TEMPLO CHEIO
Ao abrir a corrente o templo foi ficando pequeno para tantas imagens que vieram hoje trabalhar.
Eu ficava vislumbrando o vai e vem das entidades atendendo aos espíritos. Um chefe de terreiro chegou com seu povo pra passar no templo. Foram bem recebidos com respeito dentro da razão incondicional. Eu ensino que a lei do amor pode ser interpretada de diferentes formas. Um amor salva ou mata.
Amar um erro de um filho o desencaminha passando a conviver com os erros. Muitas vezes a voz da razão dentro do amor salva uma pessoa que passa a ter consciência do caminho da verdade.
Hoje eu assisti um exu desafiando um doutrinador. Só que eu de longe estava assistindo o desenrolar daquela cena. O exu veio desafiar e foi enquadrado pela força doutrinária. Aqui não medimos força, mas não podemos ser coagidos como se nós fossemos intrusos.
A doutrina da razão mostrou onde estava o erro, pois o amor não abria o padrão mental. Acrisolado no poder de ser chefe não respeitava ninguém. Antes de tudo nós somos doutrinadores e não bonecos inanimados reagindo com descaso sem saber o que se passa.
Muitas vezes aquele que debocha acaba levando toda aquela carga em seus ombros como forma de reparação.
Eu não brinco de Mestre. Eu respeito tudo e todos, mas não venham desfazer da casa de meu pai.
Tião veio buscar a falange que amarrados pelos cavaleiros foram entregues a ele.
O templo estava muito iluminado.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
18.06.2022
