MACROPLEXO
VEJA: PERISPÍRITO
FALANGE MISSIONÁRIA
MADALENA DE CÁSSIA
A Primeira Madalena é
a Ninfa Lua Maria Dutra Barreto, tendo esta falange como função
específica a participação no Turigano e nos casamentos,
trabalhando sob a projeção das Missionárias do
Espaço que formam a Falange da Guia Missionária Madalena
de Cássia, a Missionária mais próxima de Jesus,
para ajuda nas filas magnéticas àqueles que necessitam
das energias curadoras e desobsessivas. Essa Falange surgiu na Europa,
na Idade Média, como freiras que, nos conventos, auxiliavam
aquelas fidalgas que buscavam proteção contra a prepotência
de seus preceptores, fugindo de casamentos não desejados ou
de alianças desastrosas. Como descreveu Koatay 108, as falanges
missionárias agem, harmoniosamente, em conjunto: as Muruaicys
vão à frente, abrindo os portões magnéticos
do Vale das Sombras e das cavernas, onde se encontram espíritos
que, por sua força e ferocidade, se apresentam deformados pelo
ódio, por sua vibração negativa, assumindo tristes
formas animalizadas e até mesmo monstruosas. As Muruaicys jogam
seus charmes, emitindo lindos mantras que vão iluminando aqueles
espíritos e estes, como que hipnotizados, vão deixando
os negros abismos e se aproximando dos portões. Junto aos portões,
as Madalenas fazem uma espécie de poços de lama etérica,
escura e pegajosa, nos quais mergulham, ficando irreconhecíveis,
com aspecto semelhante ao daqueles espíritos sem luz. Quando
os espíritos sofredores as vêem, tentam agarrá-las,
supondo serem da mesma concentração que eles. É
o momento em que as Cayçaras lançam suas redes magnéticas,
aprisionando-os e, com a proteção dos Cavaleiros de
Ypuena, os levam para serem atendidos, sob a força do Cavaleiro
da Lança Vermelha, na Estrela Candente, onde recebem o choque
da força magnética animal emitida pelos médiuns
escaladores e a doutrina - o ectoplasma dos Doutrinadores -, sendo
elevados aos planos de acordo com seus merecimentos. O Adjunto de
Apoio das Madalenas é o Adjunto Arqueiro, Mestre Vladimir,
e seus prefixos são Eiza e Eiza-Ra.
CANTO DA MADALENA:
SALVE DEUS! EU SOU O CAMINHO
DA VERDADE E DA VIDA. NINGUÉM IRÁ AO PAI SENÃO
POR MIM! TU NOS DISSESTES, JESUS QUERIDO, E AQUI ESTAMOS, EM ESPÍRITO
E VERDADE, EM BUSCA DESTE CAMINHO, QUE SERÁ A NOSSA SALVAÇÃO!
DESTE-NOS, EM TEUS PROFETAS, ESTA JORNADA FELIZ PARA A CURA E A VIDA
DESTA TRIBO PARA QUE O NOSSO AMOR RESPLANDEÇA NO CAMINHO. EM
NOME DO PAI E DO ESPÍRITO. SALVE DEUS!
MADRUXA
Quando a 1ª Nityama
Ana Maria se casou, Koatay 108 não queria que outra ninfa assumisse
o comando da falange e, assim, designou-a como Madrucha, que na linguagem
das Nityamas, significa “madrinha”. Com o passar do tempo,
as Nityamas começaram a casar e formaram as Madruxas, uma falange
que, na realidade, não existe nos planos espirituais. Com o
beneplácito dos Devas, está formada esta falange, inclusive
recebendo ninfas que nem passaram por Nityamas, e que fazem o canto
da Madruxa Ana Maria. Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso
e a participação das ninfas nas falanges, bem como as
suas atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião
realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray),
no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados
os seguintes procedimentos (Orientações às Falanges
Missionárias N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade
mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem
nas falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas, Magos
e Príncipes Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão
pertencer às respectivas falanges por tempo indeterminado,
ou seja, não haverá idade limite para deixarem as suas
falanges. A partir dos 16 anos de idade, o jovem que não desejar
participar de uma das falanges citadas poderá escolher outra
falange missionária de sua afinidade; 2. A ninfa que desejar
ser uma Nityama Madrucha deverá ser casada ou ter condição
equiparada. Não haverá limite máximo de idade
para o ingresso das Nityamas Madruchas, desde que sejam vindas das
Nityamas; 3. A emissão reduzida (provisória) deverá
ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e Príncipes,
não centuriões, exclusivamente para acender a Chama
da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias. Frisamos que
não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá,
Alabá, Quadrantes, Anodização, Sandays etc.;
4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas,
Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada
logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao
seu posto. Não deverão permanecer no Turigano até
a incorporação de Pai João de Enoque ou o término
do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama
escalados deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa somente deverá
participar de uma falange missionária quando receber a sua
Consagração de Centúria, com exceção
do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes.
Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração
com a indumentária da falange; (...) 10. Na Consagração
de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio),
nas cortes da Consagração dos Adjuntos, somente poderão
participar as missionárias(os) com as suas respectivas indumentárias.
Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco
ou qualquer outra indumentária; (...) 15. A partir desta data,
a emissão de todas as missionárias(os) deverá
ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a apresentação,
por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado
pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges
de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões,
as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após
uma avaliação para acender a Chama da Vida.
CANTO DAS MADRUXAS:
Ó, DEUS APOLO,
UNIFICADO EM CRISTO JESUS! REVISTAI AQUI O TEU POVO, QUE NA FORÇA
ABSOLUTA DE SIMIROMBA, NOSSO PAI, PREPARA O ESPÍRITO ESPARTANO
NA FIGURA DO MESTRE JAGUAR, PARA QUE SIGAM OS SEUS CAMINHOS MATERIAIS
NA FORÇA DESTE TURIGANO. QUE SIGAM TODOS, TODOS PROTEGIDOS
DE QUALQUER CORRENTE NEGATIVA, E QUE SOMENTE O AMOR ENCONTRE ACESSO
EM TODO NOSSO SER! E, PARA QUE NOVAS FORÇAS VENHAM VIBRAR,
PEÇO A PRESENÇA DA GUIA MISSIONÁRIA, NA FORÇA
ABSOLUTA DA 1ª GUIA MISSIONÁRIA ARAGANA VERDE ISIS! ASSIM,
CONFIANTE, JESUS QUERIDO, SIGO COM -0-//, EM CRISTO JESUS.
MÃE
O papel mais importante
da Humanidade está em ser MÃE, na forma biológica
ou na forma de sentimento. A mãe é responsável
por seus filhos desde o primeiro contato físico, quando cumpre
uma programação reencarnatória prevista e aceita
perante a Espiritualidade Maior, sabendo o quanto lhe será
cobrado por aqueles espíritos que lhe forem confiados. E somente
pelo amor aceita a missão! O grande exemplo nos é dado
no Evangelho de João: a transmutação da água
em vinho foi o primeiro milagre de Jesus, nas bodas de Caná,
passagem onde se registra o amor e o respeito de Jesus por Sua Mãe,
atendendo ao pedido de Maria e realizando um milagre antes da hora
prevista pelo Pai Celestial, conforme nos relata João (II,
1 a 11): “E três dias depois celebraram-se umas bodas em
Caná da Galiléia, às quais assistia também
a Mãe de Jesus. E também foi convidado Jesus com os
Seus discípulos para as núpcias. Ora, vindo a faltar
o vinho, a Mãe de Jesus Lhe disse: Não tem mais vinho.
E Jesus Lhe respondeu: Mulher, o que nos importa isso a Mim ou a Ti?
Ainda não é chegada a Minha hora! Disse a Mãe
de Jesus aos que serviam: Fazei tudo o que Ele vos disser. Estavam
ali, postas, seis talhas de pedra para servir às purificações
dos judeus, cada uma das quais podia conter duas ou três metretas
(uma metreta eqüivale a 29 litros). Disse-lhes Jesus: Enchei
de água essas talhas. E encheram-nas até à boca.
Então, disse-lhes Jesus: Tirai agora e levai ao arquitriclino.
E eles a levaram. E logo que o arquitriclino provou a água
que se convertera em vinho, não sabendo de onde vinha (ainda
que o conhecessem os serventes que tinham tirado a água), chamou
ao esposo o tal arquitriclino e lhe disse: Todo homem serve primeiro
o bom vinho e quando os convidados já o tenham bebido bem,
então lhes serve o menos generoso; tu, ao contrário,
guardastes o bom vinho para o fim! Por este prodígio deu Jesus
início aos Seus milagres em Caná da Galiléia.
E assim manifestou a Sua Glória e Seus discípulos creram
Nele.” O tratamento de “Mulher”, na resposta de Jesus
à Sua Mãe, era, na época, uma forma de afetuoso
respeito. A importância da mãe é fundamental desde
o período de gestação, quando ela transmite ao
feto todos os seus sentimentos, seu padrão vibratório.
O vínculo não é somente físico, mas, sim,
telepático e mediúnico, uma vez que a corrente sangüínea
que alimenta o feto também é condutora da corrente mediúnica.
A mãe compreende as expressões de seu bebê, sabe
de suas necessidades mais pela telepatia do que pelos gestos visíveis.
E isso é recíproco. O bebê sente o estado emocional
de seus pais, sofre com brigas e violências no lar, fica feliz
com o carinho e o amor ao seu redor. A mãe, assim, deve evitar
prejudicar a formação daquele ser, buscando ser alegre
e feliz, sem querer exercer controle absoluto da criança e
evitando ser displicente, o que iria provocar problemas emocionais
e mentais no bebê, com reflexos sérios em seu desenvolvimento
físico e mental. Quando a criança já consegue
manifestar seus sentimentos, perceber o mundo à sua volta,
ela começa a criar barreiras às sugestões telepáticas
da mãe que possam influenciar sua personalidade. É a
fase em que a mãe deve compreender que o relacionamento com
o filho deve ser modificado, passando ao nível das sensações
e aprendizado moral e físico, deixando as sugestões
telepáticas. Caso insista neste inter-relacionamento, pode
criar desvios psíquicos para seu filho, alterando seus vulneráveis
egos e, inclusive, conduzindo-o à esquizofrenia. Na Doutrina,
pelo elevado padrão vibratório, a mulher que é
mãe se conscientiza de seu importante papel no lar e na formação
de seus filhos, vibrando, em seus trabalhos, para a iluminação
e proteção daqueles espíritos que lhe foram confiados
e que, sabemos, foram escolhidos e aceitos como pais e filhos nesta
vida, nesta reencarnação.
· “A guerra
não destrói o Homem. O que pode destruir o Homem é
o que há de mais frágil e de mais belo em toda a criação:
o coração de sua própria mãe!...”
(Tia Neiva - Carta Aberta n. 5, de 21.10.7)
· “Cada aparelho
sensitivo recebe a transmissão e transmite ao cérebro,
que é o órgão da inteligência, a impressão
de uma certa ordem de fenômeno. Estas impressões convertem-se
em uma só pessoa: a MÃE. O espírito que souber
escolher a sua mãe material tem mais condições,
mais facilidade, de se evoluir, porque toda evolução
é amor. Inclusive, as células são alimentadas.
A sede do amor está na alma. Cada criatura recebe de acordo
com o que merece. No campo cerebral do corpo espiritual é que
os conhecimentos se imprimem, em linhas fosforescentes.” (Tia
Neiva, s/d)
MÃE TILDES
Mãe Tildes é
uma grande Missionária, um Espírito de Luz que assume
a roupagem de simples Preta Velha, na humildade de escrava que foi
em um congá no Sul da Bahia, onde exerceu plenamente as atividades
doutrinárias, buscando harmonizar as forças iniciáticas
daqueles espíritos já interligados pelas origens de
nossa Corrente que para ali foram, atraídos por suas faixas
cármicas e por suas missões. Foi uma defensora da libertação
dos escravos, para isso tendo que usar muitos dos conhecimentos sobre
o transcendental daqueles senhores de engenho e sinhazinhas, buscando
aliviar seus carmas e induzindo-os a se lançarem na Lei do
Auxílio. É considerada a Padroeira do Lar, por seu amor
e sábios conselhos para manter a união e a harmonia
de casais e da família, nos atendendo em nossas complicações
sentimentais e nos ajudando nos momentos difíceis de nossas
vidas. Alma gêmea de Pai João de Enoque, veio com ele
em diversas encarnações, especialmente quando do deslocamento
das raízes africanas realizado pelos escravos que vieram para
o Brasil Colônia. Uma das histórias envolvendo Mãe
Tildes, que muito nos marcou por conter personagens que se encontram
no Vale do Amanhecer, em cobranças e reajustes, é a
da FAZENDA TRÊS COQUEIROS:
“Havia, nas imediações
de Angical, a Fazenda Três Coqueiros, uma enorme fazenda dos
Pereiras, na época, pertencente a Alfredo e Márcia,
recém-casados, que a receberam como herança. Havia uma
cachoeira limitando a Fazenda Três Coqueiros com a fazenda dos
Ferreiras, nobre e rica família, porém gananciosa, com
cada membro querendo ser o mais rico, o maior, pois a vaidade e o
orgulho eram as suas características. Naquela região,
perto dos Ferreiras, havia inúmeras fazendas, grandes e pequenas,
pertencentes a famílias que eram aliadas aos Ferreiras e participavam
das mesmas idéias, cheias de maldade e ódio, pois a
cobiça e a inveja faziam com que eles só pensassem em
fazer o mal àqueles daquela bela Fazenda Três Coqueiros.
Eram rixas transcendentais. Os Ferreiras e seus aliados sustentavam
o ódio arraigado em seus corações. Estas duas
famílias estavam sempre em choques e os aliados faziam trincheiras
e tocaias, provocando mortes e destruições. Porém,
as mortes eram só dos escravos (como diziam eles, escravos
eram pagãos e não mereciam bons tratos; eram comprados
como um animal qualquer!). Certo dia, Márcia saiu a passear
a cavalo, e foi até a cachoeira, ficando admirada com a beleza
daquele lugar, daquela linda cachoeira. Sim, aquela era a antiga Cachoeira
do Jaguar, de Pai Zé Pedro, de Pai João e das Princesas!
Sabia-se que ali existira um fenômeno, há cem anos. Márcia
era uma médium de grande percepção. Parou e,
deslumbrada, disse:
- É verdade!...
Aqui existiu um grande fenômeno envolvendo alguns escravos!
Nisso, Valdemar Ferreira
chegou e, abraçando a sinhazinha pelas costas, disse:
- Aqui houve um grande
fenômeno, dizem os antigos, de Pretos Velhos forasteiros...
Imediatamente Márcia
se lembrou de que Valdemar Ferreira era o mais triste dos inimigos
de seu marido e, também, lembrou que seu esposo lhe havia dito
que ela jamais pisasse naquele local. Livrando-se de Valdemar, ela
saiu correndo. Mas o destino pregou-lhe uma peça: um pequeno
escravo dos Ferreira viu Márcia ali com Valdemar e foi contar
tudo a Alfredo. Márcia já esperava um filho de Alfredo.
Todos os escravos de Valdemar odiavam a Fazenda Três Coqueiros,
cheios de inveja, porque a vida dos escravos de Alfredo era boa, levando
uma vida normal. Até mesmo os feitores de Alfredo eram bem
tratados e eram bons com os escravos, o que não acontecia com
o povo dos Ferreiras. Certo dia, o filho de Zefa - da Fazenda Três
Coqueiros - começou a namorar uma crioula, escrava dos Ferreiras.
Os escravos dos Ferreiras se revoltaram contra o filho de Zefa, esfaqueando-o,
e o colocaram, semimorto, à porta de Alfredo, deixando um bilhete
em que diziam que não queriam aquele cachorro por lá
e, mais, que quando o filho de Márcia nascesse fosse mandado
para Valdemar. Márcia, cansada e cheia de dores por causa da
gravidez já adiantada, ouvindo os gritos de Zefa, correu ao
encontro da velha escrava. É que Alfredo encontrara o rapaz
esfaqueado e lera o bilhete. Cheio de ira, mandou que jogassem o rapaz
no pasto, longe da Casa Grande. Mãe Zefa havia encontrado o
filho e gritava por Márcia, para que ela ajudasse o rapaz.
Márcia, mesmo cheia de dores, foi ajudar Zefa, saindo com Pai
Zé Pedro para buscar o pobre escravo que havia passado a noite
no relento, com urubus já sobrevoando seu corpo. A bondosa
sinhazinha mandou que levassem o rapaz para dentro de casa e, então,
houve um caso de desintegração: Márcia passou
com o ferido perto de Alfredo e este não os viu! Assim que
Alfredo encontrou Márcia mandou-a, sem explicações,
para a senzala e mandou erguer um grande cercado para mantê-la
prisioneira ali. Mandou que Mãe Tildes cuidasse dela. Mãe
Tildes era confidente e grande amiga de Márcia. Alfredo comunicou
que tão logo o filho de Márcia nascesse ele o mandaria
para Valdemar. Márcia cativou todos aqueles escravos com seu
amor e dedicação. Quando Zé Pedro, o velho nagô,
chegou para falar com Márcia, esta perguntou:
- Quem é este homem?
- É um velho nagô
- respondeu Mãe Tildes - que recebe espíritos no lombo!...
- Não, sinhazinha,
não precisa ter medo! - disse Pai Zé Pedro se chegando,
e se virando para Mãe Tildes, deu um muxoxo: - Linguaruda!
Conversa demais!...
Márcia sentiu que
o velho nagô tinha uma força do Céu e se afinou
com ele. Numa manhã, quando o Sol já brilhava, encantando
com seus raios toda a beleza daquela fazenda, eis que Márcia
começou a passar mal e, mais tarde, a criança nasceu.
Foi grande o reboliço, e os Pretos Velhos se mobilizaram. Mãe
Tildes pegou a criança, enrolou-a numa coberta e a levou para
Mãe Zefa, lá no meio do cafezal, dizendo:
- Vai, Zefa! Leva este
menino porque Alfredo vai matá-lo!
Zefa saiu correndo com
o bebê e o levou para a casa dos Ferreiras, onde, sem saberem
o que estava acontecendo, entregou o menino à sinhazinha Emerenciana,
mãe de Valdemar, que prometeu jamais revelar que aquela criança
era filha de Alfredo. Era o grande segredo entre Mãe Zefa e
Emerenciana. Zefa foi embora, e nunca mais se teve notícias
dela. Quando Mãe Tildes voltou do cafezal, levou um susto:
Márcia havia ganho mais outra criança, uma linda menina!
Tinham nascido gêmeos! Mãe Tildes começou a chamar
a menina de Marcinha. Vendo a dor tão grande de Márcia,
Alfredo acreditou em sua inocência e a perdoou, mas Márcia
não quis voltar à Casa Grande. Tanto Alfredo como Márcia
não sabiam que haviam nascido duas crianças. Conheciam
apenas aquela menina. Alfredo, até seu desencarne, pensava
só ter nascido a menina. Certo dia, um crioulo apareceu para
dar satisfações onde estava o menino. Mãe Tildes
sofria, sem saber se devia revelar o segredo a Márcia. Foi
consultar o nagô, e este lhe disse para jamais revelar a verdade.
Fora um erro ela querer assumir a dívida de Márcia.
Por outro lado, Mãe Tildes desconfiava de Márcia, ao
ver o menino que se parecia demais com Valdemar. O nagô pediu
que Márcia voltasse para a Casa Grande, porque seu marido estava
caminhando para a loucura e teria um fim muito triste. Márcia
saiu dali com o coração apertado, sabendo que Alfredo
não tinha condições de continuar a viver daquele
modo. O tempo passou ligeiro e Alfredo morreu louco. Márcia
se enclausurou naquela casa. Marcinha, já mocinha, começou
a namorar o filho de Valdemar! Quando o rapaz entrou, pela primeira
vez, na Casa Grande da Fazenda Três Coqueiros, Mãe Tildes
foi correndo até Pai Zé Pedro e lhe disse que estava
perdida, pois tinha cortado o carma de Márcia e, agora, Marcinha
iria se casar com o próprio irmão! Nisso, a porta se
abriu e Marcinha, feliz, abraçou Pai Zé Pedro e Mãe
Tildes, dizendo-lhes que iria se casar.
- Ele quer se casar comigo!
O coronel Valdemar tem dois filhos, sabem? O mais novo tem dois dedos
emendados, um pregado no outro. Mas este não! É perfeito,
e não se parece nada com o outro...
Depois que Marcinha saiu,
Pai Zé Pedro falou:
- Não lhe disse,
Mãe Tildes, que a grandeza de Deus não tem limites?
Este não é o filho de Márcia...
E Mãe Tildes perdeu
a voz até que Marcinha se casou com aquele rapaz! No dia do
casamento de Marcinha, foi promulgada a Lei Áurea, a abolição
da escravidão. Foi uma terrível confusão. Tiros...
Brigas... Amália, esposa de Valdemar, morreu. Márcia
não soube a verdade sobre seus filhos até o dia em que
Emerenciana, já para morrer, a revelou: Jacó era seu
filho! Tinha dois dedos emendados, que comprovavam ser ele filho de
Alfredo, que tinha o mesmo defeito. Márcia, prestes a desencarnar,
abraçou seu filho Jacó, cheia de emoção.
Mãe Tildes, já um espírito evoluído, teve
que pagar esta pena, por ter reparado um carma indevidamente. É
o que acontece com quem corta ou interfere nos destinos dos outros!...
O pessoal dos Ferreiras lançou-se contra a Fazenda Três
Coqueiros. Foi uma grande mortandade. Iluminados pela força
de Deus, Mãe Tildes, Pai Zé Pedro e duas crioulas -
Uraí e Urail - fugiram para uma outra fazenda cafeeira. Marcinha
fugiu, levando consigo seu irmão Jacó. No dia seguinte,
uma volante - polícia baiana - chegou à Fazenda Três
Coqueiros, onde muitos cadáveres exalavam terrível mal
cheiro, e, com muita dificuldade, impôs a ordem. Na fazenda
dos Ferreiras, ninguém triscava a mão! Vieram, de longe,
velhos coronéis e sinhorzinhos. Os pais de Alfredo e os de
Márcia quiseram levar consigo os netos Marcinha e Jacó.
Estes, porém, não quiseram ir. Todos os que passavam
por ali comentavam a triste tragédia daquele povo, povo este
composto por espíritos espartanos, vindo de nossa origem e
que, aqui, não suportaram as velhas rixas. Alguns dos Ferreiras
que fugiram, continuaram a se entrincheirar para novas tragédias.
Mãe Tildes e Pai Zé Pedro fugiram para o Angical. É
só o que posso dizer, pois aqui estão os malvados que
precipitaram esta tragédia! Ainda faltam alguns componentes
desta história. Não posso, neste instante, avaliar quais
dos senhores e senhoras foram Ferreiras ou quais foram Pereiras...
Salve Deus! Só Deus, neste instante, poderá avaliar
quem foram...” (Tia Neiva)
Obs.: Em suas anotações
biográficas, Tia Neiva informou que Carmem Lúcia, sua
filha, era a reencarnação de Marcinha.
MÃE YARA
No “Manual Muruaicy”,
Carmem Lúcia Zelaya relata: “Mãe Yara é
um grandioso espírito de Luz que teve importância fundamental
desde as primeiras manifestações mediúnicas de
Mamãe, e é a responsável pelo desenvolvimento
dos Doutrinadores. Inicialmente, usava uma roupagem de uma encarnação
milenar, na qual havia ficado paralítica. Apresentava-se em
uma cadeira de rodas, como uma senhora de porte elegante, muito digna,
que logo de início cativou Mamãe, inspirando a confiança,
de que tanto necessitava, naqueles primeiros anos de compreensão
dos fenômenos mediúnicos, que a levariam à descoberta
de sua missão. Em seu conflito, Mamãe – que ainda
não aceitava a vidência – passou a interessar-se
pela linda senhora, a quem carinhosamente chamava de “Senhora
do Espaço”. Estabelecido interesse, Mãe Yara passou
a narrar uma das suas encarnações, com o nome de Adelina,
passando grandes lições, que muito vieram contribuir
em seu desenvolvimento mediúnico. Mais tarde, revelou que era
alma gêmea do grande Cacique Tupinambá (Pai Seta Branca)
e hoje, sem dúvidas, podemos considerá-la a “Madrinha
do Doutrinador”.
· “Calma, Neiva!
Não se esqueça de que, na vida, quando você está
esperando o Céu, a Terra está esperando por você.
Sim, filha, antes de você subir ao Céu, terá que
baixar na Terra. Não queira que as pessoas pensem como você.
Seja imparcial no seu raciocínio e nada aceite sem entender.
Não se esqueça de que ninguém possui a verdade
total!” (Mãe Yara)
MAGIA
Magia foi a denominação
dada à ciência dos Magos, casta sacerdotal da antiga
Pérsia, que manipulavam técnicas ritualísticas
capazes de obter efeitos benéficos e afastar efeitos maléficos
com a ajuda de forças ocultas ou de seres de outros planos.
Abraão, Orpheu, Confúcio e Zoroastro foram grandes magos.
A Magia é o mais absoluto e elevado conhecimento da Natureza,
cuja aplicação maravilhosa nos leva a uma compreensão
precisa do valor oculto e interno das coisas – eis uma das mais
conhecidas definições. Embora lidando com a Luz e com
a energia que flui de todos os seres animados ou inanimados, a Magia
difere da religião por ser uma técnica manipuladora
e não uma sujeição à adoração,
dirigindo-se a fins específicos e não ao culto de seres
espirituais. Sob o aspecto de processos da eficácia, a Magia
é: a) DE CONTATO ou simpatética – com base no princípio
que basta atingir uma parte para atingir o todo, isto é, para
atingir uma pessoa podem ser usadas unhas, cabelos ou peças
do vestuário daquela pessoa; e b) DE SEMELHANÇA ou homeopática
– com base no princípio de que atingir a imagem é
atingir a pessoa, como aplicada em bonecos ou fotografias. Por sua
finalidade, a Magia pode ser BRANCA, se usada para beneficiar uma
pessoa, ou NEGRA, quando utilizada para fazer o mal. A Magia é
resultante do conhecimento ligado ao poder de transformação.
O conhecimento (*) é que torna possível a transformação
consciente e a manipulação das forças, fazendo
com que um efeito da Magia sempre precise da transmutação
de forças bem selecionadas e relacionadas, polarizadas pelo
amor ou pelo ódio. Os magos se julgam pessoas iluminadas, espíritos
preparados pela conjunção de forças astrais,
com missão de ajudar a Humanidade a encontrar seus caminhos
e amenizar seus carmas. Os magos não aceitam a noção
de fé, porque acham que a fé é vulnerável,
e acreditam no poder do amor e da verdade e não aceitam a magia
como um tipo de religião. A magia seria a prática de
profecias através de oráculos sagrados e não
de adivinhação, porque o oráculo refletiria a
alma do ser, coisas íntimas das quais só ele tem o conhecimento,
o que permitiria não modificar mas, sim, amenizar o carma,
transformando um carma maldito em um carma benéfico. A Magia
e a Alquimia caminharam juntas e foram a base, com a pesquisa e manipulação
dos quatro elementos naturais – Terra, Água, Ar e Fogo
– da Ciência moderna. Na nossa Doutrina há a possibilidade
de aplicarmos a nossa Magia – nosso ego evoluindo pelo conhecimento
doutrinário e se fundindo com o amor incondicional, uma fusão
energética que nos liberta e nos faz crescer – tornando-nos
magos do Evangelho, cada um, de acordo com sua capacidade de interagir
com as coisas, com os outros e com nós mesmos, adquirindo capacidade
mágica similar àquela que tivemos em eras passadas e
que nos deram condições de semideuses.
MAGIA NATIVA
Magia Nativa ou Neutra
é uma poderosa força que age através do magnetismo,
alterando o neutrôm (*) e, consequentemente, o Sol Interior
do médium, provocando a emissão de ectoplasma bom ou
ruim, conforme o desejo de quem a está manipulando. É
muito perigosa, porque envolve todo o magnético animal e alimenta
todos os chakras com uma energia de determinado valor - positiva ou
negativa -, havendo uma poderosa emissão de vibrações
que podem ir muito longe, rompendo o neutrôm e atingindo outros
planos, atraindo espíritos distantes para junto de quem está
emitindo. É usada, normalmente, nos trabalhos executados por
médiuns que não têm plexo iniciático, cheios
de medo e superstições, dificultando muito sua evolução.
As Leis espirituais não a proíbem, mas aquele que a
usa, mesmo para caridade, paga um preço muito alto. Por isso,
principalmente para o médium que já tem um plexo iniciático,
deve ser evitada. Pode ser o fator de condenação de
uma reencarnação, pode levar o médium ao total
desequilíbrio, tornando-o instrumento de poderosas forças
do Vale das Sombras.
· “A Magia
Neutra ou Nativa é capaz de engrandecer o trabalho ou provocar
o desastre, dependendo isso daqueles que manejam o magnetismo. Em
si o magnetismo não é bom nem mau. Ele apenas existe,
dependendo sua ação do Agente Nativo Neutro, que é
capaz de gerar o Bem ou produzir o Mal. Por exemplo: abre-se um trabalho
de Magia Neutra ou Nativa, capaz de produzir correntes magnéticas,
com todos os seus perigos. Nele não há aperfeiçoamento
da alma, além de se correr o perigo do acrisolamento no Baixo
Astral, dos valores negros. Porém, nada há nas Leis
Etéricas que impeçam a realização desses
trabalhos, que não passam de correntes eletromagnéticas
sem a luz do néon. Meu filho Jaguar: Tenha em mente que quando
sintonizamos no desejo de servir com amor, servimos sempre e sempre
temos algo para oferecer, porém no curso extrasensorial, contidos
em possibilidades virtuais na esfera do pensamento. Ninguém
espera milagres mas sim os fenômenos produzidos pela Lei de
Causa e Efeito na individualidade. Saudemos a Criação,
sentindo a lógica acima de tudo. Porque, acima dos sentimentos,
há a Razão! Nada nos impede de subirmos ao cimo da montanha
pela Velha Estrada. Porém, por quê, se temos o roteiro
exato da Nova Estrada? A diferença entre a Velha e a Nova pode
ser observada nas ruínas de velhos templos que marcam a Velha.
A Velha Estrada foi pontilhada por mil tribos e dividida durante muitos
séculos. Prosseguindo nessa viajem chegamos a um longo e puro
sentimento, que nos dá a Razão deste novo caminho, de
novas perspectivas, onde desmancharemos o ciclo vicioso que nos leva
à Velha Estrada. As primeiras coisas que observamos no velho
caminho são as ruínas dos velhos templos! Filho, procure
sempre a lógica do que lhe digo. Não raciocine por mim
e sim pelo que pode acumular. Do nosso lado esquerdo sentimos a Magia
Magnética Animal “dançando” ou se movimentando
em diferentes mecanismos, oferecendo o sacrifício do corpo
humano, despejando as pesadas cargas da superstição,
da insegurança e do medo. A Magia Nativa acompanha a Velha
Estrada, que é construída por experiências de
tribos diversas e envolveram sacrifícios de bichos e animais,
no Egito primitivo, nas ofertas aos deuses. Então, meu filho,
prosseguindo cautelosamente, mais um pouco, nessa viagem, chegaremos
a um lugar onde veremos a construção definitiva desta
Nova Estrada, cuja obra se faz dentro de nós mesmos, edificada
pela Lei do Auxílio do Cristo único, Jesus, Nosso Senhor,
lutando contra a pobreza e a doença. Pelo outro lado do caminho
vemos ainda outras tribos naturais, realizando as mesmas cerimônias
de superstição e medo. O que me assusta são os
Homens-Pássaros com semelhança humana, rápidos,
inteligentes, oferecendo a cura e coisas materiais, e que ficam revoando
até conseguir seu objetivo. Deus não trouxe o Homem
a esta Terra para sofrer ou levá-lo à miséria.
Criou-o para ser feliz, dando-lhe a inteligência no livre arbítrio.
Todavia, depois de tudo o que o Homem fez contra as Leis, se aproveitando
dos velhos pergaminhos, buscando o que já deixamos para trás
e o que nos fez voltar, segundo as Leis e as forças que Deus
criou, filho, o mundo nos faz perguntas e a sociedade nos obriga a
responder. As perguntas são transmitidas e aplicadas pelas
vibrações.” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 8, 4.10.77)
MAGIA NEUTRA
VEJA: MAGIA NATIVA
MÁGOA
No entender como sentimento,
a mágoa é consequência de uma desatenção,
de uma ofensa ou desconsideração, tanto mais profunda
quando o agente provocador seja uma pessoa próxima, querida
ou amada. Quando somos vítimas de ações agressivas
ou de falsidades, temos a mágoa como se fosse uma ferida na
alma. Podemos perdoar a quem nos ofendeu, a quem nos traiu, a quem
nos machucou, mas a ferida fica – a mágoa – que,
de tempos em tempos, mesmo que tenhamos perdoado a quem nos feriu,
sangra e dói. Somente o tempo alivia a dor da mágoa,
e temos que ter muito para lidar com isso, evitando que, em casos
mais dolorosos, a mágoa dê lugar ao ressentimento (*).
O Jaguar tem a consciência de seus reajustes e das oportunidades
que surgem, geralmente inesperadas, de se colocar diante de cobranças
transcendentais. Por isso, deve buscar defesas para sarar suas mágoas
o mais rápido possível, entendendo que deve anular o
mal que lhe machuca, revidando com o bem àqueles que lhe magoam,
tentando fazer o bem a quem tenta feri-lo, com isso cumprindo os compromissos
que assumiu ao voltar à Terra. O Jaguar sabe que os momentos
dolorosos nos purificam e aprimoram nossa força interior, e
tem a preocupação de não magoar ninguém.
Aprende a retribuir com gratidão tudo o que recebe de bom e
positivo, a ser grato e benevolente com seus parentes e amigos, a
ser carinhoso e amável com todos os que dele se aproximam,
cuidando para que seus gestos e palavras sejam portadores de vibrações
positivas, evitando sempre ser contundente para não magoar
os outros. Se a mágoa ou a calúnia atinge o Jaguar,
ele não perde tempo em lamentações, buscando
superar o mal com sua dedicação na Lei do Auxílio,
manipulando as forças negativas, mantendo seu pensamento positivo
e irradiando sua luz interior, confiante em seus Mentores, que o ajudarão
a passar pelas dificuldades. Sabendo caminhar dentro da conduta doutrinária
(*), tendo cuidado para não ferir o sentimento de outras pessoas,
evitando a crítica e o julgamento, controlando os momentos
difíceis de mau humor, dizendo um “não” de
forma firme mas suave, tendo tolerância e ouvindo com calma
as queixas e reclamações, respeitando as idéias
alheias e buscando ser, sempre, gentil e benevolente, o Jaguar sabe
que diminui bastante o perigo de magoar alguém. E quando se
sente magoado, deve afastar o julgamento ou pensar mal de quem o feriu,
pesando o seu próprio coração. Deve procurar
inverter a situação, analisando-a como se estivesse
no lugar de quem o magoou, e, certamente, isso vai ajudá-lo
a pesar melhor os fatos e palavras que o feriram, pois um bom exame
de consciência demonstrará os erros da sua personalidade
que podem ser corrigidos pelas críticas daqueles que estão
em nosso redor. Em lugar de mágoas, devemos ter a humildade
de entender que certas situações servem para nos mostrar
nossos próprios erros e deficiências.
FALANGE MISSIONÁRIA
DE MAGOS
Na Planície Peloponense
havia um povoado onde uma pitonisa, chamada Magdala, Madrinha dos
Devas, formou um grupo de Nityamas (*), poderosas moças que
manipulavam muitas energias, fazendo trabalhos que protegiam aos numerosos
homens que partiam para as guerras. Dominavam forças que atuavam
nas condições meteorológicas, faziam profecias
e liam a sorte nas mãos. Os homens que ficavam na aldeia, inválidos
ou muito jovens para participar de combates, começaram a ajudar
as Nityamas, e receberam sua consagração como Magos,
Filhos de Devas, após desenvolverem sua mediunidade e adquirir
poderes espirituais. Em sua origem persa, magu significa “poderoso”.
Viajavam, atravessando terras e mares, levando à humanidade
seus conhecimentos doutrinários e a Voz do Céu. No Oriente,
os Magos obtiveram grande importância política e religiosa,
chegando a ter autoridade de reis, mas não eram reis. Medas
e Persas, Assírios e Caldeus foram profundamente influenciados
pelos Magos, que tinham os profundos conhecimentos da Astronomia e
da Astrologia, participando, também, pela influência
do Judaísmo, da expectativa da chegada do Messias. Alertados
pela Estrela Sublimação, três Magos foram a Jerusalém
para adorar o Filho de Deus, que nascera em Belém, sempre guiados
pela Estrela. Seus nomes eram Melchior (em hebreu: “Rei da Luz”),
Baltazar (aramaico: “Deus proteja a vida do Rei”) e Gaspar
(persa: “O Vencedor”). Na Bíblia, Mateus relata,
em seu Evangelho (II, 3 a 12): “Tendo, pois, nascido Jesus em
Belém de Judá, em tempo do rei Herodes, eis que uns
Magos do Oriente vieram a Jerusalém, dizendo: Onde está
o Rei dos Judeus, que nasceu? Porque vimos a sua Estrela no Oriente
e viemos adorá-lo. Ouvindo isto, o rei Herodes perturbou-se
e toda Jerusalém com ele. E convocando todos os príncipes
dos sacerdotes e escribas do povo inquiria deles onde Cristo haveria
de nascer. E disseram-lhe eles: Em Belém de Judá, porque
assim foi escrito pelos profetas. Então Herodes, chamando secretamente
os Magos, inquiriu deles, com todo o cuidado, sobre o tempo em que
lhes aparecera a Estrela. E tendo-os enviado a Belém, disse-lhes:
Ide e informai-vos sobre a criança e, quando a encontrardes,
comunicai-mo, para eu também ir adorá-la. Eles, tendo
ouvido o rei, partiram. E eis que a Estrela que tinham visto no Oriente
os precedia, até chegar e pousar sobre o lugar onde estava
o Menino. Ao verem a Estrela, alegraram-se sobremodo. E ao entrar
na casa, encontraram o Menino com Maria, sua Mãe. E prostrando-se,
O adoraram. E abrindo seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes de ouro,
incenso e mirra. E, havida resposta em sonhos que não tornassem
a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra.” As Escrituras
ainda confirmam que os Magos eram uma casta sacerdotal sábia,
existente entre Medas, Caldeus e Persas, e que os sábios ofertaram
os três presentes homenageando a Divindade de Jesus (incenso),
a Sua Realeza (ouro) e a Sua Humanidade, isto é, teria que
nascer e morrer (mirra, um refinado perfume oriental). Como a Falange
de Magos é especialmente destinada às crianças
e adolescentes, a partir dos 12 anos pode ser usada sua indumentária,
mas, até completarem 18 anos, só poderão ficar
no Templo até às 20 horas. Nityamas e Magos formam filas
magnéticas, fazem corte para os rituais, imantram o ambiente
e acendem a Chama da Vida. Sob o comando do Primeiro Mago, Adjunto
Valejo, Mestre Jefferson (Tim), os Magos, conforme suas consagrações
e faixa etária, estão presentes em todos os setores
de trabalho, obedecidas as instruções dos Trinos Presidentes
Triada, de 9.2.97, que estabeleceram que, a partir daquela data, os
Magos e Príncipes Mayas, para participarem dos trabalhos evangélicos
e iniciáticos na sua individualidade, devem usar o uniforme
de Jaguar (camisa preta, calça e capa marrons). A indumentária
de Falange fica restrita aos trabalhos da Falange nos rituais do Amanhecer.
Por se tratar, na sua maioria, de jovens, menores de idade, devem
obedecer às orientações já existentes
sobre o assunto. (Veja: ADOLESCENTES). Em reunião de 19-9-95,
o Trino Ajarã e os Mestres Devas decidiram: a) o Mago poderá
emitir “7º Raio” ou “Vindo do 7º Raio”
nos Adjuntos de sua preferência, Devas ou não, desde
que seja um Centurião consagrado e tenha recebido sua classificação;
b) caso o Adjunto de sua escolha não seja Alufã ou Adejã,
a emissão do Mago terá as seguintes características:
I: não deverão colocar o termo ”Mago” antes
da expressão “Filho de Devas” e da Falange do Mestrado;
II) emitir após o nome do Povo a expressão “Mago
missionário do Adjunto Alufã (ou Adejã)”,
seguido da procedência do Adjunto escolhido, ou seja, “7º
Raio” ou “vindo do 7º Raio” na ordem do Ministro
de sua escolha; e III) retirar a expressão “A serviço
do Adjunto...”; c) caso o Mago Centurião fizer opção
somente pelos Adjuntos Alufã ou Adejã, a emissão
terá as seguintes características: I) colocar o termo
“Mago” antes da expressão “Filho de Devas”
e da Falange do Mestrado, por ser, além de missionário,
um componente do Adjunto Alufã ou Adejã; II) emitir
“7º Raio” ou “Vindo do 7º Raio” na ordem
do Ministro Alufã ou Adejã, após o nome do Povo;
e III) retirar a expressão “A serviço do Adjunto...
“; d) os Magos que ainda não são Centuriões
deverão emitir apenas a expressão “Mago missionário
do Adjunto Alufã (ou Adejã)” após o nome
da Falange, não podendo emitir em outros Adjuntos antes de
receber a Consagração de Centúria e a Classificação,
mesmo os pertencentes a Templos Externos; ficando acertado que a emissão
seria ajustada após reunião dos Devas e do Trino Ajarã
com todos os Magos do Templo-Mãe e posterior divulgação
aos Adjuntos Arcanos e Presidentes. Visando dirimir dúvidas
e adequar o ingresso e a participação de mestres nas
falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes
Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã,
Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta
data deveriam ser observados os seguintes procedimentos (Orientações
às Falanges Missionárias N.º 1): 1. Fica limitada
a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade máxima
para os jovens ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas,
Gregas, Mayas, Magos e Príncipes Mayas. Os referidos mestres
e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges por
tempo indeterminado, ou seja, não haverá idade limite
para deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos de idade, o jovem
que não desejar participar de uma das falanges citadas poderá
escolher outra falange missionária de sua afinidade; (...)
3. A emissão reduzida (provisória) deverá ser
utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e Príncipes,
não centuriões, exclusivamente para acender a Chama
da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias. Frisamos que
não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá,
Alabá, Quadrantes, Anodização, Sandays etc.;
4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas,
Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada
logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao
seu posto. Não deverão permanecer no Turigano até
a incorporação de Pai João de Enoque ou o término
do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama
escalados deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa (ou mestre)
somente deverá participar de uma falange missionária
quando receber a sua Consagração de Centúria,
com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas,
Mayas, Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está
liberada a fazer a sua consagração com a indumentária
da falange; (...) 10. Na Consagração de Falange Missionária,
no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da Consagração
dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os)
com as suas respectivas indumentárias. Não deverão
participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária.
(...) 18. A partir desta
data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá
ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a apresentação,
por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado
pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges
de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões,
as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após
uma avaliação para acender a Chama da Vida. Em reunião
com os Mestres Devas, em 19/9/99, ratificada pelo Trino Ajarã,
foi retirada da emissão dos Magos a expressão FILHO
DE DEVAS. Em setembro/2000 o 1º Mago Jefferson foi consagrado
Arcano.
CANTO DOS MAGOS:
1. Ó, JESUS, QUEM
TE FALA SOU EU, O MENOR DOS JAGUARES, TESTEMUNHA VIVA DA ESTRELA SUBLIMAÇÃO
QUE ANUNCIAVA, NA MANJEDOURA, A CHEGADA DO TEU JESUS MENINO. SOU JAGUAR,
SOU MAGO, QUE ORA ACENDO A CHAMA VIVA E RESPLANDESCENTE DOS QUE DESCEM
DO REINO CENTRAL E PASSAM POR AQUI COMO PEQUENOS PASTORES QUE, PELA
ESTRELA GUIA, CHEGARÃO A JESUS MENINO! REPRESENTO, TAMBÉM,
OS TRÊS REIS MAGOS, QUANDO NAQUELA ERA DISTANTE TE OFERECERAM
INCENSO, MIRRA E OURO. E EU, JESUS, PARA TE SERVIR, ACENDO A CHAMA
VIVA E RESPLANDESCENTE DO PODER DA INTEGRAÇÃO PARA QUE
TODOS QUE VÊM DA ESTRELA CANDENTE SEJAM ABENÇOADOS PELAS
SUAS ENERGIAS, NO CLARÃO DESTE SIMBOLISMO UNIVERSAL. É
A CHAMA DA VIDA E DO AMOR! QUE AS FORÇAS SE DESLOQUEM, Ó,
JESUS, E EU POSSA MELHOR SERVIR! SÃO CAVALEIROS VERDES, SÃO
NINFAS, SÃO TERNURAS QUE PASSAM POR AQUI, ILUMINADOS PELA ENERGIA
DO SEU SOL INTERIOR, CONCENTRADA PELA SUA JORNADA, VINDA DO REINO
CENTRAL. CONTINUAREI, JESUS, SEMPRE COM - O -// EM CRISTO JESUS. SALVE
DEUS!
2. ACENDENDO A CHAMA: SALVE
DEUS! Ó, JESUS! EU, O MENOR DE TEUS SERVOS, REPRESENTO AS TRÊS
FORÇAS DO ORIENTE: INCENSO, MIRRA E OURO. SÃO PODERES,
JESUS, QUE ORA BUSCO, NA CERTEZA ABSOLUTA DE TE ENCONTRAR E RECEBER
A FORÇA TRANSCENDENTAL DA HERANÇA QUE DEIXEI, POR NÃO
SABER AMAR! ORA SINTO O RESPLANDECER EM MIM, NA PERSEVERANÇA
DE UMA NOVA ERA, NA SEGURANÇA DO MEU SOL INTERIOR! PARTIREI
SEMPRE COM -0-// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!
3. APAGANDO A CHAMA: Ó,
JESUS, A ESTRELA TESTEMUNHA, EM SEU BRILHO SINGULAR, ENTRE TODAS A
MAIS RICA ESCOLHIDA POR DEUS, QUANDO NAQUELA ERA DISTANTE ANUNCIOU
JESUS MENINO, ACOMPANHOU NO DESERTO OS TRÊS REIS MAGOS DE LUZ,
QUE TE OFERECERAM OURO, MIRRA E INCENSO, E, TAMBÉM, O SEU AMOR!
HOJE, JESUS, QUERO TAMBÉM TE AJUDAR! SOU MAGO PEQUENINO, QUERO
A LUZ DESTA ESTRELA PARA ESTA CHAMA APAGAR, SERVINDO, EM TEU SANTO
NOME, À MINHA TRIBO DE MESTRE JAGUAR, QUE EM NOME DE DEUS PAI
TODO PODEROSO, OFEREÇO COM // EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!
MANTRAS
Nas antigas tradições
orientais já se sabia que o fundamento de qualquer trabalho
mediúnico é o controle e a manipulação
da força mediúnica, o que caracteriza a maior ou menor
capacidade do médium de se colocar a serviço da espiritualidade.
A energia mental alimenta a força mediúnica através
de movimentos e sons, normalmente cadenciados e rítmicos, denominados
mantras. Na nossa Doutrina, consideramos mantras as orações
e preces, como o Pai Nosso - o Mantra Universal -, a Prece de Simiromba
e outras, e também alguns hinos, que integram o fascículo
“Hinos Mântricos”, e se constituem em vetores energéticos,
verdadeiras linhas de força que agem como chaves para as falanges
e combinação de energias para a realização
de cada tipo de trabalho. Quando fala ou canta um mantra, o médium
emite uma carga de ectoplasma.
· “E mais uma
coisa, meus filhos: quando vocês puderem cantar... O canto se
transforma em mantras junto ao seu ectoplasma. É um ectoplasma
crístico que lhe permite fazer seus pedidos enquanto você
está cantando os mantras. Sempre que puderem, cantem! Nós
ionizamos o nosso Templo e deixamos aqui, em haver, quando saímos,
tantos mantras do nosso magnético animal extraídos do
Sol Interior. Não se esqueçam disto! (...) Os mantras
cantados são como luzes, é um trabalho em louvor à
Espiritualidade, é como se vocês abrissem uma conta corrente
nos Mundos Encantados!...” (Tia Neiva, 27.6.76)
MÃOS
Quando esteve na Terra,
Jesus realizava a maioria das curas através da imposição
das mãos. Em Lucas (5, 12 e 13), encontramos: “Aconteceu
que, estando ele numa das cidades, veio à sua presença
um homem coberto de lepra; ao ver Jesus, prostrando-se com o rosto
em terra, suplicou-lhe: Senhor, se quiseres, podes purificar-me! E
Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero! Fica Limpo!
E no mesmo instante a lepra desapareceu.” Nossas mãos
estão diretamente ligadas ao coração, funcionando
como cabos de conexão com o chakra (*) coronário, que
se liga com a energia cósmica. Há inúmeros fatores
– má alimentação, má respiração,
sentimentos negativos, depressão, estresse – que bloqueiam
os chakras, impedindo o fluxo ideal da força vital através
do organismo. Pelo sistema de imposição das mãos,
com boa preparação e concentração mental,
podemos equilibrar os chakras e eliminar as barreiras tanto no nível
físico como no emocional. Muitas doutrinas e teorias utilizam
o poder das mãos. Existem, na palma das mãos, chakras
que trabalham energias diretamente do plano etérico, sendo
que, na mão direita, o vórtice é aferente, absorve,
enquanto que, na esquerda, é eferente, isto é, elimina
resíduos e cargas negativas. Sempre que abrimos nosso plexo,
a mão direita é que toca o plexo solar e a esquerda
fica em cima da direita. Quando queremos reter energia, fechamos a
mão esquerda. Marcos (16, 14 a 18) relata a Ordem da Evangelização:
“Finalmente apareceu Jesus aos onze, quando estavam à
mesa, e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração,
porque não deram crédito aos que o tinham visto ressuscitado.
E lhes disse: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a todas as
criaturas. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém,
não crer, será condenado. Estes sinais hão de
acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão demônios;
falarão novas línguas, pegarão em serpentes;
e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará
mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão
curados!” Mas é preciso lembrar que, para obter bons resultados,
é necessário que o médium que vai impor as mãos
deve estar bem preparado, física e espiritualmente, com sua
mente equilibrada e elevado padrão vibratório, para
poder ativar os chakras do paciente e reequilibrar suas linhas energéticas.
MATUROS
Por mensagens de 5 e 22.2.83,
os MATUROS receberam de Koatay 108 a missão de cuidar e manter
os trabalhos no SUDÁRIO, dando permanente assistência
àquele setor de trabalho.
COMPONENTES: Dois Trinos
mais os Cavaleiros e suas escravas (Maturamas) que se decidirem por
assumir esta responsabilidade.
ATRIBUIÇÕES:
· Os Cavaleiros
Maturos deverão participar ao Executivo a necessidade de reparos
físicos naquele setor de trabalho;
· Observar a manutenção
diária deste setor;
· Observar para
que não falte o necessário - sal, perfume, lanças
e velas;
· Observar a regularidade
do ritual conforme a Lei;
· Irmanar-se aos
Comandantes do Dia, convidando mestre e ninfas para participarem no
Sanday e no atendimento aos pacientes, contribuindo com sua própria
participação na realização dos trabalhos
sob sua manutenção;
Os Trinos Maturos deverão
comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo
e as que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá
se conscientizar de sua missão e, em reunião, escalar
Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas,
de maneira que todos os dias estejam, no Templo, representantes do
grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou
do Adjunto.
· “Meus mestres
e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade:
espero de vocês o amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na
execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre
de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições,
com as falhas dos outros. Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você,
estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando
não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina:
MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor conseguimos o discípulo
amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre, que vocês
são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra,
a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 5.2.83)
· “Filho, vamos
começar nos primeiros passos para uma vida missionária.
Filho, seja você mesmo a descobrir a sua estrada na Vida, sem
profetas ou profetizas. Descubra o seu próprio caminho e ande
com suas próprias pernas. Desperte para a Vida, a verdadeira
Vida! Não desanime à frente dos obstáculos. Os
obstáculos são atraídos pela força do
nosso triste pensamento! Não se impressione com os sonhos e
não fique a querer interpretá-los. O sonho é
uma arma dos supersticiosos. Procure o lado bom da vida, seja otimista.
Procure subir e espere sempre o melhor. Com o coração
esperançoso, teremos todas as coisas nobres que desejarmos.
Filho, o que desejo é transmitir um pouco desta sabedoria que
a Vida Iniciática nos tem proporcionado nesta jornada!”
(Tia Neiva, 17.6.83)
MAYANTE
Mayante é uma Casa
Transitória, regida por Simiromba, de onde chega toda a força
desobsessiva para os trabalhos do Templo. Existem sobre os panôs,
no Templo, antenas metálicas - que o povo chama “chifrinhos”
ou “morceguinhos” - na Parte Evangélica e na área
dos Tronos que captam a energia emitida por Mayante e a espalham,
como se fossem pulverizadores, fazendo com que ela chegue até
aos nossos irmãos, encarnados e desencarnados, que se encontram
no Templo. É uma energia pura e muito clara, luminosa mesmo,
que faz com que as trevas sejam rompidas, fazendo com que muitos que
estão perdidos na escuridão passem a ver a Luz! O deslocamento
de forças se faz na medida exata, necessária aos trabalhos.
É projetada em cada médium nas morsas (cruzes) que trazem
em seus braços, de acordo com a capacidade de cada um. Mayante
não tem ligação com a Pira. Ao fazer sua preparação,
o médium faz sua ligação com a Corrente Mestra,
que vem diretamente de Tapir. A força de Mayante é complementar
a essa. Enquanto Tapir é a energia geral, que alimenta os Sandays,
a energia de Mayante se desloca de acordo com a individualidade dos
médiuns, ajudando-os na realização de cada trabalho.
Na abertura dos trabalhos, quando se emite o Mantra de Mayante, enquanto
a energia da Corrente Mestra flui pela Pira, a energia vinda de Mayante
se espalha através das antenas metálicas.
· “Naquela
tarde, mais do que nunca, um misto de sonho e de realidade, uma coisa
esquisita, parecia comprimir a minha cabeça. Saí caminhando,
fui até o meu trono, no pico da serra. Visitei todos os pequenos
grupos. Comecei a pensar que aquela coisa estranha fosse um aviso,
uma mensagem de alguém do além, que estivesse me avisando.
Sim, realmente, era uma mensagem, mais que uma mensagem! Recebi MAYANTE,
o rico MANTRA DE ABERTURA, que também se afirmou em todo o
meu ser, fazendo-me encontrar comigo mesma, harmonizando o meu Sol
Interior. Porém, não ficou somente nesta tarde. Dali
parti e fui decidir, com amor, a minha vida, no quadro sentimental,
emocional. Parti dali. Fui, fisicamente, seguindo o meu destino, e
fui decidida na continuação do meu sacerdócio,
da minha missão!... Era 9 de novembro de 1959...” (Tia
Neiva)
MAYAS
A civilização
Maya foi uma de nossas ricas e tristes reencarnações,
na península de Yucatan, no México, onde tínhamos
um desenvolvimento material e científico superior ao de hoje,
com amplo controle da energia atômica. Havia o Homem-Pássaro,
que voava por todas as direções com um macacão
especial, cheio de tubinhos energéticos. Entre os Mayas, grandes
sábios recebiam instruções diretamente de Capela,
tinham a Voz Direta e realizavam grandes fenômenos. Em sua ambição,
pretenderam capturar uma das amacês que passavam em vôo
razante, projetando a energia de Capela para aquele povo, mantinham
aquelas áreas livres de certos animais que aterrorizavam o
Homem, traziam instruções, porém sempre sem atravessar
o neutrom. Só que aprisionaram uma amacê errada, que
produziu a desintegração de toda aquela civilização.
FALANGE MISSIONÁRIA
MAYA
As Mayas têm como
Primeira a Ninfa Lua Nancyara e como Adjunto de Apoio o Trino Maralto,
Mestre Gilfran, tendo como prefixos Adalã e Adalã-Ra.
Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação
das ninfas nas falanges, bem como as suas atribuições,
os Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres
Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram
que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes procedimentos
(Orientações às Falanges Missionárias
N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade mínima e a
18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem nas falanges
de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes
Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão pertencer às
respectivas falanges por tempo indeterminado, ou seja, não
haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir
dos 16 anos de idade, o jovem que não desejar participar de
uma das falanges citadas poderá escolher outra falange missionária
de sua afinidade; (...) 3. A emissão reduzida (provisória)
deverá ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e
Príncipes, não centuriões, exclusivamente para
acender a Chama da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias.
Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos
de Abatá, Alabá, Quadrantes, Anodização,
Sandays etc.; 4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte
de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá
ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa
Natarry ao seu posto. Não deverão permanecer no Turigano
até a incorporação de Pai João de Enoque
ou o término do Aramê. Após apagarem a Chama da
Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados; (...)
8. A ninfa somente deverá participar de uma falange missionária
quando receber a sua Consagração de Centúria,
com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas,
Mayas, Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está
liberada a fazer a sua consagração com a indumentária
da falange; (...) 10. Na Consagração de Falange Missionária,
no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da Consagração
dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os)
com as suas respectivas indumentárias. Não deverão
participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária.
(...) 15. A partir desta
data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá
ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a apresentação,
por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado
pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges
de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões,
as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após
uma avaliação para acender a Chama da Vida.
CANTO DA MAYA:
Ó, JESUS, ESTA É
A HORA DA INDIVIDUALIDADE! VENHO TRAZER-TE ESTE MOMENTO DE LUZ QUE
TENHO EM MEU CORAÇÃO, RESTOS DE UMA VIDA QUE ME FEZ
VOLTAR POR NÃO SABER AMAR! CONHECI A CIÊNCIA CÓSMICA,
PROMOVI A VIRGEM DO SOL, SOU TAMBÉM A ALEGRIA DA LUA! PROCURO,
JESUS, ENCONTRAR O BRILHO DA JOVEM GUERREIRA: A VIRGEM DO SOL. Ó,
JESUS, TUDO QUEREMOS FAZER NESTA JORNADA PARA UMA NOVA ERA! ESTAMOS,
Ó, JESUS, COM - O -// EM TEU SANTO NOME, JESUS QUERIDO. SALVE
DEUS!
MEDICAMENTOS
O medicamento é
a substância de origem mineral, vegetal ou animal preparada
como remédio, visando aliviar ou curar disfunções
físicas ou mentais que surgem no corpo físico. Em nossa
Doutrina lidamos com a cura desobsessiva e a única recomendação
a um paciente é que tome água fluidificada. Não
se receitam medicamentos e nem se manda parar algum que esteja sendo
usado. As entidades podem recomendar que o paciente procure um médico
terrestre, mas não fazem indicação de remédios.
Sabemos que quase a totalidade das doenças que acometem o Homem
começam em seu corpo etérico, projetando-se no corpo
físico. Assim, cuidamos das causas - a obsessão e o
equilíbrio vibracional - e deixamos que os médicos tratem
o corpo físico. O único cuidado que temos no uso de
medicamentos é a proteção de efeitos secundários,
pois, especialmente nos remédios da Homeopatia, existem muitos
produtos contendo álcoois ou substâncias que alteram
a mediunidade, e isso pode e deve ser evitado com a conscientização
do médium, fazendo uma prece e pedindo sua proteção.
A Espiritualidade, diante da necessidade, cria proteções
do fluxo mediúnico, impedindo que aquelas substâncias
causem qualquer alteração. Uma outra providência
positiva é a potencialização dos medicamentos
a serem tomados. Isso pode ser feito colocando-se as caixas de medicamentos
em nosso Aledá, por algum tempo, ou segurando-as na mão
esquerda e, com a mão direita erguida, fazendo uma prece e
pedindo à Espiritualidade que deposite, nos medicamentos, a
força que irá complementar e reforçar aquelas
substâncias em benefício de quem as irá consumir.
· “Pensamos
naquele homem cuja perna ia perder. Chegou um cientista e, no plano
físico, deu-lhe um remédio e o liberou. Porém
o homem, com suas duas pernas, pôs-se a correr, a chocar-se
em desafio com outros homens. Voltou à sua dor primária,
indo ver-se em seu antigo estado. O cientista, tornando a vê-lo,
triste, foi dar o mesmo remédio. Não, ele não
precisava mais do cientista! Desta vez, sua doença era na alma.
Enganava-se. O cientista tirou do bolso o Evangelho e lhe deu a cura!...”
(Tia Neiva, 12.12.78)
MÉDICOS DO ESPAÇO
Os MÉDICOS DO ESPAÇO
são Raios de Olorum (*), entidades médicas especialmente
direcionadas para a cura espiritual e física, que, formada
em falanges dirigidas por um Médico Chefe - como, por exemplo,
as do Dr. Fritz e do Dr. Bezerra de Menezes -, agem na manipulação
de forças que produzem o reequilíbrio energéticos
dos pacientes, resultando na harmonização do padrão
vibratório que irá eliminar as causas das doenças
(*) provocadas tanto por agentes biológicos ou químicos
como pela irradiação de elítrios e outros obsessores.
(Veja: Cura Desobsessiva)
MEDITAÇÃO
A meditação
é uma forma de utilizar a quinta onda da energia mental (*),
característica do Homem da Nova Era, para intensificar o espírito,
isolando-se do mundo, do burburinho que nos rodeia, e nos projetando
em um ambiente de harmonia, equilíbrio e paz. Se tivermos um
vulcão dentro de nós, nossos sentimentos e nossos pensamentos
em turbilhão, não poderemos proferir palavras calmas
e de paz. De nada adiantam atitudes mansas se elas apenas são
uma máscara que esconde nossa agitação interior.
Temos, sim, que atingir um estado de calma interior e o melhor caminho
é a meditação. Pela meditação,
desenvolvemos nosso cérebro direito, onde se localiza nossa
sensibilidade espiritual, melhorando nossa disciplina, a ordenação
de nossos pensamentos, e nos dispondo para fazer o Bem, permitindo
novas descobertas sobre nosso próprio ser e dos que nos rodeiam.
É pela meditação que se consegue o equilíbrio
da energia mental sem deixar de se estar consciente do corpo e da
mente, independentemente do ambiente em que se está, conseguindo-se
mergulhar cada vez mais fundo no Eu interior, buscando a sintonia
com a Voz do Silêncio! Mesmo tendo que enfrentar problemas pessoais,
familiares e espirituais, o Homem encontra sua base de resistência
e de ação na meditação. Meditar, decidir
e agir - assim procede o Jaguar equilibrado, consciente de sua missão.
A meditação tem, como base, a concentração
(*) e deve ser feita com a ausência de qualquer esforço.
Ela é uma saída para o nosso espirito se libertar, por
algum tempo, da vertigem da vida atribulada por opiniões e
desejos, simpatias e antipatias, atrações e repulsões,
e buscar integrar nosso subconsciente à percepção
da vida, quebrando as divisórias entre o consciente e o supracosciente.
Um importante fator para a boa meditação é o
da respiração. Deve-se inspirar lentamente, consciente
da entrada do ar no organismo, contando, mentalmente, até dez.
Depois, expirar, também lentamente, e quando sentir que expeliu
o ar, soprar suavemente, fazendo com que os resíduos do sistema
respiratório sejam também expelidos, juntamente com
determinados sentimentos que não quer sentir mais. Usar este
método respiratório até sentir que absorveu suficiente
prana (*). A postura deve ser a mais confortável possível.
Esta preparação é a primeira fase da meditação.
A seguir, há o corpo da meditação, isto é,
a meditação propriamente dita, não só
imaginativa e intelectual, mas também afetiva, ou seja, orientada
à assimilação e vivência dos aspectos doutrinários
e da realidade que nos cerca. A fase final é a conclusão,
isto é, as decisões e resoluções frutos
da meditação, que sempre são influenciadas pela
Espiritualidade, e que serão acolhidas pela nossa consciência,
tornando-nos mais receptivos à graça e ao amor de nossos
Mentores, tornando-nos mais conscientes, mais confiantes e mais felizes.
Quando você está na quietude da Natureza ou na paz do
Templo, deve se voltar para dentro de si mesmo, por alguns instantes,
para participar do grande Silêncio de Deus. Mas, mesmo mergulhado
na turbulência do dia-a-dia, nos alvoroços e desafios
da vida, pela meditação você pode ter a sua mente
tranquila, manter sua quietude interior que transforma seu coração
no Templo do Espírito. Nos momentos difíceis de sua
vida, na agonia da indecisão, procure chegar, física
ou mentalmente, aos pés de nosso Pai Seta Branca, e com amor,
humildade e confiança, inicie sua meditação com
uma pequena abertura: “Pai! Perdoa minha ansiedade e minha vontade!
De coração, querido Pai, que seja feita a Tua vontade!”
A meditação lhe trará, se não a resposta
para suas ansiedades, as condições mentais para que
possa enfrentá-las.
· “A falta
de meditação é mais prejudicial ao Apará
do que à própria consciência do médium,
porque o Homem que quiser demorar-se na investigação
do seu ego, encontrará, para sua descoberta, o raciocínio,
a convicção e a conclusão, pois só chegamos
a um acordo quando entramos em harmonia com o nosso Centro Coronário.”
(Tia Neiva, 28.6.77)
MÉDIUM
Médium é
o ser humano, conscientemente desenvolvido, que usa a sua mediunidade
(*) para recepção e emissão de numerosas forças,
controlando o fenômeno natural de relações com
outros espíritos. Na Doutrina do Amanhecer são preparados
médiuns de incorporação - os Aparás -
regidos pela força da Lua, e os Doutrinadores - conscientes
e alertas para os fenômenos, regidos pelo Sol.
MÉDIUM CURADOR
De modo geral, o médium
bem desenvolvido tem condições de agir, por força
do ectoplasma que emite, na matéria física exterior
ao seu corpo, realizando fenômenos de desmaterialização
e de materialização, alterações em padrões
vibratórios ou magnéticos, transportar objetos, e outros.
Esse aspecto é que determina o médium de efeitos físicos,
entre os quais se pode incluir o médium curador, pois a cura
desobsessiva (*) se baseia na desmaterialização. Porém,
o médium curador tem uma característica própria,
sendo portador do fluido necessário à sua missão
específica, que lhe permite agir através do corpo sutil
do paciente, sem necessidade de qualquer contato físico, desta
forma sendo possível a cura à distância. Acontece
que o médium curador está apenas oferecendo condições
para a ação dos Espíritos de Luz no paciente,
cuja cura ou não vai depender de situações cármicas
que estão muito além do conhecimento do médium,
no domínio da Espiritualidade. Podem realizar grandes fenômenos
com a simples imposição das mãos (*). Existem
muitos médiuns que fazem até cirurgias invisíveis,
que comumente acontecem nos nossos trabalhos de Randy, pois exigem
uma concentração fluídica maior, impossível
de ser gerada por um só médium. A maioria dos trabalhos
de cirurgia espiritual que são feitos por médiuns de
outras linhas, em que é montado um verdadeiro espetáculo
de imitação de técnicas cirúrgicas da
Medicina da Terra, são desenvolvidos ficticiamente, por espíritos
do mundo (*) invisível. Existem trabalhos sérios, conduzidos
por Espíritos de Luz, Médicos do Espaço que usam
a imagem de extrações físicas de tumores, de
cortes cirúrgicos, sem anestesia e sem infecções,
em um ou dois pacientes, apenas com o propósito de despertar
a confiança dos demais, concentrando suas vibrações
e energia na cura de seus males, uma vez que ali estão grupadas
pessoas de diversas linhas e religiões, de variada gama de
forças vitais, emitindo os mais variados padrões vibracionais.
Pelo choque da visão das cirurgias, a confiança e a
esperança fazem com que haja uma harmonização
coletiva, facilitando o trabalho das falanges de Médicos espirituais
que irão atuar.
MEDIUNIDADE
O objetivo da mediunidade
é o resgate cármico, correção dos erros
praticados no passado, um conjunto de forças que se manifesta
no ser vivo, emanando do corpo físico e agindo em conjunto
com o mecanismo psicofísico, mas com padrão vibratório
muito mais elevado e mais rápido. A glândula pineal (*),
se constitui na sede fisiológica dos fenômenos da mediunidade,
controlando os demais centros energéticos. Centro do hiperconsciente,
é a responsável pelo nosso sexto sentido, captando e
selecionando forças pela sua percepção extrasensorial,
podendo ter seu funcionamento aprimorado pelo desenvolvimento mediúnico.
De natureza igual em todos os seres, varia em teor, quantidade e forma
de um para outro, fazendo com que não existam dois médiuns
iguais. De acordo com seu desenvolvimento, a glândula pineal
permite maior ou menor capacidade das percepções extrasensoriais,
variando de indivíduo para indivíduo, determinando grande
variedade na manifestação mais comum das diversas mediunidades:
a curadora - procede à cura pela força emanada dos chakras
das mãos; a vidência - quando se vê alguma coisa
que está acontecendo em outro lugar; a telepatia - comunicação
somente pelo pensamento; a audiência - quando se ouve alguma
informação que não está sendo transmitida
neste plano; a precognição ou premonição
- ciência antecipada de fatos que ainda vão acontecer;
a retrocognição - conhecimento de fatos passados, até
mesmo de outras reencarnações; a psicocinésia
- movimentação de corpos físicos pela emissão
de ondas mentais; e a psicofonia ou incorporação - manifestação
de um espírito através do médium. Dentro da idéia
de energia (*), nosso corpo físico está equipado com
sensores para distinguir fenômenos em cinco faixas de vibrações:
olhos, captando luz e cores; ouvido, captando sons e ruídos;
o nariz, captando os aromas; a língua, captando e distinguindo
os sabores; e a pele, sentindo frio ou calor, rigidez ou maciez, formas,
enfim, tudo o que podemos avaliar pelo tato. Todas essas sensações
estão ligadas ao plano físico. O sexto sentido - a mediunidade
- é a nossa relação com outras dimensões,
fora dos nossos conceitos limitadores de tempo e espaço. Quando
reencarna, o espírito traz geralmente sua missão, obrigando-o
a desenvolver e utilizar sua mediunidade, que pode ser cármica,
quando ela atua como fator de equilíbrio dos conflitos da personalidade,
ou espiritual, refletindo a obra do espírito, como missionário
do Sistema Crístico, colaborador da obra divina. Os átomos
formam moléculas e estas, por ações específicas,
constituem os componentes dos três reinos da Natureza, diretamente
ligados à resultante das ações das forças
de atração e de repulsão que agem na organização
molecular. Isso gera um campo magnético que permite o contato
com seres de diversas naturezas em situações geralmente
muito especiais. Quando não há condição
deste contato ser físico, o Homem aprendeu a deixar um pouco
sua consciência do plano físico e penetrar num estado
mais individualizado, ao qual denominamos transe, em que a força
gerada por seu campo magnético - a mediunidade - pode agir
mais intensamente, porque está livre das limitações
da consciência. Fluindo através dos chakras (*) e até
dos poros, o fluido magnético faz a ligação entre
os três grandes geradores vibracionais do Homem: seus órgãos,
seus plexos e os chakras. Podemos chamar o sistema nervoso (*) simpático
ou autônomo de passivo e o parassimpático de ativo, para
facilitar o entendimento dos dois tipos de mediunidade em nossa Corrente
do Amanhecer: a do Apará, o médium de incorporação,
está baseada no sistema nervoso passivo, com base no plexo
solar, tendo natureza passiva, orgânica e anímica, onde
a vontade e a consciência pouco ou nada atuam, uma vez que o
ser que se comunica entra em contato direto com seu sistema nervoso
e assume parcialmente o controle mental do médium, fazendo
a sua comunicação, que tanto mais perfeita será
quanto menor for a parcela de consciência do médium;
enquanto a do Doutrinador funciona com base física, no sistema
nervoso ativo, feita pelo processo cerebral, pela sensibilização
do sistema endócrino, centrado na glândula pineal, com
predomínio da consciência e da vontade, fazendo com que
passasse a existir um transe mediúnico totalmente consciente.
A mediunidade é um fenômeno natural que existe em todos
os seres encarnados, variando apenas sua natureza e intensidade de
indivíduo para indivíduo. O médium é o
intermediário, o que faz a ligação entre o que
é objetivo e o subjetivo, o que, pela intuição
e ligações mais refinadas, liga um plano a outro, o
que permite o intercâmbio entre o mundo material e o mundo espiritual.
Trata-se de um dom natural e comum, tendo ocorrido, na História
da Humanidade, de forma ostensiva, mas sempre tratada com visão
deturpada como sendo manifestação do sobrenatural, fruto
de milagres ou sob aspecto supersticioso. Na nossa Doutrina, a mediunidade
é vista como um fato natural, real e comprovável em
qualquer pessoa. A base da mediunidade é uma energia sutil
que se origina na corrente sangüínea e se volatiza pelo
sistema nervoso. Todos os seres humanos são médiuns
naturais, manipulando essa energia de forma subconsciente e controlada
apenas pelos seus sentimentos e pensamentos. Todavia, há casos
em que esse controle escapa à vontade do indivíduo,
conduzindo-o a uma vivência negativada, marcada por doenças,
desânimo, desajustes sociais e desequilíbrio emocional,
ou, num outro extremo, à exacerbação religiosa.
Muitos cuidados devem se ter com a mediunidade, destacando-se como
muito importante a forma de ser conduzida e desenvolvida. O médium
capta vibrações dos planos espirituais e manipula essas
energias com seu magnético animal, produzindo poderoso fluxo
energético. Dependendo de sua consciência, deve começar
a aprender a usar esse poder, integrando-se a uma corrente na qual
se sinta harmonizado, participando ativamente dessa corrente, seja
ela positiva ou negativa, isto é, esteja ou não integrada
no Sistema Crístico. O desenvolvimento mediúnico deve
ser feito com consciência, trabalho, estudo, abnegação
e amor. Nada acontece rapidamente, na Terra. O médium inquieto,
apressado, precipitado, desejoso de logo transmitir as mensagens do
Céu antes de chegar ao seu ponto de preparação,
é candidato ao desequilíbrio e às perturbações
da mente. Com boa vontade, o médium procura no Evangelho as
luzes das aulas do Divino e Amado Mestre Jesus, aprendendo a servir
com tolerância, humildade e amor, despertando todo seu potencial
mediúnico, que lhe dará a oportunidade de resgatar erros
transcendentais e corrigir suas próprias deficiências
e desajustes, fazendo da sua mediunidade instrumento de sua reabilitação.
Na Doutrina do Amanhecer só levamos em consideração
dois aspectos da mediunidade: a de incorporação, o médium
APARÁ, força vibratória, que incorpora uma entidade;
e a do DOUTRINADOR, força básica de sua manifestação
silenciosa porém concreta, em perfeita sintonia com os planos
espirituais. As demais formas de mediunidade - psicografia, vidência,
audição e outras - podem existir, mas não são
desenvolvidas, por estarem sujeitas a interferências e outros
riscos desnecessários, já que lidamos com grande quantidade
de médiuns e, por nossas Leis, não são usadas
em nossos trabalhos. No início do desenvolvimento é
revelada ao médium a definição da mediunidade
de que é portador, e começam a lhe ser dados ensinamentos
básicos - técnico, doutrinário e místico
- objetivando aumentar o potencial energético do médium
e diminuir a distância entre sua individualidade e sua personalidade.
Apenas, para preparar corretamente o plexo de médiuns que hajam
passado por outras correntes, pode ser necessário que ele permaneça
algum tempo como Doutrinador e, depois de equilibrado, assuma sua
verdadeira condição como médium de incorporação.
Os médiuns desenvolvidos apreendem mais pela sua percepção
mediúnica do que pelas suas qualidades psicológicas
ou culturais. A assimilação da Doutrina depende das
situações individuais e cada um aprende à sua
maneira. Embora saibamos que existem inúmeras manifestações
mediúnicas em crianças e adolescentes, muitas das quais
se apresentam como verdadeiros fenômenos, consideramos que a
mediunidade é uma força que se modifica com a idade
e, na Doutrina do Amanhecer, temos o maior cuidado em conter os fenômenos
que se apresentam precocemente, pois até cerca dos 18 anos
o magnético animal age no desenvolvimento do plexo físico
- o corpo - e o desenvolvimento ou o trabalho precoce, antes dessa
idade, pode gerar deficiências físicas pelo desvio da
ação do magnético animal. A mediunidade se renova
e reativa pelo trabalho. Por isso, a constância no trabalho
mediúnico é importante, pois o médium vai se
fortalecendo e aprimorando, ampliando seus limites e seu poder de
ligação. O médium que é inconstante, que
se deixa levar pela preguiça ou pouco caso, não consegue
a confiança dos Mentores e nem a dos pacientes. Depois de considerado
apto após o Desenvolvimento (*), o médium do Amanhecer
recebe sua consagração na Iniciação (*),
e passa a atuar ativamente na Lei do Auxílio, caminhando para
obter novas consagrações - Elevação de
Espada (*) e Centúria (*) - que irão aumentar seu potencial
e sua responsabilidade. O ser humano não é estático,
e está alterando constantemente seu padrão vibratório,
de acordo com as influências a que está sendo submetido.
Isso influi em sua mediunidade, que pode ser apresentar ora de uma
forma, ora de outra. O médium vai aprendendo a controlar sua
força, a manter seu equilíbrio e a se harmonizar com
a Corrente, em perfeita sintonia com seus Mentores, e sabendo isolar
sua individualidade dos problemas da personalidade. Como um raio de
luz que atravessa um copo de água, que se dilui na medida em
que a água se agita, a força mediúnica flui através
da mente, sendo, assim, necessário que esta esteja em calma
para que possa aquela força fluir e agir mais efetivamente.
O médium, com sua mente equilibrada, consegue a realização
de fenômenos de cura desobsessiva, bem como sustenta a perfeita
execução dos trabalhos. O conhecimento e a utilização
da força mediúnica devem compreender o reconhecimento
da existência do espírito para que seja autêntica
e não simples exteriorização da personalidade
do médium. Quando o médium se desenvolve apenas sob
o aspecto fenomênico, alheio ao Sistema Crístico, suas
qualidades ou defeitos são ressaltados, tornando-o simplesmente
o intermediário entre ele e o mundo que o cerca, manipulando
tão somente forças horizontais, não construtivas,
e que podem tornar-se destrutivas. Torna-se o que denominamos médium
psíquico, aquele que dá vazão apenas a conceitos,
idéias e conselhos de sua própria personalidade ou influenciados
por espíritos de camadas muito próximas da Terra - o
mundo (*) invisível - ou até mesmo intraterrestres,
gerando forças somente transformistas e não criativas.
Quando o médium desenvolve sua mediunidade dentro de um planejamento
e esclarecimento doutrinários, começa a se harmonizar
com sua linha cármica, apreende as emanações
e anseios transcendentais de seu próprio espírito, muda
suas perspectivas, sua visão de vida e seu comportamento, passando
a ter convicção de seus princípios e uma visão
mais abrangente do Universo que o cerca. Dentro da Doutrina do Amanhecer,
uma Doutrina Crística, sua vida se equilibra e passa a irradiar
segurança e simpatia, atraindo para si as emanações
dos Planos Superiores, de seus Mentores, e passa a ser seguro instrumento
de ação dos Espíritos Superiores que, através
dele, processam curas e libertações, levando alívio
e esperança àqueles que por ele são atendidos.
Assim, deve o médium preocupar-se sempre com seu equilíbrio,
evitando as crises depressivas ou se envaidecer. Não pode estar
bem se estiver levando vida desregrada, sem conduta doutrinária,
distanciando-se de seus compromissos. Na medida em que se afasta da
sintonia com a Espiritualidade, seus Mentores se afastam dele. Se
mergulhado em estados depressivos, se consome álcool ou tóxicos,
sua emanação se torna negativa, venenosa, atingindo
a todos que o rodeiam. Se cair no abismo da vaidade, sentir-se-á
abandonado e desprezado quando for atingido e dominado pelas forças
negativas dos irmãos das Trevas. Existem hormônios psíquicos
que permitem a sintonia entre dois seres. Produzidos pela glândula
pineal, a qualidade ou padrão vibratório desses agentes
está diretamente dependente da conduta doutrinária do
médium. Por isso, deve um médium não só
se preocupar com seu desenvolvimento, com o aperfeiçoamento
de sua mediunidade, mas, principalmente com a melhoria de seus atos
e de seus pensamentos, buscando sua reforma íntima, livrando-se
de vícios e corrigindo seus defeitos. O médium da Corrente
que se tenha afastado por longo tempo, ao retornar deverá passar
pelos grupos do Desenvolvimento, para adquirir confiança e
equilibrar seus plexos.
· “Quero deixar
bem esclarecido que os médiuns não devem se preocupar
com o número de pessoas que entram e saem da Corrente. É
natural que quando o Homem descobre suas faculdades mediúnicas
corra para o Vale do Amanhecer. Chega até a incorporar, a fazer
Iniciação e usar o escudo iniciático, etc. Sua
mente, porém, não está preparada e seus chakras
não chegam a ser desenvolvidos. Com isso, ele se desliga e
vai embora. Não se preocupem: com a mesma euforia que entram,
eles saem! Aos poucos eu irei explicando isso a vocês. Aqui
só ficará quem tiver convicção, pois Pai
Seta Branca prometeu desenvolver sua tribo para o Terceiro Milênio.
Por isso, só ficará aquele que é realmente um
escolhido. Os que se vão nada perdem, pois, com essa breve
passagem, conseguem aliviar seus carmas parcialmente, e são
ajudados.” (Tia Neiva, 9.6.74)
· “Falamos
muito de consciência ou peso de consciência. No entanto,
é preciso constância, o que mais falta ao Homem, e também
ter a razão do tempo, na Terra e no Astral. No interior psíquico,
damos vazão à casualidade, pelos insultos transtornando
a mente. E os infelizes estados alucinatórios, sem saber, vão
integrando as margens da esquizofrenia. São freqüentes
os fenômenos de vozes, visões, de alucinações
que a própria esquizofrenia produz. Esquizofrenia, efeito da
mediunidade, isto sim, alterações relacionadas com o
sistema nervoso em relação ao mecanismo são as
mais freqüentes, as mais perigosas, nos fenômenos alucinatórios.”
(Tia Neiva, 4.10.77)
· “Cheguei
no Canal Vermelho muito preocupada com um caso que pensava não
ter solução: eu estava observando uma alterações
no campo psíquico de um filho que dispunha de psicanalista
para se equilibrar. Sua mediunidade forte não dava razão
para tal desequilíbrio. O psicanalista já estava entrando
na psiquê do médium, a ponto de, mediunicamente, o prejudicar,
afirmando que o seu desequilíbrio estava no fator espiritual.
Como o médium Apará pode ser influenciado por um Doutrinador!
E, no caso deste psicanalista, tudo perigava para o médium.
Começavam as dúvidas das coisas que são as mais
belas e que encontramos nos grandes médiuns, a força
espontânea na região psíquica que chamamos delírio
extrasensorial efetivo dos grandes médiuns.” (Tia Neiva,
16.3.78)
· “Tudo deve
ser silenciosamente, pelos movimentos psíquicos de cada faculdade
mediúnica. Esta, uma vez desenvolvida, nos permite modificarmos
nossa natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria
e até vencer a Morte, Natacha!” (Tia Neiva, 10.6.79)
· “Temos por
missão nos tornarmos um instrumento eficiente, tanto no sentido
passivo como ativo, curando o nosso próprio centro nervoso
físico, afetivo, mental e espiritual, até tomarmos a
verdadeira consciência de nós mesmos. Sim, filho, o Homem
que se conhece a si mesmo é forte e inquebrantável.
Filho: a verdade, na concepção do Homem, jamais existiu.
É, portanto, que a concepção da Morte resulta
do comportamento da Vida.” (Tia Neiva, 19.9.80)
· “Sabemos
que existem muitas mediunidades, porém o Doutrinador e o Apará
são a base para seguir a missão. Sem o desenvolvimento
de um desses aspectos, nada é feito no plano iniciático.
Muitas vezes vejo-me e, situações difíceis, para
depois ver um médium se acomodar. acomodando-se em sua mediunidade.
Todo Homem tem sua missão na Terra e, geralmente, vem com seu
plexo aberto para cada missão. É possível, também,
completar seu tempo em uma e se voltar para outra missão, com
muito cuidado, porque cada desenvolvimento desenvolve, também,
o seu plexo nos três reinos de sua Natureza. Naturalmente, é
desenvolvido de acordo com a sua missão. (...) O médium
desenvolvido não deve ficar muito tempo fora da Lei do Auxílio,
pelo perigo de adoecer. O trabalho e os seus sentimentos são
o que alimentam todos os casos do sistema nervoso. O veículo
do recebimento desta força armazenada no centro apropriado
- que é o plexo - emite, também, nos órgãos
internos, segundo sua necessidade momentânea, na concentração
das forças centrífuga e centrípeta. (...) É
reparado que as Iniciações são bem diferentes:
cada mediunidade é regulada à sua faixa, que são,
também, as doze chaves do Ciclo Evangélico Iniciático,
após receber o mercúrio significativo, sal, perfume
e mirra. Tal é a origem desta tradição cabalística
que compõe toda a Magia em uma só palavra: Consciência!”
(Tia Neiva, 27.10.81)
· Todos nós
temos na vida uma oportunidade de evolução. Esta oportunidade
pode vir em um grande amor ou vem, muitas vezes, em uma grande dor.
Deus, em sua grandeza, fez o Homem com sua mediunidade. Sim, o Homem
médium. A mediunidade é um fator biológico. Ela
corre no sangue, no coração, em se tratando de um Homem
médium transcendental, que é o homem de muitas experiências.
Sabemos que temos médiuns com os três reinos de sua natureza
simetricamente bem divididos, e esta força lhes dá a
faculdade de receber um Espírito de Luz e até mesmo
um Anjo do Céu. Esse médium, esse homem, vive em todas
as partes – nos bares, nas vias públicas, em um lado ou
noutro sempre encontramos esse homem! Mil vezes encontramos esse homem
que não quer se preocupar com sua origem transcendental e que,
sofrido, não pode reclamar por isso. Porque Deus, em sua figura
singular, vive a Sua presença em todos os instantes de nossas
vidas, por todos os cantos do mundo. Em tudo há a Presença
Divina! No entanto, estamos às portas de uma grande abertura
luminosa, que somente este Homem de bagagem transcendental é
capaz de assumir, porque só ele é capaz de conduzir
e salvar os que vão restar... Dentre esta grande maioria, vejo
que irão sobrar muito poucos! O Homem que tem os três
reinos de sua natureza simetricamente divididos é o MISSIONÁRIO
DA ÚLTIMA HORA, vindo de mil experiências no mundo, e
por isso capaz de assimilar o desenvolvimento espiritual desta época.
Porém, enquanto não chega este dia, que não sabemos
quando com exatidão, vamos assumindo o trato que fizemos: AMOR,
TOLERÂNCIA e HUMILDADE, principalmente nesta jornada que estamos
enfrentando. (Tia Neiva, 14.8.84)
MEDIUNISMO
Mediunismo é o
conjunto técnico-doutrinário que estabelece as maneiras
de manipulação da mediunidade, tendo sua origem na missão
civilizatória dos Equitumans (*) e tendo sofrido profundas
alterações através dos milênios. Na atualidade,
a Ciência estuda a mediunidade pela Parapsicologia e os Espíritas
- ou Espiritistas - a empregam em função da Espiritualidade
Maior. Ciência e Religião observam os mesmos fenômenos
mas os denominam diferentemente, o que não influi na sua real
dimensão e efeitos. Um importante tratado de mediunismo se
encontra nos Evangelhos, onde Jesus estabeleceu a organização
mediúnica, formando um sistema entre o Céu e a Terra
através dos missionários. O mediunismo se constitui
no fundamento da maioria das religiões do planeta, e, com o
passar do tempo, pelo caminho em que enveredam as pesquisas científicas,
terá sua importância ressaltada pela Ciência, quando
esta concluir pela existência do ectoplasma e da reencarnação.
No mediunismo da Doutrina do Amanhecer, o Mentor é o espírito
que assiste o médium e com ele trabalha durante sua vida terrena,
e os Guias são espíritos que trabalham com o médium
na execução de sua mediunidade.
MEDIUNIZAÇÃO
A mediunização
é o ato de o médium entrar em contato com sua individualidade,
na sintonia com a Espiritualidade, preparando-se para qualquer tipo
de trabalho, tanto no Templo como em qualquer outro lugar. A melhor
forma de mediunizar-se é fechando os olhos e se concentrando
na Espiritualidade Maior, em seus Mentores, com isso eliminando estímulos
visuais do exterior e se tornar mais receptivo às forças
espirituais. O silêncio também é importante, e
assim deve o médium aprender a ser seletivo na sua sensibilidade
para obter sua melhor concentração. A mediunização
proporciona segurança ao médium, pois estabelece a ligação
entre os planos, e deve ser feita antes de se iniciar um trabalho
de qualquer natureza, uma reunião ou um encontro doutrinário.
O melhor local para se processar a mediunização é
no Castelo do Silêncio (*), onde o médium se serve do
sal e do perfume e permanece tranqüilo, meditando e fazendo sua
mediunização. A mediunização pode ser,
também, efetuada em um local tranqüilo, numa posição
confortável, como deveria ser feita uma mentalização
(*), porém com a finalidade de levar o médium a uma
experiência mística. Neste caso, o médium deve
estar muito preparado, pois a experiência pode conduzi-lo a
diferentes situações, entre outras: percepção
integrada do nosso planeta com o Universo, com a penetração
em outros planos; melhor percepção com visão
realista das pessoas e das coisas, sem observações ou
julgamentos negativos ou positivos; um grande distanciamento dos fatos,
com ausência de sentimentos e de conflitos; alterações
de limites de tempo e espaço; aceitação de tudo
que está ao seu redor, porque está mergulhado numa onda
de amor, harmonizado com o Universo, unido com as vibrações
cósmicas; ampliação da compreensão da
verdade oculta nas coisas e nas pessoas, entendendo gestos, palavras
e atitudes, sem receios ou incertezas. Quanto mais apurada a mediunização,
mais elevado é o contato com a espiritualidade, mais nos aproximamos
da união com o Divino.
MEDO
O medo e a angústia
estão entre as principais manifestações da emoção,
reunindo o conjunto de perturbações causadas pela presença
ou pela sensação de situações em que se
arrisca a segurança pessoal ou de um grupo, no presente ou
no futuro. Angústia e medo são gerados pela falta de
confiança e de conhecimento. Tudo que não entendemos
nos causa medo. Situações aflitivas, por conta de passagens
cármicas, nos causam angústia. Só podemos vencer
o medo nos transformando em verdadeiros missionários, capazes
de conhecer as leis e o mundo que nos cerca. Para isso, é preciso
caminhar, caminhar sempre, com o coração emanando amor
e com a mente emitindo pensamentos positivos, a fim de possamos ter
conhecimento + confiança = fé, que nos livra do medo.
Uma situação de medo se reflete no corpo físico,
e a Medicina diz que as diversas sensações físicas
do medo - sudorese, taquicardia, palidez, sensação de
frio em determinadas regiões do corpo, e dores no peito são
as principais - são geradas pela descarga de adrenalina pelas
glândulas supra-renais, causando constrição periférica
dos vasos sangüíneos e o estado de semicontração
dos músculos pela alteração dos estímulos
nervosos. Existe uma divisão entre medo e angústia:
o medo corresponde a um perigo real, de sofrimento físico;
e a angústia é resultante de uma ameaça vibracional,
gerada por fatores psicomentais, em que a pessoa teme sanções
afetivas ou sociais. Esses sentimentos são, em geral, decorrência
de aspectos ligados à educação, principalmente
sob uma visão irreal de fatos sociais ou religiosos, provocando
sentimentos de culpa e de pecado que pressupõem castigos físicos
ou morais, desde a tenra infância. O medo torna as criaturas
agressivas e sem discernimento, envolvendo-as numa aura desequilibrada,
levando-as a caírem numa atitude de imobilidade, de mutismo,
ou com gestos de proteção, gritos, palidez, tremores,
pupilas dilatadas, suores frios, respiração alterada,
palpitações cardíacas, secura na boca, choro
convulso, e fuga. O perigo dessa situação de pânico
é que o medo nos torna em sintonia com aquilo que tememos,
pela própria modificação do nosso padrão
vibratório. Com isso, passamos a atrair aquilo que tememos.
O Jaguar não tem o direito de ter medo nem sofrer a angústia,
sabendo manter seu equilíbrio, sem se retrair nem agir precipitadamente,
porque sabe que por mais sombrio que seja o trecho de sua estrada,
a passagem estreita que esteja atravessando, isso se deve a fatores
cármicos, transcendentais, que devem ser enfrentados com o
trabalho na Lei do Auxílio, com a conduta doutrinária,
com o máximo de seus esforços para a prática
do Bem. Se o desconhecimento e a insegurança geram o medo e
a angústia, a Doutrina nos ensina como vencê-los, dominá-los
em nosso interior, evitando a ruína de nossa missão.
O medo e a vergonha de si mesmo acompanham o espírito desencarnado,
que recebe tratamento todo especial nos hospitais do espaço.
No momento do desencarne, o maior gerador de medo na humanidade, o
Homem enfrenta uma importante passagem para seu espírito. Se
tiver uma doutrina crística, terá paz e esperança;
se não, dúvidas que alimentam o medo. O Jaguar aprende
a ser prudente, a analisar mais friamente os fatos, evitando o medo
que pode levá-lo a se tornar omisso em situações
que exijam um pouco mais de ação destemida para não
haver pânico nem desastres. Sabe que, apesar da existência
de um certo receio, deve agir destemidamente perante perigos físicos
e espirituais. Na verdade, o medo é um preconceito do espírito,
que se reflete em todo nosso organismo, e que pode ser dominado pela
reflexão, que conduz ao conhecimento.
MEMÓRIA
A memória é
a capacidade que temos para conservar tudo aquilo por que passamos,
conservando os conteúdos de nossas vivências além
do aqui e agora, e que podem ser atualizados e aplicados nos momentos
oportunos. A memória existe em tudo que nos cerca. Todos os
seres, animados ou inanimados, retêm uma certa quantidade de
energia que se acumula e se distribui de forma ordenada, constituindo-se
em um registro indelével e permanente que pode, tempos depois,
reproduzir o fato que a gerou. Pedras, estatuetas, plantas, sons e
odores, tudo está impregnado pelas vibrações
de suas memórias, da força que agiu e gravou as informações
de fatos ocorridos em eras distantes. Não se pode precisar
um ponto único como centralizador da memória, porque
ela depende de todos os canais energéticos do ser, que tem,
em cada célula, um memorizador compactado, de acordo com a
complexidade de sua formação. No Homem, a maior parte
dos registros se faz no cérebro, e ali estão os principais
conjuntos de memória. Existem as memórias que foram
apagadas no sono cultural (*), mas que não foram destruídas,
permanecendo em regiões do cérebro que podem ser ativadas,
quando necessário alertar, no presente, casos que têm
íntima relação com encarnações
anteriores. Isso é usado na Terapia de Vidas Passadas (TVP),
onde se aplica a técnica de reavivar experiências arquivadas
nessas regiões de memórias preservadas e não
conscientes. Considerada como tendo sua sede no cérebro, a
memória tem sido objeto do estudo de cientistas e místicos,
que buscam identificar como e onde se fazem as gravações
do que é retido na memória. Hoje, é feita uma
divisão compreendendo dois tipos de memória: a factual,
capaz de aprender informações explícitas (nomes,
palavras, datas e fatos históricos, por exemplo), sendo a de
longo prazo o grande arquivo onde depositamos os nossos conhecimentos
e a de curto prazo aquela onde guardamos informações
que estão sendo processadas no momento, que parecem se apagar
após utilizadas; e a hábil, que está ligada à
aquisição prática, repetitiva, de nossos atos
cotidianos ou aprendizado de técnicas específicas, que
vão formando, de forma inconsciente, o acervo de nossa memória.
É interessante o resultado de muitas pesquisas neurológicas,
esclarecendo que existem as diferentes regiões do cérebro
em que as memórias são armazenadas: no hemisfério
direito, o cérebro é responsável pela memória
visual e pelas relações estéticas; no lado esquerdo,
o cérebro é analítico, guardando o sistema de
informações recebidas pelo aprendizado e a lógica
e a solução de problemas. Os dois hemisférios
cerebrais, comunicados pelo corpo caloso, analisam e trocam informações
antes de processarem suas gravações. Independente da
consciência, a memória tem grande influência em
nossa vida, orientando nossas percepções e sentimentos.
Quando a memória se entrelaça com o consciente, temos
a recordação. Tem a memória quatro aspectos:
1) FIXAÇÃO - que pode ser espontânea ou voluntária,
feita pela repetição ou pela vontade, pela motivação,
pelo interesse ou pelo desejo da fixação dos fatos;
2) CONSERVAÇÃO - que é praticamente infinita,
mas pode ser influenciada pelo uso das informações ou
sua substituição por outras, mais práticas ou
mais novas, ocasionando o esquecimento por fatores psicológicos
(esquecemos o que nos perturba, o que parece ter sido ultrapassado
ou o que pouco usamos) ou patológicos (necrose das células
do cérebro por traumatismos, lesões e intoxicações
por drogas e pelo álcool); 3) EVOCAÇÃO - natural
e espontânea, lembranças evocadas por associações
(nomes, lugares, semelhanças, músicas, odores, etc.);
e 4) RECONHECIMENTO - a experiência, a vivência de situações
anteriores que se ligam à nossa realidade atual, cuja ligação
se faz por sentimentos e fatos que se ligam, de forma emotiva, ao
nosso passado.
MENTALIZAÇÃO
Pela mentalização
dirigimos as vibrações de nossa energia mental (*) para
sintonizar com a Espiritualidade e direcionar, mesmo á distância,
as forças curadoras e desobsessivas de nossos trabalhos para
aqueles que, sabemos, estão delas necessitados. Na mentalização
é que mais usamos as formas-pensamentos (*), isso é,
utilizamos a força mental para reproduzir a forma de pessoas,
seres, órgãos, objetos ou lugares que serão os
objetivos a serem alcançados por nosso trabalho. A mentalização
se faz, também, na auto-ajuda, quando damos uma revisão
em nossos órgãos e energizamos nossos chakras (*). Nos
trabalhos, devemos mentalizar lugares de modo claro, vendo-nos naqueles
locais como se ali estivéssemos, propiciando à Espiritualidade
condições de mais efetivo trabalho desobsessivo. Quanto
a pessoas que desejamos ajudar com algum trabalho, como na Cura, Junção,
Tronos, etc., devemos trazê-las, pela forma-pensamento, até
onde estamos, visualizando-as como pacientes ou como se estivessem
à nossa frente, recebendo os benefícios daquelas forças
benditas. A mentalização é importante concentradora
das vibrações que emitimos ou recebemos. Podemos mentalizar
Jesus, buscando Seu amor e Sua paz, podemos ser sempre receptores
das forças luminosas da Espiritualidade Superior. Podemos mentalizar
hospitais, presídios e outros locais para que recebam as forças
resultantes de trabalhos como Contagem, Estrela Candente e outros.
Uma força poderosa é a da Cassandra, que podemos e devemos
projetar, pela mentalização, a todos que sabemos com
problemas físicos e espirituais.
ENERGIZAÇÃO
PELA MENTALIZAÇÃO
Pode ser feita a energização
dos chakras, harmonizando e recompondo o fluxo energético,
procedendo-se à mentalização em local tranqüilo
e deitado ou sentado, numa posição que propicie conforto
e relaxamento. Comece a respirar bem profundamente, em ritmo pausado
e lento, sentindo seu corpo cada vez mais tranqüilo e relaxado.
Leve sua mente até os dedos dos pés e imagine que eles
estão ficando completamente relaxados. Você sente a energia
relaxante ir subindo, lentamente, pelos pés... pelos calcanhares...
pelos tornozelos... pela barriga da perna... pelos joelhos... pelas
coxas... chegando aos quadris; conduza, então, a energia relaxante
ao abdome... ao estômago... ao peito... e chega aos ombros;
desce então pelos braços... pelos cotovelos... pelos
antebraços... pelos pulsos... pelas mãos... e atinge
as pontas dos dedos; conduza a energia relaxante de volta pelos braços
e ombros, entrando pelo pescoço... pelo rosto... e chegando
à cabeça. Neste ponto, você deverá ter
atingido total relaxamento. Quando expirar, expila o ar pela boca,
mentalizando tudo que quer expulsar de dentro de si, livrando-se dos
sentimentos que não mais deseja. O nível de tranquilidade
pode ser melhorado com música suave, um incenso e respiração
profunda e bem compassada. Imagine-se dentro de uma pirâmide,
num ambiente colorido que pode ser modificado de acordo com o comando
de sua mente. Pode, também, segurar um cristal e imaginar este
cristal emitindo raios na cor que você pretende trabalhar. Quando
sentir que conseguiu atingir um bom grau de relaxamento, comece a
trabalhar os seus chakras, dispensando cerca de 30 segundos para cada
uma das seguintes etapas, ordenando, mentalmente, a seus órgãos
que tenham bom funcionamento e mentalizando-os para sentir se há
algum problema ligado a eles:
· O homem deve mentalizar
o chakra básico e todo o ambiente mergulhado na cor vermelha;
a mulher mentaliza o chakra esplênico, em ambiente de cor alaranjada.
Procure sentir os pés, as pernas e seus órgãos
genitais. Indague se sua saúde está boa, mentalize ampliação
de sua força de vontade, de sua coragem, de sua boa disposição
para o trabalho;
· concentre-se,
agora, em seus chakras umbilical e plexo solar, num ambiente amarelo
dourado, para verificar o trabalho de seus órgãos naquela
área - bexiga, rins, intestinos, baço, estômago
e fígado. Busque seu equilíbrio emocional, mentalizando
fatos que tenham originado algum sentimento negativo, ansiedade ou
insegurança;
· em seguida, mentalize
o chakra cardíaco, num ambiente verde. Verifique o coração,
os pulmões, os braços e as mãos. Elimine sentimentos
que o tenham levado a tristezas, mágoas, angústias ou
depressão;
· passe ao chakra
laríngeo, em ambiente azul-turquesa, verificando como estão
sua garganta e suas vias respiratórias. Investigue se tem tido
problemas com sua comunicação ou com sua criatividade;
· termine mentalizando
seu chakra frontal, mergulhando em ambiente azul índigo, investigando
os órgãos sensoriais - olhos, ouvidos, nariz e boca
- e verificando o cérebro, sentindo como está funcionando
dentro do equilíbrio necessário à intelectualidade
e à sensibilidade.
Em qualquer dessas etapas,
se sentir algum problema com um órgão, mentalize mais
fortemente ou por mais tempo o chakra correspondente recebendo a energia
colorida que irá fortalecê-lo.
MENTE
VEJA: ENERGIA MENTAL
MENTORES
Denominamos Mentor a um
Espírito de Luz responsável pela orientação
de um ou mais espíritos encarnados na Terra, tendo também
a função de conjugar o ectoplasma emitido para a realização
de um trabalho. Os Mentores, embora já tendo superado suas
faixas cármicas, colocando-se muito acima do Bem e do Mal,
segundo nosso conceito na Terra, têm ligações
transcendentais com aqueles a quem se propõem ajudar. Na nossa
Corrente, apresentam-se em roupagens - Pretos Velhos, Caboclos, etc.
- para melhor resultado de seus trabalhos através dos médiuns,
mas dispensam o personalismo habitual dessas figuras, não fazendo
uso de objetos, bebidas, charutos, etc., pois seu trabalho é
iniciático. Os Mentores jamais interferem no livre arbítrio
(*) de seus protegidos ou de qualquer outro espírito, encarnado
ou desencarnado. Sofrem ao verem um filho se desviando de sua estrada,
buscando um atalho para escapar de suas metas cármicas, mas
apenas vibram e, pesarosamente se afastam se não tiverem resultado
suas vibrações de amor.
MERECIMENTO
O merecimento é
á condição que cada um de nós cria para
nós mesmos, de modo a nos tornar dignos de premiação,
apreço ou estima, ou de castigo e desprezo, tendo em conta
nossos atos, nossas reações, nossas palavras e nossos
pensamentos. Mateus, no Capítulo XX, 1 a 16, de seu Evangelho,
nos conta a parábola de um homem que contratou trabalhadores
para sua vinha, em diversas horas do dia, e, no fim do dia, deu o
mesmo pagamento a cada um deles... “vindo, porém, os primeiros,
cuidaram que haviam de receber mais; mas, do mesmo modo, receberam
um dinheiro cada um. E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família,
dizendo: Estes derradeiros trabalharam somente uma hora, e tu os igualastes
conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia. Mas ele, respondendo,
disse a uma deles: Amigo, não te faço agravo, pois não
ajustaste tu comigo o dinheiro? Toma o que é teu e retira-te.
Eu quero dar a este derradeiro tanto quanto a ti. Ou não me
é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou
é mau o teu olho porque eu sou bom? Assim, os derradeiros serão
primeiros, e os primeiros derradeiros, porque muitos são os
chamados, mas poucos escolhidos!” Com essa parábola, Jesus
nos faz entender o seu chamado, que se faz nas diversas horas de nossa
existência - juventude, maturidade e velhice - para trabalhar
em sua vinha, e, independentemente do tempo, receberemos de conformidade
com o que fizermos. A Espiritualidade não é boa nem
má: é justa, e nos dá tudo de acordo com nosso
merecimento, na medida do nosso comportamento dentro da perfeita conduta
doutrinária. Todavia, o que obtemos é uma condição
à qual denominamos merecimento mas que não significa
a pretensão de nos termos tornado credores da Espiritualidade
Maior, que nossos Mentores possam estar nos devendo alguma coisa.
Tudo o que recebemos - ou deixamos de receber - depende exclusivamente
do nosso merecimento. Trabalhando com amor, vivendo com tolerância
e humildade, teremos os bônus que nos darão condições
para recebermos o que necessitarmos da Espiritualidade Maior, que
nos farão por merecer essa grandiosa ajuda e proteção.
Nossa existência será sempre marcada por momentos bons
e ruins, mas a intensidade deles dependerá, sempre, do nosso
merecimento. Ninguém recebe além ou aquém do
que tem direito pelo seu merecimento. Nossos pedidos, nossas preces,
nossa realização, enfim, tudo em nossa jornada está
diretamente ligado ao nosso merecimento. Mas devemos ter sempre em
mente que usamos essa palavra “merecimento” por não
dispormos, em nosso vocabulário, de outra que indique a nossa
condição estarmos em melhores condições
de recebermos as dádivas divinas.
MESA EVANGÉLICA
A Mesa Evangélica
se compõem por três planos independentes e correlacionados,
apenas, pela própria Espiritualidade, que trabalha cada plano
de acordo com suas necessidades. Não existe corrente circulando
na Mesa Evangélica, mas, sim, uma projeção da
Corrente Mestra, que proporciona aos médiuns condições
para realizarem seu trabalho. Cada lado do triângulo da mesa
representa um plano, para onde são conduzidos grupos de espíritos
- exus, sofredores, espíritos saídos de Pedra Branca
(*) e obsessores retirados de suas vítimas -, sendo difícil
serem conduzidos espíritos da mesma categoria aos três
planos. Cada categoria é reunida e trabalhada em um plano,
em uma lateral do triângulo. Pela concentração
do Doutrinador que está no farol (*) se torna mais fácil
a chegada dos espíritos à Mesa Evangélica, que
deverá ser composta, obrigatoriamente, por um número
impar de médiuns Aparás, com o mínimo de sete.
Ao ser aberto o trabalho de Mesa Evangélica, o Doutrinador
deve ficar atrás do Apará e quando o Comandante determinar
que façam as puxadas, a faz corretamente e dá início
à sua doutrina, esteja ou não incorporado o Apará;
isso porque, mesmo que não dê sinais de incorporação,
há um irmãozinho ali presente, trazido pela puxada,
que necessita do ectoplasma da doutrina. Enquanto fala, emitindo sua
energia magnética animal no ectoplasma, o Doutrinador vai fazendo
a limpeza da aura do Apará, com o maior cuidado para não
tocá-lo, evitando arrastar a mão em seus cabelos e estalar
os dedos em seus ouvidos. Deve fazer sua doutrina de maneira individual,
evitando palavras decoradas que prejudicam a emissão do ectoplasma,
procurando fazer uma doutrina de Luz, que possa realmente ajudar àquele
irmãozinho que chegou ali com tanta esperança de se
evoluir. Quando sensível, individual e amorosa, a doutrina
envolve o sofredor como um bálsamo de alívio e colabora
com o trabalho que a Espiritualidade Maior, paralelamente, está
fazendo em outro plano. No momento da entrega, usa a chave, estendendo
bem os braços para o alto, para que aquelas energias não
penetrem em sua aura, com sua mente voltada para a elipse que está
no centro da Mesa, que é o portal de desintegração,
por onde deve subir aquele sofredor. Deve evitar que seu pensamento
o desvie desta técnica, para não sofrer más conseqüências.
Não se preocupa caso o sofredor não desincorpore, porque
há casos em que a Espiritualidade mantêm aquele espírito
mais um pouco, para que possa receber mais e diferente fluido magnético
animal, a ser fornecido por outro Doutrinador. Feita a elevação,
subindo ou não o sofredor incorporado, o Doutrinador continua
seu giro na Mesa. A aura do Farol fica muito impregnada, e deve ser
feita a limpeza pelos Doutrinadores que estão trabalhando na
mesa, quando passam por aquelas posições. Todavia, conforme
instrução do Trino Arakem, essa limpeza não é
obrigatória para cada Doutrinador que estiver circulando: enquanto
um faz a limpeza, os demais podem passar, sem se deter, evitando congestionamentos.
Um cuidado especial deve ser tomado pelo Comandante ao arrumar a Mesa:
a colocação de uma ninfa e um Ajanã de cada lado
do Farol Mestre, podendo, a seguir, intercalar quantas ninfas e Ajanãs
para completar, desde que, nos Faróis direito e esquerdo, seja
respeitada a contagem de ter ninfas junto aos Faróis compostos
por mestres e Ajanãs ao lado de Faróis ocupados por
ninfas.
MESA EVANGÉLICA
NA ESTRELA SUBLIMAÇÃO: Na Estrela de Nerhu (*) é
formada uma Mesa Evangélica diferente, com seis Ajanãs
e suas respectivas Doutrinadoras, que não se movimentam, tendo
seis faróis, ocupados por Mestres Doutrinadores. É uma
Mesa Evangélica, porém com funções e funcionamento
especiais, destinados àquelas condições de trabalho,
própria para o alívio das grandes cargas portadas pelo
Santo Nono, onde cada Ajanã recebe uma projeção
muito forte, motivo pelo qual precisa de uma formação
que se assemelha, de muito perto, a um Trono Milenar (*). O farol,
ali, está com uma função diferente: sua energia
está sendo usada de forma diversa, ajudando a Ninfa Doutrinadora
a dar a descarga magnética no espírito que incorporou.
· “...Tocou
a sirene outra vez. Eu voltei e entrei no Templo, indo parar na mesa
branca. Enxerguei luzes, muitas luzes, que desapareceram de repente,
ficando novamente a luz lilás. Olhei aqueles médiuns
ali sentados e não vi Pai Jacó. E antes que pensasse,
senti um forte safanão e fui atirado em um aparelho, um homem.
Comecei a chorar com todas as minhas forças. Meu Deus! Onde
estou, para onde irei? - pensava. Essas perguntas me torturavam e
fiquei irritado. Dei um grito. Um Doutrinador me explicou: “Que
tens, irmão? Calma! Este corpo não é seu. Comporte-se
direito...” Senti uma grande vergonha e voltei a chorar. O Doutrinador
continuou: “Quando estavas neste mundo, nada fazias. Agora, precisas
saber que este corpo não é teu.” Quis dizer: Pai
Jacó me proteja, pelo amor de Deus! Então, me aconteceu
um fenômeno: Ouvi Pai Jacó me dizendo: “Filho, estás
com Deus! Se receberes a doutrina desses médiuns, que estão
te dando esta oportunidade, partirás para outros mundos!”
Aquelas foram caindo em mim como o orvalho cai sobre a flor. Pai Jacó,
meu paizinho, não me desampare! Enquanto eu me preparava, o
médium se contraía pelos maus fluidos da desencarnação
recente, que hoje eu entendo tão bem! De repente, me desprendi
dos meus benfeitores e passei pelo processo da verdadeira desintegração.
Fui jogado para uma estufa que se ligava aos meus benfeitores. Saí
e, então, avistei uma cidade diante de meus olhos. Foi quando
me dei conta de que havia morrido!” (Tia Neiva, 30.11.75)
MESTRE
Um dos conceitos de “mestre”
é o daquele que é versado ou perito numa ciência
ou numa arte. Como a Doutrina do Amanhecer é muito mais Ciência
do que religião, o médium que aqui trabalha e se aprimora
é denominado mestre, porque vai se tornando um perito na Corrente.
Para nós, mestre não significa professor, e sim aquele
que vive sua vida mediúnica com amor e assiduidade, não
sendo mais culto nem mais sabido do que os demais, mas acumulando
sabedoria pelo aperfeiçoamento de sua sensibilidade e consciência
dos fatos e atos que o cercam. Aqui, ninguém é dono
da totalidade da nossa Doutrina, ninguém sabe tudo. Pai Seta
Branca nos disse que somos “mestres ensinando mestres”,
isto é, continuadamente estamos, ao mesmo tempo, aprendendo
e ensinando, buscando nos tornarmos mais simples, mais humildes, mais
compreensivos e mais tolerantes, tentando dar o melhor de nós
para seguirmos os passos de Jesus, o Caminheiro, na Nova Estrada.
Na verdade, somente pelo trabalho na Lei do Auxílio podemos
melhorar nossos conhecimentos e aprimorar a nossa sensibilidade, e
isso é que vai fazendo crescer a habilidade de um mestre. Há
muito que aprender com as comunicações da Espiritualidade,
com os contatos com irmãos sofredores e com aqueles que se
julgam nossos inimigos. Uma forma pejorativa deve ser evitada: mestrão.
Não existe qualquer mestrão, nem poderia ser este título
atribuído a quem quer que fosse, pois, doutrinariamente, somos
todos iguais. Existem aqueles que ocupam posições na
hierarquia da Corrente, mas não são maiores do que os
demais, porque a posição não quer dizer evolução.
Muitos foram designados para elevadas posições por seus
compromissos cármicos, por seus débitos transcendentais,
inclusive com aqueles que formam hoje o seu povo. A única diferença
entre mestres é estabelecida somente pela Espiritualidade,
que sabe o que vai no coração de cada um, o que pretende,
o que faz e o que não faz, enfim, que é o único
juiz a quem teremos que prestar contas ao final de nossa jornada.
Não nos cabe julgar ou criticar quem quer que seja. A função
de um mestre, como perito da Doutrina do Amanhecer, é cuidar
de si mesmo, sem vaidade de se achar pronto e completo, procurando
aprender com amor e ensinar com humildade, usando a tolerância
para ouvir e para explicar cada fato novo que a Espiritualidade traz
ao seu alcance das mais variadas formas, tanto durante seu trabalho
no Templo como nos fatos corriqueiros do dia-a-dia de sua vida material.
O aprendizado de um mestre é constante e ele precisa ter plena
consciência da sua condição de caminheiro da Vida
Eterna, pois, mesmo depois da Morte, seu aprendizado continua. Na
verdade, o mestre aponta o caminho e o aspirante o segue, para depois
caminhar sozinho. Quando o aspirante novamente encontrar seu mestre
será um reencontro dentro de si mesmo, com a Doutrina absorvida
e sendo praticada da forma que nos ensinou o Divino e Amado Mestre
Jesus.
MESTRE ADJURAÇÃO
Para ser um Mestre Adjuração
é preciso:
1. Ser Xingu Autorizado
(para isso, é preciso ter participado de três Sessões
Brancas).
2. Ser um Centurião
consagrado.
3. Participar de uma Estrela
Candente completa, entre uma Lua cheia e outra.
4. Consagrar-se em um Adjunto
Maior.
5. Saber fazer sua emissão
e seu canto.
6. Ser um verdadeiro comandante.
Um Mestre Adjuração
não deve se limitar a trabalhos evangélicos, apesar
de tê-los em primeiro plano e saber que nada se faz sem a constância
da Corrente Mestra. Deve conhecer e ter condições para
abrir a Corrente Mestra, qualquer trabalho evangélico e qualquer
Sanday. Mesmo que ele esteja em outro Templo que não o seu,
deve abrir um Sanday. Todo mestre tem a mesma capacidade, conhecimentos
e força, mas todos têm a posição definida,
com suas respectivas atribuições. Devem demonstrar sua
conduta doutrinária no Templo no que se refere a uniforme,
colete, comportamento, etc.
MESTRE LÁZARO
VEJA: LEGIÃO DE
MESTRE LÁZARO
MICROMAPA
VEJA: ESTRELA CANDENTE
MICROPLEXO
VEJA: ALMA
MIRRA
As Escrituras revelam
que os Magos eram uma casta sacerdotal sábia, existente entre
Medas, Caldeus e Persas, e que os sábios ofertaram os três
presentes homenageando a Divindade de Jesus (incenso), a Sua Realeza
(ouro) e a Sua Humanidade (mirra, um refinado perfume oriental). A
mirra é uma planta medicinal, e sua oferta pode significar
o reconhecimento do poder de cura de Jesus, não somente a cura
física mas, também, a espiritual.
MISERICÓRDIA
Misericórdia é
o sentimento despertado pelas dificuldades e aflições
dos outros, que nos leva a tentar ajudá-los, nos aspectos físico,
material e espiritual. É a grande impulsora de todas as obras
humanitárias, tais como orfanatos, albergues, asilos e hospitais,
onde se pratica a caridade para com o nosso próximo, independentemente
de religiões, credos, níveis culturais ou raças.
Sinônimo da bondade e da caridade, a misericórdia é
uma grande disciplinadora da Humanidade, propiciando o trabalho dos
espíritos missionários em sua plenitude, porquanto nada
exige em troca, sendo o campo onde se aplica intensamente o amor incondicional.
Mateus (IX, 10 a 13) relata: “E aconteceu que, estando ele em
casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores
e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. E os
fariseus vendo isso, perguntaram aos discípulos: Por que come
o vosso Mestre com os publicanos e os pecadores? Jesus, porém,
ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos,
mas, sim, os doentes. Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia
quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a
chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.” O Homem
misericordioso não se revolta, é compassivo, sabendo
sempre perdoar o mal que lhe fazem, praticando o amor incondicional,
o amor ensinado por Jesus, que nos ensinou a amar o feio, o doente,
o fraco, o ignorante e o que se diz nosso inimigo com a mesma intensidade
que amamos os saudáveis de corpo e mente, bonitos e agradáveis.
O Jaguar aprendeu que é bom ser importante, mas o mais importante
é ser bom, e pratica seu trabalho espiritual não só
no Templo, mas em qualquer lugar que esteja, através de pensamentos,
palavras e atos, desinteressadamente, onde houver dor, desesperança,
sofrimento ou aflições, confiante nas palavras de Jesus:
“...e aquele que viver e praticar a misericórdia, receberá
a misericórdia divina!...” Em Mateus (XXV, 31 a 46), nos
é relatado o juízo final: “Mas quando vier o Filho
do Homem, na sua majestade, e todos os anjos com ele, então
se assentará sobre o trono da sua majestade. E todos os povos
se concentrarão diante dele, que separará uns dos outros
como o pastor aparta dos cabritos as ovelhas. E porá as ovelhas
à direita e os cabritos à esquerda. Então, dirá
o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu
Pai! Possuí o reino que vos está preparado desde o princípio
do mundo. Pois tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me
de beber; era hóspede, e me recebestes; estava nu, e me vestistes;
estava enfermo, e visitastes-me; estava no cárcere, e viestes
me ver. Então lhe responderão os justos, dizendo: Senhor!
Quando é que nós te vimos faminto e te demos de comer,
ou sequioso e te demos de beber? E quando te vimos hóspede
e te recolhemos, ou nu e te vestimos? Ou quando de vimos enfermo ou
no cárcere, e te fomos ver? E, respondendo, o Rei lhes dirá:
Em verdade vos digo: Toda vez que isto fizestes ao menor de meus irmãos,
a mim o fizestes! Então, dirá também aos que
hão de estar à esquerda: Apartai-vos de mim, malditos,
para o fogo eterno, que está preparado para o demônio
e para os seus anjos, porque tive fome, e não me destes de
comer; tive sede, e não me destes de beber; era hóspede,
e não me recolhestes; estava nu, e não me cobristes;
estava enfermo e no cárcere, e não me visitastes. Então
eles também lhe responderão, dizendo: Senhor! Quando
é que nós te vimos faminto, ou sequioso, ou hóspede,
ou nu, ou enfermo ou no cárcere, e deixamos de te assistir?
Então lhes responderá Ele, dizendo: Em verdade vos digo:
Toda vez que deixastes de fazer ao menor destes, a mim deixastes de
fazer! E irão estes para o suplício eterno e os justos
para a vida eterna”. Assim, as metas da Misericórdia foram
traçadas: devemos, dentro de nossos limites, com amor, alegria
e humildade, ensinar os simples; consolar os tristes; perdoar a quem
errou; emitir boas vibrações aos encarnados e àqueles
que desencarnaram; consolar os encarcerados; curar os enfermos do
corpo e do espírito; abrigar os necessitados; agasalhar os
nus; e dar de comer e de beber aos famintos e aos que estão
com sede. Na I Carta aos Coríntios (13, 3), São Paulo
declara: “E se eu distribuir todos os meus bens para sustento
dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, e, todavia,
não tiver caridade, nada disto me aproveita!” e, na II
Carta (9, 6 e 7): “Quem pouco semeia, pouco recolherá;
e o que semeia na abundância também colherá em
abundância. Cada um como propôs, no seu coração,
não com tristeza, nem constrangido, porque Deus ama ao que
dá com alegria!” Mas Jesus estabeleceu os limites para
tudo isso quando nos disse (Mateus, XII, 7): “Mas se vós
soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não
sacrifício, não condenaríeis os inocentes.”
Com as asas do amor, na força da misericórdia, e da
sabedoria, no domínio doutrinário dos conhecimentos,
o Jaguar se torna o Homem-Pássaro capaz de transpor muitos
planos espirituais.
MISSÃO
Missão é
a função que a Espiritualidade nos conferiu para, no
limiar da Nova Era, ajudar na recuperação do maior número
de espíritos possível para que possam alcançar
planos mais evoluídos. Isso inclui nossos próprios espíritos,
porque temos que buscar nossa evolução através
do trabalho mediúnico, com amor, tolerância e humildade,
e isso só é possível com nossa dedicação
à Lei do Auxílio. Embora todo espírito, ao reencarnar,
tenha um programa a cumprir, ligado diretamente a problemas individuais
em sua faixa cármica, nem todos recebem uma missão,
que é suplemento de seu programa evolutivo, com seu comprometimento
em evoluir, cuidar e ajudar outros espíritos, encarnados e
desencarnados, com suas forças e sua mediunidade. A Espiritualidade
nos deu a missão, mas não nos obriga a ela. Cumpri-la
ou não vai depender somente de nós mesmos, de nosso
livre arbítrio. Existem profundas diferenças entre os
seres humanos, e uma é devida à tônica que cada
um dá à sua vida: há um grupo que se preocupa
somente com sua saúde física, com seu corpo, buscando
a boa forma muscular e atlética, ocupando-se com exercícios
físicos, dominados pela tônica física; há
os que têm a tônica psíquica - cientistas, intelectuais,
artistas e eruditos -, e dependem de seu intelecto, com sua consciência
dominada pelo fator intelectual; e há os missionários,
com seu campo consciencional em constante expansão, buscando
a integração crescente com o Universo, a evolução
de seu espírito, vivendo sob a tônica espiritual. Por
isso, não temos como induzir ou forçar alguém
a nos seguir. Nossa missão é, primeiro, manter nosso
equilíbrio e ampliar nossos conhecimentos num permanente desenvolvimento
mediúnico; e, depois, a ajuda aos nossos irmãos encarnados
e desencarnados, com o amor colocado em ação na Lei
do Auxílio. Mesmo entre nós, na Corrente, temos parte
dessa missão, pois precisamos estar atentos aos companheiros
de luta que, esquecidos de seus compromissos, se deixam ficar parados,
presas do desânimo, estagnados por crises emocionais e momentos
de dificuldades psicológicas ou materiais. Com muito amor,
temos que alertá-los para o que está acontecendo, mas
sem julgar, nem criticar e nem obrigar. Sempre ouvimos Koatay 108
nos dizendo que só sabemos que estamos realmente evoluindo
quando deixamos de nos preocupar com a conduta dos outros. Devemos,
sim, nos preocupar com nossa própria conduta, mantendo elevado
nosso padrão vibratório, harmonizado o nosso espírito,
sabendo que nosso campo consciencional vai-se expandindo pela nossa
preocupação em manter a sintonia de nosso espírito
e saudável o nosso corpo, o que nos torna mais capazes para
nossa missão. Aprendemos que nossas vidas nos proporcionam
momentos difíceis, com mais dores do que aqueles que não
têm missões a cumprir, porém aprendemos, também,
que sofremos menos do que eles, tanto física como psicologicamente.
Temos que ser instrumentos o mais perfeitos possível para desempenhar
as tarefas de que nos incumbiram os Espíritos de Luz, sabendo
emitir um ectoplasma luminoso, projetar vibrações de
elevado padrão, trabalhar assiduamente, onde quer que seja
necessário, na Lei do Auxílio. Jesus, segundo Mateus
(X, 1 e 5 a 10) entregou a missão a seus apóstolos:
“Jesus, chamando seus doze discípulos, deu-lhes o poder
sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem
toda a enfermidade e todo o mal.(...) Jesus enviou estes doze e lhes
ordenou, dizendo: Não ireis pelos caminhos das gentes, nem
entrareis em cidades de Samaritanos; mas ide antes às ovelhas
perdidas da casa de Israel, e, indo, pregai, dizendo: É chegado
o Reino dos Céus! Curai os enfermos, ressuscitai os mortos,
limpai os leprosos, expeli os demônios. Dai de graça
o que de graça recebestes. Não queirais possuir ouro
nem prata, nem tragais dinheiro nas vossas cintas, nem alforje para
o caminho, nem duas túnicas, nem calçado, nem bordão,
porque digno é o operário de seu alimento.” Nestas
palavras se resume nossa missão, onde se ressalta que nada
devemos cobrar ou receber pelo nosso trabalho mediúnico, nem
perseguir as riquezas materiais, para que não percamos nossa
humildade nem nossa simplicidade. Quanto aos trabalhos de cura e de
desobsessão, é o que buscamos fazer em nossas participações
nos Sandays, dentro da Lei do Auxílio, sempre dentro da correta
conduta doutrinária e observação das instruções
e Leis que nos regem. E Jesus ainda disse (Mateus, X, 16 a 20): “Eis
que eu vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sede prudentes como
as serpentes e simples como as pombas. Guardai-vos, porém,
dos Homens. Arrastar-vos-ão para os seus tribunais e vos açoitarão
nas suas sinagogas, e por minha causa sereis levados à presença
dos governadores e dos reis, para lhes servirdes, a eles a aos gentios,
de testemunho. Quando vos levarem, não cuideis como ou o que
haveis de falar. Porque naquela hora vos será inspirado o que
haveis de dizer. Porque não sois vós que haveis de falar,
mas o Espírito de vosso Pai é o que fala em vós.”
Esta a noção clara da intuição (*), do
pronunciamento da Voz Direta através do médium, um dos
principais elementos do missionário. E temos que cumprir nossa
missão de acordo com o que recomendou nosso Divino e Amado
Mestre (Mateus, X, 27 e 28): “O que vos digo em trevas, dizei-o
em luz; e o que escutais ao ouvido, pregai-o sobre os telhados; e
não temais os que matam o corpo e não podem matar a
alma. Temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma
e o corpo!”
· “Certa vez
dois grandes sábios e seguidores de Cristo partiram em uma
peregrinação, chegando a uma pequena cidade, onde um
povo cristão, feliz, os acolheu com carinho. Mas era grande
a necessidade daquele povo, em que Jesus colocara, também,
forças desiguais. Os sábios mestres sentiram aquela
grande necessidade mas, também, um toque de vaidade por se
sentirem tão úteis àquele povo. Então,
se perguntaram: Curar ou doutrinar aquela gente? Sim, curar, induzindo-lhes
ao trabalho, pois todo aquele que se eleva no trabalho, gradativamente
vai recebendo sua lição, a verdadeira lição
com o amor extraído do palpitar de sua mente e de seu coração,
e não a lição da teoria, mesmo que de velhos
sábios, pois a lição de um sábio, ontem,
pode ser hoje superada por uma magnífica manifestação
de um discípulo. O sábio mais velho partiu. O outro,
não resistindo à sua vaidade, ficou e foi ensinar. Formou
sua academia, limitando aquele povo aos seus conhecimentos. Enquanto
isso, o que partiu jogou-se à prática, escrevendo, traduzindo,
acumulando tudo o que via, e não teve tempo de aproveitar sua
linguagem pois, de certa forma, era projetado e sempre superado por
tudo que aprendia dos seus discípulos. Por fim, já de
volta, encontram-se os velhos sábios, e recebem a mais ardente
das lições: o encontro com a Caridade! Aprender trabalhando
e não ter a pretensão de saber. A dor é o espinho
no coração do Homem. Após extraída, permite
que desabrochem conhecimentos transcendentais de que nenhum mestre
é capaz de transmitir.” (Tia Neiva, s/d)
· “Minha filha,
conheço bem os caminhos que você está percorrendo.
Anime-se, confiante, porque você tem forças suficientes
para manter-se em equilíbrio. Os nossos dias estão difíceis
e conturbados e precisamos muita fé e muito amor para conservar
em harmonia nosso Centro Coronário, que é o nosso Sol
Interior. Com o coração cheio de amor, você escolheu
empreender esta viagem para enfrentar, com otimismo e coragem, todas
estas dificuldades no reajuste de seus débitos transcendentais.
São nossos “vizinhos” que nos conduzem às
alturas e ao mais alto grau de evolução. Não
se deixe levar pelo negativismo nem pelo desânimo, pois você
tem um Sol Interior que precisa expandir sua luz. Após esta
fase difícil, tudo irá clarear, sua mente estará
firme e você se sentirá segura, realizada e feliz! Minha
filha, é preciso que a cada instante você esteja em harmonia
consigo mesma, para que possa ser a irradiação da verdade
e do amor neste tempo tão carente de luz e calor. A hora exige
de nós perfeita sintonia em Deus, para que sejamos Magos do
Evangelho na Nova Era.” (Tia Neiva, 1977)
· “Quis a vontade
de Deus que estivéssemos reunidos nesse limiar do Terceiro
Milênio para o equilíbrio e o amor, na luz da Doutrina
Crística, a todos os Homens e aos espíritos carentes
de esclarecimento. Estamos preparados, cheios de forças e energias
para a execução perfeita desta tarefa doutrinária
para o ajustamento das mentes e a perfeita harmonia de nosso Universo.
Vamos manter o nosso padrão vibracional elevado e equilibrada
a nossa mente para podermos irradiar a tranquilidade e a paz e, com
o poder de nosso espírito, possamos curar e iluminar a todos.
Cultive em seu coração o amor, a alegria e o entusiasmo
para que em todas as horas esteja pronto a emanar e a servir na Lei
do Auxílio.” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 6, 9.4.78)
· “Dias luminosos,
de grandes acontecimentos e manifestações, estão
se aproximando de nós, a velha tribo Espartana. Conservando
a nossa individualidade, vamos, unidos em um só pensamento,
por este Universo tão perfeito, impregnando o amor, a fé
e a humildade de espírito em todos os instantes. Somos Magos
do Evangelho e, como espadas luminosas, vamos transformando e ensinando,
com nossa força e conhecimento, àqueles que necessitam
de esclarecimento. É somente pela força do Jaguar, nesta
Doutrina do Amanhecer, e na dedicação constante de nossas
vidas por amor que podemos manipular as energias e transformar o ódio,
a calúnia e a inveja em amor e humildade nos corações
doentes de espíritos que permanecem no erro. Quantos se perdem
por falta de conhecimento e por não terem a sua Lei. Nós
temos a nossa Lei, que é o Amor e o Espírito da Verdade.
Vamos amar e, na simplicidade de nosso coração, distribuir
tudo o que recebemos, na Lei do Auxílio, aos nossos semelhantes.
Somente a vontade de Deus nos tem permitido afirmações
tão claras nesta passagem para o Terceiro Milênio. Somos
a força do Sol e da Lua; somos um povo esclarecido e temos,
em nosso íntimo, o Amor e o Espírito da Verdade. Temos
o poder em nossas mãos e assumimos o compromisso de fazer de
nossa missão o nosso sacerdócio, pleno de amor. O pão
que alimenta nossos espíritos e nos dá a vida é
a força doutrinária. Temos o poder mas, para sermos
úteis e eficientes, é preciso que tenhamos equilibrada
e firme a nossa mente e cultivemos a humildade. Vamos levar mais a
sério o nosso compromisso e busquemos sempre, em nossas origens
e em nossas heranças, a energia e a segurança, para
que possamos seguir com perfeição a trajetória
que escolhemos quando assumimos vir a este Planeta para redimir as
nossas culpas e débitos contraídos em outras encarnações.
Vou sempre ao Xingu, em busca das mais puras energias para o conforto
e a harmonia, a cura do corpo e do espírito e para o desenvolvimento
de vossa vidas materiais. Força do Xingu é força
Vital! Vamos elevar nossa mente a Jesus para que nossas vibrações
cheguem constantes ao Oráculo de Simiromba, emitindo e irradiando
o amor. Que a conduta doutrinária, que é a conduta de
sua vida de caminheiro, seja perfeita para que possa equilibrar os
três reinos de seu centro coronário e seu Sol Interior
possa irradiar sua luz bendita. O Homem equilibrado é a Presença
Divina na Terra, realizando, com sua mente sábia, uma constante
conjunção de dois planos, levando sua vida na simplicidade
e disponibilidade, a iluminar com seu trabalho espiritual constante.
Sinto, a cada instante, as vibrações de cada um de meus
filhos e estou sempre procurando aliviar as suas dores. Sei que dores
e angústias afligem o seu coração e que pesado
é o seu fardo. Nossos destinos cármicos têm exigido
de nós momentos de grandes sofrimentos, mas confiantes vamos
prosseguindo em nossa caminhada, em busca de mais evolução
e das realizações que desejamos. Somente pela dedicação
cheia de amor de nossas vidas na Lei do Auxílio, é que
conseguiremos aliviar nossos momentos cármicos. Com nosso trabalho
espiritual podemos nos evoluir e dar tudo de nós. É
curando as dores de nossos irmãos que curamos as nossas dores
e sofrimentos. Jesus lhe conceda o entendimento e a sabedoria para
que esta mensagem seja para você um caminho seguro e aumente
o seu entusiasmo nesta sua jornada. Que em todas as horas o seu espírito
esteja possuindo sempre a paz interior!” (Tia Neiva, Carta Aberta
n. 7, 9.4.78)
· “Observas
bem o que fazer do tempo, do teu tempo, do teu sacerdócio,
de tua missão e neles procures impregnar todo o teu amor, o
que puderes da perfeição de tua conduta, emitindo e
comunicando a fronteira da morte. O Sol que brilha, a nuvem que passa,
o vento da despedida, o luar que alimenta com o perfume da Dor. Aproveita,
filho, esses momentos de tranquilidade que a Terra, com toda a sua
riqueza, ainda vai cobrar aos que não aproveitaram seus frutos.
A Terra está perdendo sua nobre finalidade pela promiscuidade
do Homem. Então, meu filho, as coisas vão acontecer,
isto é, a vida de Deus. Toda a Natureza vai se ressentir, se
ressentirão também os três reinos de nossa natureza,
porque do Céu virá a Luz para o nosso conhecimento da
vida fora da matéria.” (Tia Neiva, 12.12.78)
· “Nossa vida
é uma grande jornada onde as dificuldades constantemente nos
abalam. Filho, continues a lutar, porque só cai aquele que
não está seguro em si mesmo. Continues a lutar, certo
de uma coisa: só são derrotados os que acreditam na
derrota! Conservas a tua liberdade, respeitando a liberdade dos outros.
Não te esqueças, também, que tu és o teu
maior valor, a tua maior fortuna. Se estiveres preso por pensamentos
negativos, de nada valerá toda a riqueza do mundo, toda a felicidade
possível. Tens uma missão a cumprir: explique ao mundo
o caminho que o Homem deverá tomar, mesmo ao mais ínfimo
ser que Deus te confiou, principalmente se ele ainda vive sob teu
teto, junto a ti. Sejas confiante, emane a tua força doutrinária
para que seja completa a tua Doutrina. Não deixes, não
sigas, ficando alguém a sussurrar outra melodia junto a ti.
Não te esqueças de que a tua Doutrina é uma força
poderosa que, uma vez desenvolvida, permite a realização
de todos os teus anseios e que, desenvolvida esta faculdade, terás,
também, condições de modificar a tua natureza,
vencer todos os obstáculos, dominar a matéria e até
vencer a Morte! Procure confortar os infelizes, os incompreendidos,
mesmo que estes estejam contra ti. Sejas prático e não
te afastes das metas racionais, nem queiras obter resultado de teu
trabalho e de tuas caridades. Procure amar a vida em todos os ângulos,
faças do que te resta deste Terceiro Plano o mais agradável
possível! Procure prolongar a tua existência aproveitando-a
o melhor possível, sempre em fins respeitáveis, não
te esquecendo, também, que não há condenação
para o pecador e, sim, uma reparação dos seus erros.”
(Tia Neiva, 5.3.79)
· “O princípio
superior de todos os missionários é o trabalho. Tua
ação será comparada a um imã. Terás
que viver atraindo novos recursos vitais. Terás, também,
o segredo da evolução, das transformações
de vidas cujo princípio não está na matéria
mas, sim, na própria vontade. Esta ação se estende
tanto no mundo etérico como no físico, na matéria.
Tudo pode ser realizado no domínio psíquico, pelo amor,
na ação da vontade, na Lei do Auxílio - princípio
superior de todas as coisas! A potência da vontade de quem busca,
honestamente, servir aos seus irmãos, não tem limites.
E quando dormimos, cansados, pensando - pensando com amor - servir
alguém, nós nos transportamos e saímos pelos
planos espirituais em seu socorro. A natureza inteira produz fenômenos,
metamorfoses. Quando conheceres a extensão deste fenômeno,
seus recursos, dentro de ti mesmo, deixarás o mundo deslumbrado!...”
(Tia Neiva, 16.6.79)
· “Temos por
missão nos tornarmos um instrumento eficiente, tanto no sentido
passivo como no ativo, curando o nosso próprio centro nervoso
físico, afetivo, mental e espiritual, até tomarmos verdadeira
consciência de nós mesmos. O Homem que se conhece a si
mesmo é forte e inquebrantável. Filho: a verdade, na
concepção do Homem, jamais existiu. É, portanto,
que da concepção da Morte resulta o comportamento da
Vida.” (Tia Neiva, 19.9.80)
· “Filho: para
que a criatura cumpra, fielmente, os desígnios desta Doutrina,
é indispensável que desenvolva os seus próprios
princípios divinos. É preciso que se sacrifique em favor
de grande número de espíritos que se desviaram de Jesus.
É preciso, filho, que esteja no luminoso caminho da fé,
da caridade e da virtude do Espírito da Verdade, e que se dedique,
principalmente, àqueles que tombaram dos cumes sociais, pelo
abuso do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência.
(...) Eu sofro ao ver tanta incompreensão. Deixam milhares
de sofredores esperando, as suas vítimas do passado, e não
esperam nem mesmo a bênção de Deus para serem
felizes. No primeiro impacto, deixam de acreditar até mesmo
em sua individualidade, sem dar tempo para receber as pérolas
dos Anjos e dos Santos Espíritos, que são a recompensa
do trabalhador.” (Tia Neiva, Reili e Dubale, 24.11.81)
· “A missão
é uma coisa muito séria, principalmente com uma atribuição
específica. Estamos aptos para qualquer evento, para qualquer
ritual, polidos e preparados. Porém, muito importante é
a emanação que você vai deixar, é a cultura
que já está em funcionamento, é a sua manipulação.
O campo magnético que você manipula é o mais importante
nesta atribuição. Veja: eu recebo do Pai Seta Branca
todas as atribuições. Recebo e faço, construo
e, depois, com minhas mãos, vou moldando pedacinho por pedacinho
e deixo ali o meu Aledá, que existe nos três reinos de
minha natureza. Meu filho, estude a sua própria personalidade,
porque de nada valerão todos os conhecimentos do mundo e tudo
o que estiver fora de nós, se não conhecermos a nós
mesmos. Estude a sua alma, que é a sua individualidade, que
é o seu EU, e só ela reflete a sua personalidade. Conheça
a si mesmo, para viver a sua consciência e, seguro, ser feliz!”
(Tia Neiva, 22.2.83)
· “Filho, tenha
fé em ti mesmo, afirma a tua personalidade, acredite que cada
fracasso nos ensina algo que necessitamos aprender. Volte-se sempre
para ti mesmo e resolva sozinho os teus problemas. Escolhe os teus
amigos, porque existe, em cada um, a voz interior que nos alerta sobre
como devemos agir e o que devemos fazer. Nunca deves odiar a vida
quando sofreres, nem tão pouco amá-la quando sorrires.
Ela não é culpada de tuas dores, nem benfeitora de tuas
alegrias. A vida se torna atém de nossas dores e de nossas
alegrias, porque ela é algo onde vivemos. É nela que
as dores e alegrias nos dão experiência. Já, mais
de uma vez, venho te advertindo sobre a prova que Deus, vendo os nossos
esforços, nos escolheu como patronos desses infelizes, que
viviam no mais triste sofrimento, envolvidos pelo ódio. Somos
nós, com o nosso amor, com nossa perseverança, que estamos
a evoluir esta grandeza. Quanto mal sofreram! Quanta dor em seu ódio,
sem ter forças para esquecer a triste hora de suas tragédias
em nossa falta de amor. Recebe com carinho este alerta e pense com
mais amor nos bônus que irão libertar os dois, porque
não só tu serás liberto, como aqueles que foram
as tuas vítimas do passado. Ame com carinho e fé! Mais
uma vez digo: As nossas quedas nesse mundo que vivemos, todas, todas
nos servirão para a nossa evolução. É
uma experiência a mais, é uma experiência a menos,
porque, filho, o homem não se redime quando sente uma grande
dor e, sim, se eleva para Deus, sempre buscando o seu Sol Interior.”
(Tia Neiva, 22.4.83)
· “Vamos começar
os primeiros passos para uma vida missionaria. Filho, seja você
mesmo a descobrir a sua estrada na vida, sem profeta ou profetiza.
Descubra o seu próprio caminho e ande com as suas próprias
pernas. Desperte para a vida, para a verdadeira vida. Não desanime
à frente dos obstáculos. Os obstáculos são
atraídos pela força do nosso triste pensamento. Não
se impressione com os sonhos e não fique a querer interpretá-los.
O sonho é uma arma dos supersticiosos. Procure o lado bom da
vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor. Com o
coração esperançoso, teremos todas as coisas
nobres que desejamos. Filho, o que desejo é transmitir um pouco
desta sabedoria que a vida iniciática tem nos proporcionado
nesta jornada.” (Tia Neiva, 17.6.83)
· No mundo missionário
dos espíritos há sempre uma luz que predomina, mas há,
também, sempre um missionário que refreia os seus dotes
de bom cristão e vai penetrando ele mesmo, e, em vez de puxar
a sua missão para fora, fica a se promover como aquele que
tem as suas superstições e vive a acender velas atrás
da porta... E, quando parte a sua nave, porque a sua história
terminou, ele chega do outro lado e encontra um mundo dinâmico,
fica a se envergonhar atrás de suas roupinhas velhas trazidas
da Terra. Sim, meu filho, a vida é igual às vidas. Temos
muito o que fazer dentro da nossa individualidade. Por isso, nos encontramos,
todos os dias, com ela. Formamos os nosso sonhos e nos atiramos nos
grandes painéis que formam o calendário da vida na Terra.
Sim, na Terra, porque a Terra só ouve os nossos lamentos quando
abrirmos os nossos plexos. É por isso que eu os vejo tão
grandes e acredito em vocês, meus filhos jaguares, e nas coisas
que vocês têm para oferecer, e porque os ensinei a transmitir
o suficiente em suas jornadas. Tenho que ensinar-lhes mais coisas
e, muitas vezes, penso como o velho Serrano. O velho Serrano tinha
o seu castelo na subida da serra e emitia as coisas que lhe vinham
e que ouvia do céu. Contam que, depois de ensinar com esmero
um grupo de jovens e fazê-lo missionários cristãos,
explicou-lhes como “limpar” seus caminhos e como devia caminhar
um missionário cristão... O fato é que, chegando
o dia da partida daquele grupo, um missionário perguntou-lhe:
“Mestre, o que devemos fazer de melhor, quando sairmos daqui?
Usar os dons da sabedoria, da ciência, da fé? O dom de
curar enfermos, as operações maravilhosas nos castelos
e palácios? Discernir um espírito... Qual a maior virtude?”
“A maior virtude - respondeu-lhe o Mestre - é a CARIDADE
sofredora. a benigna caridade, aquela caridade que o missionário
faz sem leviandade, sem sublimação, até pelo
contrário, às vezes, se esquece até de Deus para
servir ao seu semelhante. Essas são as pedras brilhantes que
vão enriquecendo o nosso pobre tesouro, em nossa Legião:
a caridade sofredora!” Terminadas sua explicações,
Mestre Serrano, batendo nas costas de cada um, soluçando, despediu-se.
Todos fizeram o mesmo com seu Mestre, e foram cumprir com sua missão.
Desceram, prontos, e com eles, um só pensamento: “O SENHOR
É O MEU ROCHEDO, O MEU LUGAR FORTE, A MINHA FORTALEZA EM QUE
CONFIO, O MEU ESCUDO, A MINHA SALVAÇÃO; EM DEUS PAI
TODO PODEROSO ENCONTRAREI O MEU REFÚGIO!” Enquanto andavam,
um tagarelava: “È, Mestre Serrano nos disse que, quando
adquiríssemos a prática, seria tempo de afiarmos nossas
ferramentas. Estamos afiados, porque não fazemos mais aquelas
perguntas insignificantes, viu? Todo aquele acervo científico
que adquirimos, toda luz do nosso mestre, resultou em poucas palavras:
A virtude está na caridade, no auxílio da caridade sofredora!”
Riram! Nisso, começou uma polêmica científica,
em que se equiparavam ao Mestre. Viram o quanto eram maravilhosos
os ensinamentos daquele Mestre. Ficaram tão empolgados que
quase não se aperceberam de uma mulher chorando, sentada na
estrada, tendo a sua ferida sangrando. Se apavoraram com aquele sangue
e, de imediato, ergueram as mãos para o céu, pediram
a Deus a força do Prana, e a mulher ficou curada. Meu filho
jaguar, não devemos pesar os nossos dotes, e não vamos
dar explicações uns para os outros daquilo que fizemos
ou adquirimos. Cada um procure saber o que adquiriu, consigo mesmo.
Meu filho, esta é a nossa primeira aula e vou procurar deixar
em cada uma, uma passagem escrita. Cuidado, filho! Lembro-me de uma
vez que, ali nas imediações do IAPI, curei uma mulher
que, também, sangrava muito e, ao chegar em casa, eu falava
para uma porção de motoristas sobre o que fizera, quando
Pai João de Enoque chegou ao meu ouvido e alertou: “Fia,
cuidado! Estás conversando muito... Próxima de você
tem outra mulher com um problema semelhante e, talvez, você
não possa curar ... Essa não é a sua especialidade.
Sua especialidade ainda é a Doutrina, e não lhe foi
entregue ainda um Mestre!” Isso aconteceu em 1959.” (Tia
Neiva, 31.7.84)
· SALVE DEUS, MESTRE
HERDEIRO DESTE AMANHECER! Ainda não tirastes os velhos ressentimentos
e, com palavras, estás colocando mais terra em teu coração!
O sacerdócio é amor, tolerância e humildade. Ser
porta-voz de tua Mãe Clarividente é algo difícil.
Porém, lembra-te dela e terás força para prosseguir.
Por que todo este acervo que te cerca? No dia em que alguém
for tratado diferente, todos fugirão... Filho: não há
qualquer mal em nossa Doutrina. O Homem do sertão pode fazer
seu Templo no estilo do Templo-Mãe e viver a Doutrina que sua
Mãe trouxe para a Terra. Nome imortal: Tia Neiva, Koatay 108!
Todos nós temos na vida uma oportunidade de evolução.
Esta oportunidade pode vir em um grande amor ou vem, muitas vezes,
em uma grande dor. Deus, em sua grandeza, fez o Homem com sua mediunidade.
Sim, o Homem médium. A mediunidade é um fator biológico.
Ela corre no sangue, no coração, em se tratando de um
Homem médium transcendental, que é o homem de muitas
experiências. Sabemos que temos médiuns com os três
reinos de sua natureza simetricamente bem divididos, e esta força
lhes dá a faculdade de receber um Espírito de Luz e
até mesmo um Anjo do Céu. Esse médium, esse homem,
vive em todas as partes – nos bares, nas vias públicas,
em um lado ou noutro sempre encontramos esse homem! Mil vezes encontramos
esse homem que não quer se preocupar com sua origem transcendental
e que, sofrido, não pode reclamar por isso. Porque Deus, em
sua figura singular, vive a Sua presença em todos os instantes
de nossas vidas, por todos os cantos do mundo. Em tudo há a
Presença Divina! No entanto, estamos às portas de uma
grande abertura luminosa, que somente este Homem de bagagem transcendental
é capaz de assumir, porque só ele é capaz de
conduzir e salvar os que vão restar... Dentre esta grande maioria,
vejo que irão sobrar muito poucos! O Homem que tem os três
reinos de sua natureza simetricamente divididos é o MISSIONÁRIO
DA ÚLTIMA HORA, vindo de mil experiências no mundo, e
por isso capaz de assimilar o desenvolvimento espiritual desta época.
Porém, enquanto não chega este dia, que não sabemos
quando com exatidão, vamos assumindo o trato que fizemos: AMOR,
TOLERÂNCIA e HUMILDADE, principalmente nesta jornada que estamos
enfrentando. Meu filho: este sacerdócio é a continuação
de nossas vidas. Só temos uma alternativa! O quê será
melhor? Viver morrendo aos poucos e vendo tudo perecer em nossa volta,
ou viver na luta, criando amor em nosso redor? Tudo isso é
o princípio e é o fim!... É fácil viver
sem dificuldades, ensinando aos que não sabem viver. Hoje,
meu filho, te parece difícil. No entanto, eu te garanto que
é tão fácil amar a todos no amor incondicional,
vendo nas coisas feias um bom sentido. Um missionário não
luta contra seu irmão. Caminha sem desatinos, mesmo sem saber
para onde vai, sem conhecer o seu destino. Onde não for desejado,
procura ser afável, procura ser bom. Um Homem sempre precisa
do outro. Ensine o amor a quem não sabe amar porque, filho,
a MORTE é uma grande surpresa! Muitas vezes estamos de pé
para uma grande jornada, pensando ser a luz de um grande sacerdócio,
sem sabermos que, do outro lado, já estão sendo levantadas
as portas de um poder nos chamando ao compromisso cabalístico
eterno. Sim, filho, pelo nosso poder e pela Consagração
Iniciática Cabalística sabemos que as forças
da cabala são transmitidas por vibrações. Vejamos
agora: é aplicado isto a tudo o que foi criado. Tudo emite
vibrações, seja de natureza orgânica ou inorgânica.
Essas vibrações são também chamadas ENERGIAS,
fenômeno direto inteligente e material, ao mesmo tempo independente
de nossa vontade e de nossa imaginação espontânea,
de raciocínio, que rompe os músculos e liberta o espírito
da cura. Sim, filho, estamos marchando para uma Nova Era. A luta do
poder espiritual é terrível nos mundos espirituais e
o Homem passa por grandes acontecimentos. Só mesmo a conscientização
do espírito individual poderá te libertar dos fenômenos
individuais. As lutas, as constantes guerras dos exus, eguns, são
terríveis. Existem espíritos que já subiram para
o sono cultural, isto é, tiveram a graça de serem retirados
das Trevas por um padrinho. Sim, quando estamos em dificuldade, chamamos
por nosso padrinho e ele, somente ele, pela graça de Deus,
pode colocar seu afilhado no grau de sua evolução. Devemos
admitir, então, que entre o afilhado e ser padrinho tudo pode
acontecer. Tudo, inclusive uma mudança estrutural benéfica.
Não te esqueças, filho, de que livre é o Homem
que sabe amar! Somente o trabalho nos ergue e nos faz compreender
que, enquanto trabalhamos com nossos irmãos, estamos em contato
com Deus. Mil vezes, nunca reclames da luta e nunca reclames da paz!
É preferível a esperança da busca à paz
da resignação. Sim, filho, Jesus ilumine os nossos corações!
Estamos na marcha evolutiva da Nova Era... Precisamos nos preparar!
(Tia Neiva, 14.8.84)
MISSIONÁRIA
VEJA: NINFA MISSIONÁRIA
MISSIONÁRIO
Os missionários,
de modo geral, são os médiuns que se desenvolvem e se
tornam mestres de nossa Corrente. Todavia, existem milhares de missionários,
Espíritos de Luz que reencarnam para cumprir determinada missão
(*), nesta ou em outras Doutrinas, para auxiliar a Humanidade a encontrar
os caminhos do Bem. São cientistas, médicos, professores,
magistrados, enfim, ocupam lugares de destaque na sociedade para cumprir
a sua missão. Existem muitos, também, que nascem em
uma família cármica, para ajudar os reajustes que seus
componentes têm que enfrentar. Nossos filhos, de modo geral,
são compostos por cobradores, que vêm fazer seus reajustes,
e, de acordo com nosso merecimento, por geralmente um missionário,
que vem nos amparar e nos dar força nos momentos difíceis
que temos com os demais. Para desespero dos que convivem com ele,
o missionário normalmente tem vida não muito longa,
desencarnando tão logo atinja os objetivos que o levaram a
reencarnar. Mas isso vai depender de sua missão. Existem casos
de missionários que viveram muitos anos na Terra, exemplos
de dedicação e amor a serem observados pelo Homem que,
pelo avanço tecnológico, tem como apreciar esses irmãos
através dos meios de comunicação, aprendendo
os caminhos do Evangelho. Com a proximidade da Nova Era, muitos espíritos
surgiram como portadores de verdades até então ocultas,
de crenças revividas de remota antiguidade, dizendo-se missionários
de Deus. Sobre isso Jesus nos advertiu (Mateus, VII, 15 a 23): “Guardai-vos
dos falsos profetas que vêm a vós com vestes de ovelhas
e, dentro, são lobos rapaces. Pelos seus frutos os conhecereis.
Porventura se colhem uvas de espinhos ou figos de abrolhos? Assim,
toda árvore boa dá bons frutos e a árvore má
dá maus frutos. Não pode a árvore boa dar maus
frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Toda a árvore
que não dá bom fruto será cortada e metida no
fogo. Assim, pois, pelos frutos deles conhecê-los-eis. Nem todo
aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus;
mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus,
este sim, entrará no Reino dos Céus. Muitos me dirão
naquele dia: Senhor, Senhor, porventura não profetizamos em
teu nome, e em teu nome não expelimos os demônios, e
em teu nome não operamos prodígios? E eu então
lhes direi: Pois eu nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, que operais
a iniquidade!” Por isso, temos que ter muito cuidado ao ler,
ver e ouvir as coisas que surgem neste período de transição.
Koatay 108 nos explicou que, em muitos casos, Pai Seta Branca coloca
um Jaguar num determinado cargo ou função, em locais
perturbados por ações de diversas naturezas, para que
ele possa, ali, ser um ponto de força para os trabalhos que
precisam ser feitos em benefício de todos. Nas repartições
governamentais, presídios, hospitais, grandes empresas, e,
enfim, onde haja muita gente, onde haja muita coisa importante a ser
feita, sempre encontramos um Jaguar, um missionário em seu
posto, manipulando e distribuindo forças em benefício
daqueles espíritos, encarnados e desencarnados, que estão
ao seu redor. Existem duas falanges missionárias para mestres:
a dos Magos (*) e a dos Príncipes Mayas (*).
· “O princípio
superior de todos os missionários é o trabalho. Sua
ação é comparada a um imã: terás
que viver atraindo novos recursos vitais; terás, também,
o segredo da evolução, das transformações
de vidas cujo princípio não está na matéria,
mas sim na própria vontade. Esta ação se estende
tanto no mundo etérico como no físico, na matéria.
Tudo pode ser realizado no domínio psíquico pelo amor,
na ação da vontade, na LEI DO AUXÍLIO –
princípio superior de todas as coisas! A potência da
vontade de quem busca honestamente servir aos seus irmãos não
tem limites. E quando dormimos, cansados, pensando, pensando com amor
servir a alguém, nós nos transportamos e saímos
pelos planos espirituais, sem seu socorro. A Natureza inteira produz
fenômenos, metamorfoses. Quando conheceres a extensão
destes fenômenos, teus recursos dentro de ti mesmo, deixarás
o mundo deslumbrado...” (Humarran, jun/60)
MISTIFICAÇÃO
Mistificar é abusar
da credulidade de alguém, iludindo a boa fé das pessoas,
e quando um médium usa artifícios, fingindo estar incorporado
com essa ou aquela Entidade, dizemos que está havendo mistificação.
É um perigo, pois muita coisa desagradável pode ser
fruto da pseudo Voz Direta, gerando conflitos e desarmonia, além
do sério comprometimento do médium que o pratica, por
contrariar o juramento que fez quando de sua Iniciação.
A mistificação é uma forma de interferência,
embora chamemos de interferência a manifestação
de um espírito Inluz que se faz passar por um de Luz, truncando
mensagens e fazendo profecias. Na mistificação a interferência
se faz pela vontade do médium, que passa a dizer coisas de
acordo com seus desejos e visando obter efeitos em benefício
próprio. Koatay 108 confiava nos médiuns do Amanhecer,
pois sabiam a força e a responsabilidade de uma Iniciação
Dharman Oxinto. Apesar disso, na prática está sendo
muito encontrada a mistificação por parte de mestres
e ninfas aparás que buscam, em suas comunicações,
aproveitar-se da situação em benefício próprio,
sugerindo ajudas materiais e ligações físicas
com Doutrinadores e pacientes, além de determinarem a troca
de mediunidade e prisões.
· “Eis porque
não tenho medo de mistificação destes aparelhos
benditos de Deus. Seus bônus são luminosos porque fluem
de seu plexo, que reserva, também, o seu Sol Interior e suas
três naturezas. Isto digo do Apará e do Doutrinador.”
(Tia Neiva, 27.10.81)
MOAY
Os moays são estátuas
gigantescas de pedra, existentes na Ilha da Páscoa, e que até
hoje a ciência não consegue explicar como foram feitos,
transportados e erguidos, e nem para o que serviam. No livro “2000
- A Conjunção de Dois Planos”, Amanto explica,
em viagem à região denominada Omeyocan (*), o que Tia
Neiva viu: por baixo das águas haviam complicadas construções
de pedra, muitos túneis e grandes abóbadas; na superfície,
as grandes estátuas - os moays. Segundo Amanto, elas tinham
várias finalidades, inclusive serviram como portas indicativas,
pois sob algumas delas existem entradas para câmaras subterrâneas.
Muitas seriam colocadas em outras regiões do planeta, como
indicativas, mas a desintegração dos Tumuchys (*) veio
antes, e elas ali ficaram, algumas até semi-construídas
somente.
MORSA
1. MORSAS DO UNIFORME DE
JAGUAR - São aquelas cruzes que, no uniforme de Jaguar, estão
colocadas lateralmente, nas mangas das camisas e das blusas, formando
um ponto de captação de energias. Recebem as forças
diretamente de Tapir, de uma região chamada Campo das Morsas.
Não há como realizar um trabalho equilibrado se o médium
estiver sem elas. Pelas morsas chega uma força individualizada,
dosada de acordo com as necessidades do trabalho e as condições
apresentadas pelo médium, independente de sua vontade e não
sofrendo qualquer influência, impregnação ou interferência
dos espíritos encarnados ou desencarnados.
2. MORSAS DA CRUZ DO CAMINHO
- São panos brancos que são colocados no pescoço
do Doutrinador, na Cruz do Caminho, e devem ficar com suas pontas
caídas nas palmas das mãos, devendo ser cruzadas quando
o Comandante pedir. A função delas é provocar
um enfraquecimento da corrente de incorporação, porquanto
não há incorporação do Povo das Águas
mas, sim, uma passagem das energias, diminuindo muito a sensibilidade
do Apará a alteração do fluxo da energia provocada
pelo cruzamento das morsas.
MORTE
VEJA: DESENCARNE
MUDOS
Segundo o filósofo
chinês Mêncio, “os olhos e os ouvidos não
têm por função pensar, e estão sujeitos
a serem turvados e embotados pelas coisas que os afetam. Mas pensar
é função da mente, que pode também ser
turvada e perturbada pela emoção, trazendo dificuldades
para a livre expressão do pensamento.” Quando nos referimos
aos “cegos, surdos, mudos e incompreendidos” não
estamos falando de alguma deficiência física, mas, sim,
sob o aspecto espiritual, vibracional. Aquele que é portador
de uma deficiência física está cumprindo a Lei
de Causa e Efeito, o seu carma (*), e só podemos ajudá-lo
fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta,
sua provação. Mas nossa missão inclui aqueles
que têm deficiências que os levam a não ver, a
não ouvir, a não falar e a não entender as lições
da Espiritualidade Maior, e que podem ser curados pelas vibrações
de amor, pela tolerância e pela humildade. Os mudos que nos
preocupam , em nossos trabalhos, são aqueles que não
conseguem emitir seus sentimentos, suas vibrações, ficando
sem se relacionar com o mundo e sendo vítimas de seu próprio
íntimo. Também é preciso lembrar que o trecho
da Prece do Apará, em que se roga a Deus “tira-me a voz
quando, por vaidade, enganar os que me cercam” não significa
ficar mudo, sem voz, mas, sim, ser tirada a Voz Direta da Espiritualidade
daquele médium, que passa a agir por simples animismo ou a
ser instrumento de espíritos sem Luz, que se fazem passar por
Mentores. (Veja: PALAVRA)
MULHER
A menina, após
a puberdade, completada a formação de seu plexo físico,
torna-se mulher, isto é, tem o seu desenvolvimento físico
adequado à gestação, ou seja, à perpetuação
da espécie humana. Muito se discute em relação
ao papel da Mulher na sociedade, e isso vem de tempos imemoriais.
Embora possam se destacar na História inúmeras mulheres,
como a primeira rainha egípcia Hatshepshut (A Rainha Caprichosa),
filha de Tuthmosis I, que nasceu 1.500 anos antes de Cristo, e que
deixou, no Vale das Rainhas, o belo palácio Deir el-Bahari,
dedicado a Amon-Rá; Cleópatra, a Rainha do Egito que
conquistou seus conquistadores romanos Júlio César e
Marco Antônio; e muitas outras que encontramos na Literatura
Universal, a realidade é que, por força do próprio
modo de vida violenta e aguerrida, que só agora começa
a se amenizar, a Mulher se deixou ficar em segundo plano, mas, praticamente,
interferindo nas decisões dos homens e direcionando suas ações.
Existe um dito popular que diz: por trás de um grande Homem
sempre existe uma grande Mulher! Na Doutrina, aprendemos que não
é atrás, mas, sim, ao lado. Rainhas ou camponesas, esposas
ou amantes, idosas ou jovens, a Mulher esteve e estará sempre
como o impulso principal de todas as ações humanas.
Salomão foi sábio, mas quem seria ele, na História,
se não fosse a Rainha de Sabah? E foi à Mulher, em sua
representação maior na pessoa de Maria, que coube a
máxima missão de trazer à Terra nosso Divino
e Amado Mestre Jesus, numa lição de amor e humildade
do que é uma verdadeira Mãe! De modo geral, a Mulher
é o símbolo do amor, da dedicação, da
ternura, do perdão, do sacrifício e da sensibilidade.
O plexo feminino é um imenso Universo de Paz , suave e harmonioso,
que vibra a melodia universal em benefício dos encarnados e
desencarnados de forma sutil e luminosa. Na Corrente do Amanhecer,
a Mulher é o polo negativo das forças e correntes universais,
porque ela está ligada diretamente aos Planos Espirituais.
Enquanto o Homem é a força positiva, a força
da Terra, a Mulher é o outro polo. Não existe movimentação
de uma força com um só polo e, por isso, a presença
da Mulher - que é denominada Ninfa - se faz necessária
em todos os momentos e em todos os locais de trabalho. Tia Neiva sempre
falou da necessidade de toda Mulher se cuidar, ser exuberante, manter
sua vibração elevada, enfim, ter plena consciência
de sua missão como uma verdadeira rainha. Embora a gestante
exija algumas limitações e cuidados especiais, a mulher
está sempre pronta para o trabalho, não havendo qualquer
restrição à mulher nem mesmo durante o período
de menstruação. (Veja: ESCRAVA, GESTANTE, NINFA e NINFA
MISSIONÁRIA)
· “Queridas,
muito queridas: Idéias, sentimentos sufocados na saudade, é
o que revela a Mulher do Século XX. Majestades vindas curtidas
pelos grandes amores da História, de vidas transcendentais.
Este o meu conceito da Mulher do Século XX! (...) Sinto neste
decorrer da mensagem o que sempre se traduziu na felicidade da Mulher:
exuberância! A Mulher, acima de tudo, deve ser exuberante, exuberante
em todos os sentidos, conquistada ou conquistando. Quando o destino
me colocou como a primeira mulher motorista profissional no Brasil,
a minha salvaguarda foi o espírito exuberante que ressoou em
mim. Ter exuberância com amor, na ternura sensual do seu quadro
de Mulher, no lar ou na profissão. Devem ter o mesmo espírito
desta Luz! O filho dessa mãe é criado sem traumas, é
o Homem seguro, que caminha com as suas próprias pernas, sabendo
que tem a segurança de sua bela mãe e não uma
“trágica mamãe”! Todas as Mulheres são
belas, desde que vivam o espírito confiante transcendental.
A Mulher nunca deve se sentir abandonada, mas, sim, realizada. Somos
atores, de uma galáxia a outra, e a artista não pode
fraquejar. É a continuação de uma jornada na
qual só os que confiam em si chegam, chegam às suas
origens, em Deus Pai Todo Poderoso. Na realidade, o abandono é
o fato resultante de se seguir àquele que, naturalmente, não
tem a mesma evolução. Os grandes amores vivem da transmutação
de forças iguais. Não existe frigidez da Mulher - como
me dizem -, mas sim o seu distanciamento. Queridas, quando chegamos
a esta realidade, renunciamos às paixões e nos libertamos
dos falsos preconceitos.” (Tia Neiva, 9.4.81)
MUNDOS
Em nossa condição
de encarnados, temos a considerar três mundos que formam o nosso
Universo: o mundo visível, o mundo invisível e o mundo
espiritual. O mundo visível é o físico em que
vivemos com nossos sentidos, aprendendo a conhecê-lo melhor
com nossas observações visuais e auditivas, ampliando
nosso saber sobre os seres dos três reinos da Natureza. Existe,
porém, o mundo invisível que nos cerca e faz parte,
também, da Terra, com estrutura molecular, organizado e regido
por suas leis, com cidades, escolas, albergues, hospitais, templos,
colinas, montanhas, lagos, rios e cacheiras, com céu e terra,
claros ou obscurecidos, coexistindo simultaneamente com o nosso mundo
físico, ocupando espaços intermoleculares deste mundo,
de modo que podem existir superposição de construções
de um e de outro sem qualquer problema. É um plano constituído
de matéria rarefeita mas obedecendo as leis da dinâmica
universal. O mundo invisível não reflete a luz solar,
nem os sons e nem o calor do mundo físico. Na obra de André
Luiz, psicografada por Chico Xavier, temos uma detalhada descrição
de uma cidade de transição - Nosso Lar -, que se situa
sobre a cidade do Rio de Janeiro, no plano da Terceira Esfera acima
da crosta terrestre, logo acima do Umbral, sendo uma das muitas que
existem em torno da Terra. Um sólido do mundo físico
pode ter sua formação molecular alterada e tornar-se
invisível, atravessando corpos sólidos e, depois, ser
reintegrado em seu estado físico. Essa alteração
molecular pode ocorrer em corpos do mundo invisível, tornando-os
visíveis para nós, como acontece com a materialização
de espíritos que ali habitam, em números fantásticos,
sem condições de seguir para os planos espirituais,
e que vivem da manipulação das energias produzidas na
Terra. Eles não podem produzir essas energias, e então
as absorvem dos encarnados, fazendo essa captação por
via da mediunidade, induzindo à formação de correntes
mediúnicas sintonizadas com eles, iludindo os seres humanos
de forma a que pensem que aquele mundo invisível é o
mundo espiritual. Dependendo da intensidade do ectoplasma absorvido,
são capazes de se materializar no mundo físico, desencadeando
fenômenos que são confundidos, muitos deles, com visitas
de naves e personagens extraterrestres. Uma grande parte deles forma
o Vale das Sombras (*). Não têm condições
de encarnar no mundo físico e, por isso, assumem a função
de obsessores dos encarnados na Terra. Não têm uma estrutura
mental que lhes permita concepções superiores às
nossas e sua percepção é muito reduzida em relação
à nossa. Embora falem muito em Deus, para causar confusão
na mente humana, dificilmente falam em Jesus. O mundo espiritual é
uma realidade presente e de todos os tempos, procedência dos
espíritos que nascem na Terra e destino dos que aqui desencarnam,
e é onde habitam os espíritos e princípios vitais
de animais e plantas na grandiosa espiral evolutiva. Sua compreensão
e entendimento são feitos de modo individualista, conforme
a experiência de cada um, colocando-se acima de quaisquer conceitos
que possamos formular, pois, nessa tentativa, caímos no antropomorfismo.
É assimétrico, irregular e atemporal, onde não
existe passado, presente e futuro, mas sim a eternidade. Podemos nos
valer das imagens que nos são transmitidas pelos seres que
ali habitam - os Espíritos de Luz - e pelas próprias
palavras de Jesus, nos Evangelhos, quando nos são revelados
alguns aspectos dos Céus, uma das denominações
do mundo espiritual, considerados como a morada eterna dos justos,
numa reunião final com Deus, o verdadeiro paraíso. O
mundo espiritual é a recompensa para os espíritos que
concluem sua jornada na Terra, após terem reajustado com seus
cobradores e, pelo amor, tolerância e humildade, conseguido
deixar livres seus corações de todos os pesos terrestres.
Jesus nos ensina a guardar nossos tesouros nos Céus (Lucas,
XII, 33 e 34): “Vendei o que possuís e dai-o de esmolas;
provede-vos de bolsas que não envelhecem, de tesouro inexaurível
no Céu, onde não chega o ladrão e a traça
não rói. Porque onde está o vosso tesouro, aí
estará, também, o vosso coração”.
Na Epístola aos Colossenses (I, 10 a 13), Paulo escreveu: “Para
que andeis dignamente diante de Deus, agradando-lhe em tudo, produzindo
frutos em toda boa obra e crescendo na ciência de Deus, confortados
em toda espécie de virtude pelo poder de Sua glória,
em toda a paciência e longanimidade, com alegria, dando graças
a Deus Pai que nos fez dignos de participar da sorte dos Santos na
Luz, que nos livrou do poder das Trevas e nos transferiu para o reino
de Seu Filho muito amado”. Na Epístola aos Hebreus (XI,
13 a 16), Paulo lhes fala da jornada daquele povo, de seus profetas
e de seus mártires: “Na fé morreram todos estes,
sem terem recebido as promessas, mas vendo-as de longe e saudando-as,
e confessando que eles eram peregrinos e hóspedes sobre a Terra.
Pois, os que assim falam, demonstram claramente que buscam a pátria.
E se eles tivessem em mente aquela pátria de onde saíram,
teriam, por certo, o tempo necessário para a ela tornarem.
Mas eles aspiram por outra pátria melhor, isto é, a
celestial. Por isso Deus não se dedigna de se chamar Seu Deus,
porque lhes preparou uma pátria! “ Este conceito de Céus,
paraíso, e, enfim, do mundo espiritual como sede dos Espíritos
de Luz, é generalizado através dos tempos e por toda
a Terra, mudando somente sua denominação pelos diversos
idiomas, mas mantida a idéia básica.
· “Eram apenas
dez horas da noite quando senti uma forte tonteira. Fui me deitar
e ouvi, sentindo coisas diferentes, palavras sem nexo. Me foi difícil
entender que estava em um núcleo de Jesuítas. Tudo por
amor. São atrasados porque estão enclausurados na Igreja
de 1500. Porém vivem e possuem bons reflexos. Uma grande falange:
homens e mulheres. Os homens como frades, com pesados hábitos
cinzas; as mulheres com o mesmo hábito, sendo bege. Rodavam
em cima de elipses. No centro, uma enorme elipse de água, sem
água ou energia. Fui presa, sofri muito... sofri como nunca
sofri! Cheguei a pensar que a vida tinha terminado ali. Depois, o
grande bispo me chamou e foi suavizando: “Tia Neiva, salve Deus!
Somos jesuítas e queremos informações da Terra”.
Depois retificou: “Digo, da outra dimensão. Estamos no
interior da Terra e só seremos libertados quando houvermos
descoberto tudo aquilo que enterramos.” Ó, meu Pai Seta
Branca! - Gritei. “Sim, Tia Neiva - continuou - Amamos o Seta
Branca. Ele é a nossa paz e é a nossa esperança.
Nos diz que breve sairemos daqui. Pela sua vontade já teríamos
saído, porém, só sairemos depois que tudo que
enterramos seja descoberto!” Lindos cantos eu ouvia enquanto
falava com eles. Só sei que me senti dentro da Terra, como
se ela fosse oca; isto pela segunda vez. Salve Deus! Porém,
não com tanta precisão como ontem.” (Tia Neiva,
s/d)
MURANOS
Os MURANOS, de acordo
com as mensagens de Tia Neiva, em 5 e 22.3.83, deverão manter
e organizar a parte física no horário de DESENVOLVIMENTO
DOS MÉDIUNS.
COMPONENTES: Dois Trinos
mais os Cavaleiros e suas escravas (Muranas) que se decidirem por
assumir essa responsabilidade.
ATRIBUIÇÕES:
· Organizar o corpo
mediúnico nos dias de Desenvolvimento;
· Verificar o bom
funcionamento das instalações - som e iluminação;
· Informar-se sobre
a necessidade de reparos físicos no Castelo da Autorização;
· Integrar-se com
os Coordenadores dos Grupos de Desenvolvimento, contribuindo com sua
participação nos trabalhos.
Os Trinos Muranos deverão
comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo
e as que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá
se conscientizar de sua missão e, em reunião, escalar
Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas,
de maneira que todos os dias estejam, no Templo, representantes do
grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou
do Adjunto.
· “Meus mestres
e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade:
espero de vocês o amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na
execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre
de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições,
com as falhas dos outros. Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você,
estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando
não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina:
MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor conseguimos o discípulo
amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre, que vocês
são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra,
a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 5.2.83)
FALANGE MISSI0NÁRIA
MURUAICYS
Quando em Delfos, Pitya
escolhia jovens, cujos maridos estavam nas guerras, para auxiliá-la
em sua missão. Eram as Yuricys - Flores do Campo -, que socorriam
os combatentes nas planícies macedônica e peloponense.
Todavia, como não incorporavam nem profetizavam, Pitya recomendou
que fossem preparadas as Muruaicys e Jaçanãs, moças
fugidas do assalto de tropas mercenárias, que teriam a missão
de fazer as profecias no Templo de Apolo. Assim surgiram as Missionárias
Muruaicys, que, portando a Chama da Vida, ajudam no socorro e na cura
da Humanidade perdida e ferida espiritualmente na malsinada batalha
pela posse das coisas materiais. Trazida por Mãe Yara em outubro
de 1978, a falange foi consagrada no 1º de Maio de 1979, tendo
como Primeira a Ninfa Lua Risoleta (Rilza). A partir de 1982, as Muruaicys
ficaram sob o comando da filha de Koatay 108, a Ninfa Lua Carmem Lúcia,
e sob a Regência de seu Mestre Albuquerque, Trino Herdeiro Ypuara.
As Muruaicys têm, como funções específicas,
abrir e fechar os portões das Cabalas e nos rituais e Sandays,
mantendo-se em honra e guarda nestes locais, e levar a força
das Muruaicys do Espaço à corte das noivas, nos casamentos.
Em sua capa, a Muruaicy tem a Cruz de Ansanta, símbolo egípcio
da Sabedoria da Vida e da Morte, que também simboliza a abertura
dos portões que dão acesso ao ambiente iniciático,
a abertura dos caminhos. É sempre necessária sua presença
nos Sandays e rituais como missionárias portadoras de poderosa
força desobsessiva. Como descreveu Koatay 108, as falanges
missionárias agem, harmoniosamente, em conjunto: as Muruaicys
vão à frente, abrindo os portões magnéticos
do Vale das Sombras e das cavernas, onde se encontram espíritos
que, por sua força e ferocidade, se apresentam deformados pelo
ódio, por sua vibração negativa, assumindo tristes
formas animalizadas e até mesmo monstruosas. As Muruaicys jogam
seus charmes, emitindo lindos mantras que vão iluminando aqueles
espíritos e estes, como que hipnotizados, vão deixando
os negros abismos e se aproximando dos portões. Junto aos portões,
as Madalenas fazem uma espécie de poços de lama etérica,
escura e pegajosa, nos quais mergulham, ficando irreconhecíveis,
com aspecto semelhante ao daqueles espíritos sem luz. Quando
os espíritos sofredores as vêem, tentam agarrá-las,
supondo serem da mesma concentração que eles. É
o momento em que as Cayçaras lançam suas redes magnéticas,
aprisionando-os e, com a proteção dos Cavaleiros de
Ypuena, os levam para serem atendidos, sob a força do Cavaleiro
da Lança Vermelha, na Estrela Candente, onde recebem o choque
da força magnética animal emitida pelos médiuns
escaladores e a doutrina - o ectoplasma dos Doutrinadores -, sendo
elevados aos planos de acordo com seus merecimentos. Segundo Carmem
Lúcia, “a Cabala representa tudo em nossa Doutrina. Segundo
Tia Neiva, trata-se de um leito de forças decrescentes, no
qual descreve as cores básicas da fita que utilizamos para
o trabalho na Lei do Auxílio. Só é possível
conhecer os segredos da Cabala àquele que já ultrapassou
os limites primários de si mesmo e ama incondicionalmente.
O amarelo - vida, representado aqui pelos Mestres Adjuração
- os Doutrinadores; Sol - ouro - Anoday. O lilás - cura, representado
aqui pelos Ajanãs/Aparás. É a junção
de forças dessas duas partes por uma força divina. A
Cabala representa o símbolo máximo que permite acesso
à vida iniciática ou ao salão iniciático.
Lua - prata - anodai - sabedoria. Diz-se que depois que um discípulo
passar por todas as provas, ele é conduzido ao portão
de entrada. O cálice - símbolo iniciático do
invólucro exterior que guarda o sangue (vinho) que se eleva,
representa força vital, energia. O vinho - suco de uva - simboliza
o sangue, força vital, força magnético-animal,
energia, base molecular do plasma mediúnico. A chama - Chama
da Vida, o prana. É a junção de tudo que dissemos
acima. É a manipulação do carma que permite acesso
à Luz quando encarnado - eternidade.” Os prefixos das
Muruaicys são Iule e Iule-Ra.
CANTOS DAS MURUAICYS
1. Salve Deus! Ó,
Jesus, sinto nesta bendita hora a força do Jaguar, que se eleva
na plenitude, abrindo o Ciclo Iniciático para uma nova era!
São luzes, mestres, que se harmonizam na grandeza e no amor,
emitindo a consolação aos menos esclarecidos, desenvolvendo-se
e abrindo a faixa transcendental para a realização de
um poder iniciático que se levanta para proporcionar ao mundo
um desenvolvimento doutrinário. Neste instante, eu vejo o Sol
e vejo a Lua. Lua! Mestres Lua! Lua Consagração! Ouve
o canto da menor de tuas servas, teu Raio Muruaicy, que te venera
e te implora o amor de quem me fez chegar até aqui! Mestre
Adjunto Rama Trino Tumuchy! Mestre Adjunto Rama Trino Araken! Mestre
Adjunto Rama Trino Sumanã! Mestre Adjunto Rama Trino Ajarã!
Mestres Luz! Mestres Adjuntos Ramas, Raios de Simiromba, meu Pai!
Mestres que governam neste plano original e iniciático! Recebei,
neste instante, tudo que nos cabe, da Falange de Yemanjá! Do
poder e da grandeza, Mestres Trinos, da constância e do amor,
que nos conduziu até aqui, nos dando o poder desse Adjunto
que a perseverança dos seus espíritos formou esta força
na qualidade de Adjunto, que traduz ao mundo a paz, a tranquilidade
e a esperança de um breve Terceiro Milênio. Adjunto Koatay
108! Sou eu quem te falo ...(nome)... , representante de minhas irmãs.
Digo fervorosamente: Acredito em ti! Acredito em ti porque és
a luz deste Amanhecer! Príncipes, Magos, Mestres Jaguares!
Que as forças que vêem de Deus vos consagre e ionize!
Povo abnegado de Deus! Removendo o Velho Mundo, revivendo a Velha
Tribo de Esparta, Katchimoshy, dos Impérios e do Brasil Colônia.
E hoje reunidos neste planalto, na força e no amor reunidos
no Vale do Amanhecer, esta grandeza absoluta que se chama Adjunto
Koatay 108, emitam, Mestres Adjuntos, emitam o Sol doutrinário
iniciático em nossos corações. Salve Adjunto
Koatay 108! Que a perseverança no espírito da Verdade
encontre acesso em teus corações porque, Príncipes
deste Amanhecer, não vos esqueceremos. E nesta bendita hora,
venho trazer a mensagem de nossa Mãe Clarividente, que nos
pede o amor, a humildade e a tolerância na abertura desta Unificação.
E é na força de Olorum, que vos traz a menor de tuas
servas, teu Raio Muruaicy, desta Congregação. Salve
Deus, Mestres Trinos do Amanhecer! Meus respeitos, com ternura, minha
Mãe Clarividente! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Salve Deus! (30.4.79)
2. CANTO NO LEITO MAGNÉTICO,
NO ABATÁ, NO ALABÁ, NA CHAMA DA VIDA E NO TURIGANO:
MEU DEUS TODO PODEROSO, AQUI EU VENHO PEDIR! SÃO FORÇAS,
SENHOR, E EU TE VENHO FALAR. HOMENS DE MINHA TRIBO, QUE NECESSITAM
DE TI NO PODER DA FORÇA ABSOLUTA, A ENERGIA DO JAGUAR, A HARMONIA
ENTRE ELES, JESUS, O PODER UNIVERSAL, OS CONSELHOS DOS VELHOS SÁBIOS,
OS ALBERGUES DAS NOITES DE LUAR. O ANODAY E O ANODAÊ, AS PÉROLAS
DOS SANTOS ESPÍRITOS E DOS ANJOS DE YEMANJÁ, DO TEU
SIMIROMBA. Ó, BOM DEUS! Ó, SIMIROMBA MEU PAI! ESTA É
A HORA DA TRIBO, É A HORA DO JAGUAR, QUE EM NOME DO PAI E DO
ESPÍRITO, SALVE DEUS!
3. CANTO NA ABERTURA DOS
PORTÕES:
- NA CRUZ DO CAMINHO: “Salve
Deus! Eu, Missionária Muruaicy, nesta bendita hora, venho pedir
a permissão ao grandioso espírito de Yemanjá
para a abertura do portão da Cruz do Caminho. Salve Deus!”
- NO ORÁCULO DE
SIMIROMBA: “Salve Deus! Eu, Missionária Muruaicy, venho
em nome de Deus Pai Todo Poderoso, pedir a permissão do nosso
querido Simiromba de Deus, Pai Seta Branca, para a abertura do portão
do Oráculo. A minha missão é o meu sacerdócio.
O Senhor está comigo. Salve Deus!”
- NA UNIFICAÇÃO:
“Salve Deus! Eu, Missionária Muruaicy, venho em nome de
Deus Pai Todo Poderoso e dos Grandes Espíritos do Reino Central,
e em nome de nossa Mãe Clarividente, pedir a devida permissão
ao grandioso espírito de Yemanjá para a abertura do
portão da Unificação. Salve Deus!”
OBS.: A Muruaicy faz sua
emissão antes do canto e, tão logo termine sua emissão,
diz: TRAGO O CANTO DA MURUAICY PARA MELHOR VOS SERVIR! No Oráculo,
antes da abertura dos portões, a Muruaicy faz sua emissão
e o canto.
· “As Muruaicys
ficavam limitadas aos contatos. Representavam Pitya, anunciavam sua
presença e andavam com uma lança. Como respeito, cada
dinastia recebia a cor de uma lança. Eram endeusadas pelos
filósofos que adoravam Pitya pelo Deus Apolo. Eram inteligentes
e sagazes, tornando-se figuras místicas, diferentes das outras.”
(Tia Neiva, s/d)
MURUMBUS
Segundo o Trino Araken,
em aula de 18.6.81, os Murumbus são bandidos do espaço,
espíritos terríveis comandados pelo espírito
que foi encarnado como o Cardeal Richelieu, na França, que
agem no Umbral e atacam todos aqueles que se deixam ficar perambulando
pelas regiões sombrias, sem se protegerem em um Albergue, e
escravizam outros espíritos. Quando um deles tem um reajuste
com um ser encarnado, em qualquer época, se acrisola e se torna
um elítrio (*), causando malefícios terríveis,
mas que pode ser libertado pelos trabalhos de nossa Corrente.
· “A corrente
se desequilibrou. As coisas estão tomando um triste rumo. Vamos
pedir a Jesus pelo sofrimento resultante do amor às almas em
fogueira. Se cada um conhecesse sua ignorância, quanta coisa
pensaria fazer pelo homem. Hoje, quando vi os Murumbus que, até
então, estavam presos pela corrente, tive medo do desespero
que eles podem fazer neste mundo ou nestas imediações.
Graças a Deus os mestres se juntaram na Mansão dos Encouraçados
na Terra. Estamos nós reunidos, pela benção de
Deus, porque é o maior lugar onde se pode manipular a força
do Jaguar. Esta noite morreram mais assassinados. Quem não
pode dizer que é a força dos Murumbus?” (Tia Neiva,
21.10.78)
MURUSSANGIS
Pertencentes à
Falange dos Omulus, se apresentam como caveiras, comercializando com
o Vale das Sombras e aplicando a Lei Negra. Verdadeiros vampiros,
assumem a forma de elítrios para suas cobranças, fixando-se
nas costas de suas vítimas, das quais vão sugando a
energia. Quando são desprendidos pela força de um trabalho
desobsessivo, partem revoltados e brigando com os Mestres que realizaram
o trabalho, deixando marcas, embora passageiras, no físico
dos Aparás (tosse, garganta irritada, azia, etc.).
MUTUPY
O Mutupy é uma
espécie de mapa cartográfico da Terra usado pelos Tumuchy,
onde estão registrados os acidentes geográficos, as
reservas minerais, as situações de florestas, áreas
agrícolas e os diferentes graus de adiantamento civilizatório
do nosso planeta. Com base nas relações interplanetárias
com a Terra e nos pontos energéticos do planeta, foram erguidas
as grandes construções do Egito, do Yucatan, dos Andes,
etc. Com os conhecimentos passados por alguns grupos tornaram-se realidade
os Grandes Descobrimentos dos Séculos XIII e XIV, especialmente
os que se basearam no famoso Mapa de Piri Reys, que continha detalhes
dos continentes e do Ártico e da Antártica que somente
na atualidade, com a prospeção feita por satélites,
se tornaram identificáveis e surpreendentemente corretos.
MUYS
Na linguagem das Cavernas,
muy significa “maldade” e designam espíritos de baixo
padrão vibratório que atuam sobre as pessoas fazendo
com que fiquem com desagradáveis sensações de
sufoco e muito mal-estar. São pequenos - entre 60 e 70 centímetros
de altura, e estão começando a se materializar, isto
é, podem ser visíveis, especialmente em trabalhos mal
conduzidos. Não são bandidos do espaço, mas estão
sempre juntos a essas falanges, para se aproveitarem de suas vítimas,
sugando-lhes energias e dando continuidade ao trabalho de vampirismo
de outras entidades das Trevas. Com a Elevação, o Doutrinador
os desintegra.