UBATÃ
UBATÃ é
o local, no Canal Vermelho, para onde vão os espíritos
desencarnados de diversas religiões - católicos, evangélicos,
budistas, muçulmanos, etc. - logo após sua passagem
pela Pedra Branca (*).
UMATÃ
UMATÃ é
um local no Canal Vermelho (*) onde os Umbandistas praticam suas macumbas
e manipulam forças etéricas que são projetadas
na Terra, em reuniões e terreiros, ajudando espíritos
encarnados e desencarnados nos trabalhos dentro da linha de Umbanda.
UMBRAL
O Umbral é uma
região limite que, no Canal Vermelho (*), separa o Vale Negro
(*) do restante. Ali se travam grandes combates, com espíritos
procurando escapar das Trevas e com os Bandidos do Espaço que
atacam os que estão desprevenidos e sem proteção,
para levá-los a leilão. No Umbral estão vários
pontos de auxílio, mas o que mais nos diz respeito é
o Albergue de Irmã Lívia, que cuida de todos os Jaguares
que desencarnam em determinados padrões vibratórios,
evitando que se percam no Vale Negro. Mas existe outro Umbral, região
de Capela, plano físico, onde o Homem ainda maldoso realiza
trabalhos para evoluir, com saudades, arrependimentos e com claras
recordações, fazendo consciente exame de sua trajetória
e de seus atos quando encarnado na Terra. Essa parte de Capela tem
grande organização social, com camadas distintas, vinte
e um departamentos isolados um dos outros, como se fossem mundos separados.
Após passarem pelas Casas Transitórias, onde recebem
seu tratamento, ali chegam os desencarnados no nosso planeta que não
conseguiram alcançar o padrão vibratório que
lhe daria condições de viver nos mundos mais adiantados
de Capela. No Umbral, eles são encaminhados de acordo com suas
condições vibracionais e suas afinidades, indo juntar-se
aos espíritos da mesma faixa para trabalhar por sua evolução,
sentindo em sua própria carne tudo aquilo que costumava fazer
aos outros, na Terra, desta forma conscientizando-se do que produzia
ao seu redor. Ali estão previstas todas as oportunidades para
reequilíbrio e retificação das trajetórias
desviadas, sob a direção de espíritos também
em provas, porém já mais evoluídos. O desencarnado
terrestre faz seu autojulgamento e sua autocondenação.
Enquanto uns progridem, com amor, tolerância e humildade, outros
se deixam ficar, mergulhados em seu egoísmo, em sua vaidade,
e vão ficando estacionados. Os que evoluem, mudam de departamento,
indo integrar-se a novo grupo afim.
UNIÃO ESPIRITUALISTA
(1959/64) SETA BRANCA -
UESB
· “Recebemos,
eu e meu companheiro Getúlio, ordem espiritual para virmos
aqui morar e junto a nós veio um bom servidor de Deus - Antônio,
o Carpinteiro, como o chamavam os espíritos. Meu companheiro,
Getúlio da Gama Wolney, e Antônio começaram a
trabalhar desesperadamente nas construções de prédios
de madeira para morarmos, enquanto eu, Gilberto, Raul, Carmem Lúcia
e Vera Lúcia, saíamos em busca do ganho material: com
um pequeno veículo vendíamos, em Brasília, roupas
feitas e bijuterias, e só mesmo com a proteção
de Deus fazíamos boas vendas e todos os dias, ao finar o dia,
eu e meus filhos nos reuníamos e repartíamos o dinheiro.
Metade era para comprar gêneros alimentícios, e com a
outra metade comprávamos gasolina e tecidos, para que eu e
Wilma - a esposa do Antônio Carpinteiro - os transformasse em
saias de senhoras, enfim, roupas feitas. Trabalhávamos à
noite e seguíamos no outro dia, depois de um almoço
cedo. Como todos sabem, o pouco com Deus é muito! Em poucas
horas, coisa mesmo de admirar, lá vínhamos eu e meus
filhos, no mesmo regime do dia. E assim passaram os dias, os meses.
A caridade já me tomava parte do ganho material. E os visitantes!
Já podia contar 20 ou 30 pessoas nos domingos, para almoços
e jantares que eu me via obrigada a servir, pois os mesmos se acomodavam
em minha casa. Meus Deus - pensei muito -, será possível
que só escolhestes avarentos e acusadores? Que Deus me perdoe
por meus instantes de dor, quando me faltava a compreensão
ante aqueles exploradores! Comecei a sentir desprezo pela vida material.
Eles estragavam sempre os meus planos. Quantas vezes eles chegavam
e, na minha própria casa, ali comodamente, começavam
a discutir, recriminando tudo o que, com sacrifício, fazíamos
eu e meu companheiro. Nada dizíamos. Era mesmo horrível.
Eu olhava ao redor e via, na verdade, material para construirmos.
Porém, via também que os trabalhadores precisavam comer.
Alguém teria que sustentá-los. Fui então vendo
todo o sofrimento dos meus filhos e do meu companheiro Getúlio.
Já sem entusiasmo, continuava eu. A caridade se alastrava,
com bela emanação, aos que não a conheciam. A
luz da Verdade começava a reluzir nas iniciais que comandava
aquela terra sagrada - UESB! Enquanto lutávamos para o nosso
infeliz sustento e grandeza da obra, outros se reuniam até
mesmo na minha casa, e ali ficavam a ofender nossa Irmã Neném
(Diretora Espiritual), que também os sustentava, sem qualquer
ajuda que não fosse lançada em meu rosto ou alegada
por toda parte. É muito fácil oferecer alguns quilos
em gêneros alimentícios. Porém, oferecer o próprio
sustento dos filhos, tirando-lhes a metade do que lhes é justo,
e, em amor do Cristo, oferecer a quem pensamos ser um estranho, não
é fácil!... E eu o fiz! Carmem Lúcia, minha filha
de 15 anos; Gertrudes, minha filha adotiva; Marly, filha de nossa
querida Diretora Irmã Neném, uma linda jovem bacharela;
todas eu incentivava ao trabalho na cozinha para os doentes. Muitas
vezes sentia medo que elas se envaidecessem com os elogios dos visitantes.
Certo dia, após uma de minhas incorporações,
recebi da Diretora uma ordem que teria sido dada pelo espírito
secretário do nosso Pai Espiritual Seta Branca, espírito
este a razão porque ali vivíamos assim, e que teria
dito que eu e meu irmão Jair teríamos que entregar nossos
veículos em troca de um possante motor gerador de força
elétrica. Não titubeamos e, assim, eu e meu bom irmão,
que foi para mim uma força ajudadora, entregamos os nossos
tão úteis carros. Começou, então, a piorar
a minha situação material. Senti que devia preparar-me
para receber as avalanches... A essa altura, já tinha ido residir
ali. Eram horríveis os nossos primitivos cobradores! Todos
se revoltavam... Todos começaram a vibrar a inquietude da revolta
íntima. Muitas vezes desencadeavam-se discussões e conheci
o ódio nos corações de alguns!... Ante toda aquela
incompreensão, quem mais sofria era eu. Tudo se desencadeava
sobre mim. Na verdade, além de todas as torturas que pensam
sentir os pobres sem compreensão que desejam servir a Deus,
sentia eu também a rebeldia de não gostar de morar no
mato, da falta de conforto material. da mudança de profissão,
de ver meus filhos arrancados do estudo... Tudo era tortura para mim
e para meu companheiro. E, pelo mesmo trilheiro passava a Irmã
Neném com seus filhos. Todos víamos chegar, batendo
às nossas portas, nossos velhos credores do passado, cobrando
centil por centil. E assim pagávamos, mesmo sem as forças
necessárias ao bom trabalhador de Cristo. O tempo passava e
eu sempre com o ideal de vencer. Continuava no mesmo comércio,
porém agora em dias alternados, pois a caridade não
me dava tempo. Chegavam pessoas de todos os lugares, com enfermidades
para ali serem curadas, e Deus me dava forças nesta Terra,
fazendo eu as mais perfeitas curas. Devido a essa enchente de pessoas,
estabeleci uma taxa a ser paga pelas pessoas que fizessem refeições
no bendito abrigo - que chamávamos de hotel -, taxa esta de
quarenta mil cruzeiros por diária. Na verdade, a maioria era
indigente...” (Tia Neiva, 3.11.59)
· “A caminho
da evolução, é como se não nos bastassem
nossos carmas... Estamos, sempre, a nos servir dos exemplos alheios.
Resolvi, portanto, fazer esta pequena agenda, do Espírito a
Caminho de Deus. Em 1959, eu fui, a mando de meus Mentores espirituais,
para um retiro que, mais tarde, veio a ser conhecido como União
Espiritualista Seta Branca. Ali vivi por cinco longos anos, à
mercê das terríveis provas do meu tenebroso carma. Recebi
as mais preciosas lições. Como médium equipada
das principais mediunidades, tenho a consciência tranquila de
que executei perfeitamente minha árdua missão. Cinco
anos vividos: lindos fatos, tristes dramas, passagens drásticas,
fenômenos vívidos, romances sentimentais... Graças
a Deus, nestes cinco anos só nos foi poupado a tragédia
de uma desgraça. Eu, como médium principal - ou profetisa
- e mais cento e pouco irmãos que, segundo comunicação
de nossos Mentores, estivemos em reajustes por pertencermos a uma
tribo de ciganos, desencarnados por volta de 1500, na região
da Rússia. Ficou esclarecido, também, que tivemos outras
reencarnações posteriores. O fato é que esta
tribo tradicional, desses ciganos, foi se identificando e se reajustando
entre si. O fato mais original destes ciganos era a compreensão
e o amor que, apesar das grandes dívidas, eram perfeitos. Vivíamos
calmamente em total retiro espiritual. Os fenômenos eram identificados
com todo o amor. Operávamos centenas de curas todos os dias,
até que chegou o inevitável: o ataque das correntes
negativas, dos grandes senhores dos Vales Negros. Abriram-se as portas
do Vale das Sombras e, em seguida, as do Vale Verde. Era um desafiar
sem fim. Forças tenebrosas invadiam todos nós, trazendo
desconforto total. Nossos Mentores espirituais do Grande Oriente trabalhavam
intensamente para nos protegerem. Pai Seta Branca, com seu grande
amor e com a confiança em minha clarividência ouvinte,
formou um quadro no sentido de que a União Espiritualista Seta
Branca fosse um espelho vivo e sua fortaleza de Luz, para que pudessem
renascer no Bem aqueles espíritos dos Vales Negros. Lembro-me
de que um dia (30.11.61) o General, nosso poeta, escreveu e minha
filha Carmem Lúcia recitou: Tu, minha UESB querida/És
pequena e original/Como a aurora abate as trevas/Resplandece tudo
igual/Distribui a Natureza/Luz direta do Astral.” Era tal a confiança
dos nossos mentores ao nos ver realizar tão lindos trabalhos
e, com tanta eficiência, que basearam-se na mesma, sentindo
assim a grande chance dos ciganos se enriquecerem na rica doutrina
para a destruição dos vales negros. Qual nada! Tal foram
suas decepções! Pobres de nós outros, ciganos
cheios de carmas, desejos e requisições profanas. Longe
estávamos da humildade, além de nossas mediunidades.
E, assim, a terra de Deus foi destruída. Assim foi que começou
a queda de nossa missão. Alguns ciganos começaram a
desrespeitar, não aceitando as Leis do Céu, trazidas
pelo Pai Seta Branca. Falava-se, agora, na melhoria material, verbas
do governo. Finalmente, um contra o outro. Sem mais nem menos, surgiam
discussões calorosas de fazer medo. Vendo que as coisas tomavam,
agora, rumos diferentes à nossa missão, comecei a me
preocupar. Na minha posição de clarividente, via a possibilidade
de sermos tomados por aquela força negra. Comecei a me acautelar,
porém de nada valeu, pois a presidente foi tomada. Então,
começou a ver em mim a razão de toda aquela pobreza.
Começou a fazer pressão para que eu saísse. Até
que eu, não suportando, pedi ao Pai e ele, sem nada poder fazer,
mandou-me para Brasília. Foi o grande choque para mim. Levantou-se
toda a irmandade. Seguiram-me noventa e sete órfãos.
Fui obrigada a trazê-los e acabar de criá-los. “(Tia
Neiva, 23.8.66)
· “Vivíamos
na mais perfeita compreensão eu, Mãe Neném e
os outros. Cinco anos de trabalho, dia e noite! Estávamos afiados
nas coisas do Céu; compreendíamos os mínimos
detalhes das forças benditas do Oriente Maior. Hasteamos a
Bandeira Rósea do Amor de Nosso Senhor Jesus Cristo na União
Espiritualista Seta Branca. Tudo nos era maravilhoso, desde que meus
olhos de clarividente avistassem a Luz. Eu e Mãe Neném
resolvíamos os mais tenebrosos quadros e não tínhamos
tempo para pensar. Éramos duas e, apesar de sua intransigência
benfeitora, eu, que era considerada desordeira, a obedecia e tudo
se passava na santa Paz de Deus, sendo o mais importante seguir o
regulamento de Pai Seta Branca. Porém, deu-se o inevitável
na decorrência de nossas vidas ligadas a passagens cármicas,
reencarnações desastrosas, já que estávamos
ali para os nossos últimos reajustes. Após cinco anos,
chegávamos ao vestibular para uma nova Iniciação!
Vimos como se fôssemos um suntuoso bolo de festa o qual as pessoas
mal educadas devoravam, contra o gosto do dono da casa, que nada podia
fazer. E não nos foi possível passar no vestibular para
a nova Iniciação. Cobradores trazidos por nossos filiados
e correntes negativas se infiltraram no nosso povo, naquela terra,
e nos assediaram com violência brutal. Não nos foram
dadas condições para reagir e, assim, tumultuados nossas
mentes e nosso corações, não sabendo mais em
quem acreditar, viramos nossas armas contra nós mesmos e destruímos
tudo o que era de mais belo: a União Espiritualista Seta Branca,
no dia 9 de fevereiro de 1964!” (Tia Neiva, s/d)
UNIFICAÇÃO
A Unificação
e a Manutenção da Unificação (Quadrantes)
têm seus rituais no Livro de Leis, e cabe acrescentar apenas
que a corte do Quadrante tem a presença obrigatória
das missionárias Yuricy, Muruaicy e Samaritanas, que fazem,
sempre, sua emissão e seu canto. As demais falanges missionárias
farão revezamento em seus cantos e emissões, obedecendo
à escala de quatro falanges por dia, feita pelo Primeiro Mestre
Jaguar ou a quem ele delegar a função. Aquela que não
estiver presente no dia para o qual foi escalada perderá a
oportunidade, não sendo substituída por outra falange.
A Unificação normalmente é um trabalho para o
qual os médiuns são convocados por chamada especial,
destinando-se a manipular forças de auxílio a desastres
coletivos, guerras, ameaças de epidemias, etc., sendo as forças
projetadas para evitar ou ajudar na recuperação de tristes
quadros em qualquer lugar da Terra. Na Unificação são
manipuladas poderosas forças emitidas pelo Astral Superior,
e devemos ter a maior atenção e concentração
na recepção dessas forças, fazendo-se sua manipulação
na Cabala de Delfos e nos Quadrantes, que se somam às da Estrela
Candente, fazendo com que inúmeros fenômenos se realizem
com apenas um trabalho.