PORTA OU PORTAL

PORTA OU PORTAL
Como é difícil reencontrar a sua porta. Quando ela se fecha fica complicado saber onde irá abrir. É como a plataforma de Alcântara de lançamento da terra. A precisão na abertura é que transporta com segurança os tripulantes.
Eu construí esta plataforma com muito trabalho. Dediquei quase uma vida na impregnação das minhas energias para mantê-la aberta. Com o fechamento forçado perdi o momento certo de quando iria abrir. Agora pelo que vejo terei que abrir outra.
Eu passei por uma meio espremido, como digo, no limite, mas não é a mesma que tinha com tanta liberdade.
Quando você cria um sistema que se liga ou interliga você é responsável pela manutenção dele. Para criar um caminho de passagem é preciso muita afinidade com o mundo dinâmico.
Eu diria ser igual a emanação do espírito sobre o físico. Imaginem um hotel onde centenas de pessoas passam por ali e vão deixando as suas emanações pairando no etérico plano. É uma energia sedimentada que ao ressecar a camada protetora do espírito ela se desprende e vai se acumulando. É como um pão seco que ao apertar ele esfarela.
Heranças transcendentais absorvem esta sobra de energia.
Eu até poderia agilizar este transporte e cultivar minha alma para partir sem a cápsula astral. Haveria muito choque no relógio espiritual. O vórtice sofreria uma atuação indireta. Agora eu vejo que nem todos passam pelos caminhos entre os ciclos. Eles vivem aqui mesmo neste plano secundário da terra. Saem dos corpos e não sobem. É outro mundo preso a camada superficial.
Eu passei por ele e vi que tudo são paixões que transbordam os sonhos. É algo inusitado estar em uma camada entre a realidade e a ilusão.
Eu estou negociando uma nova porta. Tudo tem preço. Não valores monetários, mas bônus espirituais que são mais valorizados que nunca.
Quando estamos sendo oprimidos pelas cobranças nós sentimos falta de Deus. Os templos são bases de atração e retração. Quando um médium se afasta por muito tempo de sua missão seu espírito vai criando uma crosta. Eu vejo como aquele pão ressecado. O esgotamento da energia fluidica deixa o espírito velho. Eu vi muitos jaguares se afastando por problemas insignificantes e caindo no ostracismo da ausência. Após receberem um chamado, dor, voltam correndo para aliviar a tensão da corda. Como dão trabalho para limpar suas auras.
Muitos conseguem voltar, outros não. Cada qual é dono do seu nariz e deve mantê-lo no seu lugar.
Eu tenho tanto para mostrar através dos fatos vivenciados nesta linha mater que nesta vida seria pouco tempo. É inacreditável os velhos inimigos se dizendo amigos. Quando você dá a sua mão e ela fica suspensa no ar. A traição que sempre falo. O acreditar e não acreditar.
Uma vez eu com minha ninfa estávamos trabalhando nos tronos e atendendo uma mãe e um filho. Eram tantos problemas que Jurema veio ajudar. Jurema sendo clarividente abriu a aura da mulher e me mostrou onde estava o problema. Em uma caverna, no chão, tinha um amontoado de crânios humanos dispostos como uma pirâmide. Em cada um uma vela branca acesa. Eu até levei um susto. Era horripilante e muito esquisito.
_ Você viu meu filho!
_ Vi!
Vi mas guardei para mim, já que de tratava de um trabalho de magia negra. A princesa foi modelando a aura da mulher, mas faltava algo no tocante à quebra desta concentração. Como missão fomos conduzidos a morada dela. O cavaleiro verde se apresentou e deu ordens superiores para aqueles espíritos presos pela chama nos crânios.
Foi feita uma limpeza no ambiente familiar. A criança só vivia doente. Nem saia do hospital e já era acometido por outra enfermidade.
Tudo foi feito dentro da espiritualidade. Não se faz um trabalho sem assistência. Tia quando em vida ajustada muitos lares. Ela pedia para o comandante assumir o radar, registrar na ata o endereço e os mestres seguirem para o destino. No lar abriam uma mesa evangélica especial para retirar a emanação dos espíritos. Em uma dessas casas os móveis chegavam a levitar. Lacerda estava junto quando ele simplesmente sumiu. Eram tantos espíritos dentro desta casa no vale que ninguém conseguia mexer. Tia teve que agir mexendo na camada interior. Ao transmutar aquela energia ela autorizou os jaguares entrar.
Foi assim no lar desta paciente. Do templo para a casa. Só que quem comandou foi o cavaleiro verde. Ele não deu passagem, foi feita a marcação espiritual. Se me perguntarem se eu faço isso de novo eu digo que vou repensar e muito.
Na magia não tem tempo de espera para agir. Ou você faz ou você é engolido.
Muitos jaguares ficam no b a ba de seus entendimentos e não vêem o que se passa ali no seu nariz. Ficam enfiando o nariz onde não são chamados, cutucando vespeiro. Quando explode saem correndo com medo.
Será que estamos preparados para enfrentar o que vêm pela frente.
Eu deixo esta reflexão para que abram espaço para o diálogo humano social.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
13.04.2022

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!