ANGICAL

ANGICAL
Temos dois mundos que vivem distantes mas paralelamente unidos e cada um interferindo um no outro.
Nesta noite eu vivi dois angicais. Espíritos acrisolados em um tempo distante que atuam no presente alterando o emocional.
No mundo paralelo não se invoca espíritos como na terra. Aqui para eles entrarem tem que haver consentimento e caso não haja eles agridem o sistema mediúnico.
Lá no espiritual não tem esta alteração porque já estamos na sensibilidade do eu maior.
Os espíritos foram chegando e marcando presença, digo, marcando território. O que eu vi foi a preocupação com suas presenças, o medo, pois se bobearem são presas fáceis.
O mundo abriu uma janela temporal. Esta janela só pode ser aberta no céu. Na terra não tem volta, é daqui para frente.
Foram se reunindo as transcendências conforme o ciclo. Vinham de épocas diferentes e distantes. O sol não brilha aqui, não expõe a aura por ter uma barreira intransponível. É uma película invisível como um plástico leitoso. Esta margem não deixa se ligarem diretamente ao sistema mediúnico pela ausência da personalidade.
Ao passar pela individualidade nós ficamos expostos ao período do tempo. Dizemos lapso temporal.
Chegou aqui um espírito que foi testemunha de sua personalidade e sem viver a individualidade não tem relatividade com suas heranças transcendentais.
Eu estava olhando por cima da aura, nesta dita janela, e o tempo reagiu na perpendicularidade como um pêndulo que balançava em círculos. Uma hora em linha reta e outra não.
Ao vasculhar o campo gravitacional a porta se abriu trazendo reflexo dos contemporâneos existênciais. Espíritos marcados e manchados.
A vida que se segue se comunica. Não existem mais segredos e daqui para frente a ingerência vai ser totalitária.
Naquele círculo esotérico a abrangência abriu a esfera como janelas no espaço. Estas janelas se abrem de oitenta dias e ali vibram as heranças. Os encarnados estão sujeitos as tempestades daquilo que criaram. Não se cria um conflito sem que se mexa na proposta. Eu diria assim, para se desenvolver uma nova idéia neste planeta há uma alteração no sistema. Tudo se transforma e se modela conforme a necessidade.
Para que uma pedra seja retirada de sua origem é preciso colocar outra no lugar. Compensação. Se um dos planos estiver descompensado há desequilíbrio. Assim emocionalmente cria-se um ambiente desprovido de atenção. Por eu viver assim entre dois mundos eu acabei criando um ponto de referência entre a terra e o céu. Como disse a clarividente sobre sua plataforma espiritual em ponta negra. Dali ela acompanhava as movimentações do lado negro atuando na luz. Para que houvesse ingerência de um no outro haveria necessidade de compensar. Caso haja descompensação haveria muita destruição.
Terríveis tempestades se abateriam sobre a crosta. É o que estamos observando nestes tempos em que as mudanças climáticas se fazem presente. Não se tira algo sem que se coloque outra coisa em seu lugar. A invasão de um plano sobre outro trará consequências desagradáveis para os encarnados. Vejam no amanhecer que para se tirar um objeto de um lugar há que se fazer o levantamento das forças. Tudo porque ali se estacionou uma energia, um pensamento.
Não se altera um padrão sem conhecer a intensidade da relatividade. Por isso Tia Neiva ensinou tanto sobre as leis que se prendem pelo cabide. O cabide é preso ao superior que não muda. Já a parte inferior balança como o pêndulo que falei acima. Uma bandeira soprada pelo destino.
Ao abrir o círculo eu senti a ausência da consciência. Somente a dor resultante da cobrança.
Então o angical é uma relatividade de dois planos. Aqui na terra e como no céu. Quando dois campos se abrem há um espaço que habita no interoceptivel.
Eu presenciei a remodelação do eu interior no exterior.
Assim este angical vai ser o contraste das ideologias.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
09.04.2022

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