NÃO ESTOU A VENDA – parte dois

Como eu disse e provei aqui nos trabalhos quando eu senti esta amarração difícil. Eu estava tão enrolado espiritualmente que minha visão estava turva e sem poder ver o que estava acontecendo. Eu nem sabia que trabalho seria feito.

Foi quando Humahã chegou e tão logo me colocou em ordem. Foi me dizendo que os trabalhos seriam como ele instruía. Na vidência espiritual a gente vai recebendo ordens para não cair nas armadilhas destes seres que não sabem o que fazem.

Conforme orientação espiritual de Humahã, primeiro uma limpeza no templo, depois um trabalho dentro do aleda dos tronos, onde ele foi reger esta força absoluta da unificação. As lanças estavam na pira e ele pediu para entregar para as ninfas balizas para desintegrar as correntes negativas. Orientando o trabalho foi desassimilando o meu eu interior. Ele retirou aquelas amarrações que estes espíritos fizeram nesta madrugada, os tais homens de preto.

Ele pediu a minha presença no aleda para registrar a presença do Cavaleiro Feranto Verde Randie, e assim formar esta sintonia com o Grande Oriente de Oxalá. Tudo certinho como eu queria que fosse. Após a sua desincorporação Mãe Iara veio abençoar este trabalho e o templo.

Sabe, jaguares, eu estava tão amarrado que quando tudo foi desfeito as minhas pernas tremiam. Não era medo, não era frio, não era nada além de que foi retirado aquele peso. Sabe quando você caminha uma longa distancia carregando um peso em suas pernas, pois foi bem assim que eu senti.

Minha ninfa também recebeu a sua cura, porque meus mestres, somos dois polos, e se um cair o outro cai também. Eles tentam induzir ao erro um dos polos porá que o templo feche suas portas e assim eles tomem conta da casa de Seta Branca.

Do jeito que estava não podia continuar. Eu não vendi a minha alma e não permito que ninguém faça isso. É muito fácil falar e fazer, mas como é difícil desfazer. É como nosso carma que juramos, ele não se desfaz, ele continua nos cobrando centil por centil.

Vejam como é viver uma vida de impactos. Não é somente colocar seu uniforme e sair por aí batendo no peito, é mais delicado, é mais tcham. Para se chegar a este estágio nós passamos pelo fundo da agulha. São tantas provações que se o mestre pensar direito ele desiste antes de começar. Por isso que esta tribo foi escolhida, porque não temem as suas próprias falhas. Estão lutando para mudar seus destinos.

O que eu faço é com consentimento da espiritualidade. Para quem não vê nem o seu chapéu não pode sair por aí desfazendo uma obra que desconhece. Infelizmente temos muitos gregorinhos na missão que só veem o seu lado.

O trabalho estava tão bom dentro de uma energia sensitiva que regia este comando de hoje. Todos receberam as perolas divinas. Todos foram abençoados. As lanças voltaram para a pira.

Nada mais restando para o encerramento, Mãe Iara agradeceu e assim os trabalhos foram encerrados.

Salve Deus!

Adjunto Apurê

An-Selmo Rá

22.05.2021

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!