e 37): “O Meu reino não
é deste mundo! Se o Meu reino fosse deste mundo é certo
que meus ministros iriam pelejar para que Eu não fosse entregue
aos judeus. Não é daqui o Meu reino! Disse-lhe então
Pilatos: Logo, Tu és rei? Respondeu Jesus: Tu o dizes: Eu sou
rei! Para isso nasci, e para isso vim ao mundo: dar o testemunho da
Verdade! Todo o que é pela Verdade ouve a Minha voz!”
Jesus estabelece a diferença entre o verdadeiro REI, vocábulo
que significa, em sua origem, aquele de rege, que oriente, da grotesca
personalidade detentora de poder temporal e de ambições
e luxúria que, pelos historiadores, foi denominada rei de suas
nações terrenas. Como o verdadeiro Rei, Deus enviou
seu filho para complementar as leis de Moisés, estabelecendo
o Amor, a Tolerância e a Humildade, assim salvando a Humanidade
dos tristes abismos para onde caminhava. E Jesus, o enviado de Deus,
o Rei desse Reino de Deus, veio para reorientar e organizar os seres
humanos, estabelecendo, no interior de cada um, seu Reino, com Jesus
em seu coração, orientando suas ações,
seus pensamentos e suas palavras, inspirando suas atuações
e seu comportamento em relação a si mesmo, a seus familiares
e àqueles ao seu redor, buscando amar e ser amado, ajudando
seus semelhantes, perdoando e construindo, em seu íntimo, momento
a momento, o Reino de Deus. O Reino de Deus começa pela Evangelização
(*), pois Jesus é a Porta para esse Reino. O primeiro passo
e encontrar e aceitar Jesus. Depois, pelo trabalho na Lei do Auxílio,
usando o poder do amor para exercitar a caridade, pela obediência
à conduta doutrinária, praticando a humildade e tolerância
que nos tornam simples, vamos ampliando, dentro de nós, esse
poderoso Reino de Deus, que nos faz poderosos instrumentos da Espiritualidade
Maior, capazes da realização de grandes fenômenos
de cura e de evangelização.
RELAXAMENTO
Usando técnicas
de mentalização (*), podemos nos sentir melhor e nos
livrar de sentimentos que não queremos ter através do
relaxamento. Deve ser em local tranqüilo e deitado ou sentado,
numa posição que propicie conforto e relaxamento. Comece
a respirar bem profundamente, em ritmo pausado e lento, sentindo seu
corpo cada vez mais tranqüilo e relaxado. Leve sua mente até
os dedos dos pés e imagine que eles estão ficando completamente
relaxados. Você sente a energia relaxante ir subindo, lentamente,
pelos pés... pelos calcanhares... pelos tornozelos... pela
barriga da perna... pelos joelhos... pelas coxas... chegando aos quadris;
conduza, então, a energia relaxante ao abdome... ao estômago...
ao peito... e chega aos ombros; desce então pelos braços...
pelos cotovelos... pelos antebraços... pelos pulsos... pelas
mãos... e atinge as pontas dos dedos; conduza a energia relaxante
de volta pelos braços e ombros, entrando pelo pescoço...
pelo rosto... e chegando à cabeça. Neste ponto, você
deverá ter atingido total relaxamento. Quando expirar, expila
o ar pela boca, mentalizando tudo que quer expulsar de dentro de si,
livrando-se dos sentimentos que não mais deseja. O nível
de tranquilidade pode ser melhorado com música suave, um incenso
e respiração profunda e bem compassada. Imagine-se dentro
de uma pirâmide, num ambiente colorido que pode ser modificado
de acordo com o comando de sua mente. Pode, também, segurar
um cristal e imaginar este cristal emitindo raios na cor que você
pretende trabalhar. (Veja VISUALIZAÇÃO, CHAKRAS e CROMOTERAPIA)
RELIGIÃO
Em lugar da evolução
marcada pelo espírito, com o poder da criação
e características próximas de Deus, pois está
mais próximo da eternidade, a mudança fundamental da
Terra, depois de algum tempo após a chegada dos Equitumans
(*), foi sendo realizada com base na alma, o que significa conflitos,
relacionamento pelas diferenças, ações desencadeadas
por fatores positivos ou negativos, marcada do já criado, do
transitório, da elaboração transformista. Houve
momentos em que, por consequência de movimentos telúricos,
com cataclismos e movimentação das placas terrestres,
predominava o plano puramente físico; outras fases, em que
predominavam as lutas entre as civilizações mais avançadas
e outras menos evoluídas, predominava o plano psíquico.
Com isso, o espírito só conseguia predominar em pontos
restritos e herméticos, atravessando os séculos em segredos
profundamente guardados na tradição oral e escrita das
doutrinas secretas, no segredo das iniciações, do ocultismo
e do esoterismo, evoluindo e se revestindo de características
próprias, adequadas à região ou à missão
envolvida nos diversos grupos. Daí foram se formando as religiões,
nascidas do psiquismo, dos anseios da alma e da necessidade de apaziguar
as angústias, o que deu lugar ao caráter humano e antropomórfico
dessas religiões, não permitindo a religião divina.
Tornou-se a religião um simples modelo de comportamento, regulada
por ditames variáveis no espaço e no tempo. Em suas
raízes, a palavra religião tem duas linhas: uma, derivada
de relegere, que significa “considerar cuidadosamente”,
isto é, o procedimento consciente e cuidadoso no desempenho
de todas as obrigações, mesmo penosas, com relação
aos deuses; outra, dá sua origem em religare, o que significa
“religar” ou “prender”, designando a ligação
do Homem com o Ser Superior. Em suma, a religiosidade se baseia em:
crença em forças e poderes sobrenaturais, consideradas
como criadoras do Universo e, como tais, devendo ser adoradas e obedecidas;
canalização dessas forças e poderes através
de doutrinas e rituais próprios, envolvendo preceitos éticos
e morais; e desejo de salvação. Nessas bases se erguem
as mais diversas teorias e dogmas, compreendendo objetos sagrados
(Céu, Terra, estrelas, astros, animais, vegetais e minerais,
água, ar, fogo, etc.); lugares sagrados (Céu, cachoeiras,
lagos, cavernas, etc.); tempos sagrados (início das estações,
datas determinadas, eras, etc.); rituais sagrados (captação
de forças sobrenaturais); palavras sagradas (oráculos,
profecias, dogmas, orações, preces, etc.); escrituras
sagradas (magia, fórmulas mágicas, dogmas, testemunhos
de milagres, etc.); o Homem e a Mulher sagrados (sacerdotes, feiticeiros,
monges, místicos, mártires, etc.); e as sociedades sagradas
(ordens religiosas, monastérios, tribos, clãs, grupos,
sociedades, etc.). Através dos tempos, as religiões
se modificaram e os contatos com os Grandes Mestres foram ficando
cada vez mais difíceis. Iniciados e sacerdotes que podiam contatar
espíritos de planos superiores foram rareando. Espíritos
de grandes Orixás (*) reencarnavam em missões dificílimas,
e, em sua maioria, eram derrotados pela alma barbarizada. Todavia,
essa grosseria humana foi impedindo o Homem de manipular forças
extraterrestres. Para a manipulação de forças
etéricas, entrar em contato com os planos superiores, os Mestres
materializados se isolavam em regiões desérticas, onde
faziam construções funcionais para se adequarem aos
trabalhos a serem realizados, chamadas jinas, que eram protegidas
pelas falanges de elementais. A religião tem que ser algo muito
profundo e muito íntimo em cada Homem, trazendo-lhe harmonia,
alegria de viver e, sobretudo, a esperança de seguir um seguro
caminho para sua evolução. Como a maior parte das religiões
abriga uma grande soma de conhecimentos que são restritos a
um pequeno círculo dominante, devendo a massa dos seguidores
aceitar e obedecer sem qualquer questionamento, destacamos o fato
de que, no Vale do Amanhecer, nossa Doutrina é clara e sem
segredos ou dogmas, sendo mais uma Ciência do que uma Religião,
pois se fundamenta em fenômenos normais que podem ser alcançados
e dominados por qualquer médium, desde que tenha os conhecimentos
que o Desenvolvimento e demais cursos lhe proporcionam e viva dentro
da correta conduta doutrinária. Nada é obrigatório,
não existem dogmas na Doutrina do Amanhecer. Tudo passa pela
mente do médium antes de chegar ao seu coração.
· “Partindo
desta compreensão das origens criadoras nas atividades racionais
e tão intimamente unidas, são vidas conscientes, que
sabem discernir que o negativo de hoje será o mal de amanhã.
Cada consciência vive e se envolve com seus próprios
pensamentos. Através dos séculos do tempo, nada escapa
à lei do progresso - as religiões acima de tudo!...”
(Humarran, abril/62)
· “Vamos esclarecê-lo,
para que saiba que a religião verdadeira existente é
a vida de cada um, com suas obrigações e pessoas que
o cercam. Se houver um comportamento harmonizado, um amor ao próximo,
a sua religião o fará feliz. Mas, se viver de mau humor,
inconformado e revoltado, mergulhado em baixo padrão vibratório,
que atrai os espíritos de baixa vibração, incomodando
os outros com suas queixas e agressividade, que religião existirá
nele?” (Tia Neiva, s/d)
· “Uma coisa
vocês precisam entender bem: nós não vivemos uma
filosofia cristã. Nós vivemos um Sistema Crístico!
O Sistema é uma coisa pronta, acabada, que existe e não
tem possibilidade de mudar. Já a filosofia é a maneira
como os Homens interpretam a Lei. Assim se formam as religiões,
baseadas justamente na distorção dessas interpretações,
porque não há uma unidade de pensamento. Reúnem-se
as idéias e se fabrica uma nova forma. Nada se cria - apenas
muda-se a forma das coisas. Daí a razão de milhares
de livros escritos. A toda hora, uma novidade. E agora, então,
com a predominância do Vale das Sombras, com essa predominância
dos espíritos a quem está entregue a destruição!
Dizemos em nossas aulas para que nossos médiuns não
falem em Espiritismo, não discutem religiões, porque
não é mais época. Tudo o que o Sistema Crístico
podia fazer para os Homens está feito, já deu a qualquer
um a possibilidade de se encontrar consigo mesmo, com sua individualidade.
Quando os Homens preferem inventar novos métodos, vão
se afastando da realidade, que é o Sistema. Quando se fala
que o Jaguar tem o pé na Terra é porque o Jaguar tem
o pé no Sistema, explicado em termos do nosso Sol Interior.
Quando falamos em Sol Interior, estamos falando numa filosofia cristã,
e nenhum comentarista ou filósofo cristão comentará
esta palavra, porque ela só vai ser encontrada no Evangelho
se buscarem o Evangelho Iniciático, isto é, o Evangelho
cujo segredo só podemos entender se tivermos iluminação
por dentro. As palavras são iguais para todos, mas alguns enxergam
de uma maneira diferente e chegam ao Sistema, se tiverem os pés
na Terra. Entretanto, no Evangelho, tudo se resume na prática
destas três palavras, que nós sempre repetimos: Amor,
Tolerância e Humildade. Agora, chegou o momento de saber até
que ponto cada um de nós adquiriu a capacidade de perdoar,
de tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e assim
avaliar o ponto a que chegou em termos de amor incondicional!”
(Tia Neiva, s/d)
· “Meu filho,
o caminho desta nova jornada podemos sentir, por momentos, que é
absurdo e contraditório em nossa condição humana
social. Porém, tão logo haja uma disciplina doutrinária
ao alcance deste mundo, veremos juntos o Céu e a Terra! Teremos
que sofrer para vencer as superstições das religiões
mal acabadas, religiões que perderam sua confiabilidade pela
falta de doutrina. Religiões que pararam no tempo e no espaço!
Onde encontrar a velha filosofia de oferecer a outra face, que não
foi batida, como prova de amor e humildade? Vivemos a marcha evolutiva
para uma Nova Era. Aprender para ensinar; conhecer a filosofia das
falanges do Céu e da Terra; dos que se dizem nossos inimigos.
De acordo com todo o nosso acervo de conhecimentos, temos nesta grande
precisão de estar bem esclarecidos da vida fora da matéria.”
(Tia Neiva, 7.9.77)
REMÉDIOS
VEJA: MEDICAMENTOS
RESSENTIMENTO
O ressentimento é
um complexo de ódio ou de rancor em que se transformam os sentimentos
hostis e recalcados, não eliminados por alguém que se
sente injustamente relegado ou preterido nas suas qualidades ou méritos
pessoais por alguém, alguma coisa ou alguma entidade, e não
sabe como eliminar estas cargas negativas, cometendo um auto-envenenamento
de todo o seu ser. Resulta na necessidade de uma compensação
que deforma sua energia mental (*), que passa a ser dirigida de forma
a destruir e desacreditar todos os valores que, por qualquer motivo,
não podem ser alcançados. O Homem ressentido passa a
exaltar valores numa escala deformada pelo ódio ou despeito
para com outros valores, tanto físicos como morais e sociais,
buscando, assim, se libertar da frustração e do sofrimento
por não ter conseguido adquirir ou realizar os valores pretendidos.
Para o ressentido, que se julga vítima de erros cometidos contra
ele, predomina o desejo de vingança e mergulha no desespero
das permanentes acusações e se desequilibra com reprovações
e argumentos insólitos contra quem se acha com contas a ajustar.
Não sabe amar, pois seu rancor é tamanho que não
lhe permite o nobre sentimento do amor, mas deseja, anseia ser amado,
embora seu objetivo seja satisfazer sua vingança. Seu mundo
é cheio de conflitos, porque necessita baixar o nível
dos que estão ao seu redor para se sentir superior. É
o que vemos com os falsos moralistas, que precisam mostrar que todos
são errados e maus para que ele surja como um homem de bem.
Há que se fazer importante distinção entre ressentimento
e inveja, sentimentos aparentemente semelhantes, mas com diferenças
importantes, porquanto a inveja, de modo geral, não perturba
o espírito no nível tão profundo da ação
do ressentimento, que é um verdadeiro precipício pelas
vibrações que gera ao seu redor, propiciando a ação
de irmãos das Trevas no perigoso caminho da obsessão
(*).
RETIRO
No Retiro, um conjunto
de forças muito intensas se projeta desde Mayante, fluindo
pelo Radar e se espalhando no Templo. São de três naturezas:
Evangélica, que atua na Mesa Evangélica; Iniciática,
que atua nos chakras dos Jaguares e visitantes; e Kardecista, de grande
poder desobsessivo. No 1º Intercâmbio – das 10 às
15 horas – atuam separadamente, de acordo com a necessidade,
nos mestres, ninfas e pacientes que estão no Templo. Na abertura
do 2º Intercâmbio, essas forças se cruzam e começam
a agir poderosamente, permitindo a abertura de todos os trabalhos
que se façam necessários, inclusive os Tronos, que só
podem ser abertos a partir do 2º Intercâmbio. O Retiro
é a grande realização dos médiuns, que
podem exercer plenamente seus poderes na Lei do Auxílio. Os
esclarecimentos e determinações de Koatay 108 com relação
aos Retiros estão no Livro de Leis. A Espiritualidade considera
que o médium está no Retiro a partir do momento em que
sai de sua casa para ir ao Templo. Caso se atrase - o Retiro tem início
às 10 horas da manhã - por motivos alheios à
sua vontade, recebe seus bônus; se chegar atrasado por negligência,
ele não é considerado “em Retiro”, isto é,
pode trabalhar, mas sem ganhar bônus. Isso também acontece
no fechamento: aquele que se retira antes do encerramento do Retiro,
exceto por motivo de força maior, não recebe bônus.
Quando motivado por justas necessidades, o médium pode fazer
um Retiro parcial, que compreende apenas um período. Este período
deverá ser: a partir das 10 horas e terminando após
o Intercâmbio das 15 horas; ou se iniciando antes das 15 horas
e indo até o encerramento. Fora disso, existe uma simples participação
do médium no Retiro, mas não está realizando
um Retiro. Há muitos que dizem que vão fazer um Retiro,
mas ficam mais tempo fora do Templo do que lá dentro. O médium
só deve sair do Templo - quando está em Retiro - para
refeições ou por outras necessidades, por curto espaço
de tempo, pois ele se propôs fazer um trabalho que irá
evoluí-lo, em sua vida espiritual, aliviando seu carma. Koatay
108 advertia-nos para que fizéssemos um Retiro pelo menos,
uma vez por mês. Mesmo que estivéssemos com dificuldades,
deprimidos ou revoltados, deveríamos participar efetivamente
de um Retiro, buscando a harmonia em nossa mente e o máximo
de concentração no atendimento aos pacientes.
· “O Retiro
é do Doutrinador, somente. O Retiro é um dos trabalhos
que exige mais precisão, mais cuidado, porque sendo na Lei
do Auxílio, funciona em horários diversos, que muitas
vezes entra em desarmonia. O Retiro estará sempre exposto às
intempéries dos horários que, sem a vontade de seu dirigente,
é perigoso, muito perigoso; isto é, de espíritos
também diversos. (...) Doze horas, são horas perigosas.
Hora em que a Presença Divina está em honra e guarda
na trilha dos espíritos dos Vales Negros, conscientes. Os Retiros,
mesmo não funcionando a sua parte iniciática, têm
força, mesmo somente na Corrente Indiana do Oriente Maior,
para produzir, na Lei do Auxílio, as mais perfeitas curas desobsessivas.”
(Tia Neiva, 2.3.79)
· “O Adjunto
tem por obrigação registrar em sua Lei um Retiro, que
seja evangelizado e comandado por ele mesmo, pelo menos uma vez por
mês, razão pela qual um Adjunto é um médium
perfeito. Para ser perfeito, é preciso conhecer a Lei do Auxílio
em todos os ângulos, pois o mestre que não comanda o
seu Retiro perde a sequência de sua sintonia direta. O mestre
não pode se ausentar das constantes sintonias diversas, como
também, sendo um Adjunto, torna-se um mau exemplo para um componente.
O Adjunto tem que ser completo em todos os setores. Apesar de suas
obrigações nos trabalhos, deve escolher um dia para
realizar o seu Retiro.” (Tia Neiva, s/d)
REUNIÕES
Todo cuidado deve ser
tomado na realização de reuniões doutrinárias,
especialmente quando se congrega um grande número de médiuns,
porque as forças são diferentes e influentes, e é
preciso saber conduzir as mentes, para a harmonia e realização
do objetivo da reunião. No Templo-Mãe há muitos
Arcanos que realizam suas reuniões, com seu povo, no último
domingo do mês, atendendo à determinação
do Trino Araken, não sendo, inclusive, realizado o Turigano,
para liberar os mestres e ninfas para reunir com seu Adjunto; as Primeiras
de Falanges Missionárias realizam, em maior parte, suas reuniões
no segundo sábado do mês, no horário após
a segunda consagração da Estrela Candente, tomando os
devidos cuidados para não faltar missionária nos trabalhos
do Templo. Enfim, o mais importante de qualquer reunião é
ter uma abertura (*) e um encerramento (*), pois, na verdade, ali
se realiza um grande trabalho, com a presença espiritual de
Ministros, Cavaleiros, Guias Missionárias e Mentores dos médiuns
participantes. Por mais simples que seja, uma reunião forma
um feixe de forças que deve ser bem manipulado por quem vai
dirigi-la, pois a Espiritualidade estará ali presente, manipulando
tudo o que for possível em benefício dos que ali se
congregam.
REVERÊNCIA
Reverência é
uma saudação respeitosa que devemos fazer sempre que
passamos pelos pontos de energia projetada dos planos espirituais,
parando e abrindo o plexo com todo o respeito. Além da abertura
de plexo obrigatória sempre que passamos de um lado para outro
do Templo, atravessando o eixo da Corrente Mestra, devemos fazer uma
reverência quando passamos pelo Radar ou pela Cassandra do Ministro
ou da Falange Missionária e sempre diante do Oráculo.
Para os demais pontos de força – diante das representações
de entidades e das cruzes – basta fazer a reverência quando
passamos pela primeira vez. Os componentes da corte e dos cortejos
(Entrega da Escalada, Cruz do Caminho, Oráculo etc.) não
fazem a reverência, pois estão envolvidos na energia
do trabalho. Só fazem abertura de plexo quando passam de um
lado para outro do Templo e diante do Oráculo.
RITUAL
Ritual é um conjunto
de regras e cerimônias que expressam qualquer doutrina, podendo
ser de várias naturezas. O ritual tem o poder de despertar
a memória espiritual, fazendo-nos recordar e ligar com os ensinamentos
transcendentais, que cada um busque seus conhecimentos e os traga
para a memória viva, podendo, assim, manipular as forças
que chegam. Nos Templos do Amanhecer realizamos diversos rituais estabelecidos
conforme o Livro de Leis, em que são manipuladas as forças
pela incidência de sons (emissões, cantos e mantras),
da movimentação, das cores e, especialmente, pela postura
mental dos participantes. Essa postura mental permite que o médium
se torne um verdadeiro retransmissor de forças, recebendo as
projeções dos Planos Superiores, isto é, na vertical,
e as emitindo na horizontal, em benefício de seus familiares,
de seus amores, de seus amigos, e até mesmo ajudando desconhecidos
que estejam em seus leitos de dor, nos hospitais ou nos presídios,
e, principalmente, daqueles que se dizem seus inimigos.
· “Estas atitudes
de rituais e comportamento, de compromissos, tornam a mente do Homem
perceptiva. O Homem só penetra nos domínios extrasensoriais
quando aceita um ritual, seja qual for. Paulo, um jovem médico,
perdeu sua filha de oito anos. Vivia pelos cantos, desesperado, porque,
apesar de ser um Jaguar, não acreditava na vida fora da matéria.
Sofria terrivelmente a perda de sua filha. Passava horas com sua esposa
ou em lugares escuros. Certo dia, uma família espírita
na qual Paulo nunca acreditara, ensinou-lhe o que fazer: uma pequena
mesa forrada de branco, um copo com água, um pequeno jarro
de rosas (de que a menina tanto gostava). E ali ficaram, à
espera do que poderia acontecer. Súbito, ouviu-se um soluço
e, logo depois, a vozinha esperada, que disse: “Paizinho, vim
buscar meu cordãozinho que o senhor me deu quando nasci! Sim,
pai, lhe vejo todos os dias, quando está pensando em mim!...”
“Sim, filha! - disse o homem, que até então não
acreditava - Vou buscar. Está no cofre...” “Não,
pai, já está no meu pescoço. O senhor não
o encontrará mais! Voltarei, paizinho, para este lar tão
logo me permita Deus!” Paulo foi depressa ao cofre e não
encontrou o cordãozinho. Ele sabia que ninguém poderia
abrir o cofre, pois só ele tinha a chave... Quatro anos depois
daquele ritual, uma linda menina de dois anos de idade lhe perguntava:
“Papai, onde está o meu cordãozinho?” E, segurando
a sua mão, o levou até o cofre. Ela batia as mãozinhas,
dizendo: “Abre! Abre!” Paulo abriu o cofre e lá estava
o cordãozinho, do mesmo jeito que o deixara, inclusive com
um pequeno coração, também de ouro, que acompanhava
o cordão. Ele conservava a marca do dentinho, mordido que fora
pela menina. Enquanto ela gritava: “Dá, dá, é
meu!”, Paulo, trêmulo, beijava a pequerrucha, dizendo:
“Oh, meu Deus! Devolvestes a minha filha! Não tenho dúvidas...”
Paulo passou o resto de sua vida fazendo rituais, para achar e explicar
a constituição da consciência. (...) Um ritual
pode ser apenas uma mesa com uma toalha branca e pessoas concentradas
em Jesus, como pode ser um grande susto ou uma grande dor.” (Tia
Neiva, 9.2.80)
FALANGE MISSIONÁRIA
DAS ROCHANAS
A Princesa Rochana é
Ninfa Missionária da Legião de São Lázaro
e suas representantes, na Terra, são as Rochanas, falange missionária
que tem suas origens na Grécia Antiga, quando um rei se apaixonou
por uma linda súdita e a rainha iniciou uma feroz perseguição
a ela, querendo destruí-la de qualquer maneira. Com um grupo
de mulheres que estavam também sendo perseguidas, a moça
se refugiou em uma ilha pedregosa do mar Egeu, e ali se organizaram,
escondendo-se nas grutas e vivendo da caça e pesca, vestidas
simplesmente com túnicas brancas e enfeitadas com conchas,
sempre preocupadas em se esconder de seus perseguidores, mas levando
uma vida simples, livre e saudável. Em 1982, Tia Neiva organizou
a Falange Missionária das Rochanas, sendo indicada Munique
Soudant como sua Primeira e o Comandante Adjunto Valeiro, Mestre Manoel
Barbosa, seu Adjunto de Apoio. A indumentária tem como predominante
a cor vermelha - desobsessão - e o roxo - cura, e, embora com
poucas componentes no plano físico, é muito numerosa
nos planos espirituais. Koatay 108 disse que seria muito importante
a presença de duas Rochanas no ritual da Estrela de Nerhu,
a Estrela Sublimação. Seus prefixos são Ferpia
e Ferpia-Ra.
CANTO DAS ROCHANAS:
Ó, JESUS, ESTA É
A HORA FELIZ DA MINHA VIDA, QUE ORA SINTO DESPERTAR EM MIM TODO ESTE
AMOR! GUIA-ME, JESUS! SOU UMA ROCHANA, E VENHO DE TERRAS DISTANTES
EM BUSCA DE TE ENCONTRAR! Ó, JESUS, DAI-ME FORÇAS PARA
QUE EU POSSA EMITIR O MEU CANTO SILENCIOSO DA CURA DESOBSESSIVA DOS
CEGOS, DOS MUDOS E INCOMPREENDIDOS. JESUS! É A HORA DA INDIVIDUALIDADE
E ME FAZ, JESUS, SENTIR A TUA GRANDEZA, EM DEUS PAI TODO MISERICORDIOSO,
QUE ME DEU ESTA RICA OPORTUNIDADE DE REPARAR MEUS ERROS COM AMOR,
QUE UM DIA ERREI POR NÃO SABER AMAR. ENSINA-ME, JESUS, A DISTRIBUIR
ESTA MARAVILHA A TODOS AQUELES QUE DE MIM NECESSITAREM. DAI-ME, JESUS,
O PODER DE EMANAR À LUZ DESTA DOUTRINA, TRANSFORMANDO SEMPRE
PARA O BEM, ATÉ, JESUS, LEVÁ-LOS A CAMINHO DE DEUS PAI
TODO PODEROSO, DEIXANDO QUE AS PÉROLAS DOS ANJOS E SANTOS ESPÍRITOS
SEJAM MINHA ESPERANÇA E MINHA GUIA. SALVE DEUS!
ROSA
A rosa é o símbolo
da pureza espiritual e dos sacrifícios da vida, pois tem a
sua aparência linda, seu perfume suave e... seus espinhos! A
rosa representa, na Espiritualidade, a força do Amor e a pureza
dos sentimentos. Quando mentalizamos alguém em nossos trabalhos,
essa pessoa vai receber nossas vibrações como se fossem
pétalas de rosas, imagem escolhida para poder descrever o que
acontece de forma energética. Tia Neiva sempre tratava as ninfas
de forma carinhosa, chamando-as de “minhas rosas”.
ROUPAGEM
1. NOSSA ROUPAGEM - A roupagem
é o nosso aspecto espiritual, que nos reveste de acordo com
a emanação trazida de nossas vidas passadas, através
do charme (*). Essa influência se modifica de oitenta em oitenta
dias, alterando sua natureza e intensidade, condicionando nosso comportamento
e nosso padrão vibratório àquela fase do nosso
transcendental, atraindo cobradores que fizemos naquela vida passada
e que, naquela roupagem, nos está comandando. A roupagem nos
faz viver fases de nossa existência, nos dando a oportunidade
de aliviarmos nosso carma e até mesmo eliminá-lo, caso
não seja muito intenso. Por isso os Pretos Velhos nos sugerem
uma Prisão (*), quando podemos libertar uma vítima do
passado que, ao mudarmos de roupagem, se coloca ao nosso lado. Esse
fenômeno é usado na confecção de biorritmos,
onde se combinam as fases de funções biológicas
com aspectos psicomentais e espirituais, mas que, por insuficiência
de conhecimentos e controle, servem apenas para diversão em
nosso atual estágio.
2. ROUPAGEM DAS ENTIDADES
- Para poderem manipular as forças no plano da Terra, as Entidades
se revestem de uma vibração especial, uma roupagem,
que as protege como um escafandro protege o mergulhador nas águas
profundas, e facilitam seu trabalho com os espíritos encarnados
no nosso planeta. Um Espírito de Luz assume uma roupagem para
facilitar sua comunicação e a manipulação
das forças que agem em uma determinada situação.
Assim, quando o trabalho exige a comunicação com simplicidade,
amor e confiança, vêm como Pretos Velhos, Vovós,
Pais e Mães, trazendo emanações de paz e tranquilidade,
que ajudam não só no trabalho desobsessivo, mas, também,
na necessária empatia com o paciente. Quando as cargas são
muito pesadas, é assumida a roupagem dos Caboclos, trazendo
a força das matas para a manipulação das forças
desobsessivas. O Povo das Águas, com emanação
de harmonia e tranqüilidade, se faz presente com a roupagem de
Sereias, Princesas e Príncipes, manipulando com suavidade as
forças necessárias à perfeita execução
dos trabalhos.