MÃE D’ÁGUA

MÃE D’ÁGUA
Ela vive no fundo dos rios, das águas encantadas.
Eu fui pedir sua benção para meus irmãos que necessitam sobreviver neste mundo tempestivo. Onde impera a força bruta, força motriz da vida.
Eu cheguei até esta divindade pelos caminhos das matas, dos ventos e da lua. Levei comigo um irmão, filho de Seta Branca, engenheiro civil que mora aqui perto deste templo do amanhecer. O motivo era abrir seus caminhos materiais.
Eu não peço muito, eu peço que a vida sorria e as portas se abram. Ao bater na porta empresarial ela se abriu dando qualificação ao processo e assumindo seu papel profissional.
Como foi difícil arrastar comigo porque envolve situações carmicas que se prendem pelo tornozelo atrasando a liberação e com isso a evolução em dois campos param.
Mãe d’água é um espírito livre das amarras que sustenta seu reino fora deste mundo, mesmo estando dentro do reino animal é imaterial.
A fluidificação das águas em cânticos antigos procedentes da magia natural.
Eu a vi com meus olhos espiritual e digo que ela é o movimento das águas. Minha esposa já a viu nas águas de Belém, Pará, quando criança mergulhada em um córrego cristalino.
Toda de branco com seus enormes cabelos pretos que se esvaiam nas águas.
Eu fui espiritualmente pedir sua proteção. Na terra o jogo é bruto, sem alma, onde impera a necessidade de se dar bem. Cada qual puxa sua corda conforme sua necessidade.
Ao trazer seu espírito comigo já lhe dei o passaporte dos caminhos espirituais. Para tudo tem que ter alguém que abra as portas seladas.
Agora estamos vivendo um retrocesso espiritual. Ninguém trás nada e ninguém faz mais nada. Por mais que eu busque a melodia astral a terra não escuta. Os mantras em forma de arco-íris são iguais as aréolas boreais. São frágeis ondas assimétricas em movimento constante e contínuo. Não se toca, mas se vê e ouve o infinito silvo.
Mantras coloridos verticais.
Eu não posso deixar a terra consumir os desejos de paz e prosperidade. A luta é igual para todos. Se não lutar pelo pão de cada dia morrem por inanição, onde o próprio corpo come seus tecidos. Agora imaginem um espírito nesta condição de inanição. Sendo espírito não tem matéria física ele se apaga. Ele se torna um fluído sem vida.
Vocês nunca viram como se acorda um espírito morto psíquico espiritual. É no chicote magnético. Eu conheço como mongol, uma massa inerte que se um apara incorporar ele morre. Por isso os mediuns aparas devem ter muito cuidado com suas mediunidades. É um processo degenerativo físico espiritual.
Tem muitas coisas que desconhecem porque estão muito preocupados com a terra. Só enxergam a terra enquanto o céu se move ao futuro. Tirem as vossas vizeiras carmicas, olhem para o céu, sintam Deus no coração.
Eu sei quanto é difícil lidar com a mediunidade. Se começaram a trabalhar mediunicamente para desvendar seus enigmas e segredos e pararam no tempo a espera de que alguém lhe traga solução ou um copo com água, então já estão mortos.
“Que os mortos enterrem seus mortos”. Jesus.
A videira da vida oferece seus frutos e seu suco sagrado em forma purificação do sangue.
“Oh! Jesus! Este é o teu sangue que jamais deixará de correr em todo o meu ser, ninguém jamais poderá contaminar-se por mim”.
Esta aliança jurada no cálice da vida eterna é o segredo do Cristo Nosso Senhor.
Jamais seremos pagãos, pois nosso padrinho espiritual é Seta Branca nosso pai.
Assim eu fiz e está feito.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
04.05.2022

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