Energização Pela Mentalização Falange Missionária das Muruaicys Falange missionária de Magos Madruxa Mãe
Mãe Tildes Mãe Yara Magia Magia Nativa Magia Neutra
Mágoa Mantras Mãos Maturos Mayante
Mayas Medicamentos Médicos do Espaço Meditação Médium
Médium Curador Mediunidade Mediunismo Mediunização Medo
Memória Mentalização Mente Mentores Merecimento
Mesa Evangélica Mestre Mestre Adjuração Mestre Lázaro Micromapa
MicroPlexo Mirra Misericórdia Missão Missionária
Missionário Mistificação Moay Morsa Morte
Mudos Mulher Mundos Muranos Murumbus
Murussangis Mutupy Muys

MACROPLEXO

 

VEJA: PERISPÍRITO

 

FALANGE MISSIONÁRIA MADALENA DE CÁSSIA

 

A Primeira Madalena é a Ninfa Lua Maria Dutra Barreto, tendo esta falange como função específica a participação no Turigano e nos casamentos, trabalhando sob a projeção das Missionárias do Espaço que formam a Falange da Guia Missionária Madalena de Cássia, a Missionária mais próxima de Jesus, para ajuda nas filas magnéticas àqueles que necessitam das energias curadoras e desobsessivas. Essa Falange surgiu na Europa, na Idade Média, como freiras que, nos conventos, auxiliavam aquelas fidalgas que buscavam proteção contra a prepotência de seus preceptores, fugindo de casamentos não desejados ou de alianças desastrosas. Como descreveu Koatay 108, as falanges missionárias agem, harmoniosamente, em conjunto: as Muruaicys vão à frente, abrindo os portões magnéticos do Vale das Sombras e das cavernas, onde se encontram espíritos que, por sua força e ferocidade, se apresentam deformados pelo ódio, por sua vibração negativa, assumindo tristes formas animalizadas e até mesmo monstruosas. As Muruaicys jogam seus charmes, emitindo lindos mantras que vão iluminando aqueles espíritos e estes, como que hipnotizados, vão deixando os negros abismos e se aproximando dos portões. Junto aos portões, as Madalenas fazem uma espécie de poços de lama etérica, escura e pegajosa, nos quais mergulham, ficando irreconhecíveis, com aspecto semelhante ao daqueles espíritos sem luz. Quando os espíritos sofredores as vêem, tentam agarrá-las, supondo serem da mesma concentração que eles. É o momento em que as Cayçaras lançam suas redes magnéticas, aprisionando-os e, com a proteção dos Cavaleiros de Ypuena, os levam para serem atendidos, sob a força do Cavaleiro da Lança Vermelha, na Estrela Candente, onde recebem o choque da força magnética animal emitida pelos médiuns escaladores e a doutrina - o ectoplasma dos Doutrinadores -, sendo elevados aos planos de acordo com seus merecimentos. O Adjunto de Apoio das Madalenas é o Adjunto Arqueiro, Mestre Vladimir, e seus prefixos são Eiza e Eiza-Ra.

 

CANTO DA MADALENA:

 

SALVE DEUS! EU SOU O CAMINHO DA VERDADE E DA VIDA. NINGUÉM IRÁ AO PAI SENÃO POR MIM! TU NOS DISSESTES, JESUS QUERIDO, E AQUI ESTAMOS, EM ESPÍRITO E VERDADE, EM BUSCA DESTE CAMINHO, QUE SERÁ A NOSSA SALVAÇÃO! DESTE-NOS, EM TEUS PROFETAS, ESTA JORNADA FELIZ PARA A CURA E A VIDA DESTA TRIBO PARA QUE O NOSSO AMOR RESPLANDEÇA NO CAMINHO. EM NOME DO PAI E DO ESPÍRITO. SALVE DEUS!

 

MADRUXA

 

Quando a 1ª Nityama Ana Maria se casou, Koatay 108 não queria que outra ninfa assumisse o comando da falange e, assim, designou-a como Madrucha, que na linguagem das Nityamas, significa “madrinha”. Com o passar do tempo, as Nityamas começaram a casar e formaram as Madruxas, uma falange que, na realidade, não existe nos planos espirituais. Com o beneplácito dos Devas, está formada esta falange, inclusive recebendo ninfas que nem passaram por Nityamas, e que fazem o canto da Madruxa Ana Maria. Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação das ninfas nas falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges por tempo indeterminado, ou seja, não haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos de idade, o jovem que não desejar participar de uma das falanges citadas poderá escolher outra falange missionária de sua afinidade; 2. A ninfa que desejar ser uma Nityama Madrucha deverá ser casada ou ter condição equiparada. Não haverá limite máximo de idade para o ingresso das Nityamas Madruchas, desde que sejam vindas das Nityamas; 3. A emissão reduzida (provisória) deverá ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, não centuriões, exclusivamente para acender a Chama da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias. Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá, Alabá, Quadrantes, Anodização, Sandays etc.; 4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao seu posto. Não deverão permanecer no Turigano até a incorporação de Pai João de Enoque ou o término do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa somente deverá participar de uma falange missionária quando receber a sua Consagração de Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração com a indumentária da falange; (...) 10. Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os) com as suas respectivas indumentárias. Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária; (...) 15. A partir desta data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a apresentação, por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões, as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após uma avaliação para acender a Chama da Vida.

 

CANTO DAS MADRUXAS:

 

Ó, DEUS APOLO, UNIFICADO EM CRISTO JESUS! REVISTAI AQUI O TEU POVO, QUE NA FORÇA ABSOLUTA DE SIMIROMBA, NOSSO PAI, PREPARA O ESPÍRITO ESPARTANO NA FIGURA DO MESTRE JAGUAR, PARA QUE SIGAM OS SEUS CAMINHOS MATERIAIS NA FORÇA DESTE TURIGANO. QUE SIGAM TODOS, TODOS PROTEGIDOS DE QUALQUER CORRENTE NEGATIVA, E QUE SOMENTE O AMOR ENCONTRE ACESSO EM TODO NOSSO SER! E, PARA QUE NOVAS FORÇAS VENHAM VIBRAR, PEÇO A PRESENÇA DA GUIA MISSIONÁRIA, NA FORÇA ABSOLUTA DA 1ª GUIA MISSIONÁRIA ARAGANA VERDE ISIS! ASSIM, CONFIANTE, JESUS QUERIDO, SIGO COM -0-//, EM CRISTO JESUS.

 

MÃE

 

O papel mais importante da Humanidade está em ser MÃE, na forma biológica ou na forma de sentimento. A mãe é responsável por seus filhos desde o primeiro contato físico, quando cumpre uma programação reencarnatória prevista e aceita perante a Espiritualidade Maior, sabendo o quanto lhe será cobrado por aqueles espíritos que lhe forem confiados. E somente pelo amor aceita a missão! O grande exemplo nos é dado no Evangelho de João: a transmutação da água em vinho foi o primeiro milagre de Jesus, nas bodas de Caná, passagem onde se registra o amor e o respeito de Jesus por Sua Mãe, atendendo ao pedido de Maria e realizando um milagre antes da hora prevista pelo Pai Celestial, conforme nos relata João (II, 1 a 11): “E três dias depois celebraram-se umas bodas em Caná da Galiléia, às quais assistia também a Mãe de Jesus. E também foi convidado Jesus com os Seus discípulos para as núpcias. Ora, vindo a faltar o vinho, a Mãe de Jesus Lhe disse: Não tem mais vinho. E Jesus Lhe respondeu: Mulher, o que nos importa isso a Mim ou a Ti? Ainda não é chegada a Minha hora! Disse a Mãe de Jesus aos que serviam: Fazei tudo o que Ele vos disser. Estavam ali, postas, seis talhas de pedra para servir às purificações dos judeus, cada uma das quais podia conter duas ou três metretas (uma metreta eqüivale a 29 litros). Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até à boca. Então, disse-lhes Jesus: Tirai agora e levai ao arquitriclino. E eles a levaram. E logo que o arquitriclino provou a água que se convertera em vinho, não sabendo de onde vinha (ainda que o conhecessem os serventes que tinham tirado a água), chamou ao esposo o tal arquitriclino e lhe disse: Todo homem serve primeiro o bom vinho e quando os convidados já o tenham bebido bem, então lhes serve o menos generoso; tu, ao contrário, guardastes o bom vinho para o fim! Por este prodígio deu Jesus início aos Seus milagres em Caná da Galiléia. E assim manifestou a Sua Glória e Seus discípulos creram Nele.” O tratamento de “Mulher”, na resposta de Jesus à Sua Mãe, era, na época, uma forma de afetuoso respeito. A importância da mãe é fundamental desde o período de gestação, quando ela transmite ao feto todos os seus sentimentos, seu padrão vibratório. O vínculo não é somente físico, mas, sim, telepático e mediúnico, uma vez que a corrente sangüínea que alimenta o feto também é condutora da corrente mediúnica. A mãe compreende as expressões de seu bebê, sabe de suas necessidades mais pela telepatia do que pelos gestos visíveis. E isso é recíproco. O bebê sente o estado emocional de seus pais, sofre com brigas e violências no lar, fica feliz com o carinho e o amor ao seu redor. A mãe, assim, deve evitar prejudicar a formação daquele ser, buscando ser alegre e feliz, sem querer exercer controle absoluto da criança e evitando ser displicente, o que iria provocar problemas emocionais e mentais no bebê, com reflexos sérios em seu desenvolvimento físico e mental. Quando a criança já consegue manifestar seus sentimentos, perceber o mundo à sua volta, ela começa a criar barreiras às sugestões telepáticas da mãe que possam influenciar sua personalidade. É a fase em que a mãe deve compreender que o relacionamento com o filho deve ser modificado, passando ao nível das sensações e aprendizado moral e físico, deixando as sugestões telepáticas. Caso insista neste inter-relacionamento, pode criar desvios psíquicos para seu filho, alterando seus vulneráveis egos e, inclusive, conduzindo-o à esquizofrenia. Na Doutrina, pelo elevado padrão vibratório, a mulher que é mãe se conscientiza de seu importante papel no lar e na formação de seus filhos, vibrando, em seus trabalhos, para a iluminação e proteção daqueles espíritos que lhe foram confiados e que, sabemos, foram escolhidos e aceitos como pais e filhos nesta vida, nesta reencarnação.

 

· “A guerra não destrói o Homem. O que pode destruir o Homem é o que há de mais frágil e de mais belo em toda a criação: o coração de sua própria mãe!...” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 5, de 21.10.7)

· “Cada aparelho sensitivo recebe a transmissão e transmite ao cérebro, que é o órgão da inteligência, a impressão de uma certa ordem de fenômeno. Estas impressões convertem-se em uma só pessoa: a MÃE. O espírito que souber escolher a sua mãe material tem mais condições, mais facilidade, de se evoluir, porque toda evolução é amor. Inclusive, as células são alimentadas. A sede do amor está na alma. Cada criatura recebe de acordo com o que merece. No campo cerebral do corpo espiritual é que os conhecimentos se imprimem, em linhas fosforescentes.” (Tia Neiva, s/d)

 

MÃE TILDES

 

Mãe Tildes é uma grande Missionária, um Espírito de Luz que assume a roupagem de simples Preta Velha, na humildade de escrava que foi em um congá no Sul da Bahia, onde exerceu plenamente as atividades doutrinárias, buscando harmonizar as forças iniciáticas daqueles espíritos já interligados pelas origens de nossa Corrente que para ali foram, atraídos por suas faixas cármicas e por suas missões. Foi uma defensora da libertação dos escravos, para isso tendo que usar muitos dos conhecimentos sobre o transcendental daqueles senhores de engenho e sinhazinhas, buscando aliviar seus carmas e induzindo-os a se lançarem na Lei do Auxílio. É considerada a Padroeira do Lar, por seu amor e sábios conselhos para manter a união e a harmonia de casais e da família, nos atendendo em nossas complicações sentimentais e nos ajudando nos momentos difíceis de nossas vidas. Alma gêmea de Pai João de Enoque, veio com ele em diversas encarnações, especialmente quando do deslocamento das raízes africanas realizado pelos escravos que vieram para o Brasil Colônia. Uma das histórias envolvendo Mãe Tildes, que muito nos marcou por conter personagens que se encontram no Vale do Amanhecer, em cobranças e reajustes, é a da FAZENDA TRÊS COQUEIROS:

 

“Havia, nas imediações de Angical, a Fazenda Três Coqueiros, uma enorme fazenda dos Pereiras, na época, pertencente a Alfredo e Márcia, recém-casados, que a receberam como herança. Havia uma cachoeira limitando a Fazenda Três Coqueiros com a fazenda dos Ferreiras, nobre e rica família, porém gananciosa, com cada membro querendo ser o mais rico, o maior, pois a vaidade e o orgulho eram as suas características. Naquela região, perto dos Ferreiras, havia inúmeras fazendas, grandes e pequenas, pertencentes a famílias que eram aliadas aos Ferreiras e participavam das mesmas idéias, cheias de maldade e ódio, pois a cobiça e a inveja faziam com que eles só pensassem em fazer o mal àqueles daquela bela Fazenda Três Coqueiros. Eram rixas transcendentais. Os Ferreiras e seus aliados sustentavam o ódio arraigado em seus corações. Estas duas famílias estavam sempre em choques e os aliados faziam trincheiras e tocaias, provocando mortes e destruições. Porém, as mortes eram só dos escravos (como diziam eles, escravos eram pagãos e não mereciam bons tratos; eram comprados como um animal qualquer!). Certo dia, Márcia saiu a passear a cavalo, e foi até a cachoeira, ficando admirada com a beleza daquele lugar, daquela linda cachoeira. Sim, aquela era a antiga Cachoeira do Jaguar, de Pai Zé Pedro, de Pai João e das Princesas! Sabia-se que ali existira um fenômeno, há cem anos. Márcia era uma médium de grande percepção. Parou e, deslumbrada, disse:

- É verdade!... Aqui existiu um grande fenômeno envolvendo alguns escravos!

Nisso, Valdemar Ferreira chegou e, abraçando a sinhazinha pelas costas, disse:

- Aqui houve um grande fenômeno, dizem os antigos, de Pretos Velhos forasteiros...

Imediatamente Márcia se lembrou de que Valdemar Ferreira era o mais triste dos inimigos de seu marido e, também, lembrou que seu esposo lhe havia dito que ela jamais pisasse naquele local. Livrando-se de Valdemar, ela saiu correndo. Mas o destino pregou-lhe uma peça: um pequeno escravo dos Ferreira viu Márcia ali com Valdemar e foi contar tudo a Alfredo. Márcia já esperava um filho de Alfredo. Todos os escravos de Valdemar odiavam a Fazenda Três Coqueiros, cheios de inveja, porque a vida dos escravos de Alfredo era boa, levando uma vida normal. Até mesmo os feitores de Alfredo eram bem tratados e eram bons com os escravos, o que não acontecia com o povo dos Ferreiras. Certo dia, o filho de Zefa - da Fazenda Três Coqueiros - começou a namorar uma crioula, escrava dos Ferreiras. Os escravos dos Ferreiras se revoltaram contra o filho de Zefa, esfaqueando-o, e o colocaram, semimorto, à porta de Alfredo, deixando um bilhete em que diziam que não queriam aquele cachorro por lá e, mais, que quando o filho de Márcia nascesse fosse mandado para Valdemar. Márcia, cansada e cheia de dores por causa da gravidez já adiantada, ouvindo os gritos de Zefa, correu ao encontro da velha escrava. É que Alfredo encontrara o rapaz esfaqueado e lera o bilhete. Cheio de ira, mandou que jogassem o rapaz no pasto, longe da Casa Grande. Mãe Zefa havia encontrado o filho e gritava por Márcia, para que ela ajudasse o rapaz. Márcia, mesmo cheia de dores, foi ajudar Zefa, saindo com Pai Zé Pedro para buscar o pobre escravo que havia passado a noite no relento, com urubus já sobrevoando seu corpo. A bondosa sinhazinha mandou que levassem o rapaz para dentro de casa e, então, houve um caso de desintegração: Márcia passou com o ferido perto de Alfredo e este não os viu! Assim que Alfredo encontrou Márcia mandou-a, sem explicações, para a senzala e mandou erguer um grande cercado para mantê-la prisioneira ali. Mandou que Mãe Tildes cuidasse dela. Mãe Tildes era confidente e grande amiga de Márcia. Alfredo comunicou que tão logo o filho de Márcia nascesse ele o mandaria para Valdemar. Márcia cativou todos aqueles escravos com seu amor e dedicação. Quando Zé Pedro, o velho nagô, chegou para falar com Márcia, esta perguntou:

- Quem é este homem?

- É um velho nagô - respondeu Mãe Tildes - que recebe espíritos no lombo!...

- Não, sinhazinha, não precisa ter medo! - disse Pai Zé Pedro se chegando, e se virando para Mãe Tildes, deu um muxoxo: - Linguaruda! Conversa demais!...

Márcia sentiu que o velho nagô tinha uma força do Céu e se afinou com ele. Numa manhã, quando o Sol já brilhava, encantando com seus raios toda a beleza daquela fazenda, eis que Márcia começou a passar mal e, mais tarde, a criança nasceu. Foi grande o reboliço, e os Pretos Velhos se mobilizaram. Mãe Tildes pegou a criança, enrolou-a numa coberta e a levou para Mãe Zefa, lá no meio do cafezal, dizendo:

- Vai, Zefa! Leva este menino porque Alfredo vai matá-lo!

Zefa saiu correndo com o bebê e o levou para a casa dos Ferreiras, onde, sem saberem o que estava acontecendo, entregou o menino à sinhazinha Emerenciana, mãe de Valdemar, que prometeu jamais revelar que aquela criança era filha de Alfredo. Era o grande segredo entre Mãe Zefa e Emerenciana. Zefa foi embora, e nunca mais se teve notícias dela. Quando Mãe Tildes voltou do cafezal, levou um susto: Márcia havia ganho mais outra criança, uma linda menina! Tinham nascido gêmeos! Mãe Tildes começou a chamar a menina de Marcinha. Vendo a dor tão grande de Márcia, Alfredo acreditou em sua inocência e a perdoou, mas Márcia não quis voltar à Casa Grande. Tanto Alfredo como Márcia não sabiam que haviam nascido duas crianças. Conheciam apenas aquela menina. Alfredo, até seu desencarne, pensava só ter nascido a menina. Certo dia, um crioulo apareceu para dar satisfações onde estava o menino. Mãe Tildes sofria, sem saber se devia revelar o segredo a Márcia. Foi consultar o nagô, e este lhe disse para jamais revelar a verdade. Fora um erro ela querer assumir a dívida de Márcia. Por outro lado, Mãe Tildes desconfiava de Márcia, ao ver o menino que se parecia demais com Valdemar. O nagô pediu que Márcia voltasse para a Casa Grande, porque seu marido estava caminhando para a loucura e teria um fim muito triste. Márcia saiu dali com o coração apertado, sabendo que Alfredo não tinha condições de continuar a viver daquele modo. O tempo passou ligeiro e Alfredo morreu louco. Márcia se enclausurou naquela casa. Marcinha, já mocinha, começou a namorar o filho de Valdemar! Quando o rapaz entrou, pela primeira vez, na Casa Grande da Fazenda Três Coqueiros, Mãe Tildes foi correndo até Pai Zé Pedro e lhe disse que estava perdida, pois tinha cortado o carma de Márcia e, agora, Marcinha iria se casar com o próprio irmão! Nisso, a porta se abriu e Marcinha, feliz, abraçou Pai Zé Pedro e Mãe Tildes, dizendo-lhes que iria se casar.

- Ele quer se casar comigo! O coronel Valdemar tem dois filhos, sabem? O mais novo tem dois dedos emendados, um pregado no outro. Mas este não! É perfeito, e não se parece nada com o outro...

Depois que Marcinha saiu, Pai Zé Pedro falou:

- Não lhe disse, Mãe Tildes, que a grandeza de Deus não tem limites? Este não é o filho de Márcia...

E Mãe Tildes perdeu a voz até que Marcinha se casou com aquele rapaz! No dia do casamento de Marcinha, foi promulgada a Lei Áurea, a abolição da escravidão. Foi uma terrível confusão. Tiros... Brigas... Amália, esposa de Valdemar, morreu. Márcia não soube a verdade sobre seus filhos até o dia em que Emerenciana, já para morrer, a revelou: Jacó era seu filho! Tinha dois dedos emendados, que comprovavam ser ele filho de Alfredo, que tinha o mesmo defeito. Márcia, prestes a desencarnar, abraçou seu filho Jacó, cheia de emoção. Mãe Tildes, já um espírito evoluído, teve que pagar esta pena, por ter reparado um carma indevidamente. É o que acontece com quem corta ou interfere nos destinos dos outros!... O pessoal dos Ferreiras lançou-se contra a Fazenda Três Coqueiros. Foi uma grande mortandade. Iluminados pela força de Deus, Mãe Tildes, Pai Zé Pedro e duas crioulas - Uraí e Urail - fugiram para uma outra fazenda cafeeira. Marcinha fugiu, levando consigo seu irmão Jacó. No dia seguinte, uma volante - polícia baiana - chegou à Fazenda Três Coqueiros, onde muitos cadáveres exalavam terrível mal cheiro, e, com muita dificuldade, impôs a ordem. Na fazenda dos Ferreiras, ninguém triscava a mão! Vieram, de longe, velhos coronéis e sinhorzinhos. Os pais de Alfredo e os de Márcia quiseram levar consigo os netos Marcinha e Jacó. Estes, porém, não quiseram ir. Todos os que passavam por ali comentavam a triste tragédia daquele povo, povo este composto por espíritos espartanos, vindo de nossa origem e que, aqui, não suportaram as velhas rixas. Alguns dos Ferreiras que fugiram, continuaram a se entrincheirar para novas tragédias. Mãe Tildes e Pai Zé Pedro fugiram para o Angical. É só o que posso dizer, pois aqui estão os malvados que precipitaram esta tragédia! Ainda faltam alguns componentes desta história. Não posso, neste instante, avaliar quais dos senhores e senhoras foram Ferreiras ou quais foram Pereiras... Salve Deus! Só Deus, neste instante, poderá avaliar quem foram...” (Tia Neiva)

Obs.: Em suas anotações biográficas, Tia Neiva informou que Carmem Lúcia, sua filha, era a reencarnação de Marcinha.

 

MÃE YARA

 

No “Manual Muruaicy”, Carmem Lúcia Zelaya relata: “Mãe Yara é um grandioso espírito de Luz que teve importância fundamental desde as primeiras manifestações mediúnicas de Mamãe, e é a responsável pelo desenvolvimento dos Doutrinadores. Inicialmente, usava uma roupagem de uma encarnação milenar, na qual havia ficado paralítica. Apresentava-se em uma cadeira de rodas, como uma senhora de porte elegante, muito digna, que logo de início cativou Mamãe, inspirando a confiança, de que tanto necessitava, naqueles primeiros anos de compreensão dos fenômenos mediúnicos, que a levariam à descoberta de sua missão. Em seu conflito, Mamãe – que ainda não aceitava a vidência – passou a interessar-se pela linda senhora, a quem carinhosamente chamava de “Senhora do Espaço”. Estabelecido interesse, Mãe Yara passou a narrar uma das suas encarnações, com o nome de Adelina, passando grandes lições, que muito vieram contribuir em seu desenvolvimento mediúnico. Mais tarde, revelou que era alma gêmea do grande Cacique Tupinambá (Pai Seta Branca) e hoje, sem dúvidas, podemos considerá-la a “Madrinha do Doutrinador”.

 

· “Calma, Neiva! Não se esqueça de que, na vida, quando você está esperando o Céu, a Terra está esperando por você. Sim, filha, antes de você subir ao Céu, terá que baixar na Terra. Não queira que as pessoas pensem como você. Seja imparcial no seu raciocínio e nada aceite sem entender. Não se esqueça de que ninguém possui a verdade total!” (Mãe Yara)

 

MAGIA

 

Magia foi a denominação dada à ciência dos Magos, casta sacerdotal da antiga Pérsia, que manipulavam técnicas ritualísticas capazes de obter efeitos benéficos e afastar efeitos maléficos com a ajuda de forças ocultas ou de seres de outros planos. Abraão, Orpheu, Confúcio e Zoroastro foram grandes magos. A Magia é o mais absoluto e elevado conhecimento da Natureza, cuja aplicação maravilhosa nos leva a uma compreensão precisa do valor oculto e interno das coisas – eis uma das mais conhecidas definições. Embora lidando com a Luz e com a energia que flui de todos os seres animados ou inanimados, a Magia difere da religião por ser uma técnica manipuladora e não uma sujeição à adoração, dirigindo-se a fins específicos e não ao culto de seres espirituais. Sob o aspecto de processos da eficácia, a Magia é: a) DE CONTATO ou simpatética – com base no princípio que basta atingir uma parte para atingir o todo, isto é, para atingir uma pessoa podem ser usadas unhas, cabelos ou peças do vestuário daquela pessoa; e b) DE SEMELHANÇA ou homeopática – com base no princípio de que atingir a imagem é atingir a pessoa, como aplicada em bonecos ou fotografias. Por sua finalidade, a Magia pode ser BRANCA, se usada para beneficiar uma pessoa, ou NEGRA, quando utilizada para fazer o mal. A Magia é resultante do conhecimento ligado ao poder de transformação. O conhecimento (*) é que torna possível a transformação consciente e a manipulação das forças, fazendo com que um efeito da Magia sempre precise da transmutação de forças bem selecionadas e relacionadas, polarizadas pelo amor ou pelo ódio. Os magos se julgam pessoas iluminadas, espíritos preparados pela conjunção de forças astrais, com missão de ajudar a Humanidade a encontrar seus caminhos e amenizar seus carmas. Os magos não aceitam a noção de fé, porque acham que a fé é vulnerável, e acreditam no poder do amor e da verdade e não aceitam a magia como um tipo de religião. A magia seria a prática de profecias através de oráculos sagrados e não de adivinhação, porque o oráculo refletiria a alma do ser, coisas íntimas das quais só ele tem o conhecimento, o que permitiria não modificar mas, sim, amenizar o carma, transformando um carma maldito em um carma benéfico. A Magia e a Alquimia caminharam juntas e foram a base, com a pesquisa e manipulação dos quatro elementos naturais – Terra, Água, Ar e Fogo – da Ciência moderna. Na nossa Doutrina há a possibilidade de aplicarmos a nossa Magia – nosso ego evoluindo pelo conhecimento doutrinário e se fundindo com o amor incondicional, uma fusão energética que nos liberta e nos faz crescer – tornando-nos magos do Evangelho, cada um, de acordo com sua capacidade de interagir com as coisas, com os outros e com nós mesmos, adquirindo capacidade mágica similar àquela que tivemos em eras passadas e que nos deram condições de semideuses.

 

MAGIA NATIVA

 

Magia Nativa ou Neutra é uma poderosa força que age através do magnetismo, alterando o neutrôm (*) e, consequentemente, o Sol Interior do médium, provocando a emissão de ectoplasma bom ou ruim, conforme o desejo de quem a está manipulando. É muito perigosa, porque envolve todo o magnético animal e alimenta todos os chakras com uma energia de determinado valor - positiva ou negativa -, havendo uma poderosa emissão de vibrações que podem ir muito longe, rompendo o neutrôm e atingindo outros planos, atraindo espíritos distantes para junto de quem está emitindo. É usada, normalmente, nos trabalhos executados por médiuns que não têm plexo iniciático, cheios de medo e superstições, dificultando muito sua evolução. As Leis espirituais não a proíbem, mas aquele que a usa, mesmo para caridade, paga um preço muito alto. Por isso, principalmente para o médium que já tem um plexo iniciático, deve ser evitada. Pode ser o fator de condenação de uma reencarnação, pode levar o médium ao total desequilíbrio, tornando-o instrumento de poderosas forças do Vale das Sombras.

 

· “A Magia Neutra ou Nativa é capaz de engrandecer o trabalho ou provocar o desastre, dependendo isso daqueles que manejam o magnetismo. Em si o magnetismo não é bom nem mau. Ele apenas existe, dependendo sua ação do Agente Nativo Neutro, que é capaz de gerar o Bem ou produzir o Mal. Por exemplo: abre-se um trabalho de Magia Neutra ou Nativa, capaz de produzir correntes magnéticas, com todos os seus perigos. Nele não há aperfeiçoamento da alma, além de se correr o perigo do acrisolamento no Baixo Astral, dos valores negros. Porém, nada há nas Leis Etéricas que impeçam a realização desses trabalhos, que não passam de correntes eletromagnéticas sem a luz do néon. Meu filho Jaguar: Tenha em mente que quando sintonizamos no desejo de servir com amor, servimos sempre e sempre temos algo para oferecer, porém no curso extrasensorial, contidos em possibilidades virtuais na esfera do pensamento. Ninguém espera milagres mas sim os fenômenos produzidos pela Lei de Causa e Efeito na individualidade. Saudemos a Criação, sentindo a lógica acima de tudo. Porque, acima dos sentimentos, há a Razão! Nada nos impede de subirmos ao cimo da montanha pela Velha Estrada. Porém, por quê, se temos o roteiro exato da Nova Estrada? A diferença entre a Velha e a Nova pode ser observada nas ruínas de velhos templos que marcam a Velha. A Velha Estrada foi pontilhada por mil tribos e dividida durante muitos séculos. Prosseguindo nessa viajem chegamos a um longo e puro sentimento, que nos dá a Razão deste novo caminho, de novas perspectivas, onde desmancharemos o ciclo vicioso que nos leva à Velha Estrada. As primeiras coisas que observamos no velho caminho são as ruínas dos velhos templos! Filho, procure sempre a lógica do que lhe digo. Não raciocine por mim e sim pelo que pode acumular. Do nosso lado esquerdo sentimos a Magia Magnética Animal “dançando” ou se movimentando em diferentes mecanismos, oferecendo o sacrifício do corpo humano, despejando as pesadas cargas da superstição, da insegurança e do medo. A Magia Nativa acompanha a Velha Estrada, que é construída por experiências de tribos diversas e envolveram sacrifícios de bichos e animais, no Egito primitivo, nas ofertas aos deuses. Então, meu filho, prosseguindo cautelosamente, mais um pouco, nessa viagem, chegaremos a um lugar onde veremos a construção definitiva desta Nova Estrada, cuja obra se faz dentro de nós mesmos, edificada pela Lei do Auxílio do Cristo único, Jesus, Nosso Senhor, lutando contra a pobreza e a doença. Pelo outro lado do caminho vemos ainda outras tribos naturais, realizando as mesmas cerimônias de superstição e medo. O que me assusta são os Homens-Pássaros com semelhança humana, rápidos, inteligentes, oferecendo a cura e coisas materiais, e que ficam revoando até conseguir seu objetivo. Deus não trouxe o Homem a esta Terra para sofrer ou levá-lo à miséria. Criou-o para ser feliz, dando-lhe a inteligência no livre arbítrio. Todavia, depois de tudo o que o Homem fez contra as Leis, se aproveitando dos velhos pergaminhos, buscando o que já deixamos para trás e o que nos fez voltar, segundo as Leis e as forças que Deus criou, filho, o mundo nos faz perguntas e a sociedade nos obriga a responder. As perguntas são transmitidas e aplicadas pelas vibrações.” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 8, 4.10.77)

 

 

MAGIA NEUTRA

 

VEJA: MAGIA NATIVA

 

MÁGOA

 

No entender como sentimento, a mágoa é consequência de uma desatenção, de uma ofensa ou desconsideração, tanto mais profunda quando o agente provocador seja uma pessoa próxima, querida ou amada. Quando somos vítimas de ações agressivas ou de falsidades, temos a mágoa como se fosse uma ferida na alma. Podemos perdoar a quem nos ofendeu, a quem nos traiu, a quem nos machucou, mas a ferida fica – a mágoa – que, de tempos em tempos, mesmo que tenhamos perdoado a quem nos feriu, sangra e dói. Somente o tempo alivia a dor da mágoa, e temos que ter muito para lidar com isso, evitando que, em casos mais dolorosos, a mágoa dê lugar ao ressentimento (*). O Jaguar tem a consciência de seus reajustes e das oportunidades que surgem, geralmente inesperadas, de se colocar diante de cobranças transcendentais. Por isso, deve buscar defesas para sarar suas mágoas o mais rápido possível, entendendo que deve anular o mal que lhe machuca, revidando com o bem àqueles que lhe magoam, tentando fazer o bem a quem tenta feri-lo, com isso cumprindo os compromissos que assumiu ao voltar à Terra. O Jaguar sabe que os momentos dolorosos nos purificam e aprimoram nossa força interior, e tem a preocupação de não magoar ninguém. Aprende a retribuir com gratidão tudo o que recebe de bom e positivo, a ser grato e benevolente com seus parentes e amigos, a ser carinhoso e amável com todos os que dele se aproximam, cuidando para que seus gestos e palavras sejam portadores de vibrações positivas, evitando sempre ser contundente para não magoar os outros. Se a mágoa ou a calúnia atinge o Jaguar, ele não perde tempo em lamentações, buscando superar o mal com sua dedicação na Lei do Auxílio, manipulando as forças negativas, mantendo seu pensamento positivo e irradiando sua luz interior, confiante em seus Mentores, que o ajudarão a passar pelas dificuldades. Sabendo caminhar dentro da conduta doutrinária (*), tendo cuidado para não ferir o sentimento de outras pessoas, evitando a crítica e o julgamento, controlando os momentos difíceis de mau humor, dizendo um “não” de forma firme mas suave, tendo tolerância e ouvindo com calma as queixas e reclamações, respeitando as idéias alheias e buscando ser, sempre, gentil e benevolente, o Jaguar sabe que diminui bastante o perigo de magoar alguém. E quando se sente magoado, deve afastar o julgamento ou pensar mal de quem o feriu, pesando o seu próprio coração. Deve procurar inverter a situação, analisando-a como se estivesse no lugar de quem o magoou, e, certamente, isso vai ajudá-lo a pesar melhor os fatos e palavras que o feriram, pois um bom exame de consciência demonstrará os erros da sua personalidade que podem ser corrigidos pelas críticas daqueles que estão em nosso redor. Em lugar de mágoas, devemos ter a humildade de entender que certas situações servem para nos mostrar nossos próprios erros e deficiências.

 

FALANGE MISSIONÁRIA DE MAGOS

 

Na Planície Peloponense havia um povoado onde uma pitonisa, chamada Magdala, Madrinha dos Devas, formou um grupo de Nityamas (*), poderosas moças que manipulavam muitas energias, fazendo trabalhos que protegiam aos numerosos homens que partiam para as guerras. Dominavam forças que atuavam nas condições meteorológicas, faziam profecias e liam a sorte nas mãos. Os homens que ficavam na aldeia, inválidos ou muito jovens para participar de combates, começaram a ajudar as Nityamas, e receberam sua consagração como Magos, Filhos de Devas, após desenvolverem sua mediunidade e adquirir poderes espirituais. Em sua origem persa, magu significa “poderoso”. Viajavam, atravessando terras e mares, levando à humanidade seus conhecimentos doutrinários e a Voz do Céu. No Oriente, os Magos obtiveram grande importância política e religiosa, chegando a ter autoridade de reis, mas não eram reis. Medas e Persas, Assírios e Caldeus foram profundamente influenciados pelos Magos, que tinham os profundos conhecimentos da Astronomia e da Astrologia, participando, também, pela influência do Judaísmo, da expectativa da chegada do Messias. Alertados pela Estrela Sublimação, três Magos foram a Jerusalém para adorar o Filho de Deus, que nascera em Belém, sempre guiados pela Estrela. Seus nomes eram Melchior (em hebreu: “Rei da Luz”), Baltazar (aramaico: “Deus proteja a vida do Rei”) e Gaspar (persa: “O Vencedor”). Na Bíblia, Mateus relata, em seu Evangelho (II, 3 a 12): “Tendo, pois, nascido Jesus em Belém de Judá, em tempo do rei Herodes, eis que uns Magos do Oriente vieram a Jerusalém, dizendo: Onde está o Rei dos Judeus, que nasceu? Porque vimos a sua Estrela no Oriente e viemos adorá-lo. Ouvindo isto, o rei Herodes perturbou-se e toda Jerusalém com ele. E convocando todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo inquiria deles onde Cristo haveria de nascer. E disseram-lhe eles: Em Belém de Judá, porque assim foi escrito pelos profetas. Então Herodes, chamando secretamente os Magos, inquiriu deles, com todo o cuidado, sobre o tempo em que lhes aparecera a Estrela. E tendo-os enviado a Belém, disse-lhes: Ide e informai-vos sobre a criança e, quando a encontrardes, comunicai-mo, para eu também ir adorá-la. Eles, tendo ouvido o rei, partiram. E eis que a Estrela que tinham visto no Oriente os precedia, até chegar e pousar sobre o lugar onde estava o Menino. Ao verem a Estrela, alegraram-se sobremodo. E ao entrar na casa, encontraram o Menino com Maria, sua Mãe. E prostrando-se, O adoraram. E abrindo seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes de ouro, incenso e mirra. E, havida resposta em sonhos que não tornassem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra.” As Escrituras ainda confirmam que os Magos eram uma casta sacerdotal sábia, existente entre Medas, Caldeus e Persas, e que os sábios ofertaram os três presentes homenageando a Divindade de Jesus (incenso), a Sua Realeza (ouro) e a Sua Humanidade, isto é, teria que nascer e morrer (mirra, um refinado perfume oriental). Como a Falange de Magos é especialmente destinada às crianças e adolescentes, a partir dos 12 anos pode ser usada sua indumentária, mas, até completarem 18 anos, só poderão ficar no Templo até às 20 horas. Nityamas e Magos formam filas magnéticas, fazem corte para os rituais, imantram o ambiente e acendem a Chama da Vida. Sob o comando do Primeiro Mago, Adjunto Valejo, Mestre Jefferson (Tim), os Magos, conforme suas consagrações e faixa etária, estão presentes em todos os setores de trabalho, obedecidas as instruções dos Trinos Presidentes Triada, de 9.2.97, que estabeleceram que, a partir daquela data, os Magos e Príncipes Mayas, para participarem dos trabalhos evangélicos e iniciáticos na sua individualidade, devem usar o uniforme de Jaguar (camisa preta, calça e capa marrons). A indumentária de Falange fica restrita aos trabalhos da Falange nos rituais do Amanhecer. Por se tratar, na sua maioria, de jovens, menores de idade, devem obedecer às orientações já existentes sobre o assunto. (Veja: ADOLESCENTES). Em reunião de 19-9-95, o Trino Ajarã e os Mestres Devas decidiram: a) o Mago poderá emitir “7º Raio” ou “Vindo do 7º Raio” nos Adjuntos de sua preferência, Devas ou não, desde que seja um Centurião consagrado e tenha recebido sua classificação; b) caso o Adjunto de sua escolha não seja Alufã ou Adejã, a emissão do Mago terá as seguintes características: I: não deverão colocar o termo ”Mago” antes da expressão “Filho de Devas” e da Falange do Mestrado; II) emitir após o nome do Povo a expressão “Mago missionário do Adjunto Alufã (ou Adejã)”, seguido da procedência do Adjunto escolhido, ou seja, “7º Raio” ou “vindo do 7º Raio” na ordem do Ministro de sua escolha; e III) retirar a expressão “A serviço do Adjunto...”; c) caso o Mago Centurião fizer opção somente pelos Adjuntos Alufã ou Adejã, a emissão terá as seguintes características: I) colocar o termo “Mago” antes da expressão “Filho de Devas” e da Falange do Mestrado, por ser, além de missionário, um componente do Adjunto Alufã ou Adejã; II) emitir “7º Raio” ou “Vindo do 7º Raio” na ordem do Ministro Alufã ou Adejã, após o nome do Povo; e III) retirar a expressão “A serviço do Adjunto... “; d) os Magos que ainda não são Centuriões deverão emitir apenas a expressão “Mago missionário do Adjunto Alufã (ou Adejã)” após o nome da Falange, não podendo emitir em outros Adjuntos antes de receber a Consagração de Centúria e a Classificação, mesmo os pertencentes a Templos Externos; ficando acertado que a emissão seria ajustada após reunião dos Devas e do Trino Ajarã com todos os Magos do Templo-Mãe e posterior divulgação aos Adjuntos Arcanos e Presidentes. Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação de mestres nas falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges por tempo indeterminado, ou seja, não haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos de idade, o jovem que não desejar participar de uma das falanges citadas poderá escolher outra falange missionária de sua afinidade; (...) 3. A emissão reduzida (provisória) deverá ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, não centuriões, exclusivamente para acender a Chama da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias. Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá, Alabá, Quadrantes, Anodização, Sandays etc.; 4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao seu posto. Não deverão permanecer no Turigano até a incorporação de Pai João de Enoque ou o término do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa (ou mestre) somente deverá participar de uma falange missionária quando receber a sua Consagração de Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração com a indumentária da falange; (...) 10. Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os) com as suas respectivas indumentárias. Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária.

(...) 18. A partir desta data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a apresentação, por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões, as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após uma avaliação para acender a Chama da Vida. Em reunião com os Mestres Devas, em 19/9/99, ratificada pelo Trino Ajarã, foi retirada da emissão dos Magos a expressão FILHO DE DEVAS. Em setembro/2000 o 1º Mago Jefferson foi consagrado Arcano.

 

CANTO DOS MAGOS:

 

1. Ó, JESUS, QUEM TE FALA SOU EU, O MENOR DOS JAGUARES, TESTEMUNHA VIVA DA ESTRELA SUBLIMAÇÃO QUE ANUNCIAVA, NA MANJEDOURA, A CHEGADA DO TEU JESUS MENINO. SOU JAGUAR, SOU MAGO, QUE ORA ACENDO A CHAMA VIVA E RESPLANDESCENTE DOS QUE DESCEM DO REINO CENTRAL E PASSAM POR AQUI COMO PEQUENOS PASTORES QUE, PELA ESTRELA GUIA, CHEGARÃO A JESUS MENINO! REPRESENTO, TAMBÉM, OS TRÊS REIS MAGOS, QUANDO NAQUELA ERA DISTANTE TE OFERECERAM INCENSO, MIRRA E OURO. E EU, JESUS, PARA TE SERVIR, ACENDO A CHAMA VIVA E RESPLANDESCENTE DO PODER DA INTEGRAÇÃO PARA QUE TODOS QUE VÊM DA ESTRELA CANDENTE SEJAM ABENÇOADOS PELAS SUAS ENERGIAS, NO CLARÃO DESTE SIMBOLISMO UNIVERSAL. É A CHAMA DA VIDA E DO AMOR! QUE AS FORÇAS SE DESLOQUEM, Ó, JESUS, E EU POSSA MELHOR SERVIR! SÃO CAVALEIROS VERDES, SÃO NINFAS, SÃO TERNURAS QUE PASSAM POR AQUI, ILUMINADOS PELA ENERGIA DO SEU SOL INTERIOR, CONCENTRADA PELA SUA JORNADA, VINDA DO REINO CENTRAL. CONTINUAREI, JESUS, SEMPRE COM - O -// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!

 

2. ACENDENDO A CHAMA: SALVE DEUS! Ó, JESUS! EU, O MENOR DE TEUS SERVOS, REPRESENTO AS TRÊS FORÇAS DO ORIENTE: INCENSO, MIRRA E OURO. SÃO PODERES, JESUS, QUE ORA BUSCO, NA CERTEZA ABSOLUTA DE TE ENCONTRAR E RECEBER A FORÇA TRANSCENDENTAL DA HERANÇA QUE DEIXEI, POR NÃO SABER AMAR! ORA SINTO O RESPLANDECER EM MIM, NA PERSEVERANÇA DE UMA NOVA ERA, NA SEGURANÇA DO MEU SOL INTERIOR! PARTIREI SEMPRE COM -0-// EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!

 

3. APAGANDO A CHAMA: Ó, JESUS, A ESTRELA TESTEMUNHA, EM SEU BRILHO SINGULAR, ENTRE TODAS A MAIS RICA ESCOLHIDA POR DEUS, QUANDO NAQUELA ERA DISTANTE ANUNCIOU JESUS MENINO, ACOMPANHOU NO DESERTO OS TRÊS REIS MAGOS DE LUZ, QUE TE OFERECERAM OURO, MIRRA E INCENSO, E, TAMBÉM, O SEU AMOR! HOJE, JESUS, QUERO TAMBÉM TE AJUDAR! SOU MAGO PEQUENINO, QUERO A LUZ DESTA ESTRELA PARA ESTA CHAMA APAGAR, SERVINDO, EM TEU SANTO NOME, À MINHA TRIBO DE MESTRE JAGUAR, QUE EM NOME DE DEUS PAI TODO PODEROSO, OFEREÇO COM // EM CRISTO JESUS. SALVE DEUS!

 

MANTRAS

 

Nas antigas tradições orientais já se sabia que o fundamento de qualquer trabalho mediúnico é o controle e a manipulação da força mediúnica, o que caracteriza a maior ou menor capacidade do médium de se colocar a serviço da espiritualidade. A energia mental alimenta a força mediúnica através de movimentos e sons, normalmente cadenciados e rítmicos, denominados mantras. Na nossa Doutrina, consideramos mantras as orações e preces, como o Pai Nosso - o Mantra Universal -, a Prece de Simiromba e outras, e também alguns hinos, que integram o fascículo “Hinos Mântricos”, e se constituem em vetores energéticos, verdadeiras linhas de força que agem como chaves para as falanges e combinação de energias para a realização de cada tipo de trabalho. Quando fala ou canta um mantra, o médium emite uma carga de ectoplasma.

 

· “E mais uma coisa, meus filhos: quando vocês puderem cantar... O canto se transforma em mantras junto ao seu ectoplasma. É um ectoplasma crístico que lhe permite fazer seus pedidos enquanto você está cantando os mantras. Sempre que puderem, cantem! Nós ionizamos o nosso Templo e deixamos aqui, em haver, quando saímos, tantos mantras do nosso magnético animal extraídos do Sol Interior. Não se esqueçam disto! (...) Os mantras cantados são como luzes, é um trabalho em louvor à Espiritualidade, é como se vocês abrissem uma conta corrente nos Mundos Encantados!...” (Tia Neiva, 27.6.76)

 

MÃOS

 

Quando esteve na Terra, Jesus realizava a maioria das curas através da imposição das mãos. Em Lucas (5, 12 e 13), encontramos: “Aconteceu que, estando ele numa das cidades, veio à sua presença um homem coberto de lepra; ao ver Jesus, prostrando-se com o rosto em terra, suplicou-lhe: Senhor, se quiseres, podes purificar-me! E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero! Fica Limpo! E no mesmo instante a lepra desapareceu.” Nossas mãos estão diretamente ligadas ao coração, funcionando como cabos de conexão com o chakra (*) coronário, que se liga com a energia cósmica. Há inúmeros fatores – má alimentação, má respiração, sentimentos negativos, depressão, estresse – que bloqueiam os chakras, impedindo o fluxo ideal da força vital através do organismo. Pelo sistema de imposição das mãos, com boa preparação e concentração mental, podemos equilibrar os chakras e eliminar as barreiras tanto no nível físico como no emocional. Muitas doutrinas e teorias utilizam o poder das mãos. Existem, na palma das mãos, chakras que trabalham energias diretamente do plano etérico, sendo que, na mão direita, o vórtice é aferente, absorve, enquanto que, na esquerda, é eferente, isto é, elimina resíduos e cargas negativas. Sempre que abrimos nosso plexo, a mão direita é que toca o plexo solar e a esquerda fica em cima da direita. Quando queremos reter energia, fechamos a mão esquerda. Marcos (16, 14 a 18) relata a Ordem da Evangelização: “Finalmente apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto ressuscitado. E lhes disse: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a todas as criaturas. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer, será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão demônios; falarão novas línguas, pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados!” Mas é preciso lembrar que, para obter bons resultados, é necessário que o médium que vai impor as mãos deve estar bem preparado, física e espiritualmente, com sua mente equilibrada e elevado padrão vibratório, para poder ativar os chakras do paciente e reequilibrar suas linhas energéticas.

 

MATUROS

 

Por mensagens de 5 e 22.2.83, os MATUROS receberam de Koatay 108 a missão de cuidar e manter os trabalhos no SUDÁRIO, dando permanente assistência àquele setor de trabalho.

 

COMPONENTES: Dois Trinos mais os Cavaleiros e suas escravas (Maturamas) que se decidirem por assumir esta responsabilidade.

 

ATRIBUIÇÕES:

 

· Os Cavaleiros Maturos deverão participar ao Executivo a necessidade de reparos físicos naquele setor de trabalho;

· Observar a manutenção diária deste setor;

· Observar para que não falte o necessário - sal, perfume, lanças e velas;

· Observar a regularidade do ritual conforme a Lei;

· Irmanar-se aos Comandantes do Dia, convidando mestre e ninfas para participarem no Sanday e no atendimento aos pacientes, contribuindo com sua própria participação na realização dos trabalhos sob sua manutenção;

 

Os Trinos Maturos deverão comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo e as que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá se conscientizar de sua missão e, em reunião, escalar Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas, de maneira que todos os dias estejam, no Templo, representantes do grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou do Adjunto.

 

· “Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros. Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre, que vocês são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 5.2.83)

 

· “Filho, vamos começar nos primeiros passos para uma vida missionária. Filho, seja você mesmo a descobrir a sua estrada na Vida, sem profetas ou profetizas. Descubra o seu próprio caminho e ande com suas próprias pernas. Desperte para a Vida, a verdadeira Vida! Não desanime à frente dos obstáculos. Os obstáculos são atraídos pela força do nosso triste pensamento! Não se impressione com os sonhos e não fique a querer interpretá-los. O sonho é uma arma dos supersticiosos. Procure o lado bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor. Com o coração esperançoso, teremos todas as coisas nobres que desejarmos. Filho, o que desejo é transmitir um pouco desta sabedoria que a Vida Iniciática nos tem proporcionado nesta jornada!” (Tia Neiva, 17.6.83)

 

MAYANTE

 

Mayante é uma Casa Transitória, regida por Simiromba, de onde chega toda a força desobsessiva para os trabalhos do Templo. Existem sobre os panôs, no Templo, antenas metálicas - que o povo chama “chifrinhos” ou “morceguinhos” - na Parte Evangélica e na área dos Tronos que captam a energia emitida por Mayante e a espalham, como se fossem pulverizadores, fazendo com que ela chegue até aos nossos irmãos, encarnados e desencarnados, que se encontram no Templo. É uma energia pura e muito clara, luminosa mesmo, que faz com que as trevas sejam rompidas, fazendo com que muitos que estão perdidos na escuridão passem a ver a Luz! O deslocamento de forças se faz na medida exata, necessária aos trabalhos. É projetada em cada médium nas morsas (cruzes) que trazem em seus braços, de acordo com a capacidade de cada um. Mayante não tem ligação com a Pira. Ao fazer sua preparação, o médium faz sua ligação com a Corrente Mestra, que vem diretamente de Tapir. A força de Mayante é complementar a essa. Enquanto Tapir é a energia geral, que alimenta os Sandays, a energia de Mayante se desloca de acordo com a individualidade dos médiuns, ajudando-os na realização de cada trabalho. Na abertura dos trabalhos, quando se emite o Mantra de Mayante, enquanto a energia da Corrente Mestra flui pela Pira, a energia vinda de Mayante se espalha através das antenas metálicas.

 

· “Naquela tarde, mais do que nunca, um misto de sonho e de realidade, uma coisa esquisita, parecia comprimir a minha cabeça. Saí caminhando, fui até o meu trono, no pico da serra. Visitei todos os pequenos grupos. Comecei a pensar que aquela coisa estranha fosse um aviso, uma mensagem de alguém do além, que estivesse me avisando. Sim, realmente, era uma mensagem, mais que uma mensagem! Recebi MAYANTE, o rico MANTRA DE ABERTURA, que também se afirmou em todo o meu ser, fazendo-me encontrar comigo mesma, harmonizando o meu Sol Interior. Porém, não ficou somente nesta tarde. Dali parti e fui decidir, com amor, a minha vida, no quadro sentimental, emocional. Parti dali. Fui, fisicamente, seguindo o meu destino, e fui decidida na continuação do meu sacerdócio, da minha missão!... Era 9 de novembro de 1959...” (Tia Neiva)

 

MAYAS

 

A civilização Maya foi uma de nossas ricas e tristes reencarnações, na península de Yucatan, no México, onde tínhamos um desenvolvimento material e científico superior ao de hoje, com amplo controle da energia atômica. Havia o Homem-Pássaro, que voava por todas as direções com um macacão especial, cheio de tubinhos energéticos. Entre os Mayas, grandes sábios recebiam instruções diretamente de Capela, tinham a Voz Direta e realizavam grandes fenômenos. Em sua ambição, pretenderam capturar uma das amacês que passavam em vôo razante, projetando a energia de Capela para aquele povo, mantinham aquelas áreas livres de certos animais que aterrorizavam o Homem, traziam instruções, porém sempre sem atravessar o neutrom. Só que aprisionaram uma amacê errada, que produziu a desintegração de toda aquela civilização.

 

FALANGE MISSIONÁRIA MAYA

 

As Mayas têm como Primeira a Ninfa Lua Nancyara e como Adjunto de Apoio o Trino Maralto, Mestre Gilfran, tendo como prefixos Adalã e Adalã-Ra. Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação das ninfas nas falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias N.º 1): 1. Fica limitada a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas Madruchas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges por tempo indeterminado, ou seja, não haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos de idade, o jovem que não desejar participar de uma das falanges citadas poderá escolher outra falange missionária de sua afinidade; (...) 3. A emissão reduzida (provisória) deverá ser utilizada pelas Nityamas. Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, não centuriões, exclusivamente para acender a Chama da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias. Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá, Alabá, Quadrantes, Anodização, Sandays etc.; 4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa Natarry ao seu posto. Não deverão permanecer no Turigano até a incorporação de Pai João de Enoque ou o término do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados; (...) 8. A ninfa somente deverá participar de uma falange missionária quando receber a sua Consagração de Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração com a indumentária da falange; (...) 10. Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os) com as suas respectivas indumentárias. Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária.

(...) 15. A partir desta data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a apresentação, por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões, as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após uma avaliação para acender a Chama da Vida.

CANTO DA MAYA:

 

Ó, JESUS, ESTA É A HORA DA INDIVIDUALIDADE! VENHO TRAZER-TE ESTE MOMENTO DE LUZ QUE TENHO EM MEU CORAÇÃO, RESTOS DE UMA VIDA QUE ME FEZ VOLTAR POR NÃO SABER AMAR! CONHECI A CIÊNCIA CÓSMICA, PROMOVI A VIRGEM DO SOL, SOU TAMBÉM A ALEGRIA DA LUA! PROCURO, JESUS, ENCONTRAR O BRILHO DA JOVEM GUERREIRA: A VIRGEM DO SOL. Ó, JESUS, TUDO QUEREMOS FAZER NESTA JORNADA PARA UMA NOVA ERA! ESTAMOS, Ó, JESUS, COM - O -// EM TEU SANTO NOME, JESUS QUERIDO. SALVE DEUS!

 

MEDICAMENTOS

 

O medicamento é a substância de origem mineral, vegetal ou animal preparada como remédio, visando aliviar ou curar disfunções físicas ou mentais que surgem no corpo físico. Em nossa Doutrina lidamos com a cura desobsessiva e a única recomendação a um paciente é que tome água fluidificada. Não se receitam medicamentos e nem se manda parar algum que esteja sendo usado. As entidades podem recomendar que o paciente procure um médico terrestre, mas não fazem indicação de remédios. Sabemos que quase a totalidade das doenças que acometem o Homem começam em seu corpo etérico, projetando-se no corpo físico. Assim, cuidamos das causas - a obsessão e o equilíbrio vibracional - e deixamos que os médicos tratem o corpo físico. O único cuidado que temos no uso de medicamentos é a proteção de efeitos secundários, pois, especialmente nos remédios da Homeopatia, existem muitos produtos contendo álcoois ou substâncias que alteram a mediunidade, e isso pode e deve ser evitado com a conscientização do médium, fazendo uma prece e pedindo sua proteção. A Espiritualidade, diante da necessidade, cria proteções do fluxo mediúnico, impedindo que aquelas substâncias causem qualquer alteração. Uma outra providência positiva é a potencialização dos medicamentos a serem tomados. Isso pode ser feito colocando-se as caixas de medicamentos em nosso Aledá, por algum tempo, ou segurando-as na mão esquerda e, com a mão direita erguida, fazendo uma prece e pedindo à Espiritualidade que deposite, nos medicamentos, a força que irá complementar e reforçar aquelas substâncias em benefício de quem as irá consumir.

 

· “Pensamos naquele homem cuja perna ia perder. Chegou um cientista e, no plano físico, deu-lhe um remédio e o liberou. Porém o homem, com suas duas pernas, pôs-se a correr, a chocar-se em desafio com outros homens. Voltou à sua dor primária, indo ver-se em seu antigo estado. O cientista, tornando a vê-lo, triste, foi dar o mesmo remédio. Não, ele não precisava mais do cientista! Desta vez, sua doença era na alma. Enganava-se. O cientista tirou do bolso o Evangelho e lhe deu a cura!...” (Tia Neiva, 12.12.78)

 

MÉDICOS DO ESPAÇO

 

Os MÉDICOS DO ESPAÇO são Raios de Olorum (*), entidades médicas especialmente direcionadas para a cura espiritual e física, que, formada em falanges dirigidas por um Médico Chefe - como, por exemplo, as do Dr. Fritz e do Dr. Bezerra de Menezes -, agem na manipulação de forças que produzem o reequilíbrio energéticos dos pacientes, resultando na harmonização do padrão vibratório que irá eliminar as causas das doenças (*) provocadas tanto por agentes biológicos ou químicos como pela irradiação de elítrios e outros obsessores. (Veja: Cura Desobsessiva)

 

MEDITAÇÃO

 

A meditação é uma forma de utilizar a quinta onda da energia mental (*), característica do Homem da Nova Era, para intensificar o espírito, isolando-se do mundo, do burburinho que nos rodeia, e nos projetando em um ambiente de harmonia, equilíbrio e paz. Se tivermos um vulcão dentro de nós, nossos sentimentos e nossos pensamentos em turbilhão, não poderemos proferir palavras calmas e de paz. De nada adiantam atitudes mansas se elas apenas são uma máscara que esconde nossa agitação interior. Temos, sim, que atingir um estado de calma interior e o melhor caminho é a meditação. Pela meditação, desenvolvemos nosso cérebro direito, onde se localiza nossa sensibilidade espiritual, melhorando nossa disciplina, a ordenação de nossos pensamentos, e nos dispondo para fazer o Bem, permitindo novas descobertas sobre nosso próprio ser e dos que nos rodeiam. É pela meditação que se consegue o equilíbrio da energia mental sem deixar de se estar consciente do corpo e da mente, independentemente do ambiente em que se está, conseguindo-se mergulhar cada vez mais fundo no Eu interior, buscando a sintonia com a Voz do Silêncio! Mesmo tendo que enfrentar problemas pessoais, familiares e espirituais, o Homem encontra sua base de resistência e de ação na meditação. Meditar, decidir e agir - assim procede o Jaguar equilibrado, consciente de sua missão. A meditação tem, como base, a concentração (*) e deve ser feita com a ausência de qualquer esforço. Ela é uma saída para o nosso espirito se libertar, por algum tempo, da vertigem da vida atribulada por opiniões e desejos, simpatias e antipatias, atrações e repulsões, e buscar integrar nosso subconsciente à percepção da vida, quebrando as divisórias entre o consciente e o supracosciente. Um importante fator para a boa meditação é o da respiração. Deve-se inspirar lentamente, consciente da entrada do ar no organismo, contando, mentalmente, até dez. Depois, expirar, também lentamente, e quando sentir que expeliu o ar, soprar suavemente, fazendo com que os resíduos do sistema respiratório sejam também expelidos, juntamente com determinados sentimentos que não quer sentir mais. Usar este método respiratório até sentir que absorveu suficiente prana (*). A postura deve ser a mais confortável possível. Esta preparação é a primeira fase da meditação. A seguir, há o corpo da meditação, isto é, a meditação propriamente dita, não só imaginativa e intelectual, mas também afetiva, ou seja, orientada à assimilação e vivência dos aspectos doutrinários e da realidade que nos cerca. A fase final é a conclusão, isto é, as decisões e resoluções frutos da meditação, que sempre são influenciadas pela Espiritualidade, e que serão acolhidas pela nossa consciência, tornando-nos mais receptivos à graça e ao amor de nossos Mentores, tornando-nos mais conscientes, mais confiantes e mais felizes. Quando você está na quietude da Natureza ou na paz do Templo, deve se voltar para dentro de si mesmo, por alguns instantes, para participar do grande Silêncio de Deus. Mas, mesmo mergulhado na turbulência do dia-a-dia, nos alvoroços e desafios da vida, pela meditação você pode ter a sua mente tranquila, manter sua quietude interior que transforma seu coração no Templo do Espírito. Nos momentos difíceis de sua vida, na agonia da indecisão, procure chegar, física ou mentalmente, aos pés de nosso Pai Seta Branca, e com amor, humildade e confiança, inicie sua meditação com uma pequena abertura: “Pai! Perdoa minha ansiedade e minha vontade! De coração, querido Pai, que seja feita a Tua vontade!” A meditação lhe trará, se não a resposta para suas ansiedades, as condições mentais para que possa enfrentá-las.

 

· “A falta de meditação é mais prejudicial ao Apará do que à própria consciência do médium, porque o Homem que quiser demorar-se na investigação do seu ego, encontrará, para sua descoberta, o raciocínio, a convicção e a conclusão, pois só chegamos a um acordo quando entramos em harmonia com o nosso Centro Coronário.” (Tia Neiva, 28.6.77)

 

MÉDIUM

 

Médium é o ser humano, conscientemente desenvolvido, que usa a sua mediunidade (*) para recepção e emissão de numerosas forças, controlando o fenômeno natural de relações com outros espíritos. Na Doutrina do Amanhecer são preparados médiuns de incorporação - os Aparás - regidos pela força da Lua, e os Doutrinadores - conscientes e alertas para os fenômenos, regidos pelo Sol.

 

MÉDIUM CURADOR

 

De modo geral, o médium bem desenvolvido tem condições de agir, por força do ectoplasma que emite, na matéria física exterior ao seu corpo, realizando fenômenos de desmaterialização e de materialização, alterações em padrões vibratórios ou magnéticos, transportar objetos, e outros. Esse aspecto é que determina o médium de efeitos físicos, entre os quais se pode incluir o médium curador, pois a cura desobsessiva (*) se baseia na desmaterialização. Porém, o médium curador tem uma característica própria, sendo portador do fluido necessário à sua missão específica, que lhe permite agir através do corpo sutil do paciente, sem necessidade de qualquer contato físico, desta forma sendo possível a cura à distância. Acontece que o médium curador está apenas oferecendo condições para a ação dos Espíritos de Luz no paciente, cuja cura ou não vai depender de situações cármicas que estão muito além do conhecimento do médium, no domínio da Espiritualidade. Podem realizar grandes fenômenos com a simples imposição das mãos (*). Existem muitos médiuns que fazem até cirurgias invisíveis, que comumente acontecem nos nossos trabalhos de Randy, pois exigem uma concentração fluídica maior, impossível de ser gerada por um só médium. A maioria dos trabalhos de cirurgia espiritual que são feitos por médiuns de outras linhas, em que é montado um verdadeiro espetáculo de imitação de técnicas cirúrgicas da Medicina da Terra, são desenvolvidos ficticiamente, por espíritos do mundo (*) invisível. Existem trabalhos sérios, conduzidos por Espíritos de Luz, Médicos do Espaço que usam a imagem de extrações físicas de tumores, de cortes cirúrgicos, sem anestesia e sem infecções, em um ou dois pacientes, apenas com o propósito de despertar a confiança dos demais, concentrando suas vibrações e energia na cura de seus males, uma vez que ali estão grupadas pessoas de diversas linhas e religiões, de variada gama de forças vitais, emitindo os mais variados padrões vibracionais. Pelo choque da visão das cirurgias, a confiança e a esperança fazem com que haja uma harmonização coletiva, facilitando o trabalho das falanges de Médicos espirituais que irão atuar.

 

MEDIUNIDADE

 

O objetivo da mediunidade é o resgate cármico, correção dos erros praticados no passado, um conjunto de forças que se manifesta no ser vivo, emanando do corpo físico e agindo em conjunto com o mecanismo psicofísico, mas com padrão vibratório muito mais elevado e mais rápido. A glândula pineal (*), se constitui na sede fisiológica dos fenômenos da mediunidade, controlando os demais centros energéticos. Centro do hiperconsciente, é a responsável pelo nosso sexto sentido, captando e selecionando forças pela sua percepção extrasensorial, podendo ter seu funcionamento aprimorado pelo desenvolvimento mediúnico. De natureza igual em todos os seres, varia em teor, quantidade e forma de um para outro, fazendo com que não existam dois médiuns iguais. De acordo com seu desenvolvimento, a glândula pineal permite maior ou menor capacidade das percepções extrasensoriais, variando de indivíduo para indivíduo, determinando grande variedade na manifestação mais comum das diversas mediunidades: a curadora - procede à cura pela força emanada dos chakras das mãos; a vidência - quando se vê alguma coisa que está acontecendo em outro lugar; a telepatia - comunicação somente pelo pensamento; a audiência - quando se ouve alguma informação que não está sendo transmitida neste plano; a precognição ou premonição - ciência antecipada de fatos que ainda vão acontecer; a retrocognição - conhecimento de fatos passados, até mesmo de outras reencarnações; a psicocinésia - movimentação de corpos físicos pela emissão de ondas mentais; e a psicofonia ou incorporação - manifestação de um espírito através do médium. Dentro da idéia de energia (*), nosso corpo físico está equipado com sensores para distinguir fenômenos em cinco faixas de vibrações: olhos, captando luz e cores; ouvido, captando sons e ruídos; o nariz, captando os aromas; a língua, captando e distinguindo os sabores; e a pele, sentindo frio ou calor, rigidez ou maciez, formas, enfim, tudo o que podemos avaliar pelo tato. Todas essas sensações estão ligadas ao plano físico. O sexto sentido - a mediunidade - é a nossa relação com outras dimensões, fora dos nossos conceitos limitadores de tempo e espaço. Quando reencarna, o espírito traz geralmente sua missão, obrigando-o a desenvolver e utilizar sua mediunidade, que pode ser cármica, quando ela atua como fator de equilíbrio dos conflitos da personalidade, ou espiritual, refletindo a obra do espírito, como missionário do Sistema Crístico, colaborador da obra divina. Os átomos formam moléculas e estas, por ações específicas, constituem os componentes dos três reinos da Natureza, diretamente ligados à resultante das ações das forças de atração e de repulsão que agem na organização molecular. Isso gera um campo magnético que permite o contato com seres de diversas naturezas em situações geralmente muito especiais. Quando não há condição deste contato ser físico, o Homem aprendeu a deixar um pouco sua consciência do plano físico e penetrar num estado mais individualizado, ao qual denominamos transe, em que a força gerada por seu campo magnético - a mediunidade - pode agir mais intensamente, porque está livre das limitações da consciência. Fluindo através dos chakras (*) e até dos poros, o fluido magnético faz a ligação entre os três grandes geradores vibracionais do Homem: seus órgãos, seus plexos e os chakras. Podemos chamar o sistema nervoso (*) simpático ou autônomo de passivo e o parassimpático de ativo, para facilitar o entendimento dos dois tipos de mediunidade em nossa Corrente do Amanhecer: a do Apará, o médium de incorporação, está baseada no sistema nervoso passivo, com base no plexo solar, tendo natureza passiva, orgânica e anímica, onde a vontade e a consciência pouco ou nada atuam, uma vez que o ser que se comunica entra em contato direto com seu sistema nervoso e assume parcialmente o controle mental do médium, fazendo a sua comunicação, que tanto mais perfeita será quanto menor for a parcela de consciência do médium; enquanto a do Doutrinador funciona com base física, no sistema nervoso ativo, feita pelo processo cerebral, pela sensibilização do sistema endócrino, centrado na glândula pineal, com predomínio da consciência e da vontade, fazendo com que passasse a existir um transe mediúnico totalmente consciente. A mediunidade é um fenômeno natural que existe em todos os seres encarnados, variando apenas sua natureza e intensidade de indivíduo para indivíduo. O médium é o intermediário, o que faz a ligação entre o que é objetivo e o subjetivo, o que, pela intuição e ligações mais refinadas, liga um plano a outro, o que permite o intercâmbio entre o mundo material e o mundo espiritual. Trata-se de um dom natural e comum, tendo ocorrido, na História da Humanidade, de forma ostensiva, mas sempre tratada com visão deturpada como sendo manifestação do sobrenatural, fruto de milagres ou sob aspecto supersticioso. Na nossa Doutrina, a mediunidade é vista como um fato natural, real e comprovável em qualquer pessoa. A base da mediunidade é uma energia sutil que se origina na corrente sangüínea e se volatiza pelo sistema nervoso. Todos os seres humanos são médiuns naturais, manipulando essa energia de forma subconsciente e controlada apenas pelos seus sentimentos e pensamentos. Todavia, há casos em que esse controle escapa à vontade do indivíduo, conduzindo-o a uma vivência negativada, marcada por doenças, desânimo, desajustes sociais e desequilíbrio emocional, ou, num outro extremo, à exacerbação religiosa. Muitos cuidados devem se ter com a mediunidade, destacando-se como muito importante a forma de ser conduzida e desenvolvida. O médium capta vibrações dos planos espirituais e manipula essas energias com seu magnético animal, produzindo poderoso fluxo energético. Dependendo de sua consciência, deve começar a aprender a usar esse poder, integrando-se a uma corrente na qual se sinta harmonizado, participando ativamente dessa corrente, seja ela positiva ou negativa, isto é, esteja ou não integrada no Sistema Crístico. O desenvolvimento mediúnico deve ser feito com consciência, trabalho, estudo, abnegação e amor. Nada acontece rapidamente, na Terra. O médium inquieto, apressado, precipitado, desejoso de logo transmitir as mensagens do Céu antes de chegar ao seu ponto de preparação, é candidato ao desequilíbrio e às perturbações da mente. Com boa vontade, o médium procura no Evangelho as luzes das aulas do Divino e Amado Mestre Jesus, aprendendo a servir com tolerância, humildade e amor, despertando todo seu potencial mediúnico, que lhe dará a oportunidade de resgatar erros transcendentais e corrigir suas próprias deficiências e desajustes, fazendo da sua mediunidade instrumento de sua reabilitação. Na Doutrina do Amanhecer só levamos em consideração dois aspectos da mediunidade: a de incorporação, o médium APARÁ, força vibratória, que incorpora uma entidade; e a do DOUTRINADOR, força básica de sua manifestação silenciosa porém concreta, em perfeita sintonia com os planos espirituais. As demais formas de mediunidade - psicografia, vidência, audição e outras - podem existir, mas não são desenvolvidas, por estarem sujeitas a interferências e outros riscos desnecessários, já que lidamos com grande quantidade de médiuns e, por nossas Leis, não são usadas em nossos trabalhos. No início do desenvolvimento é revelada ao médium a definição da mediunidade de que é portador, e começam a lhe ser dados ensinamentos básicos - técnico, doutrinário e místico - objetivando aumentar o potencial energético do médium e diminuir a distância entre sua individualidade e sua personalidade. Apenas, para preparar corretamente o plexo de médiuns que hajam passado por outras correntes, pode ser necessário que ele permaneça algum tempo como Doutrinador e, depois de equilibrado, assuma sua verdadeira condição como médium de incorporação. Os médiuns desenvolvidos apreendem mais pela sua percepção mediúnica do que pelas suas qualidades psicológicas ou culturais. A assimilação da Doutrina depende das situações individuais e cada um aprende à sua maneira. Embora saibamos que existem inúmeras manifestações mediúnicas em crianças e adolescentes, muitas das quais se apresentam como verdadeiros fenômenos, consideramos que a mediunidade é uma força que se modifica com a idade e, na Doutrina do Amanhecer, temos o maior cuidado em conter os fenômenos que se apresentam precocemente, pois até cerca dos 18 anos o magnético animal age no desenvolvimento do plexo físico - o corpo - e o desenvolvimento ou o trabalho precoce, antes dessa idade, pode gerar deficiências físicas pelo desvio da ação do magnético animal. A mediunidade se renova e reativa pelo trabalho. Por isso, a constância no trabalho mediúnico é importante, pois o médium vai se fortalecendo e aprimorando, ampliando seus limites e seu poder de ligação. O médium que é inconstante, que se deixa levar pela preguiça ou pouco caso, não consegue a confiança dos Mentores e nem a dos pacientes. Depois de considerado apto após o Desenvolvimento (*), o médium do Amanhecer recebe sua consagração na Iniciação (*), e passa a atuar ativamente na Lei do Auxílio, caminhando para obter novas consagrações - Elevação de Espada (*) e Centúria (*) - que irão aumentar seu potencial e sua responsabilidade. O ser humano não é estático, e está alterando constantemente seu padrão vibratório, de acordo com as influências a que está sendo submetido. Isso influi em sua mediunidade, que pode ser apresentar ora de uma forma, ora de outra. O médium vai aprendendo a controlar sua força, a manter seu equilíbrio e a se harmonizar com a Corrente, em perfeita sintonia com seus Mentores, e sabendo isolar sua individualidade dos problemas da personalidade. Como um raio de luz que atravessa um copo de água, que se dilui na medida em que a água se agita, a força mediúnica flui através da mente, sendo, assim, necessário que esta esteja em calma para que possa aquela força fluir e agir mais efetivamente. O médium, com sua mente equilibrada, consegue a realização de fenômenos de cura desobsessiva, bem como sustenta a perfeita execução dos trabalhos. O conhecimento e a utilização da força mediúnica devem compreender o reconhecimento da existência do espírito para que seja autêntica e não simples exteriorização da personalidade do médium. Quando o médium se desenvolve apenas sob o aspecto fenomênico, alheio ao Sistema Crístico, suas qualidades ou defeitos são ressaltados, tornando-o simplesmente o intermediário entre ele e o mundo que o cerca, manipulando tão somente forças horizontais, não construtivas, e que podem tornar-se destrutivas. Torna-se o que denominamos médium psíquico, aquele que dá vazão apenas a conceitos, idéias e conselhos de sua própria personalidade ou influenciados por espíritos de camadas muito próximas da Terra - o mundo (*) invisível - ou até mesmo intraterrestres, gerando forças somente transformistas e não criativas. Quando o médium desenvolve sua mediunidade dentro de um planejamento e esclarecimento doutrinários, começa a se harmonizar com sua linha cármica, apreende as emanações e anseios transcendentais de seu próprio espírito, muda suas perspectivas, sua visão de vida e seu comportamento, passando a ter convicção de seus princípios e uma visão mais abrangente do Universo que o cerca. Dentro da Doutrina do Amanhecer, uma Doutrina Crística, sua vida se equilibra e passa a irradiar segurança e simpatia, atraindo para si as emanações dos Planos Superiores, de seus Mentores, e passa a ser seguro instrumento de ação dos Espíritos Superiores que, através dele, processam curas e libertações, levando alívio e esperança àqueles que por ele são atendidos. Assim, deve o médium preocupar-se sempre com seu equilíbrio, evitando as crises depressivas ou se envaidecer. Não pode estar bem se estiver levando vida desregrada, sem conduta doutrinária, distanciando-se de seus compromissos. Na medida em que se afasta da sintonia com a Espiritualidade, seus Mentores se afastam dele. Se mergulhado em estados depressivos, se consome álcool ou tóxicos, sua emanação se torna negativa, venenosa, atingindo a todos que o rodeiam. Se cair no abismo da vaidade, sentir-se-á abandonado e desprezado quando for atingido e dominado pelas forças negativas dos irmãos das Trevas. Existem hormônios psíquicos que permitem a sintonia entre dois seres. Produzidos pela glândula pineal, a qualidade ou padrão vibratório desses agentes está diretamente dependente da conduta doutrinária do médium. Por isso, deve um médium não só se preocupar com seu desenvolvimento, com o aperfeiçoamento de sua mediunidade, mas, principalmente com a melhoria de seus atos e de seus pensamentos, buscando sua reforma íntima, livrando-se de vícios e corrigindo seus defeitos. O médium da Corrente que se tenha afastado por longo tempo, ao retornar deverá passar pelos grupos do Desenvolvimento, para adquirir confiança e equilibrar seus plexos.

 

· “Quero deixar bem esclarecido que os médiuns não devem se preocupar com o número de pessoas que entram e saem da Corrente. É natural que quando o Homem descobre suas faculdades mediúnicas corra para o Vale do Amanhecer. Chega até a incorporar, a fazer Iniciação e usar o escudo iniciático, etc. Sua mente, porém, não está preparada e seus chakras não chegam a ser desenvolvidos. Com isso, ele se desliga e vai embora. Não se preocupem: com a mesma euforia que entram, eles saem! Aos poucos eu irei explicando isso a vocês. Aqui só ficará quem tiver convicção, pois Pai Seta Branca prometeu desenvolver sua tribo para o Terceiro Milênio. Por isso, só ficará aquele que é realmente um escolhido. Os que se vão nada perdem, pois, com essa breve passagem, conseguem aliviar seus carmas parcialmente, e são ajudados.” (Tia Neiva, 9.6.74)

· “Falamos muito de consciência ou peso de consciência. No entanto, é preciso constância, o que mais falta ao Homem, e também ter a razão do tempo, na Terra e no Astral. No interior psíquico, damos vazão à casualidade, pelos insultos transtornando a mente. E os infelizes estados alucinatórios, sem saber, vão integrando as margens da esquizofrenia. São freqüentes os fenômenos de vozes, visões, de alucinações que a própria esquizofrenia produz. Esquizofrenia, efeito da mediunidade, isto sim, alterações relacionadas com o sistema nervoso em relação ao mecanismo são as mais freqüentes, as mais perigosas, nos fenômenos alucinatórios.” (Tia Neiva, 4.10.77)

· “Cheguei no Canal Vermelho muito preocupada com um caso que pensava não ter solução: eu estava observando uma alterações no campo psíquico de um filho que dispunha de psicanalista para se equilibrar. Sua mediunidade forte não dava razão para tal desequilíbrio. O psicanalista já estava entrando na psiquê do médium, a ponto de, mediunicamente, o prejudicar, afirmando que o seu desequilíbrio estava no fator espiritual. Como o médium Apará pode ser influenciado por um Doutrinador! E, no caso deste psicanalista, tudo perigava para o médium. Começavam as dúvidas das coisas que são as mais belas e que encontramos nos grandes médiuns, a força espontânea na região psíquica que chamamos delírio extrasensorial efetivo dos grandes médiuns.” (Tia Neiva, 16.3.78)

· “Tudo deve ser silenciosamente, pelos movimentos psíquicos de cada faculdade mediúnica. Esta, uma vez desenvolvida, nos permite modificarmos nossa natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria e até vencer a Morte, Natacha!” (Tia Neiva, 10.6.79)

· “Temos por missão nos tornarmos um instrumento eficiente, tanto no sentido passivo como ativo, curando o nosso próprio centro nervoso físico, afetivo, mental e espiritual, até tomarmos a verdadeira consciência de nós mesmos. Sim, filho, o Homem que se conhece a si mesmo é forte e inquebrantável. Filho: a verdade, na concepção do Homem, jamais existiu. É, portanto, que a concepção da Morte resulta do comportamento da Vida.” (Tia Neiva, 19.9.80)

· “Sabemos que existem muitas mediunidades, porém o Doutrinador e o Apará são a base para seguir a missão. Sem o desenvolvimento de um desses aspectos, nada é feito no plano iniciático. Muitas vezes vejo-me e, situações difíceis, para depois ver um médium se acomodar. acomodando-se em sua mediunidade. Todo Homem tem sua missão na Terra e, geralmente, vem com seu plexo aberto para cada missão. É possível, também, completar seu tempo em uma e se voltar para outra missão, com muito cuidado, porque cada desenvolvimento desenvolve, também, o seu plexo nos três reinos de sua Natureza. Naturalmente, é desenvolvido de acordo com a sua missão. (...) O médium desenvolvido não deve ficar muito tempo fora da Lei do Auxílio, pelo perigo de adoecer. O trabalho e os seus sentimentos são o que alimentam todos os casos do sistema nervoso. O veículo do recebimento desta força armazenada no centro apropriado - que é o plexo - emite, também, nos órgãos internos, segundo sua necessidade momentânea, na concentração das forças centrífuga e centrípeta. (...) É reparado que as Iniciações são bem diferentes: cada mediunidade é regulada à sua faixa, que são, também, as doze chaves do Ciclo Evangélico Iniciático, após receber o mercúrio significativo, sal, perfume e mirra. Tal é a origem desta tradição cabalística que compõe toda a Magia em uma só palavra: Consciência!” (Tia Neiva, 27.10.81)

· Todos nós temos na vida uma oportunidade de evolução. Esta oportunidade pode vir em um grande amor ou vem, muitas vezes, em uma grande dor. Deus, em sua grandeza, fez o Homem com sua mediunidade. Sim, o Homem médium. A mediunidade é um fator biológico. Ela corre no sangue, no coração, em se tratando de um Homem médium transcendental, que é o homem de muitas experiências. Sabemos que temos médiuns com os três reinos de sua natureza simetricamente bem divididos, e esta força lhes dá a faculdade de receber um Espírito de Luz e até mesmo um Anjo do Céu. Esse médium, esse homem, vive em todas as partes – nos bares, nas vias públicas, em um lado ou noutro sempre encontramos esse homem! Mil vezes encontramos esse homem que não quer se preocupar com sua origem transcendental e que, sofrido, não pode reclamar por isso. Porque Deus, em sua figura singular, vive a Sua presença em todos os instantes de nossas vidas, por todos os cantos do mundo. Em tudo há a Presença Divina! No entanto, estamos às portas de uma grande abertura luminosa, que somente este Homem de bagagem transcendental é capaz de assumir, porque só ele é capaz de conduzir e salvar os que vão restar... Dentre esta grande maioria, vejo que irão sobrar muito poucos! O Homem que tem os três reinos de sua natureza simetricamente divididos é o MISSIONÁRIO DA ÚLTIMA HORA, vindo de mil experiências no mundo, e por isso capaz de assimilar o desenvolvimento espiritual desta época. Porém, enquanto não chega este dia, que não sabemos quando com exatidão, vamos assumindo o trato que fizemos: AMOR, TOLERÂNCIA e HUMILDADE, principalmente nesta jornada que estamos enfrentando. (Tia Neiva, 14.8.84)

 

MEDIUNISMO

 

Mediunismo é o conjunto técnico-doutrinário que estabelece as maneiras de manipulação da mediunidade, tendo sua origem na missão civilizatória dos Equitumans (*) e tendo sofrido profundas alterações através dos milênios. Na atualidade, a Ciência estuda a mediunidade pela Parapsicologia e os Espíritas - ou Espiritistas - a empregam em função da Espiritualidade Maior. Ciência e Religião observam os mesmos fenômenos mas os denominam diferentemente, o que não influi na sua real dimensão e efeitos. Um importante tratado de mediunismo se encontra nos Evangelhos, onde Jesus estabeleceu a organização mediúnica, formando um sistema entre o Céu e a Terra através dos missionários. O mediunismo se constitui no fundamento da maioria das religiões do planeta, e, com o passar do tempo, pelo caminho em que enveredam as pesquisas científicas, terá sua importância ressaltada pela Ciência, quando esta concluir pela existência do ectoplasma e da reencarnação. No mediunismo da Doutrina do Amanhecer, o Mentor é o espírito que assiste o médium e com ele trabalha durante sua vida terrena, e os Guias são espíritos que trabalham com o médium na execução de sua mediunidade.

 

MEDIUNIZAÇÃO

 

A mediunização é o ato de o médium entrar em contato com sua individualidade, na sintonia com a Espiritualidade, preparando-se para qualquer tipo de trabalho, tanto no Templo como em qualquer outro lugar. A melhor forma de mediunizar-se é fechando os olhos e se concentrando na Espiritualidade Maior, em seus Mentores, com isso eliminando estímulos visuais do exterior e se tornar mais receptivo às forças espirituais. O silêncio também é importante, e assim deve o médium aprender a ser seletivo na sua sensibilidade para obter sua melhor concentração. A mediunização proporciona segurança ao médium, pois estabelece a ligação entre os planos, e deve ser feita antes de se iniciar um trabalho de qualquer natureza, uma reunião ou um encontro doutrinário. O melhor local para se processar a mediunização é no Castelo do Silêncio (*), onde o médium se serve do sal e do perfume e permanece tranqüilo, meditando e fazendo sua mediunização. A mediunização pode ser, também, efetuada em um local tranqüilo, numa posição confortável, como deveria ser feita uma mentalização (*), porém com a finalidade de levar o médium a uma experiência mística. Neste caso, o médium deve estar muito preparado, pois a experiência pode conduzi-lo a diferentes situações, entre outras: percepção integrada do nosso planeta com o Universo, com a penetração em outros planos; melhor percepção com visão realista das pessoas e das coisas, sem observações ou julgamentos negativos ou positivos; um grande distanciamento dos fatos, com ausência de sentimentos e de conflitos; alterações de limites de tempo e espaço; aceitação de tudo que está ao seu redor, porque está mergulhado numa onda de amor, harmonizado com o Universo, unido com as vibrações cósmicas; ampliação da compreensão da verdade oculta nas coisas e nas pessoas, entendendo gestos, palavras e atitudes, sem receios ou incertezas. Quanto mais apurada a mediunização, mais elevado é o contato com a espiritualidade, mais nos aproximamos da união com o Divino.

 

MEDO

 

O medo e a angústia estão entre as principais manifestações da emoção, reunindo o conjunto de perturbações causadas pela presença ou pela sensação de situações em que se arrisca a segurança pessoal ou de um grupo, no presente ou no futuro. Angústia e medo são gerados pela falta de confiança e de conhecimento. Tudo que não entendemos nos causa medo. Situações aflitivas, por conta de passagens cármicas, nos causam angústia. Só podemos vencer o medo nos transformando em verdadeiros missionários, capazes de conhecer as leis e o mundo que nos cerca. Para isso, é preciso caminhar, caminhar sempre, com o coração emanando amor e com a mente emitindo pensamentos positivos, a fim de possamos ter conhecimento + confiança = fé, que nos livra do medo. Uma situação de medo se reflete no corpo físico, e a Medicina diz que as diversas sensações físicas do medo - sudorese, taquicardia, palidez, sensação de frio em determinadas regiões do corpo, e dores no peito são as principais - são geradas pela descarga de adrenalina pelas glândulas supra-renais, causando constrição periférica dos vasos sangüíneos e o estado de semicontração dos músculos pela alteração dos estímulos nervosos. Existe uma divisão entre medo e angústia: o medo corresponde a um perigo real, de sofrimento físico; e a angústia é resultante de uma ameaça vibracional, gerada por fatores psicomentais, em que a pessoa teme sanções afetivas ou sociais. Esses sentimentos são, em geral, decorrência de aspectos ligados à educação, principalmente sob uma visão irreal de fatos sociais ou religiosos, provocando sentimentos de culpa e de pecado que pressupõem castigos físicos ou morais, desde a tenra infância. O medo torna as criaturas agressivas e sem discernimento, envolvendo-as numa aura desequilibrada, levando-as a caírem numa atitude de imobilidade, de mutismo, ou com gestos de proteção, gritos, palidez, tremores, pupilas dilatadas, suores frios, respiração alterada, palpitações cardíacas, secura na boca, choro convulso, e fuga. O perigo dessa situação de pânico é que o medo nos torna em sintonia com aquilo que tememos, pela própria modificação do nosso padrão vibratório. Com isso, passamos a atrair aquilo que tememos. O Jaguar não tem o direito de ter medo nem sofrer a angústia, sabendo manter seu equilíbrio, sem se retrair nem agir precipitadamente, porque sabe que por mais sombrio que seja o trecho de sua estrada, a passagem estreita que esteja atravessando, isso se deve a fatores cármicos, transcendentais, que devem ser enfrentados com o trabalho na Lei do Auxílio, com a conduta doutrinária, com o máximo de seus esforços para a prática do Bem. Se o desconhecimento e a insegurança geram o medo e a angústia, a Doutrina nos ensina como vencê-los, dominá-los em nosso interior, evitando a ruína de nossa missão. O medo e a vergonha de si mesmo acompanham o espírito desencarnado, que recebe tratamento todo especial nos hospitais do espaço. No momento do desencarne, o maior gerador de medo na humanidade, o Homem enfrenta uma importante passagem para seu espírito. Se tiver uma doutrina crística, terá paz e esperança; se não, dúvidas que alimentam o medo. O Jaguar aprende a ser prudente, a analisar mais friamente os fatos, evitando o medo que pode levá-lo a se tornar omisso em situações que exijam um pouco mais de ação destemida para não haver pânico nem desastres. Sabe que, apesar da existência de um certo receio, deve agir destemidamente perante perigos físicos e espirituais. Na verdade, o medo é um preconceito do espírito, que se reflete em todo nosso organismo, e que pode ser dominado pela reflexão, que conduz ao conhecimento.

 

MEMÓRIA

 

A memória é a capacidade que temos para conservar tudo aquilo por que passamos, conservando os conteúdos de nossas vivências além do aqui e agora, e que podem ser atualizados e aplicados nos momentos oportunos. A memória existe em tudo que nos cerca. Todos os seres, animados ou inanimados, retêm uma certa quantidade de energia que se acumula e se distribui de forma ordenada, constituindo-se em um registro indelével e permanente que pode, tempos depois, reproduzir o fato que a gerou. Pedras, estatuetas, plantas, sons e odores, tudo está impregnado pelas vibrações de suas memórias, da força que agiu e gravou as informações de fatos ocorridos em eras distantes. Não se pode precisar um ponto único como centralizador da memória, porque ela depende de todos os canais energéticos do ser, que tem, em cada célula, um memorizador compactado, de acordo com a complexidade de sua formação. No Homem, a maior parte dos registros se faz no cérebro, e ali estão os principais conjuntos de memória. Existem as memórias que foram apagadas no sono cultural (*), mas que não foram destruídas, permanecendo em regiões do cérebro que podem ser ativadas, quando necessário alertar, no presente, casos que têm íntima relação com encarnações anteriores. Isso é usado na Terapia de Vidas Passadas (TVP), onde se aplica a técnica de reavivar experiências arquivadas nessas regiões de memórias preservadas e não conscientes. Considerada como tendo sua sede no cérebro, a memória tem sido objeto do estudo de cientistas e místicos, que buscam identificar como e onde se fazem as gravações do que é retido na memória. Hoje, é feita uma divisão compreendendo dois tipos de memória: a factual, capaz de aprender informações explícitas (nomes, palavras, datas e fatos históricos, por exemplo), sendo a de longo prazo o grande arquivo onde depositamos os nossos conhecimentos e a de curto prazo aquela onde guardamos informações que estão sendo processadas no momento, que parecem se apagar após utilizadas; e a hábil, que está ligada à aquisição prática, repetitiva, de nossos atos cotidianos ou aprendizado de técnicas específicas, que vão formando, de forma inconsciente, o acervo de nossa memória. É interessante o resultado de muitas pesquisas neurológicas, esclarecendo que existem as diferentes regiões do cérebro em que as memórias são armazenadas: no hemisfério direito, o cérebro é responsável pela memória visual e pelas relações estéticas; no lado esquerdo, o cérebro é analítico, guardando o sistema de informações recebidas pelo aprendizado e a lógica e a solução de problemas. Os dois hemisférios cerebrais, comunicados pelo corpo caloso, analisam e trocam informações antes de processarem suas gravações. Independente da consciência, a memória tem grande influência em nossa vida, orientando nossas percepções e sentimentos. Quando a memória se entrelaça com o consciente, temos a recordação. Tem a memória quatro aspectos: 1) FIXAÇÃO - que pode ser espontânea ou voluntária, feita pela repetição ou pela vontade, pela motivação, pelo interesse ou pelo desejo da fixação dos fatos; 2) CONSERVAÇÃO - que é praticamente infinita, mas pode ser influenciada pelo uso das informações ou sua substituição por outras, mais práticas ou mais novas, ocasionando o esquecimento por fatores psicológicos (esquecemos o que nos perturba, o que parece ter sido ultrapassado ou o que pouco usamos) ou patológicos (necrose das células do cérebro por traumatismos, lesões e intoxicações por drogas e pelo álcool); 3) EVOCAÇÃO - natural e espontânea, lembranças evocadas por associações (nomes, lugares, semelhanças, músicas, odores, etc.); e 4) RECONHECIMENTO - a experiência, a vivência de situações anteriores que se ligam à nossa realidade atual, cuja ligação se faz por sentimentos e fatos que se ligam, de forma emotiva, ao nosso passado.

 

MENTALIZAÇÃO

 

Pela mentalização dirigimos as vibrações de nossa energia mental (*) para sintonizar com a Espiritualidade e direcionar, mesmo á distância, as forças curadoras e desobsessivas de nossos trabalhos para aqueles que, sabemos, estão delas necessitados. Na mentalização é que mais usamos as formas-pensamentos (*), isso é, utilizamos a força mental para reproduzir a forma de pessoas, seres, órgãos, objetos ou lugares que serão os objetivos a serem alcançados por nosso trabalho. A mentalização se faz, também, na auto-ajuda, quando damos uma revisão em nossos órgãos e energizamos nossos chakras (*). Nos trabalhos, devemos mentalizar lugares de modo claro, vendo-nos naqueles locais como se ali estivéssemos, propiciando à Espiritualidade condições de mais efetivo trabalho desobsessivo. Quanto a pessoas que desejamos ajudar com algum trabalho, como na Cura, Junção, Tronos, etc., devemos trazê-las, pela forma-pensamento, até onde estamos, visualizando-as como pacientes ou como se estivessem à nossa frente, recebendo os benefícios daquelas forças benditas. A mentalização é importante concentradora das vibrações que emitimos ou recebemos. Podemos mentalizar Jesus, buscando Seu amor e Sua paz, podemos ser sempre receptores das forças luminosas da Espiritualidade Superior. Podemos mentalizar hospitais, presídios e outros locais para que recebam as forças resultantes de trabalhos como Contagem, Estrela Candente e outros. Uma força poderosa é a da Cassandra, que podemos e devemos projetar, pela mentalização, a todos que sabemos com problemas físicos e espirituais.

 

ENERGIZAÇÃO PELA MENTALIZAÇÃO

 

Pode ser feita a energização dos chakras, harmonizando e recompondo o fluxo energético, procedendo-se à mentalização em local tranqüilo e deitado ou sentado, numa posição que propicie conforto e relaxamento. Comece a respirar bem profundamente, em ritmo pausado e lento, sentindo seu corpo cada vez mais tranqüilo e relaxado. Leve sua mente até os dedos dos pés e imagine que eles estão ficando completamente relaxados. Você sente a energia relaxante ir subindo, lentamente, pelos pés... pelos calcanhares... pelos tornozelos... pela barriga da perna... pelos joelhos... pelas coxas... chegando aos quadris; conduza, então, a energia relaxante ao abdome... ao estômago... ao peito... e chega aos ombros; desce então pelos braços... pelos cotovelos... pelos antebraços... pelos pulsos... pelas mãos... e atinge as pontas dos dedos; conduza a energia relaxante de volta pelos braços e ombros, entrando pelo pescoço... pelo rosto... e chegando à cabeça. Neste ponto, você deverá ter atingido total relaxamento. Quando expirar, expila o ar pela boca, mentalizando tudo que quer expulsar de dentro de si, livrando-se dos sentimentos que não mais deseja. O nível de tranquilidade pode ser melhorado com música suave, um incenso e respiração profunda e bem compassada. Imagine-se dentro de uma pirâmide, num ambiente colorido que pode ser modificado de acordo com o comando de sua mente. Pode, também, segurar um cristal e imaginar este cristal emitindo raios na cor que você pretende trabalhar. Quando sentir que conseguiu atingir um bom grau de relaxamento, comece a trabalhar os seus chakras, dispensando cerca de 30 segundos para cada uma das seguintes etapas, ordenando, mentalmente, a seus órgãos que tenham bom funcionamento e mentalizando-os para sentir se há algum problema ligado a eles:

 

· O homem deve mentalizar o chakra básico e todo o ambiente mergulhado na cor vermelha; a mulher mentaliza o chakra esplênico, em ambiente de cor alaranjada. Procure sentir os pés, as pernas e seus órgãos genitais. Indague se sua saúde está boa, mentalize ampliação de sua força de vontade, de sua coragem, de sua boa disposição para o trabalho;

· concentre-se, agora, em seus chakras umbilical e plexo solar, num ambiente amarelo dourado, para verificar o trabalho de seus órgãos naquela área - bexiga, rins, intestinos, baço, estômago e fígado. Busque seu equilíbrio emocional, mentalizando fatos que tenham originado algum sentimento negativo, ansiedade ou insegurança;

· em seguida, mentalize o chakra cardíaco, num ambiente verde. Verifique o coração, os pulmões, os braços e as mãos. Elimine sentimentos que o tenham levado a tristezas, mágoas, angústias ou depressão;

· passe ao chakra laríngeo, em ambiente azul-turquesa, verificando como estão sua garganta e suas vias respiratórias. Investigue se tem tido problemas com sua comunicação ou com sua criatividade;

· termine mentalizando seu chakra frontal, mergulhando em ambiente azul índigo, investigando os órgãos sensoriais - olhos, ouvidos, nariz e boca - e verificando o cérebro, sentindo como está funcionando dentro do equilíbrio necessário à intelectualidade e à sensibilidade.

 

Em qualquer dessas etapas, se sentir algum problema com um órgão, mentalize mais fortemente ou por mais tempo o chakra correspondente recebendo a energia colorida que irá fortalecê-lo.

 

 

MENTE

 

VEJA: ENERGIA MENTAL

 

MENTORES

 

Denominamos Mentor a um Espírito de Luz responsável pela orientação de um ou mais espíritos encarnados na Terra, tendo também a função de conjugar o ectoplasma emitido para a realização de um trabalho. Os Mentores, embora já tendo superado suas faixas cármicas, colocando-se muito acima do Bem e do Mal, segundo nosso conceito na Terra, têm ligações transcendentais com aqueles a quem se propõem ajudar. Na nossa Corrente, apresentam-se em roupagens - Pretos Velhos, Caboclos, etc. - para melhor resultado de seus trabalhos através dos médiuns, mas dispensam o personalismo habitual dessas figuras, não fazendo uso de objetos, bebidas, charutos, etc., pois seu trabalho é iniciático. Os Mentores jamais interferem no livre arbítrio (*) de seus protegidos ou de qualquer outro espírito, encarnado ou desencarnado. Sofrem ao verem um filho se desviando de sua estrada, buscando um atalho para escapar de suas metas cármicas, mas apenas vibram e, pesarosamente se afastam se não tiverem resultado suas vibrações de amor.

 

MERECIMENTO

 

O merecimento é á condição que cada um de nós cria para nós mesmos, de modo a nos tornar dignos de premiação, apreço ou estima, ou de castigo e desprezo, tendo em conta nossos atos, nossas reações, nossas palavras e nossos pensamentos. Mateus, no Capítulo XX, 1 a 16, de seu Evangelho, nos conta a parábola de um homem que contratou trabalhadores para sua vinha, em diversas horas do dia, e, no fim do dia, deu o mesmo pagamento a cada um deles... “vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas, do mesmo modo, receberam um dinheiro cada um. E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família, dizendo: Estes derradeiros trabalharam somente uma hora, e tu os igualastes conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia. Mas ele, respondendo, disse a uma deles: Amigo, não te faço agravo, pois não ajustaste tu comigo o dinheiro? Toma o que é teu e retira-te. Eu quero dar a este derradeiro tanto quanto a ti. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros, porque muitos são os chamados, mas poucos escolhidos!” Com essa parábola, Jesus nos faz entender o seu chamado, que se faz nas diversas horas de nossa existência - juventude, maturidade e velhice - para trabalhar em sua vinha, e, independentemente do tempo, receberemos de conformidade com o que fizermos. A Espiritualidade não é boa nem má: é justa, e nos dá tudo de acordo com nosso merecimento, na medida do nosso comportamento dentro da perfeita conduta doutrinária. Todavia, o que obtemos é uma condição à qual denominamos merecimento mas que não significa a pretensão de nos termos tornado credores da Espiritualidade Maior, que nossos Mentores possam estar nos devendo alguma coisa. Tudo o que recebemos - ou deixamos de receber - depende exclusivamente do nosso merecimento. Trabalhando com amor, vivendo com tolerância e humildade, teremos os bônus que nos darão condições para recebermos o que necessitarmos da Espiritualidade Maior, que nos farão por merecer essa grandiosa ajuda e proteção. Nossa existência será sempre marcada por momentos bons e ruins, mas a intensidade deles dependerá, sempre, do nosso merecimento. Ninguém recebe além ou aquém do que tem direito pelo seu merecimento. Nossos pedidos, nossas preces, nossa realização, enfim, tudo em nossa jornada está diretamente ligado ao nosso merecimento. Mas devemos ter sempre em mente que usamos essa palavra “merecimento” por não dispormos, em nosso vocabulário, de outra que indique a nossa condição estarmos em melhores condições de recebermos as dádivas divinas.

 

MESA EVANGÉLICA

 

A Mesa Evangélica se compõem por três planos independentes e correlacionados, apenas, pela própria Espiritualidade, que trabalha cada plano de acordo com suas necessidades. Não existe corrente circulando na Mesa Evangélica, mas, sim, uma projeção da Corrente Mestra, que proporciona aos médiuns condições para realizarem seu trabalho. Cada lado do triângulo da mesa representa um plano, para onde são conduzidos grupos de espíritos - exus, sofredores, espíritos saídos de Pedra Branca (*) e obsessores retirados de suas vítimas -, sendo difícil serem conduzidos espíritos da mesma categoria aos três planos. Cada categoria é reunida e trabalhada em um plano, em uma lateral do triângulo. Pela concentração do Doutrinador que está no farol (*) se torna mais fácil a chegada dos espíritos à Mesa Evangélica, que deverá ser composta, obrigatoriamente, por um número impar de médiuns Aparás, com o mínimo de sete. Ao ser aberto o trabalho de Mesa Evangélica, o Doutrinador deve ficar atrás do Apará e quando o Comandante determinar que façam as puxadas, a faz corretamente e dá início à sua doutrina, esteja ou não incorporado o Apará; isso porque, mesmo que não dê sinais de incorporação, há um irmãozinho ali presente, trazido pela puxada, que necessita do ectoplasma da doutrina. Enquanto fala, emitindo sua energia magnética animal no ectoplasma, o Doutrinador vai fazendo a limpeza da aura do Apará, com o maior cuidado para não tocá-lo, evitando arrastar a mão em seus cabelos e estalar os dedos em seus ouvidos. Deve fazer sua doutrina de maneira individual, evitando palavras decoradas que prejudicam a emissão do ectoplasma, procurando fazer uma doutrina de Luz, que possa realmente ajudar àquele irmãozinho que chegou ali com tanta esperança de se evoluir. Quando sensível, individual e amorosa, a doutrina envolve o sofredor como um bálsamo de alívio e colabora com o trabalho que a Espiritualidade Maior, paralelamente, está fazendo em outro plano. No momento da entrega, usa a chave, estendendo bem os braços para o alto, para que aquelas energias não penetrem em sua aura, com sua mente voltada para a elipse que está no centro da Mesa, que é o portal de desintegração, por onde deve subir aquele sofredor. Deve evitar que seu pensamento o desvie desta técnica, para não sofrer más conseqüências. Não se preocupa caso o sofredor não desincorpore, porque há casos em que a Espiritualidade mantêm aquele espírito mais um pouco, para que possa receber mais e diferente fluido magnético animal, a ser fornecido por outro Doutrinador. Feita a elevação, subindo ou não o sofredor incorporado, o Doutrinador continua seu giro na Mesa. A aura do Farol fica muito impregnada, e deve ser feita a limpeza pelos Doutrinadores que estão trabalhando na mesa, quando passam por aquelas posições. Todavia, conforme instrução do Trino Arakem, essa limpeza não é obrigatória para cada Doutrinador que estiver circulando: enquanto um faz a limpeza, os demais podem passar, sem se deter, evitando congestionamentos. Um cuidado especial deve ser tomado pelo Comandante ao arrumar a Mesa: a colocação de uma ninfa e um Ajanã de cada lado do Farol Mestre, podendo, a seguir, intercalar quantas ninfas e Ajanãs para completar, desde que, nos Faróis direito e esquerdo, seja respeitada a contagem de ter ninfas junto aos Faróis compostos por mestres e Ajanãs ao lado de Faróis ocupados por ninfas.

 

MESA EVANGÉLICA NA ESTRELA SUBLIMAÇÃO: Na Estrela de Nerhu (*) é formada uma Mesa Evangélica diferente, com seis Ajanãs e suas respectivas Doutrinadoras, que não se movimentam, tendo seis faróis, ocupados por Mestres Doutrinadores. É uma Mesa Evangélica, porém com funções e funcionamento especiais, destinados àquelas condições de trabalho, própria para o alívio das grandes cargas portadas pelo Santo Nono, onde cada Ajanã recebe uma projeção muito forte, motivo pelo qual precisa de uma formação que se assemelha, de muito perto, a um Trono Milenar (*). O farol, ali, está com uma função diferente: sua energia está sendo usada de forma diversa, ajudando a Ninfa Doutrinadora a dar a descarga magnética no espírito que incorporou.

 

· “...Tocou a sirene outra vez. Eu voltei e entrei no Templo, indo parar na mesa branca. Enxerguei luzes, muitas luzes, que desapareceram de repente, ficando novamente a luz lilás. Olhei aqueles médiuns ali sentados e não vi Pai Jacó. E antes que pensasse, senti um forte safanão e fui atirado em um aparelho, um homem. Comecei a chorar com todas as minhas forças. Meu Deus! Onde estou, para onde irei? - pensava. Essas perguntas me torturavam e fiquei irritado. Dei um grito. Um Doutrinador me explicou: “Que tens, irmão? Calma! Este corpo não é seu. Comporte-se direito...” Senti uma grande vergonha e voltei a chorar. O Doutrinador continuou: “Quando estavas neste mundo, nada fazias. Agora, precisas saber que este corpo não é teu.” Quis dizer: Pai Jacó me proteja, pelo amor de Deus! Então, me aconteceu um fenômeno: Ouvi Pai Jacó me dizendo: “Filho, estás com Deus! Se receberes a doutrina desses médiuns, que estão te dando esta oportunidade, partirás para outros mundos!” Aquelas foram caindo em mim como o orvalho cai sobre a flor. Pai Jacó, meu paizinho, não me desampare! Enquanto eu me preparava, o médium se contraía pelos maus fluidos da desencarnação recente, que hoje eu entendo tão bem! De repente, me desprendi dos meus benfeitores e passei pelo processo da verdadeira desintegração. Fui jogado para uma estufa que se ligava aos meus benfeitores. Saí e, então, avistei uma cidade diante de meus olhos. Foi quando me dei conta de que havia morrido!” (Tia Neiva, 30.11.75)

 

MESTRE

 

Um dos conceitos de “mestre” é o daquele que é versado ou perito numa ciência ou numa arte. Como a Doutrina do Amanhecer é muito mais Ciência do que religião, o médium que aqui trabalha e se aprimora é denominado mestre, porque vai se tornando um perito na Corrente. Para nós, mestre não significa professor, e sim aquele que vive sua vida mediúnica com amor e assiduidade, não sendo mais culto nem mais sabido do que os demais, mas acumulando sabedoria pelo aperfeiçoamento de sua sensibilidade e consciência dos fatos e atos que o cercam. Aqui, ninguém é dono da totalidade da nossa Doutrina, ninguém sabe tudo. Pai Seta Branca nos disse que somos “mestres ensinando mestres”, isto é, continuadamente estamos, ao mesmo tempo, aprendendo e ensinando, buscando nos tornarmos mais simples, mais humildes, mais compreensivos e mais tolerantes, tentando dar o melhor de nós para seguirmos os passos de Jesus, o Caminheiro, na Nova Estrada. Na verdade, somente pelo trabalho na Lei do Auxílio podemos melhorar nossos conhecimentos e aprimorar a nossa sensibilidade, e isso é que vai fazendo crescer a habilidade de um mestre. Há muito que aprender com as comunicações da Espiritualidade, com os contatos com irmãos sofredores e com aqueles que se julgam nossos inimigos. Uma forma pejorativa deve ser evitada: mestrão. Não existe qualquer mestrão, nem poderia ser este título atribuído a quem quer que fosse, pois, doutrinariamente, somos todos iguais. Existem aqueles que ocupam posições na hierarquia da Corrente, mas não são maiores do que os demais, porque a posição não quer dizer evolução. Muitos foram designados para elevadas posições por seus compromissos cármicos, por seus débitos transcendentais, inclusive com aqueles que formam hoje o seu povo. A única diferença entre mestres é estabelecida somente pela Espiritualidade, que sabe o que vai no coração de cada um, o que pretende, o que faz e o que não faz, enfim, que é o único juiz a quem teremos que prestar contas ao final de nossa jornada. Não nos cabe julgar ou criticar quem quer que seja. A função de um mestre, como perito da Doutrina do Amanhecer, é cuidar de si mesmo, sem vaidade de se achar pronto e completo, procurando aprender com amor e ensinar com humildade, usando a tolerância para ouvir e para explicar cada fato novo que a Espiritualidade traz ao seu alcance das mais variadas formas, tanto durante seu trabalho no Templo como nos fatos corriqueiros do dia-a-dia de sua vida material. O aprendizado de um mestre é constante e ele precisa ter plena consciência da sua condição de caminheiro da Vida Eterna, pois, mesmo depois da Morte, seu aprendizado continua. Na verdade, o mestre aponta o caminho e o aspirante o segue, para depois caminhar sozinho. Quando o aspirante novamente encontrar seu mestre será um reencontro dentro de si mesmo, com a Doutrina absorvida e sendo praticada da forma que nos ensinou o Divino e Amado Mestre Jesus.

 

MESTRE ADJURAÇÃO

 

Para ser um Mestre Adjuração é preciso:

 

1. Ser Xingu Autorizado (para isso, é preciso ter participado de três Sessões Brancas).

2. Ser um Centurião consagrado.

3. Participar de uma Estrela Candente completa, entre uma Lua cheia e outra.

4. Consagrar-se em um Adjunto Maior.

5. Saber fazer sua emissão e seu canto.

6. Ser um verdadeiro comandante.

 

Um Mestre Adjuração não deve se limitar a trabalhos evangélicos, apesar de tê-los em primeiro plano e saber que nada se faz sem a constância da Corrente Mestra. Deve conhecer e ter condições para abrir a Corrente Mestra, qualquer trabalho evangélico e qualquer Sanday. Mesmo que ele esteja em outro Templo que não o seu, deve abrir um Sanday. Todo mestre tem a mesma capacidade, conhecimentos e força, mas todos têm a posição definida, com suas respectivas atribuições. Devem demonstrar sua conduta doutrinária no Templo no que se refere a uniforme, colete, comportamento, etc.

 

MESTRE LÁZARO

 

VEJA: LEGIÃO DE MESTRE LÁZARO

 

MICROMAPA

 

VEJA: ESTRELA CANDENTE

 

MICROPLEXO

 

VEJA: ALMA

 

MIRRA

 

As Escrituras revelam que os Magos eram uma casta sacerdotal sábia, existente entre Medas, Caldeus e Persas, e que os sábios ofertaram os três presentes homenageando a Divindade de Jesus (incenso), a Sua Realeza (ouro) e a Sua Humanidade (mirra, um refinado perfume oriental). A mirra é uma planta medicinal, e sua oferta pode significar o reconhecimento do poder de cura de Jesus, não somente a cura física mas, também, a espiritual.

 

MISERICÓRDIA

 

Misericórdia é o sentimento despertado pelas dificuldades e aflições dos outros, que nos leva a tentar ajudá-los, nos aspectos físico, material e espiritual. É a grande impulsora de todas as obras humanitárias, tais como orfanatos, albergues, asilos e hospitais, onde se pratica a caridade para com o nosso próximo, independentemente de religiões, credos, níveis culturais ou raças. Sinônimo da bondade e da caridade, a misericórdia é uma grande disciplinadora da Humanidade, propiciando o trabalho dos espíritos missionários em sua plenitude, porquanto nada exige em troca, sendo o campo onde se aplica intensamente o amor incondicional. Mateus (IX, 10 a 13) relata: “E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus vendo isso, perguntaram aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e os pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.” O Homem misericordioso não se revolta, é compassivo, sabendo sempre perdoar o mal que lhe fazem, praticando o amor incondicional, o amor ensinado por Jesus, que nos ensinou a amar o feio, o doente, o fraco, o ignorante e o que se diz nosso inimigo com a mesma intensidade que amamos os saudáveis de corpo e mente, bonitos e agradáveis. O Jaguar aprendeu que é bom ser importante, mas o mais importante é ser bom, e pratica seu trabalho espiritual não só no Templo, mas em qualquer lugar que esteja, através de pensamentos, palavras e atos, desinteressadamente, onde houver dor, desesperança, sofrimento ou aflições, confiante nas palavras de Jesus: “...e aquele que viver e praticar a misericórdia, receberá a misericórdia divina!...” Em Mateus (XXV, 31 a 46), nos é relatado o juízo final: “Mas quando vier o Filho do Homem, na sua majestade, e todos os anjos com ele, então se assentará sobre o trono da sua majestade. E todos os povos se concentrarão diante dele, que separará uns dos outros como o pastor aparta dos cabritos as ovelhas. E porá as ovelhas à direita e os cabritos à esquerda. Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Possuí o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo. Pois tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era hóspede, e me recebestes; estava nu, e me vestistes; estava enfermo, e visitastes-me; estava no cárcere, e viestes me ver. Então lhe responderão os justos, dizendo: Senhor! Quando é que nós te vimos faminto e te demos de comer, ou sequioso e te demos de beber? E quando te vimos hóspede e te recolhemos, ou nu e te vestimos? Ou quando de vimos enfermo ou no cárcere, e te fomos ver? E, respondendo, o Rei lhes dirá: Em verdade vos digo: Toda vez que isto fizestes ao menor de meus irmãos, a mim o fizestes! Então, dirá também aos que hão de estar à esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o demônio e para os seus anjos, porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era hóspede, e não me recolhestes; estava nu, e não me cobristes; estava enfermo e no cárcere, e não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor! Quando é que nós te vimos faminto, ou sequioso, ou hóspede, ou nu, ou enfermo ou no cárcere, e deixamos de te assistir? Então lhes responderá Ele, dizendo: Em verdade vos digo: Toda vez que deixastes de fazer ao menor destes, a mim deixastes de fazer! E irão estes para o suplício eterno e os justos para a vida eterna”. Assim, as metas da Misericórdia foram traçadas: devemos, dentro de nossos limites, com amor, alegria e humildade, ensinar os simples; consolar os tristes; perdoar a quem errou; emitir boas vibrações aos encarnados e àqueles que desencarnaram; consolar os encarcerados; curar os enfermos do corpo e do espírito; abrigar os necessitados; agasalhar os nus; e dar de comer e de beber aos famintos e aos que estão com sede. Na I Carta aos Coríntios (13, 3), São Paulo declara: “E se eu distribuir todos os meus bens para sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, e, todavia, não tiver caridade, nada disto me aproveita!” e, na II Carta (9, 6 e 7): “Quem pouco semeia, pouco recolherá; e o que semeia na abundância também colherá em abundância. Cada um como propôs, no seu coração, não com tristeza, nem constrangido, porque Deus ama ao que dá com alegria!” Mas Jesus estabeleceu os limites para tudo isso quando nos disse (Mateus, XII, 7): “Mas se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.” Com as asas do amor, na força da misericórdia, e da sabedoria, no domínio doutrinário dos conhecimentos, o Jaguar se torna o Homem-Pássaro capaz de transpor muitos planos espirituais.

 

MISSÃO

 

Missão é a função que a Espiritualidade nos conferiu para, no limiar da Nova Era, ajudar na recuperação do maior número de espíritos possível para que possam alcançar planos mais evoluídos. Isso inclui nossos próprios espíritos, porque temos que buscar nossa evolução através do trabalho mediúnico, com amor, tolerância e humildade, e isso só é possível com nossa dedicação à Lei do Auxílio. Embora todo espírito, ao reencarnar, tenha um programa a cumprir, ligado diretamente a problemas individuais em sua faixa cármica, nem todos recebem uma missão, que é suplemento de seu programa evolutivo, com seu comprometimento em evoluir, cuidar e ajudar outros espíritos, encarnados e desencarnados, com suas forças e sua mediunidade. A Espiritualidade nos deu a missão, mas não nos obriga a ela. Cumpri-la ou não vai depender somente de nós mesmos, de nosso livre arbítrio. Existem profundas diferenças entre os seres humanos, e uma é devida à tônica que cada um dá à sua vida: há um grupo que se preocupa somente com sua saúde física, com seu corpo, buscando a boa forma muscular e atlética, ocupando-se com exercícios físicos, dominados pela tônica física; há os que têm a tônica psíquica - cientistas, intelectuais, artistas e eruditos -, e dependem de seu intelecto, com sua consciência dominada pelo fator intelectual; e há os missionários, com seu campo consciencional em constante expansão, buscando a integração crescente com o Universo, a evolução de seu espírito, vivendo sob a tônica espiritual. Por isso, não temos como induzir ou forçar alguém a nos seguir. Nossa missão é, primeiro, manter nosso equilíbrio e ampliar nossos conhecimentos num permanente desenvolvimento mediúnico; e, depois, a ajuda aos nossos irmãos encarnados e desencarnados, com o amor colocado em ação na Lei do Auxílio. Mesmo entre nós, na Corrente, temos parte dessa missão, pois precisamos estar atentos aos companheiros de luta que, esquecidos de seus compromissos, se deixam ficar parados, presas do desânimo, estagnados por crises emocionais e momentos de dificuldades psicológicas ou materiais. Com muito amor, temos que alertá-los para o que está acontecendo, mas sem julgar, nem criticar e nem obrigar. Sempre ouvimos Koatay 108 nos dizendo que só sabemos que estamos realmente evoluindo quando deixamos de nos preocupar com a conduta dos outros. Devemos, sim, nos preocupar com nossa própria conduta, mantendo elevado nosso padrão vibratório, harmonizado o nosso espírito, sabendo que nosso campo consciencional vai-se expandindo pela nossa preocupação em manter a sintonia de nosso espírito e saudável o nosso corpo, o que nos torna mais capazes para nossa missão. Aprendemos que nossas vidas nos proporcionam momentos difíceis, com mais dores do que aqueles que não têm missões a cumprir, porém aprendemos, também, que sofremos menos do que eles, tanto física como psicologicamente. Temos que ser instrumentos o mais perfeitos possível para desempenhar as tarefas de que nos incumbiram os Espíritos de Luz, sabendo emitir um ectoplasma luminoso, projetar vibrações de elevado padrão, trabalhar assiduamente, onde quer que seja necessário, na Lei do Auxílio. Jesus, segundo Mateus (X, 1 e 5 a 10) entregou a missão a seus apóstolos: “Jesus, chamando seus doze discípulos, deu-lhes o poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.(...) Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelos caminhos das gentes, nem entrareis em cidades de Samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel, e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos Céus! Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios. Dai de graça o que de graça recebestes. Não queirais possuir ouro nem prata, nem tragais dinheiro nas vossas cintas, nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem calçado, nem bordão, porque digno é o operário de seu alimento.” Nestas palavras se resume nossa missão, onde se ressalta que nada devemos cobrar ou receber pelo nosso trabalho mediúnico, nem perseguir as riquezas materiais, para que não percamos nossa humildade nem nossa simplicidade. Quanto aos trabalhos de cura e de desobsessão, é o que buscamos fazer em nossas participações nos Sandays, dentro da Lei do Auxílio, sempre dentro da correta conduta doutrinária e observação das instruções e Leis que nos regem. E Jesus ainda disse (Mateus, X, 16 a 20): “Eis que eu vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Guardai-vos, porém, dos Homens. Arrastar-vos-ão para os seus tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas, e por minha causa sereis levados à presença dos governadores e dos reis, para lhes servirdes, a eles a aos gentios, de testemunho. Quando vos levarem, não cuideis como ou o que haveis de falar. Porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer. Porque não sois vós que haveis de falar, mas o Espírito de vosso Pai é o que fala em vós.” Esta a noção clara da intuição (*), do pronunciamento da Voz Direta através do médium, um dos principais elementos do missionário. E temos que cumprir nossa missão de acordo com o que recomendou nosso Divino e Amado Mestre (Mateus, X, 27 e 28): “O que vos digo em trevas, dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido, pregai-o sobre os telhados; e não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo!”

 

· “Certa vez dois grandes sábios e seguidores de Cristo partiram em uma peregrinação, chegando a uma pequena cidade, onde um povo cristão, feliz, os acolheu com carinho. Mas era grande a necessidade daquele povo, em que Jesus colocara, também, forças desiguais. Os sábios mestres sentiram aquela grande necessidade mas, também, um toque de vaidade por se sentirem tão úteis àquele povo. Então, se perguntaram: Curar ou doutrinar aquela gente? Sim, curar, induzindo-lhes ao trabalho, pois todo aquele que se eleva no trabalho, gradativamente vai recebendo sua lição, a verdadeira lição com o amor extraído do palpitar de sua mente e de seu coração, e não a lição da teoria, mesmo que de velhos sábios, pois a lição de um sábio, ontem, pode ser hoje superada por uma magnífica manifestação de um discípulo. O sábio mais velho partiu. O outro, não resistindo à sua vaidade, ficou e foi ensinar. Formou sua academia, limitando aquele povo aos seus conhecimentos. Enquanto isso, o que partiu jogou-se à prática, escrevendo, traduzindo, acumulando tudo o que via, e não teve tempo de aproveitar sua linguagem pois, de certa forma, era projetado e sempre superado por tudo que aprendia dos seus discípulos. Por fim, já de volta, encontram-se os velhos sábios, e recebem a mais ardente das lições: o encontro com a Caridade! Aprender trabalhando e não ter a pretensão de saber. A dor é o espinho no coração do Homem. Após extraída, permite que desabrochem conhecimentos transcendentais de que nenhum mestre é capaz de transmitir.” (Tia Neiva, s/d)

· “Minha filha, conheço bem os caminhos que você está percorrendo. Anime-se, confiante, porque você tem forças suficientes para manter-se em equilíbrio. Os nossos dias estão difíceis e conturbados e precisamos muita fé e muito amor para conservar em harmonia nosso Centro Coronário, que é o nosso Sol Interior. Com o coração cheio de amor, você escolheu empreender esta viagem para enfrentar, com otimismo e coragem, todas estas dificuldades no reajuste de seus débitos transcendentais. São nossos “vizinhos” que nos conduzem às alturas e ao mais alto grau de evolução. Não se deixe levar pelo negativismo nem pelo desânimo, pois você tem um Sol Interior que precisa expandir sua luz. Após esta fase difícil, tudo irá clarear, sua mente estará firme e você se sentirá segura, realizada e feliz! Minha filha, é preciso que a cada instante você esteja em harmonia consigo mesma, para que possa ser a irradiação da verdade e do amor neste tempo tão carente de luz e calor. A hora exige de nós perfeita sintonia em Deus, para que sejamos Magos do Evangelho na Nova Era.” (Tia Neiva, 1977)

· “Quis a vontade de Deus que estivéssemos reunidos nesse limiar do Terceiro Milênio para o equilíbrio e o amor, na luz da Doutrina Crística, a todos os Homens e aos espíritos carentes de esclarecimento. Estamos preparados, cheios de forças e energias para a execução perfeita desta tarefa doutrinária para o ajustamento das mentes e a perfeita harmonia de nosso Universo. Vamos manter o nosso padrão vibracional elevado e equilibrada a nossa mente para podermos irradiar a tranquilidade e a paz e, com o poder de nosso espírito, possamos curar e iluminar a todos. Cultive em seu coração o amor, a alegria e o entusiasmo para que em todas as horas esteja pronto a emanar e a servir na Lei do Auxílio.” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 6, 9.4.78)

· “Dias luminosos, de grandes acontecimentos e manifestações, estão se aproximando de nós, a velha tribo Espartana. Conservando a nossa individualidade, vamos, unidos em um só pensamento, por este Universo tão perfeito, impregnando o amor, a fé e a humildade de espírito em todos os instantes. Somos Magos do Evangelho e, como espadas luminosas, vamos transformando e ensinando, com nossa força e conhecimento, àqueles que necessitam de esclarecimento. É somente pela força do Jaguar, nesta Doutrina do Amanhecer, e na dedicação constante de nossas vidas por amor que podemos manipular as energias e transformar o ódio, a calúnia e a inveja em amor e humildade nos corações doentes de espíritos que permanecem no erro. Quantos se perdem por falta de conhecimento e por não terem a sua Lei. Nós temos a nossa Lei, que é o Amor e o Espírito da Verdade. Vamos amar e, na simplicidade de nosso coração, distribuir tudo o que recebemos, na Lei do Auxílio, aos nossos semelhantes. Somente a vontade de Deus nos tem permitido afirmações tão claras nesta passagem para o Terceiro Milênio. Somos a força do Sol e da Lua; somos um povo esclarecido e temos, em nosso íntimo, o Amor e o Espírito da Verdade. Temos o poder em nossas mãos e assumimos o compromisso de fazer de nossa missão o nosso sacerdócio, pleno de amor. O pão que alimenta nossos espíritos e nos dá a vida é a força doutrinária. Temos o poder mas, para sermos úteis e eficientes, é preciso que tenhamos equilibrada e firme a nossa mente e cultivemos a humildade. Vamos levar mais a sério o nosso compromisso e busquemos sempre, em nossas origens e em nossas heranças, a energia e a segurança, para que possamos seguir com perfeição a trajetória que escolhemos quando assumimos vir a este Planeta para redimir as nossas culpas e débitos contraídos em outras encarnações. Vou sempre ao Xingu, em busca das mais puras energias para o conforto e a harmonia, a cura do corpo e do espírito e para o desenvolvimento de vossa vidas materiais. Força do Xingu é força Vital! Vamos elevar nossa mente a Jesus para que nossas vibrações cheguem constantes ao Oráculo de Simiromba, emitindo e irradiando o amor. Que a conduta doutrinária, que é a conduta de sua vida de caminheiro, seja perfeita para que possa equilibrar os três reinos de seu centro coronário e seu Sol Interior possa irradiar sua luz bendita. O Homem equilibrado é a Presença Divina na Terra, realizando, com sua mente sábia, uma constante conjunção de dois planos, levando sua vida na simplicidade e disponibilidade, a iluminar com seu trabalho espiritual constante. Sinto, a cada instante, as vibrações de cada um de meus filhos e estou sempre procurando aliviar as suas dores. Sei que dores e angústias afligem o seu coração e que pesado é o seu fardo. Nossos destinos cármicos têm exigido de nós momentos de grandes sofrimentos, mas confiantes vamos prosseguindo em nossa caminhada, em busca de mais evolução e das realizações que desejamos. Somente pela dedicação cheia de amor de nossas vidas na Lei do Auxílio, é que conseguiremos aliviar nossos momentos cármicos. Com nosso trabalho espiritual podemos nos evoluir e dar tudo de nós. É curando as dores de nossos irmãos que curamos as nossas dores e sofrimentos. Jesus lhe conceda o entendimento e a sabedoria para que esta mensagem seja para você um caminho seguro e aumente o seu entusiasmo nesta sua jornada. Que em todas as horas o seu espírito esteja possuindo sempre a paz interior!” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 7, 9.4.78)

· “Observas bem o que fazer do tempo, do teu tempo, do teu sacerdócio, de tua missão e neles procures impregnar todo o teu amor, o que puderes da perfeição de tua conduta, emitindo e comunicando a fronteira da morte. O Sol que brilha, a nuvem que passa, o vento da despedida, o luar que alimenta com o perfume da Dor. Aproveita, filho, esses momentos de tranquilidade que a Terra, com toda a sua riqueza, ainda vai cobrar aos que não aproveitaram seus frutos. A Terra está perdendo sua nobre finalidade pela promiscuidade do Homem. Então, meu filho, as coisas vão acontecer, isto é, a vida de Deus. Toda a Natureza vai se ressentir, se ressentirão também os três reinos de nossa natureza, porque do Céu virá a Luz para o nosso conhecimento da vida fora da matéria.” (Tia Neiva, 12.12.78)

· “Nossa vida é uma grande jornada onde as dificuldades constantemente nos abalam. Filho, continues a lutar, porque só cai aquele que não está seguro em si mesmo. Continues a lutar, certo de uma coisa: só são derrotados os que acreditam na derrota! Conservas a tua liberdade, respeitando a liberdade dos outros. Não te esqueças, também, que tu és o teu maior valor, a tua maior fortuna. Se estiveres preso por pensamentos negativos, de nada valerá toda a riqueza do mundo, toda a felicidade possível. Tens uma missão a cumprir: explique ao mundo o caminho que o Homem deverá tomar, mesmo ao mais ínfimo ser que Deus te confiou, principalmente se ele ainda vive sob teu teto, junto a ti. Sejas confiante, emane a tua força doutrinária para que seja completa a tua Doutrina. Não deixes, não sigas, ficando alguém a sussurrar outra melodia junto a ti. Não te esqueças de que a tua Doutrina é uma força poderosa que, uma vez desenvolvida, permite a realização de todos os teus anseios e que, desenvolvida esta faculdade, terás, também, condições de modificar a tua natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria e até vencer a Morte! Procure confortar os infelizes, os incompreendidos, mesmo que estes estejam contra ti. Sejas prático e não te afastes das metas racionais, nem queiras obter resultado de teu trabalho e de tuas caridades. Procure amar a vida em todos os ângulos, faças do que te resta deste Terceiro Plano o mais agradável possível! Procure prolongar a tua existência aproveitando-a o melhor possível, sempre em fins respeitáveis, não te esquecendo, também, que não há condenação para o pecador e, sim, uma reparação dos seus erros.” (Tia Neiva, 5.3.79)

· “O princípio superior de todos os missionários é o trabalho. Tua ação será comparada a um imã. Terás que viver atraindo novos recursos vitais. Terás, também, o segredo da evolução, das transformações de vidas cujo princípio não está na matéria mas, sim, na própria vontade. Esta ação se estende tanto no mundo etérico como no físico, na matéria. Tudo pode ser realizado no domínio psíquico, pelo amor, na ação da vontade, na Lei do Auxílio - princípio superior de todas as coisas! A potência da vontade de quem busca, honestamente, servir aos seus irmãos, não tem limites. E quando dormimos, cansados, pensando - pensando com amor - servir alguém, nós nos transportamos e saímos pelos planos espirituais em seu socorro. A natureza inteira produz fenômenos, metamorfoses. Quando conheceres a extensão deste fenômeno, seus recursos, dentro de ti mesmo, deixarás o mundo deslumbrado!...” (Tia Neiva, 16.6.79)

· “Temos por missão nos tornarmos um instrumento eficiente, tanto no sentido passivo como no ativo, curando o nosso próprio centro nervoso físico, afetivo, mental e espiritual, até tomarmos verdadeira consciência de nós mesmos. O Homem que se conhece a si mesmo é forte e inquebrantável. Filho: a verdade, na concepção do Homem, jamais existiu. É, portanto, que da concepção da Morte resulta o comportamento da Vida.” (Tia Neiva, 19.9.80)

· “Filho: para que a criatura cumpra, fielmente, os desígnios desta Doutrina, é indispensável que desenvolva os seus próprios princípios divinos. É preciso que se sacrifique em favor de grande número de espíritos que se desviaram de Jesus. É preciso, filho, que esteja no luminoso caminho da fé, da caridade e da virtude do Espírito da Verdade, e que se dedique, principalmente, àqueles que tombaram dos cumes sociais, pelo abuso do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência. (...) Eu sofro ao ver tanta incompreensão. Deixam milhares de sofredores esperando, as suas vítimas do passado, e não esperam nem mesmo a bênção de Deus para serem felizes. No primeiro impacto, deixam de acreditar até mesmo em sua individualidade, sem dar tempo para receber as pérolas dos Anjos e dos Santos Espíritos, que são a recompensa do trabalhador.” (Tia Neiva, Reili e Dubale, 24.11.81)

· “A missão é uma coisa muito séria, principalmente com uma atribuição específica. Estamos aptos para qualquer evento, para qualquer ritual, polidos e preparados. Porém, muito importante é a emanação que você vai deixar, é a cultura que já está em funcionamento, é a sua manipulação. O campo magnético que você manipula é o mais importante nesta atribuição. Veja: eu recebo do Pai Seta Branca todas as atribuições. Recebo e faço, construo e, depois, com minhas mãos, vou moldando pedacinho por pedacinho e deixo ali o meu Aledá, que existe nos três reinos de minha natureza. Meu filho, estude a sua própria personalidade, porque de nada valerão todos os conhecimentos do mundo e tudo o que estiver fora de nós, se não conhecermos a nós mesmos. Estude a sua alma, que é a sua individualidade, que é o seu EU, e só ela reflete a sua personalidade. Conheça a si mesmo, para viver a sua consciência e, seguro, ser feliz!” (Tia Neiva, 22.2.83)

· “Filho, tenha fé em ti mesmo, afirma a tua personalidade, acredite que cada fracasso nos ensina algo que necessitamos aprender. Volte-se sempre para ti mesmo e resolva sozinho os teus problemas. Escolhe os teus amigos, porque existe, em cada um, a voz interior que nos alerta sobre como devemos agir e o que devemos fazer. Nunca deves odiar a vida quando sofreres, nem tão pouco amá-la quando sorrires. Ela não é culpada de tuas dores, nem benfeitora de tuas alegrias. A vida se torna atém de nossas dores e de nossas alegrias, porque ela é algo onde vivemos. É nela que as dores e alegrias nos dão experiência. Já, mais de uma vez, venho te advertindo sobre a prova que Deus, vendo os nossos esforços, nos escolheu como patronos desses infelizes, que viviam no mais triste sofrimento, envolvidos pelo ódio. Somos nós, com o nosso amor, com nossa perseverança, que estamos a evoluir esta grandeza. Quanto mal sofreram! Quanta dor em seu ódio, sem ter forças para esquecer a triste hora de suas tragédias em nossa falta de amor. Recebe com carinho este alerta e pense com mais amor nos bônus que irão libertar os dois, porque não só tu serás liberto, como aqueles que foram as tuas vítimas do passado. Ame com carinho e fé! Mais uma vez digo: As nossas quedas nesse mundo que vivemos, todas, todas nos servirão para a nossa evolução. É uma experiência a mais, é uma experiência a menos, porque, filho, o homem não se redime quando sente uma grande dor e, sim, se eleva para Deus, sempre buscando o seu Sol Interior.” (Tia Neiva, 22.4.83)

· “Vamos começar os primeiros passos para uma vida missionaria. Filho, seja você mesmo a descobrir a sua estrada na vida, sem profeta ou profetiza. Descubra o seu próprio caminho e ande com as suas próprias pernas. Desperte para a vida, para a verdadeira vida. Não desanime à frente dos obstáculos. Os obstáculos são atraídos pela força do nosso triste pensamento. Não se impressione com os sonhos e não fique a querer interpretá-los. O sonho é uma arma dos supersticiosos. Procure o lado bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor. Com o coração esperançoso, teremos todas as coisas nobres que desejamos. Filho, o que desejo é transmitir um pouco desta sabedoria que a vida iniciática tem nos proporcionado nesta jornada.” (Tia Neiva, 17.6.83)

· No mundo missionário dos espíritos há sempre uma luz que predomina, mas há, também, sempre um missionário que refreia os seus dotes de bom cristão e vai penetrando ele mesmo, e, em vez de puxar a sua missão para fora, fica a se promover como aquele que tem as suas superstições e vive a acender velas atrás da porta... E, quando parte a sua nave, porque a sua história terminou, ele chega do outro lado e encontra um mundo dinâmico, fica a se envergonhar atrás de suas roupinhas velhas trazidas da Terra. Sim, meu filho, a vida é igual às vidas. Temos muito o que fazer dentro da nossa individualidade. Por isso, nos encontramos, todos os dias, com ela. Formamos os nosso sonhos e nos atiramos nos grandes painéis que formam o calendário da vida na Terra. Sim, na Terra, porque a Terra só ouve os nossos lamentos quando abrirmos os nossos plexos. É por isso que eu os vejo tão grandes e acredito em vocês, meus filhos jaguares, e nas coisas que vocês têm para oferecer, e porque os ensinei a transmitir o suficiente em suas jornadas. Tenho que ensinar-lhes mais coisas e, muitas vezes, penso como o velho Serrano. O velho Serrano tinha o seu castelo na subida da serra e emitia as coisas que lhe vinham e que ouvia do céu. Contam que, depois de ensinar com esmero um grupo de jovens e fazê-lo missionários cristãos, explicou-lhes como “limpar” seus caminhos e como devia caminhar um missionário cristão... O fato é que, chegando o dia da partida daquele grupo, um missionário perguntou-lhe: “Mestre, o que devemos fazer de melhor, quando sairmos daqui? Usar os dons da sabedoria, da ciência, da fé? O dom de curar enfermos, as operações maravilhosas nos castelos e palácios? Discernir um espírito... Qual a maior virtude?” “A maior virtude - respondeu-lhe o Mestre - é a CARIDADE sofredora. a benigna caridade, aquela caridade que o missionário faz sem leviandade, sem sublimação, até pelo contrário, às vezes, se esquece até de Deus para servir ao seu semelhante. Essas são as pedras brilhantes que vão enriquecendo o nosso pobre tesouro, em nossa Legião: a caridade sofredora!” Terminadas sua explicações, Mestre Serrano, batendo nas costas de cada um, soluçando, despediu-se. Todos fizeram o mesmo com seu Mestre, e foram cumprir com sua missão. Desceram, prontos, e com eles, um só pensamento: “O SENHOR É O MEU ROCHEDO, O MEU LUGAR FORTE, A MINHA FORTALEZA EM QUE CONFIO, O MEU ESCUDO, A MINHA SALVAÇÃO; EM DEUS PAI TODO PODEROSO ENCONTRAREI O MEU REFÚGIO!” Enquanto andavam, um tagarelava: “È, Mestre Serrano nos disse que, quando adquiríssemos a prática, seria tempo de afiarmos nossas ferramentas. Estamos afiados, porque não fazemos mais aquelas perguntas insignificantes, viu? Todo aquele acervo científico que adquirimos, toda luz do nosso mestre, resultou em poucas palavras: A virtude está na caridade, no auxílio da caridade sofredora!” Riram! Nisso, começou uma polêmica científica, em que se equiparavam ao Mestre. Viram o quanto eram maravilhosos os ensinamentos daquele Mestre. Ficaram tão empolgados que quase não se aperceberam de uma mulher chorando, sentada na estrada, tendo a sua ferida sangrando. Se apavoraram com aquele sangue e, de imediato, ergueram as mãos para o céu, pediram a Deus a força do Prana, e a mulher ficou curada. Meu filho jaguar, não devemos pesar os nossos dotes, e não vamos dar explicações uns para os outros daquilo que fizemos ou adquirimos. Cada um procure saber o que adquiriu, consigo mesmo. Meu filho, esta é a nossa primeira aula e vou procurar deixar em cada uma, uma passagem escrita. Cuidado, filho! Lembro-me de uma vez que, ali nas imediações do IAPI, curei uma mulher que, também, sangrava muito e, ao chegar em casa, eu falava para uma porção de motoristas sobre o que fizera, quando Pai João de Enoque chegou ao meu ouvido e alertou: “Fia, cuidado! Estás conversando muito... Próxima de você tem outra mulher com um problema semelhante e, talvez, você não possa curar ... Essa não é a sua especialidade. Sua especialidade ainda é a Doutrina, e não lhe foi entregue ainda um Mestre!” Isso aconteceu em 1959.” (Tia Neiva, 31.7.84)

· SALVE DEUS, MESTRE HERDEIRO DESTE AMANHECER! Ainda não tirastes os velhos ressentimentos e, com palavras, estás colocando mais terra em teu coração! O sacerdócio é amor, tolerância e humildade. Ser porta-voz de tua Mãe Clarividente é algo difícil. Porém, lembra-te dela e terás força para prosseguir. Por que todo este acervo que te cerca? No dia em que alguém for tratado diferente, todos fugirão... Filho: não há qualquer mal em nossa Doutrina. O Homem do sertão pode fazer seu Templo no estilo do Templo-Mãe e viver a Doutrina que sua Mãe trouxe para a Terra. Nome imortal: Tia Neiva, Koatay 108! Todos nós temos na vida uma oportunidade de evolução. Esta oportunidade pode vir em um grande amor ou vem, muitas vezes, em uma grande dor. Deus, em sua grandeza, fez o Homem com sua mediunidade. Sim, o Homem médium. A mediunidade é um fator biológico. Ela corre no sangue, no coração, em se tratando de um Homem médium transcendental, que é o homem de muitas experiências. Sabemos que temos médiuns com os três reinos de sua natureza simetricamente bem divididos, e esta força lhes dá a faculdade de receber um Espírito de Luz e até mesmo um Anjo do Céu. Esse médium, esse homem, vive em todas as partes – nos bares, nas vias públicas, em um lado ou noutro sempre encontramos esse homem! Mil vezes encontramos esse homem que não quer se preocupar com sua origem transcendental e que, sofrido, não pode reclamar por isso. Porque Deus, em sua figura singular, vive a Sua presença em todos os instantes de nossas vidas, por todos os cantos do mundo. Em tudo há a Presença Divina! No entanto, estamos às portas de uma grande abertura luminosa, que somente este Homem de bagagem transcendental é capaz de assumir, porque só ele é capaz de conduzir e salvar os que vão restar... Dentre esta grande maioria, vejo que irão sobrar muito poucos! O Homem que tem os três reinos de sua natureza simetricamente divididos é o MISSIONÁRIO DA ÚLTIMA HORA, vindo de mil experiências no mundo, e por isso capaz de assimilar o desenvolvimento espiritual desta época. Porém, enquanto não chega este dia, que não sabemos quando com exatidão, vamos assumindo o trato que fizemos: AMOR, TOLERÂNCIA e HUMILDADE, principalmente nesta jornada que estamos enfrentando. Meu filho: este sacerdócio é a continuação de nossas vidas. Só temos uma alternativa! O quê será melhor? Viver morrendo aos poucos e vendo tudo perecer em nossa volta, ou viver na luta, criando amor em nosso redor? Tudo isso é o princípio e é o fim!... É fácil viver sem dificuldades, ensinando aos que não sabem viver. Hoje, meu filho, te parece difícil. No entanto, eu te garanto que é tão fácil amar a todos no amor incondicional, vendo nas coisas feias um bom sentido. Um missionário não luta contra seu irmão. Caminha sem desatinos, mesmo sem saber para onde vai, sem conhecer o seu destino. Onde não for desejado, procura ser afável, procura ser bom. Um Homem sempre precisa do outro. Ensine o amor a quem não sabe amar porque, filho, a MORTE é uma grande surpresa! Muitas vezes estamos de pé para uma grande jornada, pensando ser a luz de um grande sacerdócio, sem sabermos que, do outro lado, já estão sendo levantadas as portas de um poder nos chamando ao compromisso cabalístico eterno. Sim, filho, pelo nosso poder e pela Consagração Iniciática Cabalística sabemos que as forças da cabala são transmitidas por vibrações. Vejamos agora: é aplicado isto a tudo o que foi criado. Tudo emite vibrações, seja de natureza orgânica ou inorgânica. Essas vibrações são também chamadas ENERGIAS, fenômeno direto inteligente e material, ao mesmo tempo independente de nossa vontade e de nossa imaginação espontânea, de raciocínio, que rompe os músculos e liberta o espírito da cura. Sim, filho, estamos marchando para uma Nova Era. A luta do poder espiritual é terrível nos mundos espirituais e o Homem passa por grandes acontecimentos. Só mesmo a conscientização do espírito individual poderá te libertar dos fenômenos individuais. As lutas, as constantes guerras dos exus, eguns, são terríveis. Existem espíritos que já subiram para o sono cultural, isto é, tiveram a graça de serem retirados das Trevas por um padrinho. Sim, quando estamos em dificuldade, chamamos por nosso padrinho e ele, somente ele, pela graça de Deus, pode colocar seu afilhado no grau de sua evolução. Devemos admitir, então, que entre o afilhado e ser padrinho tudo pode acontecer. Tudo, inclusive uma mudança estrutural benéfica. Não te esqueças, filho, de que livre é o Homem que sabe amar! Somente o trabalho nos ergue e nos faz compreender que, enquanto trabalhamos com nossos irmãos, estamos em contato com Deus. Mil vezes, nunca reclames da luta e nunca reclames da paz! É preferível a esperança da busca à paz da resignação. Sim, filho, Jesus ilumine os nossos corações! Estamos na marcha evolutiva da Nova Era... Precisamos nos preparar! (Tia Neiva, 14.8.84)

 

MISSIONÁRIA

 

VEJA: NINFA MISSIONÁRIA

 

MISSIONÁRIO

 

Os missionários, de modo geral, são os médiuns que se desenvolvem e se tornam mestres de nossa Corrente. Todavia, existem milhares de missionários, Espíritos de Luz que reencarnam para cumprir determinada missão (*), nesta ou em outras Doutrinas, para auxiliar a Humanidade a encontrar os caminhos do Bem. São cientistas, médicos, professores, magistrados, enfim, ocupam lugares de destaque na sociedade para cumprir a sua missão. Existem muitos, também, que nascem em uma família cármica, para ajudar os reajustes que seus componentes têm que enfrentar. Nossos filhos, de modo geral, são compostos por cobradores, que vêm fazer seus reajustes, e, de acordo com nosso merecimento, por geralmente um missionário, que vem nos amparar e nos dar força nos momentos difíceis que temos com os demais. Para desespero dos que convivem com ele, o missionário normalmente tem vida não muito longa, desencarnando tão logo atinja os objetivos que o levaram a reencarnar. Mas isso vai depender de sua missão. Existem casos de missionários que viveram muitos anos na Terra, exemplos de dedicação e amor a serem observados pelo Homem que, pelo avanço tecnológico, tem como apreciar esses irmãos através dos meios de comunicação, aprendendo os caminhos do Evangelho. Com a proximidade da Nova Era, muitos espíritos surgiram como portadores de verdades até então ocultas, de crenças revividas de remota antiguidade, dizendo-se missionários de Deus. Sobre isso Jesus nos advertiu (Mateus, VII, 15 a 23): “Guardai-vos dos falsos profetas que vêm a vós com vestes de ovelhas e, dentro, são lobos rapaces. Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura se colhem uvas de espinhos ou figos de abrolhos? Assim, toda árvore boa dá bons frutos e a árvore má dá maus frutos. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bom fruto será cortada e metida no fogo. Assim, pois, pelos frutos deles conhecê-los-eis. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus; mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, este sim, entrará no Reino dos Céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, porventura não profetizamos em teu nome, e em teu nome não expelimos os demônios, e em teu nome não operamos prodígios? E eu então lhes direi: Pois eu nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, que operais a iniquidade!” Por isso, temos que ter muito cuidado ao ler, ver e ouvir as coisas que surgem neste período de transição. Koatay 108 nos explicou que, em muitos casos, Pai Seta Branca coloca um Jaguar num determinado cargo ou função, em locais perturbados por ações de diversas naturezas, para que ele possa, ali, ser um ponto de força para os trabalhos que precisam ser feitos em benefício de todos. Nas repartições governamentais, presídios, hospitais, grandes empresas, e, enfim, onde haja muita gente, onde haja muita coisa importante a ser feita, sempre encontramos um Jaguar, um missionário em seu posto, manipulando e distribuindo forças em benefício daqueles espíritos, encarnados e desencarnados, que estão ao seu redor. Existem duas falanges missionárias para mestres: a dos Magos (*) e a dos Príncipes Mayas (*).

 

· “O princípio superior de todos os missionários é o trabalho. Sua ação é comparada a um imã: terás que viver atraindo novos recursos vitais; terás, também, o segredo da evolução, das transformações de vidas cujo princípio não está na matéria, mas sim na própria vontade. Esta ação se estende tanto no mundo etérico como no físico, na matéria. Tudo pode ser realizado no domínio psíquico pelo amor, na ação da vontade, na LEI DO AUXÍLIO – princípio superior de todas as coisas! A potência da vontade de quem busca honestamente servir aos seus irmãos não tem limites. E quando dormimos, cansados, pensando, pensando com amor servir a alguém, nós nos transportamos e saímos pelos planos espirituais, sem seu socorro. A Natureza inteira produz fenômenos, metamorfoses. Quando conheceres a extensão destes fenômenos, teus recursos dentro de ti mesmo, deixarás o mundo deslumbrado...” (Humarran, jun/60)

 

MISTIFICAÇÃO

 

Mistificar é abusar da credulidade de alguém, iludindo a boa fé das pessoas, e quando um médium usa artifícios, fingindo estar incorporado com essa ou aquela Entidade, dizemos que está havendo mistificação. É um perigo, pois muita coisa desagradável pode ser fruto da pseudo Voz Direta, gerando conflitos e desarmonia, além do sério comprometimento do médium que o pratica, por contrariar o juramento que fez quando de sua Iniciação. A mistificação é uma forma de interferência, embora chamemos de interferência a manifestação de um espírito Inluz que se faz passar por um de Luz, truncando mensagens e fazendo profecias. Na mistificação a interferência se faz pela vontade do médium, que passa a dizer coisas de acordo com seus desejos e visando obter efeitos em benefício próprio. Koatay 108 confiava nos médiuns do Amanhecer, pois sabiam a força e a responsabilidade de uma Iniciação Dharman Oxinto. Apesar disso, na prática está sendo muito encontrada a mistificação por parte de mestres e ninfas aparás que buscam, em suas comunicações, aproveitar-se da situação em benefício próprio, sugerindo ajudas materiais e ligações físicas com Doutrinadores e pacientes, além de determinarem a troca de mediunidade e prisões.

 

· “Eis porque não tenho medo de mistificação destes aparelhos benditos de Deus. Seus bônus são luminosos porque fluem de seu plexo, que reserva, também, o seu Sol Interior e suas três naturezas. Isto digo do Apará e do Doutrinador.” (Tia Neiva, 27.10.81)

 

MOAY

 

Os moays são estátuas gigantescas de pedra, existentes na Ilha da Páscoa, e que até hoje a ciência não consegue explicar como foram feitos, transportados e erguidos, e nem para o que serviam. No livro “2000 - A Conjunção de Dois Planos”, Amanto explica, em viagem à região denominada Omeyocan (*), o que Tia Neiva viu: por baixo das águas haviam complicadas construções de pedra, muitos túneis e grandes abóbadas; na superfície, as grandes estátuas - os moays. Segundo Amanto, elas tinham várias finalidades, inclusive serviram como portas indicativas, pois sob algumas delas existem entradas para câmaras subterrâneas. Muitas seriam colocadas em outras regiões do planeta, como indicativas, mas a desintegração dos Tumuchys (*) veio antes, e elas ali ficaram, algumas até semi-construídas somente.

 

MORSA

 

1. MORSAS DO UNIFORME DE JAGUAR - São aquelas cruzes que, no uniforme de Jaguar, estão colocadas lateralmente, nas mangas das camisas e das blusas, formando um ponto de captação de energias. Recebem as forças diretamente de Tapir, de uma região chamada Campo das Morsas. Não há como realizar um trabalho equilibrado se o médium estiver sem elas. Pelas morsas chega uma força individualizada, dosada de acordo com as necessidades do trabalho e as condições apresentadas pelo médium, independente de sua vontade e não sofrendo qualquer influência, impregnação ou interferência dos espíritos encarnados ou desencarnados.

 

2. MORSAS DA CRUZ DO CAMINHO - São panos brancos que são colocados no pescoço do Doutrinador, na Cruz do Caminho, e devem ficar com suas pontas caídas nas palmas das mãos, devendo ser cruzadas quando o Comandante pedir. A função delas é provocar um enfraquecimento da corrente de incorporação, porquanto não há incorporação do Povo das Águas mas, sim, uma passagem das energias, diminuindo muito a sensibilidade do Apará a alteração do fluxo da energia provocada pelo cruzamento das morsas.

 

MORTE

 

VEJA: DESENCARNE

 

MUDOS

 

Segundo o filósofo chinês Mêncio, “os olhos e os ouvidos não têm por função pensar, e estão sujeitos a serem turvados e embotados pelas coisas que os afetam. Mas pensar é função da mente, que pode também ser turvada e perturbada pela emoção, trazendo dificuldades para a livre expressão do pensamento.” Quando nos referimos aos “cegos, surdos, mudos e incompreendidos” não estamos falando de alguma deficiência física, mas, sim, sob o aspecto espiritual, vibracional. Aquele que é portador de uma deficiência física está cumprindo a Lei de Causa e Efeito, o seu carma (*), e só podemos ajudá-lo fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta, sua provação. Mas nossa missão inclui aqueles que têm deficiências que os levam a não ver, a não ouvir, a não falar e a não entender as lições da Espiritualidade Maior, e que podem ser curados pelas vibrações de amor, pela tolerância e pela humildade. Os mudos que nos preocupam , em nossos trabalhos, são aqueles que não conseguem emitir seus sentimentos, suas vibrações, ficando sem se relacionar com o mundo e sendo vítimas de seu próprio íntimo. Também é preciso lembrar que o trecho da Prece do Apará, em que se roga a Deus “tira-me a voz quando, por vaidade, enganar os que me cercam” não significa ficar mudo, sem voz, mas, sim, ser tirada a Voz Direta da Espiritualidade daquele médium, que passa a agir por simples animismo ou a ser instrumento de espíritos sem Luz, que se fazem passar por Mentores. (Veja: PALAVRA)

 

MULHER

 

A menina, após a puberdade, completada a formação de seu plexo físico, torna-se mulher, isto é, tem o seu desenvolvimento físico adequado à gestação, ou seja, à perpetuação da espécie humana. Muito se discute em relação ao papel da Mulher na sociedade, e isso vem de tempos imemoriais. Embora possam se destacar na História inúmeras mulheres, como a primeira rainha egípcia Hatshepshut (A Rainha Caprichosa), filha de Tuthmosis I, que nasceu 1.500 anos antes de Cristo, e que deixou, no Vale das Rainhas, o belo palácio Deir el-Bahari, dedicado a Amon-Rá; Cleópatra, a Rainha do Egito que conquistou seus conquistadores romanos Júlio César e Marco Antônio; e muitas outras que encontramos na Literatura Universal, a realidade é que, por força do próprio modo de vida violenta e aguerrida, que só agora começa a se amenizar, a Mulher se deixou ficar em segundo plano, mas, praticamente, interferindo nas decisões dos homens e direcionando suas ações. Existe um dito popular que diz: por trás de um grande Homem sempre existe uma grande Mulher! Na Doutrina, aprendemos que não é atrás, mas, sim, ao lado. Rainhas ou camponesas, esposas ou amantes, idosas ou jovens, a Mulher esteve e estará sempre como o impulso principal de todas as ações humanas. Salomão foi sábio, mas quem seria ele, na História, se não fosse a Rainha de Sabah? E foi à Mulher, em sua representação maior na pessoa de Maria, que coube a máxima missão de trazer à Terra nosso Divino e Amado Mestre Jesus, numa lição de amor e humildade do que é uma verdadeira Mãe! De modo geral, a Mulher é o símbolo do amor, da dedicação, da ternura, do perdão, do sacrifício e da sensibilidade. O plexo feminino é um imenso Universo de Paz , suave e harmonioso, que vibra a melodia universal em benefício dos encarnados e desencarnados de forma sutil e luminosa. Na Corrente do Amanhecer, a Mulher é o polo negativo das forças e correntes universais, porque ela está ligada diretamente aos Planos Espirituais. Enquanto o Homem é a força positiva, a força da Terra, a Mulher é o outro polo. Não existe movimentação de uma força com um só polo e, por isso, a presença da Mulher - que é denominada Ninfa - se faz necessária em todos os momentos e em todos os locais de trabalho. Tia Neiva sempre falou da necessidade de toda Mulher se cuidar, ser exuberante, manter sua vibração elevada, enfim, ter plena consciência de sua missão como uma verdadeira rainha. Embora a gestante exija algumas limitações e cuidados especiais, a mulher está sempre pronta para o trabalho, não havendo qualquer restrição à mulher nem mesmo durante o período de menstruação. (Veja: ESCRAVA, GESTANTE, NINFA e NINFA MISSIONÁRIA)

 

· “Queridas, muito queridas: Idéias, sentimentos sufocados na saudade, é o que revela a Mulher do Século XX. Majestades vindas curtidas pelos grandes amores da História, de vidas transcendentais. Este o meu conceito da Mulher do Século XX! (...) Sinto neste decorrer da mensagem o que sempre se traduziu na felicidade da Mulher: exuberância! A Mulher, acima de tudo, deve ser exuberante, exuberante em todos os sentidos, conquistada ou conquistando. Quando o destino me colocou como a primeira mulher motorista profissional no Brasil, a minha salvaguarda foi o espírito exuberante que ressoou em mim. Ter exuberância com amor, na ternura sensual do seu quadro de Mulher, no lar ou na profissão. Devem ter o mesmo espírito desta Luz! O filho dessa mãe é criado sem traumas, é o Homem seguro, que caminha com as suas próprias pernas, sabendo que tem a segurança de sua bela mãe e não uma “trágica mamãe”! Todas as Mulheres são belas, desde que vivam o espírito confiante transcendental. A Mulher nunca deve se sentir abandonada, mas, sim, realizada. Somos atores, de uma galáxia a outra, e a artista não pode fraquejar. É a continuação de uma jornada na qual só os que confiam em si chegam, chegam às suas origens, em Deus Pai Todo Poderoso. Na realidade, o abandono é o fato resultante de se seguir àquele que, naturalmente, não tem a mesma evolução. Os grandes amores vivem da transmutação de forças iguais. Não existe frigidez da Mulher - como me dizem -, mas sim o seu distanciamento. Queridas, quando chegamos a esta realidade, renunciamos às paixões e nos libertamos dos falsos preconceitos.” (Tia Neiva, 9.4.81)

 

MUNDOS

 

Em nossa condição de encarnados, temos a considerar três mundos que formam o nosso Universo: o mundo visível, o mundo invisível e o mundo espiritual. O mundo visível é o físico em que vivemos com nossos sentidos, aprendendo a conhecê-lo melhor com nossas observações visuais e auditivas, ampliando nosso saber sobre os seres dos três reinos da Natureza. Existe, porém, o mundo invisível que nos cerca e faz parte, também, da Terra, com estrutura molecular, organizado e regido por suas leis, com cidades, escolas, albergues, hospitais, templos, colinas, montanhas, lagos, rios e cacheiras, com céu e terra, claros ou obscurecidos, coexistindo simultaneamente com o nosso mundo físico, ocupando espaços intermoleculares deste mundo, de modo que podem existir superposição de construções de um e de outro sem qualquer problema. É um plano constituído de matéria rarefeita mas obedecendo as leis da dinâmica universal. O mundo invisível não reflete a luz solar, nem os sons e nem o calor do mundo físico. Na obra de André Luiz, psicografada por Chico Xavier, temos uma detalhada descrição de uma cidade de transição - Nosso Lar -, que se situa sobre a cidade do Rio de Janeiro, no plano da Terceira Esfera acima da crosta terrestre, logo acima do Umbral, sendo uma das muitas que existem em torno da Terra. Um sólido do mundo físico pode ter sua formação molecular alterada e tornar-se invisível, atravessando corpos sólidos e, depois, ser reintegrado em seu estado físico. Essa alteração molecular pode ocorrer em corpos do mundo invisível, tornando-os visíveis para nós, como acontece com a materialização de espíritos que ali habitam, em números fantásticos, sem condições de seguir para os planos espirituais, e que vivem da manipulação das energias produzidas na Terra. Eles não podem produzir essas energias, e então as absorvem dos encarnados, fazendo essa captação por via da mediunidade, induzindo à formação de correntes mediúnicas sintonizadas com eles, iludindo os seres humanos de forma a que pensem que aquele mundo invisível é o mundo espiritual. Dependendo da intensidade do ectoplasma absorvido, são capazes de se materializar no mundo físico, desencadeando fenômenos que são confundidos, muitos deles, com visitas de naves e personagens extraterrestres. Uma grande parte deles forma o Vale das Sombras (*). Não têm condições de encarnar no mundo físico e, por isso, assumem a função de obsessores dos encarnados na Terra. Não têm uma estrutura mental que lhes permita concepções superiores às nossas e sua percepção é muito reduzida em relação à nossa. Embora falem muito em Deus, para causar confusão na mente humana, dificilmente falam em Jesus. O mundo espiritual é uma realidade presente e de todos os tempos, procedência dos espíritos que nascem na Terra e destino dos que aqui desencarnam, e é onde habitam os espíritos e princípios vitais de animais e plantas na grandiosa espiral evolutiva. Sua compreensão e entendimento são feitos de modo individualista, conforme a experiência de cada um, colocando-se acima de quaisquer conceitos que possamos formular, pois, nessa tentativa, caímos no antropomorfismo. É assimétrico, irregular e atemporal, onde não existe passado, presente e futuro, mas sim a eternidade. Podemos nos valer das imagens que nos são transmitidas pelos seres que ali habitam - os Espíritos de Luz - e pelas próprias palavras de Jesus, nos Evangelhos, quando nos são revelados alguns aspectos dos Céus, uma das denominações do mundo espiritual, considerados como a morada eterna dos justos, numa reunião final com Deus, o verdadeiro paraíso. O mundo espiritual é a recompensa para os espíritos que concluem sua jornada na Terra, após terem reajustado com seus cobradores e, pelo amor, tolerância e humildade, conseguido deixar livres seus corações de todos os pesos terrestres. Jesus nos ensina a guardar nossos tesouros nos Céus (Lucas, XII, 33 e 34): “Vendei o que possuís e dai-o de esmolas; provede-vos de bolsas que não envelhecem, de tesouro inexaurível no Céu, onde não chega o ladrão e a traça não rói. Porque onde está o vosso tesouro, aí estará, também, o vosso coração”. Na Epístola aos Colossenses (I, 10 a 13), Paulo escreveu: “Para que andeis dignamente diante de Deus, agradando-lhe em tudo, produzindo frutos em toda boa obra e crescendo na ciência de Deus, confortados em toda espécie de virtude pelo poder de Sua glória, em toda a paciência e longanimidade, com alegria, dando graças a Deus Pai que nos fez dignos de participar da sorte dos Santos na Luz, que nos livrou do poder das Trevas e nos transferiu para o reino de Seu Filho muito amado”. Na Epístola aos Hebreus (XI, 13 a 16), Paulo lhes fala da jornada daquele povo, de seus profetas e de seus mártires: “Na fé morreram todos estes, sem terem recebido as promessas, mas vendo-as de longe e saudando-as, e confessando que eles eram peregrinos e hóspedes sobre a Terra. Pois, os que assim falam, demonstram claramente que buscam a pátria. E se eles tivessem em mente aquela pátria de onde saíram, teriam, por certo, o tempo necessário para a ela tornarem. Mas eles aspiram por outra pátria melhor, isto é, a celestial. Por isso Deus não se dedigna de se chamar Seu Deus, porque lhes preparou uma pátria! “ Este conceito de Céus, paraíso, e, enfim, do mundo espiritual como sede dos Espíritos de Luz, é generalizado através dos tempos e por toda a Terra, mudando somente sua denominação pelos diversos idiomas, mas mantida a idéia básica.

 

· “Eram apenas dez horas da noite quando senti uma forte tonteira. Fui me deitar e ouvi, sentindo coisas diferentes, palavras sem nexo. Me foi difícil entender que estava em um núcleo de Jesuítas. Tudo por amor. São atrasados porque estão enclausurados na Igreja de 1500. Porém vivem e possuem bons reflexos. Uma grande falange: homens e mulheres. Os homens como frades, com pesados hábitos cinzas; as mulheres com o mesmo hábito, sendo bege. Rodavam em cima de elipses. No centro, uma enorme elipse de água, sem água ou energia. Fui presa, sofri muito... sofri como nunca sofri! Cheguei a pensar que a vida tinha terminado ali. Depois, o grande bispo me chamou e foi suavizando: “Tia Neiva, salve Deus! Somos jesuítas e queremos informações da Terra”. Depois retificou: “Digo, da outra dimensão. Estamos no interior da Terra e só seremos libertados quando houvermos descoberto tudo aquilo que enterramos.” Ó, meu Pai Seta Branca! - Gritei. “Sim, Tia Neiva - continuou - Amamos o Seta Branca. Ele é a nossa paz e é a nossa esperança. Nos diz que breve sairemos daqui. Pela sua vontade já teríamos saído, porém, só sairemos depois que tudo que enterramos seja descoberto!” Lindos cantos eu ouvia enquanto falava com eles. Só sei que me senti dentro da Terra, como se ela fosse oca; isto pela segunda vez. Salve Deus! Porém, não com tanta precisão como ontem.” (Tia Neiva, s/d)

 

MURANOS

 

Os MURANOS, de acordo com as mensagens de Tia Neiva, em 5 e 22.3.83, deverão manter e organizar a parte física no horário de DESENVOLVIMENTO DOS MÉDIUNS.

 

COMPONENTES: Dois Trinos mais os Cavaleiros e suas escravas (Muranas) que se decidirem por assumir essa responsabilidade.

 

ATRIBUIÇÕES:

 

· Organizar o corpo mediúnico nos dias de Desenvolvimento;

· Verificar o bom funcionamento das instalações - som e iluminação;

· Informar-se sobre a necessidade de reparos físicos no Castelo da Autorização;

· Integrar-se com os Coordenadores dos Grupos de Desenvolvimento, contribuindo com sua participação nos trabalhos.

 

Os Trinos Muranos deverão comunicar ao Adjunto Maior as ocorrências dentro de seu grupo e as que se referem às suas tarefas. O Grupo deverá se conscientizar de sua missão e, em reunião, escalar Trinos e Cavaleiros para a execução de suas tarefas, de maneira que todos os dias estejam, no Templo, representantes do grupo, observando, primeiramente, à escala do Executivo ou do Adjunto.

 

· “Meus mestres e meus filhos que vão assumir essa nobre responsabilidade: espero de vocês o amor nas maneiras, na Lei, nas ordens e na execução de suas tarefas. Espero que se recordem sempre de mim quando estiverem impacientes em suas atribuições, com as falhas dos outros. Lembrem-se, sempre, de que entre ele e você, estarei eu. Lembrem-se das palavras que digo a vocês quando não estão certos, quando têm algum erro na Doutrina: MUITO AMOR! Meus filhos, com o amor conseguimos o discípulo amigo, humano, evangélico. Esqueçam, sempre, que vocês são a Lei e que a Lei existe. Vocês são a palavra, a minha palavra, com -0- em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 5.2.83)

 

FALANGE MISSI0NÁRIA MURUAICYS

 

Quando em Delfos, Pitya escolhia jovens, cujos maridos estavam nas guerras, para auxiliá-la em sua missão. Eram as Yuricys - Flores do Campo -, que socorriam os combatentes nas planícies macedônica e peloponense. Todavia, como não incorporavam nem profetizavam, Pitya recomendou que fossem preparadas as Muruaicys e Jaçanãs, moças fugidas do assalto de tropas mercenárias, que teriam a missão de fazer as profecias no Templo de Apolo. Assim surgiram as Missionárias Muruaicys, que, portando a Chama da Vida, ajudam no socorro e na cura da Humanidade perdida e ferida espiritualmente na malsinada batalha pela posse das coisas materiais. Trazida por Mãe Yara em outubro de 1978, a falange foi consagrada no 1º de Maio de 1979, tendo como Primeira a Ninfa Lua Risoleta (Rilza). A partir de 1982, as Muruaicys ficaram sob o comando da filha de Koatay 108, a Ninfa Lua Carmem Lúcia, e sob a Regência de seu Mestre Albuquerque, Trino Herdeiro Ypuara. As Muruaicys têm, como funções específicas, abrir e fechar os portões das Cabalas e nos rituais e Sandays, mantendo-se em honra e guarda nestes locais, e levar a força das Muruaicys do Espaço à corte das noivas, nos casamentos. Em sua capa, a Muruaicy tem a Cruz de Ansanta, símbolo egípcio da Sabedoria da Vida e da Morte, que também simboliza a abertura dos portões que dão acesso ao ambiente iniciático, a abertura dos caminhos. É sempre necessária sua presença nos Sandays e rituais como missionárias portadoras de poderosa força desobsessiva. Como descreveu Koatay 108, as falanges missionárias agem, harmoniosamente, em conjunto: as Muruaicys vão à frente, abrindo os portões magnéticos do Vale das Sombras e das cavernas, onde se encontram espíritos que, por sua força e ferocidade, se apresentam deformados pelo ódio, por sua vibração negativa, assumindo tristes formas animalizadas e até mesmo monstruosas. As Muruaicys jogam seus charmes, emitindo lindos mantras que vão iluminando aqueles espíritos e estes, como que hipnotizados, vão deixando os negros abismos e se aproximando dos portões. Junto aos portões, as Madalenas fazem uma espécie de poços de lama etérica, escura e pegajosa, nos quais mergulham, ficando irreconhecíveis, com aspecto semelhante ao daqueles espíritos sem luz. Quando os espíritos sofredores as vêem, tentam agarrá-las, supondo serem da mesma concentração que eles. É o momento em que as Cayçaras lançam suas redes magnéticas, aprisionando-os e, com a proteção dos Cavaleiros de Ypuena, os levam para serem atendidos, sob a força do Cavaleiro da Lança Vermelha, na Estrela Candente, onde recebem o choque da força magnética animal emitida pelos médiuns escaladores e a doutrina - o ectoplasma dos Doutrinadores -, sendo elevados aos planos de acordo com seus merecimentos. Segundo Carmem Lúcia, “a Cabala representa tudo em nossa Doutrina. Segundo Tia Neiva, trata-se de um leito de forças decrescentes, no qual descreve as cores básicas da fita que utilizamos para o trabalho na Lei do Auxílio. Só é possível conhecer os segredos da Cabala àquele que já ultrapassou os limites primários de si mesmo e ama incondicionalmente. O amarelo - vida, representado aqui pelos Mestres Adjuração - os Doutrinadores; Sol - ouro - Anoday. O lilás - cura, representado aqui pelos Ajanãs/Aparás. É a junção de forças dessas duas partes por uma força divina. A Cabala representa o símbolo máximo que permite acesso à vida iniciática ou ao salão iniciático. Lua - prata - anodai - sabedoria. Diz-se que depois que um discípulo passar por todas as provas, ele é conduzido ao portão de entrada. O cálice - símbolo iniciático do invólucro exterior que guarda o sangue (vinho) que se eleva, representa força vital, energia. O vinho - suco de uva - simboliza o sangue, força vital, força magnético-animal, energia, base molecular do plasma mediúnico. A chama - Chama da Vida, o prana. É a junção de tudo que dissemos acima. É a manipulação do carma que permite acesso à Luz quando encarnado - eternidade.” Os prefixos das Muruaicys são Iule e Iule-Ra.

 

CANTOS DAS MURUAICYS

 

1. Salve Deus! Ó, Jesus, sinto nesta bendita hora a força do Jaguar, que se eleva na plenitude, abrindo o Ciclo Iniciático para uma nova era! São luzes, mestres, que se harmonizam na grandeza e no amor, emitindo a consolação aos menos esclarecidos, desenvolvendo-se e abrindo a faixa transcendental para a realização de um poder iniciático que se levanta para proporcionar ao mundo um desenvolvimento doutrinário. Neste instante, eu vejo o Sol e vejo a Lua. Lua! Mestres Lua! Lua Consagração! Ouve o canto da menor de tuas servas, teu Raio Muruaicy, que te venera e te implora o amor de quem me fez chegar até aqui! Mestre Adjunto Rama Trino Tumuchy! Mestre Adjunto Rama Trino Araken! Mestre Adjunto Rama Trino Sumanã! Mestre Adjunto Rama Trino Ajarã! Mestres Luz! Mestres Adjuntos Ramas, Raios de Simiromba, meu Pai! Mestres que governam neste plano original e iniciático! Recebei, neste instante, tudo que nos cabe, da Falange de Yemanjá! Do poder e da grandeza, Mestres Trinos, da constância e do amor, que nos conduziu até aqui, nos dando o poder desse Adjunto que a perseverança dos seus espíritos formou esta força na qualidade de Adjunto, que traduz ao mundo a paz, a tranquilidade e a esperança de um breve Terceiro Milênio. Adjunto Koatay 108! Sou eu quem te falo ...(nome)... , representante de minhas irmãs. Digo fervorosamente: Acredito em ti! Acredito em ti porque és a luz deste Amanhecer! Príncipes, Magos, Mestres Jaguares! Que as forças que vêem de Deus vos consagre e ionize! Povo abnegado de Deus! Removendo o Velho Mundo, revivendo a Velha Tribo de Esparta, Katchimoshy, dos Impérios e do Brasil Colônia. E hoje reunidos neste planalto, na força e no amor reunidos no Vale do Amanhecer, esta grandeza absoluta que se chama Adjunto Koatay 108, emitam, Mestres Adjuntos, emitam o Sol doutrinário iniciático em nossos corações. Salve Adjunto Koatay 108! Que a perseverança no espírito da Verdade encontre acesso em teus corações porque, Príncipes deste Amanhecer, não vos esqueceremos. E nesta bendita hora, venho trazer a mensagem de nossa Mãe Clarividente, que nos pede o amor, a humildade e a tolerância na abertura desta Unificação. E é na força de Olorum, que vos traz a menor de tuas servas, teu Raio Muruaicy, desta Congregação. Salve Deus, Mestres Trinos do Amanhecer! Meus respeitos, com ternura, minha Mãe Clarividente! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Salve Deus! (30.4.79)

 

2. CANTO NO LEITO MAGNÉTICO, NO ABATÁ, NO ALABÁ, NA CHAMA DA VIDA E NO TURIGANO: MEU DEUS TODO PODEROSO, AQUI EU VENHO PEDIR! SÃO FORÇAS, SENHOR, E EU TE VENHO FALAR. HOMENS DE MINHA TRIBO, QUE NECESSITAM DE TI NO PODER DA FORÇA ABSOLUTA, A ENERGIA DO JAGUAR, A HARMONIA ENTRE ELES, JESUS, O PODER UNIVERSAL, OS CONSELHOS DOS VELHOS SÁBIOS, OS ALBERGUES DAS NOITES DE LUAR. O ANODAY E O ANODAÊ, AS PÉROLAS DOS SANTOS ESPÍRITOS E DOS ANJOS DE YEMANJÁ, DO TEU SIMIROMBA. Ó, BOM DEUS! Ó, SIMIROMBA MEU PAI! ESTA É A HORA DA TRIBO, É A HORA DO JAGUAR, QUE EM NOME DO PAI E DO ESPÍRITO, SALVE DEUS!

 

3. CANTO NA ABERTURA DOS PORTÕES:

 

- NA CRUZ DO CAMINHO: “Salve Deus! Eu, Missionária Muruaicy, nesta bendita hora, venho pedir a permissão ao grandioso espírito de Yemanjá para a abertura do portão da Cruz do Caminho. Salve Deus!”

 

- NO ORÁCULO DE SIMIROMBA: “Salve Deus! Eu, Missionária Muruaicy, venho em nome de Deus Pai Todo Poderoso, pedir a permissão do nosso querido Simiromba de Deus, Pai Seta Branca, para a abertura do portão do Oráculo. A minha missão é o meu sacerdócio. O Senhor está comigo. Salve Deus!”

 

- NA UNIFICAÇÃO: “Salve Deus! Eu, Missionária Muruaicy, venho em nome de Deus Pai Todo Poderoso e dos Grandes Espíritos do Reino Central, e em nome de nossa Mãe Clarividente, pedir a devida permissão ao grandioso espírito de Yemanjá para a abertura do portão da Unificação. Salve Deus!”

 

OBS.: A Muruaicy faz sua emissão antes do canto e, tão logo termine sua emissão, diz: TRAGO O CANTO DA MURUAICY PARA MELHOR VOS SERVIR! No Oráculo, antes da abertura dos portões, a Muruaicy faz sua emissão e o canto.

 

· “As Muruaicys ficavam limitadas aos contatos. Representavam Pitya, anunciavam sua presença e andavam com uma lança. Como respeito, cada dinastia recebia a cor de uma lança. Eram endeusadas pelos filósofos que adoravam Pitya pelo Deus Apolo. Eram inteligentes e sagazes, tornando-se figuras místicas, diferentes das outras.” (Tia Neiva, s/d)

 

MURUMBUS

 

Segundo o Trino Araken, em aula de 18.6.81, os Murumbus são bandidos do espaço, espíritos terríveis comandados pelo espírito que foi encarnado como o Cardeal Richelieu, na França, que agem no Umbral e atacam todos aqueles que se deixam ficar perambulando pelas regiões sombrias, sem se protegerem em um Albergue, e escravizam outros espíritos. Quando um deles tem um reajuste com um ser encarnado, em qualquer época, se acrisola e se torna um elítrio (*), causando malefícios terríveis, mas que pode ser libertado pelos trabalhos de nossa Corrente.

 

· “A corrente se desequilibrou. As coisas estão tomando um triste rumo. Vamos pedir a Jesus pelo sofrimento resultante do amor às almas em fogueira. Se cada um conhecesse sua ignorância, quanta coisa pensaria fazer pelo homem. Hoje, quando vi os Murumbus que, até então, estavam presos pela corrente, tive medo do desespero que eles podem fazer neste mundo ou nestas imediações. Graças a Deus os mestres se juntaram na Mansão dos Encouraçados na Terra. Estamos nós reunidos, pela benção de Deus, porque é o maior lugar onde se pode manipular a força do Jaguar. Esta noite morreram mais assassinados. Quem não pode dizer que é a força dos Murumbus?” (Tia Neiva, 21.10.78)

 

MURUSSANGIS

 

Pertencentes à Falange dos Omulus, se apresentam como caveiras, comercializando com o Vale das Sombras e aplicando a Lei Negra. Verdadeiros vampiros, assumem a forma de elítrios para suas cobranças, fixando-se nas costas de suas vítimas, das quais vão sugando a energia. Quando são desprendidos pela força de um trabalho desobsessivo, partem revoltados e brigando com os Mestres que realizaram o trabalho, deixando marcas, embora passageiras, no físico dos Aparás (tosse, garganta irritada, azia, etc.).

 

MUTUPY

 

O Mutupy é uma espécie de mapa cartográfico da Terra usado pelos Tumuchy, onde estão registrados os acidentes geográficos, as reservas minerais, as situações de florestas, áreas agrícolas e os diferentes graus de adiantamento civilizatório do nosso planeta. Com base nas relações interplanetárias com a Terra e nos pontos energéticos do planeta, foram erguidas as grandes construções do Egito, do Yucatan, dos Andes, etc. Com os conhecimentos passados por alguns grupos tornaram-se realidade os Grandes Descobrimentos dos Séculos XIII e XIV, especialmente os que se basearam no famoso Mapa de Piri Reys, que continha detalhes dos continentes e do Ártico e da Antártica que somente na atualidade, com a prospeção feita por satélites, se tornaram identificáveis e surpreendentemente corretos.

 

MUYS

 

Na linguagem das Cavernas, muy significa “maldade” e designam espíritos de baixo padrão vibratório que atuam sobre as pessoas fazendo com que fiquem com desagradáveis sensações de sufoco e muito mal-estar. São pequenos - entre 60 e 70 centímetros de altura, e estão começando a se materializar, isto é, podem ser visíveis, especialmente em trabalhos mal conduzidos. Não são bandidos do espaço, mas estão sempre juntos a essas falanges, para se aproveitarem de suas vítimas, sugando-lhes energias e dando continuidade ao trabalho de vampirismo de outras entidades das Trevas. Com a Elevação, o Doutrinador os desintegra.