VALE DAS SOMBRAS

 

O Vale das Sombras é uma universidade criada em um plano etérico, muito perto da Terra, onde espíritos de grandes cientistas, filósofos, teólogos, políticos e outros de grandes conhecimentos e cultura se deixam ficar, julgando-se donos da Verdade e não obedecendo às Leis Crísticas, não reencarnando, e atuando sobre outros intelectuais e políticos encarnados, para que possam ampliar suas influências espirituais de modo a que, depois do desencarne, possam eles se transformar em seus seguidores, aumentando suas legiões. Uma das mais perigosas e atuantes legiões do Vale das Sombras é a dos Falcões (*). A influência desses espíritos do Vale das Sombras se faz, na Terra, de várias maneiras: ensinam a fabricação de armas potentes, estimulam as guerras e revoluções, as ditaduras e impérios, além de provocarem fenômenos de comunicação gravadas em vídeos e em áudio, sabendo como manipular os encarnados. Escravizam outros espíritos e provocam sua modificação em diversas formas. Fazem mistificações, incorporando como se fossem Espíritos de Luz, com as mãos abertas e comunicando mensagens enganosas. Exigem permanente atenção do Doutrinador, embora, na nossa Corrente, a sua presença se faça no Trono Milenar (*). Quando um grande intelectual ou cientista desencarna e ainda não foi atuado pelo Vale das Sombras, legiões tentam capturar aquele espírito que, caso tenha o merecimento, será protegido pelos Espíritos de Luz.

 

VALE NEGRO

 

O Vale Negro é uma região do Canal Vermelho (*) onde ficam os grandes líderes das Trevas, as cavernas e muitos Bandidos do Espaço. Separado do restante pelo Umbral, é uma região de muitas dores, sofrimentos e desespero para aqueles que se deixam perder em suas jornadas cármicas. Ao Vale Negro vão os grandes missionários para fazer discursos doutrinários - sermões, como dizia Tia Neiva -, buscando despertar os sentimentos daqueles que por ali se perderam.

 

VALORES

 

· “Filho: o Adjunto Koatay jamais deverá pesar os valores intelectuais, a beleza ou a riqueza.” (Tia Neiva, 18.9.83)

 

VALÚRIOS

 

Por mensagens de 5 e 22.2.83, de Koatay 108, os VALÚRIO deverão cuidar da manutenção dos trabalhos de MESA EVNAGÉLICA, dando assistência constante àquele setor de trabalho.

 

COMPONENTES: Dois Trinos mais os Cavaleiros e suas escravas (Valúrias) que se decidirem por assumir esta responsabilidade.

 

ATRIBUIÇÕES:

 

· Os Cavaleiros Valúrio deverão participar ao Executivo a necessidade de reparos físicos naqueles setores de trabalho;

· Observar a manutenção diária deste setor;

· Observar para que não falte o necessário - velas e lâmpadas;

· Observar a regularidade dos rituais conforme a Lei;

· Irmanar-se aos Comandantes do Dia, convidando outros mestres e contribuindo com sua própria participação na realização dos trabalhos sob sua manutenção;

· Observar o atendimento ao trabalho de Defumação.

 

Os Trinos Valúrio deverão comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo e as que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá se conscientizar de sua missão e, em reunião, escalar Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas, de maneira que todos os dias estejam, no Templo, representantes do grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou do Adjunto.

 

· “Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros. Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre que vocês são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 5.2.83)

· “Filho, vamos começar nos primeiros passos para uma vida missionária. Filho, seja você mesmo a descobrir a sua estrada na Vida, sem profetas ou profetizas. Descubra o seu próprio caminho e ande com suas próprias pernas. Desperte para a Vida, a verdadeira Vida! Não desanime à frente dos obstáculos. Os obstáculos são atraídos pela força do nosso triste pensamento! Não se impressione com os sonhos e não fique a querer interpretá-los. O sonho é uma arma dos supersticiosos. Procure o lado bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor. Com o coração esperançoso, teremos todas as coisas nobres que desejarmos. Filho, o que desejo é transmitir um pouco desta sabedoria que a Vida Iniciática nos tem proporcionado nesta jornada!” (Tia Neiva, 17.6.83)

 

VELEDA

 

· “Veleda era um Jaguar, espírito nobre que, com seus olhos, dominava as mentes e via quadros do passado, do presente e do futuro. Pitonisa dos Germânicos, suas profecias eram sagradas e não sofria qualquer forma de pressão entre o seu povo. Foi chamada a Roma, onde sua fama tinha chegado, para ver o quadro do imperador Vespasiano. Quando chegou a Roma, não conteve seu desprezo pela via que levavam. Naquela época, a cidade atingia o apogeu de sua vida de devassidão e orgias. Conduzida até o imperador, Veleda previu a invasão dos Vikings, guerreiros mascarados que, vindos do Norte, iriam destroçar os romanos e liquidar a cidade. Cheio de ira, Vespasiano mandou prendê-la. Veleda era uma feiticeira - dizia ele - e não havia lugar para ela em Roma. Decidiu que a morte seria o castigo para quem ousava dizer que Roma teria um fim! Vespasiano mandou conduzi-la à praça pública onde, exposta ao povo, seria julgada pelo crime de prever o fim de Roma. Junto a uma cruz, Veleda recebeu com carinho e amor aqueles que a seguiam, que a entendiam como espírito superior que era, e, já sabendo o destino que a aguardava, despediu-se de seus guerreiros e de suas tropas. Conduzida por centuriões romanos, foi amarrada a uma biga, sendo esquartejada pelos cavalos a galope. Agora, no Primeiro de Maio de 1980, revivemos os últimos momentos de Veleda, e penetramos no nosso Quinto, porque Veleda era uma conjunção de cinco raízes e representava uma força viva.” (Tia Neiva, 1.5.80)

 

VELHA ESTRADA

 

Moisés, espírito iluminado, é considerado o Patriarca da Libertação, pois conduziu o povo judeu à Terra Prometida, libertando-o do jugo egípcio, e recebeu os Dez Mandamentos, onde foram estabelecidos os preceitos de Justiça, despertando seus seguidores pelo medo, uma vez que apresentava um Deus impiedoso e vingativo. A Velha Estrada, sob a Lei Mosaica do “olho por olho, dente por dente”, ainda é aplicada por muitas correntes e até mesmo por legiões espirituais, e compreende fanatismo religioso, violências e matanças sob pretextos de purificações e liberações religiosas, profecias, dogmas e oferendas. Com a vinda de Jesus, quando estabeleceu as bases de uma nova filosofia, introduzindo o Amor, a Tolerância e a Humildade na relação entre os Homens, iniciou-se a Nova Estrada.

 

VENÁRIO

 

O VENÁRIO tem por missão, atribuída por Koatay 108 em 5 e 22.2.83, assumir a parte burocrática de seu Adjunto Maior, sendo o Trino Venário como Regente do seu Adjunto.

 

COMPONENTES: Dois Trinos mais os Cavaleiros e suas escravas (Venas) que se decidirem por assumir esta responsabilidade.

 

ATRIBUIÇÕES:

 

· Organizar e manter atualizada a pasta com a relação dos componentes do Adjunto;

· Organizar escalas de trabalho e assistência aos Templos Externos, obedecendo primeiramente à escala do Trino Executivo;

· Organizar reuniões com os Trinos Presidentes Triada ou com seu próprio Adjunto;

· Prestar assistência permanente aos componentes de seu Adjunto.

 

Os Trinos Venários deverão comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo e as que se referem às suas tarefas.

 

· “Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros. Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre que vocês são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 5.2.83)

 

VENÁRIO ESPECIAL

 

Em carta de 22.2.83, Tia Neiva estabeleceu que o VENÁRIO ESPECIAL é o mestre que, de acordo com o seu Adjunto Maior, age na organização e coordenação de seu povo. Na falta de seu Adjunto Maior, ele é o Regente, como se fosse um comandante. As escalas são individuais e em primeiro plano está a escala do Primeiro Mestre Jaguar.

 

· “Não te esqueças de que, estando de acordo com o teu Adjunto, estarás, também, com o teu Ministro. Tu és sempre Regente do teu Adjunto Maior.” (Tia Neiva, 22.2.83)

· “Procure, filho, buscar sempre, com amor e sabedoria, a consciência de que és um verdadeiro caminheiro, seguindo em busca do equilíbrio e das energias que se deslocam em favor do teu continente. És um representante que tem muito a ser cultivado, porque és a força vital que te rege. Tens nas mãos um continente pronto a te servir, desde que tenhas autorização do teu Adjunto. Assim, procures demonstrar, com humildade e tolerância, os caminhos que te proporcionam estes grandes Ministros. Sei o que agrada e o que não agrada. Contudo, estamos marchando, seguros em nós mesmos, confiantes em nosso Pai Seta Branca, de que não será tirado sequer um fio de cabelo de um filho seu. Sei que existem momentos difíceis em nossas jornadas, que muitas vezes nos deparamos com nosso transcendental e que as forças que nos cercam trazem muitas das vezes a impaciência diante dos nossos irmãos. Porém, confio em tua capacidade de assimilar com clareza a missão que te foi confiada.” (Tia Neiva, 30.3.83)

 

VENTOS

 

Existem ventos que agem sobre a Terra com determinadas funções. Esses ventos são efeitos da manipulação da força quente do Sol com a força fria da Lua, com poderes para abrir o neutrôm e cumprir a natureza de sua emissão. Koatay 108 nos transmitiu a existência dos seguintes tipos:

 

1. AUSTRO TANUAY - O vento que traz, em seu bojo, as forças do Sol e da Lua, transmitindo uma energia transcendental que impulsa o Jaguar em sua missão, em seu sacerdócio. Tem íntima ligação com a necessidade de energias que suportam a vida do Jaguar, fluindo por todo o Universo e trazendo o que for necessário tanto para a vida material como para o espírito.

 

2. TANOAÊ - O vento destruidor, o furacão, a força reparadora que, segundo Koatay 108, vai varrer a Terra, levando seu triste fardo, e deixando nosso planeta em seus planos Crísticos, respeitando somente o mundo cabalístico transcendental. Tanoaê emite sua força no vento para levar sua mensagem e fazer suas reparações, fazendo a limpeza das impregnações coletivas. Age nas grandes tempestades, junto aos grandes temporais, numa explosão de forças telúricas, realizando profundas desimpregnações que proporcionam melhoria das condições do ser humano e dos três reinos da Natureza, por aliviar cargas muito pesadas e alterar padrões vibratórios que poderiam provocar sérios desastres;

 

3. TANOAI - O vento que traz o consolo para aqueles que se deixam cair no desespero e já não têm mais esperanças de sobreviver;

 

4. TANOAY - O vento construtor, que modifica para melhor toda a sintonia da Natureza e do Homem, conduzindo-o para o progresso material e espiritual;

 

5. TANUY - Um vento suave, uma brisa, que leva os mantras para os planos etéricos, penetra nas Cavernas do Canal Vermelho levando a paz, a ternura, confortando àqueles que sofrem angustiados os tormentos dos lugares onde chegaram por seus próprios baixos padrões vibratórios.

 

· “Quantas vezes vejo uma grande perda! Porém, à noite, vejo os grandes Cavalheiros assumindo aquelas dívidas pelo compromisso missionário, para livrá-la de muitas enfermidades incurável. Pela manhã vem o vento trazendo o prana, manipulando do Sol e da Lua, em seu ventre, com a mesma harmonia. Muitas vezes sofro por ouvir alguém reclamando a perda de seu ouro pesado. Fico triste, eis porque a minha expressão é triste, pois eu havia presenciado, a poucos dias, o vento, em seu seio, levar o seu destino leproso.” (Tia Neiva, 3.7.78)

· “Hoje, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela luz dos meus olhos, vocês evitaram um vento de 200 quilômetros por hora!... Ia desaparecer gente, pessoas, casas... Ia ser um absurdo!... Vamos dizer neste instante: Graças a Deus!...” (Tia Neiva, aula de 21.12.80)

 

VERBO

 

Na linguagem comum, verbo é a palavra que exprime uma ação, uma modificação de estado, uma afirmação. Na Psicologia, é a palavra interior, mental, constituída por conjunto de imagens auditivas, visuais, motoras e outras, que se sucedem na mente humana como se fossem intermediárias entre o pensamento mudo e a palavra exterior, expressa. Temos o Verbo Divino, segunda pessoa da Santíssima Trindade, que, segundo o Evangelho, fez-se Homem na figura de Jesus Cristo. Na Doutrina do Amanhecer, o Verbo é uma classificação espiritual em SETE níveis, em que se determinam as diversas condições de atendimento na projeção de forças. Do Segundo ao Terceiro são uma condição exclusiva das Ninfas do Amanhecer: as Ninfas Sol são do Terceiro Verbo e as Ninfas Luas do Segundo Verbo, porque estas não fazem elevações dos espíritos Inluz, o que só é permitido às ninfas do Terceiro Verbo. Os mestres atingem do Quarto ao Quinto - os Ajanãs - e os Doutrinadores do Sexto ao Sétimo. Isso só vale para aqueles que têm os plexos iniciáticos. Antes da Iniciação, quando ainda não receberam a projeção do Raio de Eridan, os médiuns em desenvolvimento são todos - tanto Lua como Sol - do Primeiro Verbo. Pelo Verbo - ou seja, pela Palavra - eles atingem diferentes planos espirituais na força de seus trabalhos. Por isso, não há como um Mestre ou uma Ninfa Lua fazer uma entrega, porque ela não tem o Verbo - a emissão - com a força necessária àquela elevação.

 

VERDADE

 

Quando conseguimos estabelecer uma relação entre o pensamento e o ser real das coisas e nossa energia mental consegue apreender o que uma coisa é, temos a verdade, isto é, apreendemos que pela inteligência podemos conhecer o que uma coisa é ou não é, estabelecendo uma adequação entre nossa mente e o ser. A isso chamamos a verdade lógica. Existe a verdade moral, quando há perfeita concordância entre o que se pensa e o que se diz ou se faz. O caminho para a verdade é o juízo feito com perfeição, a crítica ponderada e honesta que conduz ao perfeito conhecimento do objeto ou do ser. Ir conhecendo as verdades é a grande missão do Homem, pois a verdade é uma propriedade transcendental de cada ser. Todavia, considerando-se a pluralidade de individualidades e a força das personalidades, há que se considerar a existência de muitas “verdades” em torno de um ente, o que torna flexível e, portanto, mutável aquele conceito. A verdade tem sido, sempre, a primeira vítima dos conflitos do Homem, durante toda a sua História, sendo moldada e escravizada em função de diversos interesses humanos. Por isso, fora do campo filosófico, buscamos a verdade moral, da consciência da conduta doutrinária, no conhecimento e compreensão de nossa sensibilidade, pelo relacionamento e observação, especialmente, dos ensinamentos de Jesus. Segundo João (I, 17): “A Lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.” Para nós, a verdade significa justiça e honestidade, que vamos descobrindo dentro de nós mesmos, aprendendo a pensar, falar e agir de acordo com a realidade dos seres e das coisas. Um grande filósofo hindu, Krishnamurti, escreveu: “O Homem não pode chegar à verdade através de nenhum credo, de nenhum dogma, sacerdote ou ritual, nem através de nenhum conhecimento filosófico ou técnica psicológica. O Homem tem que alcançá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão do conteúdo da sua própria mente, através da observação e não da análise intelectual”. Gautama Buda ensinava aos seus discípulos: “Não se deixem levar pelos relatos dos outros, pela tradição, nem pelo que vocês ouvem dizer. Não se deixem enganar pelo domínio intelectual das escrituras, nem pela mera lógica ou dedução, nem pela reflexão sobre alguma visão. Nem pelo fato de que o asceta que expõe tal visão seja o instrutor de vocês. Sigam apenas aquilo que vocês sabem e experimentam em sua própria consciência interior.” Quando não é o caminho da Verdade, uma doutrina ou religião conduz o Homem à limitação de sua mente, ao apego material, à insatisfação e à acomodação. A verdade nos protege de qualquer influência que pretenda obscurecer nossa Luz e atrasar nossa jornada, fazendo com que possamos distinguir sentimentos e sensações sem sermos enganados pelos véus das ilusões. Ainda segundo João (XVIII, 37), narrando o diálogo de Jesus com Pilatos: “Disse-Lhe então Pilatos: Logo, Tu és rei? Respondeu Jesus: Tu o dizes. Eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade: todo o que é da verdade ouve a minha voz!” Já em XIV, 5 e 6, João relata: “Disse-Lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais e como podemos nós saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vai ao Pai senão por Mim!” Considerando a multiplicidade de inteligências e sentimentos, há que se concluir que, sobre a Natureza e o Universo, encontramos diversas verdades, de natureza material ou lógica, e por isso não temos como nos considerar donos da verdade. Um filósofo nos advertiu: “Não creia na metade do que você ouve; não repita metade do que você crê; quando ouvir uma notícia negativa, divida-a por dois, depois por quatro... e não diga nada sobre o restante dela!” A verdade não pode ser institucionalizada, sob o risco de deixar de ser verdade e se tornar outra coisa qualquer, como uma simples crença, como vemos acontecer na atualidade com muitas correntes religiosas e políticas, que se perdem das suas origens pelas interpretações dogmáticas, pelos interesses pessoais e pelo mercenarismo, que cerceia a justiça social e a liberdade de agir e pensar do Homem. Assim, o Homem deve ter liberdade e consciência para buscar a sua verdade pelo crescimento intelectual e desenvolvimento espiritual, e a única verdade é a que buscamos em nossa Doutrina, revelada por Jesus, a Luz do Mundo, nos Evangelhos, que nos pode iluminar em nosso caminho e na nossa missão, se soubermos acolhê-la em nossos corações, obedecendo à nossa conduta doutrinária.

 

· “Vivemos num propósito firme em busca de aprimoramento e evolução; entretanto, estacamos ao menor impecilho. Somente a verdade nos dá a libertação dos nossos espíritos. Sempre que uma estrada termina, nasce outra; portanto, não há motivos para trocar de estrada e sair para outra que não conhecemos. É mais uma precipitação da época vibrante que estamos vivendo, que acelera o ritmo das experiências. A época que vivemos, na condição feliz ou infeliz, deve ser pensada antes de qualquer mudança. Passar pelo Amanhecer ignorando sua disciplina ou seus esclarecimentos não cura coisa alguma. Devemos procurar a nossa Luz íntima oferecendo-nos ao Pai e a Jesus, agradecendo este paraíso renovador dos nossos espíritos. Devemos cultivar o santuário de nossa inteligência, uma vez que é por ele que evoluímos . Jesus não veio destruir a Lei dos Homens, cuja Lei vem de Deus, mas sim esclarecer e fazer cumprir o grau de desenvolvimento de cada um de nós. Temos que corresponder às necessidades da época em que vivemos, uma vez que para isso viemos preparados dos planos espirituais. Só teremos o Espírito da Verdade pela vivência única e simples do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois somente por este caminho chegaremos à glória máxima do Espírito da Verdade.” (Tia Neiva, s/d)

· “Neiva - começou Humarran - precisas distinguir entre o verdadeiro e o falso. Deves aprender a ser verdadeira em tudo: em pensamento, palavra e ação. Por mais sábia que sejas ainda terás muito que aprender. Todo conhecimento é útil e dia virá em que possuirás muito amor e muita sabedoria, tudo manifestado em ti. Entre o Bem e o Mal, o ocultismo não admite transigência. Custe o que custar, é preciso fazer o Bem e evitar o Mal. Teu corpo astral-mental se apressará em se imaginar orgulhosamente separado do físico.” (Tia Neiva, s/d)

· “A energia viva, o pensamento, se desloca em força sutil, vendo, através da alma racional, Deus puro, tríplice, ou seja, corpo, espírito e alma, em toda a manifestação universal. É a Trindade do Cristianismo – Pai, Filho e Espírito Santo – ou “Chaves do Verbo Divino”. Concebo que a verdade se resume em Deus único, todo poderoso, que ao sentirmos sua visão acalmamos a alma e as tempestades que servem para burilar o nosso espírito.” (Tia Neiva, 4.10.77)

 

VIBRAÇÃO

 

VEJA: PADRÃO VIBRATÓRIO

 

VIDA

 

A vida é o estado de vibração sutil que envolve cada ser, nos três reinos da Natureza, e emite seu fluido magnético. Não existe nenhum ser que não tenha vida, desde as formas mais simples até as mais complexas, como o Homem, que por ter seus plexos desenvolvidos, com base numa estrutura das mais complexas, consegue se integrar com as forças cósmicas e realizar fenômenos de diferentes naturezas, além de exercer sua individualidade com maior intensidade, a maior dentre os seres da Terra. A origem da vida se perde no tempo, e nem filósofos e cientistas conseguem obter a resposta plausível para o início do Universo, da Terra e da vida. Embora a Ciência designe a vida como a qualidade que confere ao conjunto de animais, plantas e microorganismos a propriedade de serem sistemas abertos, isotérmicos, altamente e funcionalmente estruturados, autoreguladores e autoperpetuantes, encontramos a antiga idéia de que a vida é vibração, originada pela interação de átomos e, portanto, presente em todo o Universo, fruto da combinação físico-química dos elementos. A vida seria, assim, simplesmente a força vital. Para nós, o verdadeiro significado da vida é o Dharman Oxinto - o Caminho para Deus. A vida é a oportunidade de evolução que temos para subir, degrau por degrau, através dos três reinos da Natureza, a longa escada que nos conduz a Deus, fazendo o bem, evitando que o mal prospere, aperfeiçoar a tolerância, superar o egoísmo, alimentar a esperança, ampliar nosso padrão vibratório, dominar vícios e desenvolver nossa capacidade mediúnica. Em João (XIV, 5 e 6), temos: “Disse-Lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais e como podemos nós saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vai ao Pai senão por Mim!” É a vida, pois, o caminho da evolução vibratória, tendo seu ponto máximo, na Terra, pelo plexo do Homem e por seu conteúdo espiritual cada vez mais grandioso. E a vida não se limita à passagem pela Terra. Ela é eterna, pois é a ação do espírito. Em nossa Doutrina, aprendemos a conhecer a vida na Terra e a vida fora da matéria. Temos uma existência, na Terra, por nossa reencarnação, que está limitada entre o nascimento e o desencarne ou morte. Este é apenas um capítulo a mais em nossa vida, mais uma oportunidade das muitas que nos foram dadas para evoluirmos através das muitas existências neste plano, e devemos respeitá-la, especialmente nos casos de pessoas, de seres humanos, que têm o direito básico à vida terrena, sem qualquer tipo de discriminação: aborto, pena de morte, eutanásia, falta de assistência à saúde, suicídio, etc. Referindo-se ao início da Criação, João (I, 3 e 4) diz: “Todas as coisas foram feitas por Ele e nada do que foi feito foi feito sem Ele! Nele estava a Vida e a Vida era a Luz dos Homens...” (veja: Reencarne)

 

· “Escrevemos a morte conforme a vida. Escrevemos a morte e a dor quando não temos amor. Olhei para o céu e vi imensas estrelas. As portas estavam fechadas, eu já estava deitada. Dormi. Porque antes pensava na vida com medo da morte, hoje penso na morte com medo da vida. amor é o alimento do corpo. A tolerância é o alimento do amor. O Homem precisa do amor para viver, o amor precisa de tolerância para crescer...” (Tia Neiva, 18.10.78)

· “Quanto vale a vida na mente de cada um? Vale alguma coisa. A vida para quem sofre, para quem reconhece a si mesmo, coloca-se acima das nossas dores e das nossas alegrias, porque ela é algo que vivemos, é algo onde vivemos. É nela que as dores e as alegrias são, para nós, experiências que também experimentamos e nos afastam da dor chamada “dor das dores”, que é a dor moral. Porém, isso não basta! Todavia o trabalho nos sustenta e nos evolui a ponto de não sentirmos.” (Tia Neiva, 12.12.78)

· “Nossa vida é uma grande jornada onde as dificuldades, constantemente, nos abalam. Filho, continue a lutar, porque só cai aquele que não está seguro em si mesmo. Continue a lutar, certo de uma coisa: só serão derrotados os que acreditam na derrota. Conserve a sua liberdade, porém respeitando a liberdade dos outros. Não se esqueça de que você é o seu maior valor, a sua maior fortuna. Se você estiver preso por pensamentos negativos, de nada lhe valerão toda a riqueza do mundo nem toda a felicidade possível. (...) Dizemos: Deus está comigo e, então, não temo nada! É neste instante que há uma razão. Uma pessoa religiosa recebe, realmente, esta espécie de proteção. A proteção é aplicada a todas as vidas deste planeta. Até o animal se liberta de suas enfermidades. Filho, sei que sua cabecinha é pequena porém, pense bem! O que é a compreensão da morte? Resulta do que entendemos da vida. Todos os que se prendem pelo pensamento, se prendem pela vida, convém insistir contra a violência de nossas mentes. A ciência social de hoje ensina o nosso desenvolvimento, porém, antes, deviam ensinar ao Homem a se libertar dos seus pensamentos. Uma mente livre, um Homem livre de pensamentos” (Tia Neiva, 5.3.79)

· “Em nossa cegueira amaldiçoamos, às vezes, nossas vidas, por não compreendermos o que fomos e o que nos espera. No desequilíbrio de nossos obscuros raciocínios nos habituamos a proceder de maneira irracional com a gente mesmo, a ultrapassar as barreiras de nossos destinos, de nossas cores auréolas, cujas vidas se tornam dolorosas e, por todos os pontos da Terra, se ouve nosso clamor. Quando chegamos ao término da grande viagem, desembarcamos sem uma única coberta que nos possa cobrir no longo frio do último porto e, em vez, nos resta o que deixamos - o ouro e a prata - e só conseguimos levar nossa última herança, que são os conflitos de nossa desarmonia interior. É fácil presumir o que nos resta, bem como, também, até onde nossa capacidade pode chegar. Todos nós conhecemos a linha divisória entre o visível e o invisível, entre o objetivo e o subjetivo, entre o sonho e a realidade. Se assim pensarmos, talvez nossas vidas não sejam tão alucinantes e nos dêem tréguas para um conhecimento profundo e honesto. Por conseguinte, antes, muito antes do desembarque, já estaremos livres para recebermos nossos amigos e, também, os que se dizem nossos inimigos!” (Tia Neiva, 15.6.79)

· “A mensagem da Vida é a mesma mensagem da Morte. Choramos ao partir para a Vida, ao ver se desintegrar o que é nosso. Choramos, também, com tristeza, ao sentir o desintegrar da Vida na Morte, não sabendo o que espera a Vida nas vidas, longe da Morte...” (Tia Neiva, 2.9.80)

· “Sabemos que a alma tenta modificar o organismo através dos séculos. Em geral, a sensibilidade fluídica do ser é proporcional ao seu grau de pureza e de adiantamento moral. Nessa regra, vivemos no meio de uma multidão invisível que assiste, silenciosa, atenta, às mesquinharias de nossa existência. Participam, pelo pensamento, de nossos trabalhos, de nossas alegrias e de nossas penas. Lembre-se, filho, de que não é possível animar o corpo se a alma está ausente. Se sua alma busca as coisas distantes de sua Doutrina, não há calor para a Doutrina. Sim, filho, além do perispírito, que vive dentro do nosso corpo (centro nervoso), temos partículas do sistema fluídico, que vivem dentro de nós e que, na realidade, como antimatéria, nos sustentam e se transmutam pela alma. Estas partículas que adquirimos são a própria vida e nos dão todas as variedades de percepções sensoriais - calor e frio, se temos muitas partículas - e são, também, a ENERGIA dos rituais! Contudo, os materialistas grosseiros não acreditam nos mundos antimatéria. No entanto, até hoje ainda não conseguiram cortar ou queimar coisa alguma das que lhes incomodam. No entanto, a prece, o nosso canto, lhe faz sentir ou perceber uma presença explicada mais claramente!... O Homem vive a buscar a destruição do outro. Falta de visão! E teima em não aceitar, porém, que a sua vida é a sua antimatéria... Na realidade, vivemos a nos destruir!” (Tia Neiva, 14.8.81)

· “Filho, vamos começar nos primeiros passos para uma vida missionária. Filho, seja você mesmo a descobrir a sua estrada na Vida, sem profetas ou profetizas. Descubra o seu próprio caminho e ande com suas próprias pernas. Desperte para a Vida, a verdadeira Vida! Não desanime à frente dos obstáculos. Os obstáculos são atraídos pela força do nosso triste pensamento! (...) Procure o lado bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor. Com o coração esperançoso, teremos todas as coisas nobres que desejarmos.” (Tia Neiva, 17.6.83)

· “Na força absoluta deste Universo há lírios que se decantam em cada canto e, como se ouvissem de Deus, num amor absoluto, desabrocham e começam a vibrar, alimentando os olhares, curando na impregnação de seu lugar. O seu aroma se esvai... Os demais e sua brancura no verde do lodo o faz mais perfeito, mais lindo, chegando mesmo a perfumar quem o colhe e deixa o lodo, porque dele outros lírios nascerão. Por que não faz o Homem como o lírio, simplificando a vida, amando e fazendo-se saudades por onde passa? As dificuldades da vida não são pelas intempéries do tempo, nem tampouco pelos amores que se avizinham; não são pelos nossos conflitos e, sim, pela vã tolerância, pela incapacidade de poder assimilar entre o Bem e o Mal; a falta de consideração em não se encontrar consigo mesmo, de saber com quem deverá viver; enfim, ser honesto consigo mesmo para clarear a sua estrada sem se debater, incomodando os demais e fazendo dos seus familiares um rosário de dor.” (Tia Neiva, s/d)

 

VIDA FORA DA MATÉRIA

 

Uma das grandes preocupações de Tia Neiva foi nos esclarecer sobre a vida no plano etérico de modo que pudéssemos entender os conflitos e reajustes de nossa existência, a consciência das vidas passadas e o planejamento da reencarnação, além dos vários planos e modos de vida que são encontrados no Universo. É a vida do espírito liberto de seu invólucro carnal, quando está plenamente consciente de sua própria situação e, por afinidade, se coloca em determinado plano vibracional, buscando viver de conformidade com os padrões de sua mente. É uma situação delicada, pois percebe e se faz perceber em sua totalidade, sem erros nem enganos, sem ilusões nem mentiras, vivendo e sofrendo de acordo com suas obras. É um estado de plena consciência em que sabe que sua evolução vai depender de seu equilíbrio e de sua harmonia no desempenho do plano reencarnatório que, pela misericórdia divina, lhe for dado. De modo geral, para os espíritos já evoluídos, a vida fora da matéria representa constante trabalho de ajuda àqueles que estão mais atrasados, não só para protegê-los mas, também, para orientá-los, respeitando, sempre, o livre arbítrio.

 

· “A cada dia nossas responsabilidades estão aumentando e, por isso, é preciso ficarmos cientes da vida fora da matéria. É muito fácil o espírito dela se compenetrar, porém não é fácil se adaptar! Nos mundos espirituais ou mundos fora da matéria, a vida se compõe de positivo e negativo, isto é, homem e mulher. O espírito do homem continua homem e o espírito da mulher continua mulher. Apesar de ser afirmado por alguns iniciados que o espírito não tem sexo, os meus olhos dizem o contrário. A adaptação do Homem na vida fora da matéria é difícil porque sente muita saudade de suas coisas e dos seus entes queridos, nas suas concepções másculas de Homem terreno, isto mesmo com o amor dos puros (força de expressão). Os espíritos libertos vivem em suas dimensões e se amam... Se amam com a ternura dos anjos!” (Tia Neiva, 26.6.65)

· “PARTIDA INICIÁTICA - Filho, todos nós temos a centelha divina, que vem do além de Deus. Esta centelha é o charme. É, também, o nosso Sol Interior, herança transcendental vinda dos grandes Sívans, poder absoluto que traz, na Terra, os poderes da encarnação e da reencarnação. Poder também da reintegração e desintegração. É um poder perigoso para aqueles que não conhecem os raios da descarga magnética cósmica nuclear. Sívans, Harpásios e Taumantes já assumiram muitas dores pelos estudos e incompreensões dos cientistas. Podem, muitas vezes, estar envolvidos num grande e potencioso caso sem conhecer, deslumbrados e sem nenhum conhecimento do que nos faz emitir dentro de nós uma força que não é nossa. Por exemplo, o poder da aparição de uma grande Estrela poderá trazê-la, como trouxe naquela era distante. Sívans é uma grande Estrela, que emite mil amacês que trabalham em diversos lugares e em diversos outros planos. O maior trabalho é no seu próprio plano... O nosso Mestre ANODÃ quis levar aquele povo, que já estava preparado, e deixou que a amacê entrasse ali e aquele povo tomasse uma lição, porque vieram para uma preparação, para se unir a um povo no futuro. Mas, como sempre, foi pouco o que puderam oferecer. Hoje se conta uma lição de uma vida que desapareceu. Sívans está a responder com suas amacês às heranças transcendentais, emitindo de uma vida para outra, afirmando que a constituição de um Homem são as descargas magnéticas cósmicas nucleares. Agora, sim, estamos preparados para uma grande concentração. Teremos que viver com o corpo físico, teremos que enfrentar a futura dimensão que nos espera. Será que seremos nós os mais avançados? De fato, não sabemos. Nem a minha clarividência tem certeza até então. Sei, também, que há vidas no grande caminho de Deus. Será que alcançaremos os nossos irmãos e saberemos falar com eles? Na verdade, quem sabe o que vamos fazer? É o Homem na sua individualidade. As cargas magnéticas já começam a estremecer o grande Solar. Cairão todos, se não tiverem o amor incondicional, o amor em Deus Pai Todo Poderoso. Homens pequenos, Homens maiores, todos irão se levantar, vão encontrar o seu destino e, juntos, teremos que encontrar os nossos destinos. Sabe Deus o que nos espera se sairmos desta concentração, que nos divide e nos segura, nos afirmando a nossa constituição. Sabemos que tudo o que pegamos é a forma do menino Jesus. Poderemos ser imortais, vivermos horas após hora, se tivermos todas as consagrações que nos darão forças para chegarmos à partida física e evangélica. Lembra, filho, que toda a minha ambição é querer ficar bem entendida sobre as heranças transcendentais. Sabemos que a reencarnação só agora está chamando a atenção da mente humana. Não tem nenhum esclarecimento que o Homem não possa reencarnar. E os que conhecem a reencarnação não falam no processo da reencarnação como em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo eu conheço. A este respeito eu tenho um quadro belíssimo na grande Sívans, que traz a mensagem da reencarnação. Porque Sívans, meu filho, é uma das estrelas mais desenvolvidas, mais esotéricas que não se cansa de emitir a sua grande projeção a nós Jaguares. Nos atende todos os dias, já apareceu fisicamente para nós no dia 16 de junho de 1982, às 22 horas. Sim, filho, venho ensinando que o Homem recebe de Deus para sua encarnação a centelha divina, que saindo de uma Estrela, onde faz a sua cultura, ele vem até à Terra, escolhe a sua mãe, volta e recebe a centelha divina, que é uma energia extra-etérica, que nos sustenta no nosso plexo até a nossa volta e que vai enterrada junto ao corpo físico, sempre zelado por alguém. Ora sai dali, ora fica ali mesmo, até que o dono possa voltar à Terra para as curas de suas enfermidades, de seus entes queridos, isto quando o Homem foi bom. Automaticamente, ele vai recebendo. E havendo o que houve com os Jaguares missionários foi diferente. Graças a Deus! Digo, meu filho, o Jaguar trabalhando bem, eu não entendo porque ainda sofre as intempéries do seu carma, como sofreram. O Homem, com todas as diferenças, pode ser um homem rico. Rico, que eu digo, é aquele que tem a sua realização na vida material e espiritual. Como sofreu aquela gente naquela noite nefanda. Todo mundo dançava e cantava a sua divina festa. Sim, meu filho, o místico do magnético explodia no corpo daquela gente, enquanto ANODÃ formava o seu canto, e todos iam se deslocando do corpo cheios de lucidez e se perguntavam entre eles suas razões, tudo o que podiam explicar naquela hora, que estava acontecendo. Era, então, o extraordinário, a desintegração total. Ali, procurando seus corpos, sem paixões, sem desatinos, era o inevitável: uns desesperados, outros se reajustando. Faltou inteligência e a prática daquele precioso mestre. Será que faltou? Não sei por quanto tempo aquele povo ficou ali em corpo fluídico. Foi preciso que se retirassem as grandes espirais que não tiveram a glória de serem enterradas juntos aos corpos para que elas deixassem de alimentar o corpo fluídico, correndo o perigo de novas alucinações. Parece que, quando falamos deste tempo, não havia civilização. No entanto, muitas tribos viviam, inclusive, já usando a energia nuclear e sempre estavam a perecer, sempre... sempre... Sim, filho, são realmente um perigo estas descargas magnéticas nucleares, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem entreguei meus olhos. Nos diz Amanto que aqui, parece, filho, estamos nesta época com o mesmo castigo das descargas nucleares. Porém, não tinha dito o perigo da força nuclear. E porque estou falando tanto? É, queremos prepará-los pelas mensagens de Pai Seta Branca de 1980. Digo, filho, que já demos um passo muito grande nesta última consagração de ENLÊVO. Quando pensamos em trabalhar com esta Estrela, os seus poderes já nos traziam a preparação física do nosso Sol Interior. Ciente do que somos, temos sete raios que é a cabala, viva e resplandecente, dentro de nós. Salve Deus! Meu filho, esta carta traz o primeiro passo do que poderemos compreender da vida fora a matéria.” (Tia Neiva, 28.1.85)

 

VINGANÇA

 

A vingança é o ato de punir, sem atentar para regras de Justiça ou da Caridade, aquele que cometeu uma falta ou um crime, fruto de uma condenação por sentimentos que foram violados e, portanto, despida de qualquer preceito sério ou verdadeiro, porque ditada pelo impulso e pelo ódio. É um sentimento que escraviza um espírito e pode atrasar muito sua evolução, porque se distancia da Nova Estrada, os ensinamentos de Jesus. É o terrível objetivo perseguido pelos que são vítimas do ressentimento (*). A vingança é o instrumento daqueles que ainda estão na velha Lei, conforme nos relata Mateus (V, 38 a 45) no trecho do Sermão da Montanha, em que o Divino e Amado Mestre nos diz: “Ouvistes o que foi dito: olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao malvado. Pelo contrário: se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que tenciona citar-te em juízo e tirar-te a tua túnica, deixa-lhe também a capa; e se alguém te obrigar a ir mil passos, anda com ele ainda mais dois. Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que deseja fazer um empréstimo contigo. Ouvistes o que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos do Vosso Pai que está nos Céus, O qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir a chuva sobre justos e injustos!” Muito se fala em aborto e pena de morte, mas poucos analisam estes temas sob a ótica do espírito, prendendo-se a conceitos e preconceitos puramente horizontais, baseados na vingança. Um criminoso, por mais perverso que tenha sido seu crime, tem que ser recuperado - não o seu físico, mas sim seu espírito - porque sabemos que a existência na Terra está marcada por reajustes e ódios que podem se tornar monstruosos se um espírito é fraco e se deixa tomar por outros que irão se banquetear com as baixas vibrações de um ato criminoso: medo, desespero, terror e sangue. Nossa obrigação não é dar fim àquela encarnação, mas sim buscar libertá-lo das más influências e tentar a sua recuperação espiritual, dentro de um sistema penitenciário humano e voltado para a recuperação do indivíduo. Matar um feto ou um criminoso é um terrível ato de vingança.

 

VIOLÊNCIA

 

Entendemos por violência qualquer ato ou fato de força ou brutalidade, com vistas a alcançar um objetivo, o que só se poderia fazer através de ameaças ou de constrangimento. É um ato antinatural, que agride a natureza do ser, e causa reações terríveis naqueles que são vitimados pela força descontrolada que é liberada pelos atos violentos. A violência é a falta de amor, de compreensão. Quando Judas levou a multidão para prender Jesus, um dos apóstolos sacou a espada e cortou a orelha de um servo do sumo sacerdote, sendo contido por Jesus (Mateus, XXVI, 53): “Então Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão!” A violência é resultado da insegurança, da insatisfação e dos preconceitos do Homem sem amor no coração, que é sempre levado pelas paixões. Quando mais evoluído o espírito, mais distante fica do uso da violência, porque entende que só o amor consegue aplacar os ânimos e chegar à harmonia universal. É surpreendente ver como a própria Espiritualidade de Luz lida com nossos irmãos trevosos, terríveis obsessores e cobradores insaciáveis: sempre sem violência, faz o seu trabalho com amor e suavidade, embora dentro do rigor das leis, conscientizando e induzindo esses irmãos tranquilamente aos trabalhos desobsessivos. A violência sempre gera violência, porque desencadeia uma sucessão de baixas vibrações que envolve todos, encarnados e desencarnados, numa desordenada espiral de forças negativas, atingindo os mais fracos, os mais sensíveis, propiciando situações em que os fluidos magnéticos das palavras, dos pensamentos e do próprio sangue alimentam grandes falanges de espíritos das Trevas, agravando a situação. Quantos fenômenos deste tipo estamos vendo através do noticiário diário, desencadeados em prisões, albergues, favelas, etc., que, analisados à luz da razão, não têm explicação lógica. Só podemos entendê-los pela apreciação do lado espiritual, conhecendo as terríveis explosões de ódios e baixos sentimentos que se produzem sob ação da violência.

 

VISITA

 

Fazendo uma visita de cortesia ou para confortar alguém que esteja com problemas de saúde você estará agindo dentro da Lei do Auxílio. É extremamente valiosa essa visita, pois você leva uma energia nova e a Espiritualidade pode realizar verdadeiros fenômenos através da sua presença e do seu amor! Conversar - com interesse e confiança - e não fazer fofoca, é de grande valia para quem estiver com problemas familiares ou de saúde. Enquanto se conversa, há troca de energias, e o ectoplasma que acompanha as palavras de conforto e carinho se torna valioso material para que a Espiritualidade favoreça a quem precisa.

 

VISITANTES

 

Os visitantes são sempre benvindos ao Vale do Amanhecer, independentemente de profissão, nível social ou cultural, raças, religiões ou posições políticas. Têm livre acesso ao Templo e à Estrela Candente, onde deverão, sempre, ter atendimento por um recepcionista capacitado a explicar todos os detalhes de nossa Doutrina. A única restrição é quanto aos trajes de jovens e adultos: mulheres, para entrar no Templo, não podem estar trajando roupas excessivamente curtas ou com decotes exagerados; homens não devem estar com bermudas curtas. Para contornar estes problemas, há na Recepção roupas para serem sobrepostas aos trajes inadequados dos visitantes. Quanto a fazer filmagens e fotografias, há somente restrição a focalizar médiuns incorporados e a de entrar nos recintos da Estrela Candente, Quadrantes e Estrela de Nerhu com o ritual aberto, para filmar ou fotografar. Na Estrela Candente e no Quadrante, o visitante deverá ser acompanhado por um dos Comandantes Janatã do dia. Outro cuidado que se deve ter com os visitantes é o de passá-los à frente dos pacientes, caso queiram chegar em um Trono ou tomar passes.

 

VISUALIZAÇÃO

 

A visualização é uma mentalização (*) em que se faz um relaxamento (*) prévio e se forma ou se concebe uma imagem visual mental de alguém ou de alguma coisa, real ou abstrata, que não está presente ali, junto a nós, naquele momento. Em um trabalho no Templo, como, por exemplo, quando estamos na Cassandra, podemos visualizar alguém que esteja precisando daquela energia curadora, como se estivesse ali, à nossa frente, e despejamos, sobre sua cabeça, aquela luz que nos chega. Na Cromoterapia (*) utiliza-se um tipo de visualização criativa: visualiza-se um facho de luz colorida que chega a um órgão de nosso organismo. Parece a mentalização das cores descrita na parte relativa aos chakras (*), mas essa é mais preventiva. Determina que se visualize, à nossa frente, um facho de luz na cor desejada. Ao inspirar, essa luz colorida penetra em nosso corpo (ou no órgão visado); retém-se a respiração por alguns segundos, para que a cor se fixe; expira-se lentamente, e visualiza-se outro facho com outra cor, recomeçando o processo. Um método tântrico recomenda, para ser feita antes de dormir, quando já estiver deitado, uma série de cores a serem visualizadas, por 30 segundos cada cor, na seguinte ordem: azul esmeralda (para ativar a respiração e a circulação sangüínea); vermelha (para ativar o sistema nervoso); laranja (para ativar a digestão e a assimilação); branca-azulada (para fortalecer os músculos e o esqueleto); e vermelha-alaranjada (para fortalecer os órgãos excretores e purificadores).

 

VOGUES

 

O Turno VOGUES tem por missão, atribuída por Koatay 108 em suas mensagens de 5 e 22.2.83, os PAGEZINHOS, conduzindo-os e ajudando a formar o tempo deles, acompanhando-os para saber onde andam.

 

COMPONENTES: Dois Trinos e Cavaleiros e suas escravas (Vouganas) e qualquer outro médium que decidir assumir esta missão.

 

ATRIBUIÇÕES:

 

· Aproveitar sábados e domingos para dar assistência ao Pequeno Pajé, ensinando;

· Promover reuniões para ministrar instruções;

· Manter contato com as crianças nas enfermidades ou quando os pais necessitarem;

· Cuidar das crianças, disciplinando-as quanto ao comportamento na interior do Templo, no Turigano e nas redondezas;

· Promover jogos e recreações, divertimentos para preencher o tempo das crianças;

· Relacionar as crianças que passarem pelos cuidados do grupo;

· Observar as crianças em geral (filhos de médiuns e de pacientes).

 

Os Vogues são muitos, talvez formem cinco falanges. Deverão se comunicar com os Cavaleiros Adonares, que foram liberados por Koatay 108 para levantar verbas, quando necessário. Como os Cavaleiros Sivans, que são mestres especiais do Poder Evangélico Iniciático, os Vogues proporcionarão eventos de acordo com a necessidade dos Pequenos Pajés. Os Vogues foram enquadrados no Cavaleiro Especial ao lado de Tia Neiva, que advertiu sobre o perigo que as crianças correm de pegar uma corrente negativa, na porta do Templo, pela falta de explicações de um mais velho. O Grupo deverá se conscientizar de sua missão e, em reunião, escalar Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas, de maneira que todos os dias estejam, no Templo, representantes do grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou do Adjunto.

 

· “Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros. Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre que vocês são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 5.2.83)

 

VOZ

 

A voz é o conjunto de sons ou ruídos que são produzidos nas cordas vocais vibrando pela passagem do ar. A freqüência e amplitude dependem dos centros de fonação, que estão em íntima ligação com os centros nervosos auditivos e visuais, mas seu padrão final é comandado pelo chakra laríngeo, embora sofra influências físicas da laringe, da faringe, das fossas nasais e da boca, que dão o timbre individual, próprio de cada pessoa, à palavra falada. A voz tem grande importância na função mediúnica, pois é o instrumento físico da mediunidade, harmonizando-se com o padrão vibratório de quem fala. A voz é a portadora do ectoplasma, das vibrações que vão atingir e agir nos seres que a ouvem, bem como dar estrutura ao ambiente onde o médium vive. Principalmente no Templo, devemos controlar nossa voz, evitando gritar ou falar em voz alta, pois isso pode provocar alterações no ambiente, além de atrair, pela estridência e dissonância, cargas negativas, magnéticas e outras emanações dos irmãos encarnados e desencarnados que ali estão em tratamento. O médium deve ter autocrítica e aprender a controlar sua voz, principalmente se for um Doutrinador, o que significa trabalhar fazendo doutrina em espíritos incorporados e comandar trabalhos, ficando sua atuação comprometida caso sua voz seja estridente ou dissonante, atropelando as palavras ou as pronunciando erradamente.

 

VOZ DIRETA

 

A voz direta é a comunicação dos Espíritos de Luz através do sistema de fonação do médium de incorporação, trazendo sua mensagem sem interferências ou alterações, sendo pronunciada de acordo com o padrão vibratório necessário àquela comunicação, ou seja, como um Preto Velho, em Caboclo, um Cavaleiro de Oxosse, etc. É de se notar a alteração da voz emitida por uma mesma entidade em diferentes situações, pela necessidade de trabalhar em uma determinada faixa vibratória. Quando, em sua prece, o Apará diz: “Jesus, tira-me a voz quando, por vaidade, enganar os que me cercam” está se referindo à Voz Direta, que pode ser retirada, deixando o médium sem assistência dos Espíritos de Luz, e tornando-o aparelho mistificador, truncando as mensagens e dando comunicações dos irmãos das Trevas.