MUNDO SUBTERRÂNEO
Ao passo de nossa evolução nós vamos descobrindo tudo a respeito desta missão da tribo do jaguar.
Desta vez foi uma viagem ao mundo subterrâneo dos homens peixes. Como tia falou da existência dos seres peixes. Eu nem sabia para onde iria e só fui descobrir quando cheguei lá. Foi uma missão de resgate e também de apresentação.
Ao chegar neste mundo, uma grande caverna nas profundezas do gelo no mar, eu me deparei com uma situação perigosa. Os homens da superfície estavam escavando o gelo quando causou um desmoronamento e com isso uma parte deste habitat foi separado. Um dos pequenos seres dourado como um peixe ficou preso em condições precárias. Minha missão era unificar, juntar este pequenino aos demais. Como foi difíci, pois quando da aproximação ele fugia e se escondia. Tentei por várias vezes e não obtive êxito até que fiz uma armadilha. Ao ele cair nesta armadilha eu consegui pegá-lo. Sua pele estava ressecada e já desbotada, não era escama, era diferente. No começo foi um susto, ele falava as minhas palavras. Era inteligente a ponto de absorver nosso idioma.
Conforme fui me integrando ao ambiente inóspito eu consegui transpor a barreira que impedia dele voltar. Cheguei com ele a salvo e tão logo encontrei a sua raiz. Ele tinha somente um irmão mais velho, pois muitos pereceram neste desabamento. O tempo separado deixou sem saber se estavam vivos ou mortos.
Ao fazer as apresentações tudo se normalizou, mas não houve festa ou comemoração, eles eram mais frios ou conscientes. Este mundo não tem luz natural do sol. É como se uma película separasse a crosta deste mundo subterrâneo.
É algo espantoso, uma evolução científica diferente da nossa. Grandes aparelhos fazem a vida deste povo peixe ser menos sofrida. O que eu conheci me deixou espantado. Quem em sã consciência vai explorar um mundo sem saber ou ter certeza que ele existe. Eu não duvido de mais nada, sim, cada viagem que faço é uma nova descoberta. O espírito é dinâmico e tem suas portas abertas para se conhecer. Só não dá valor os que não acreditam em si mesmos.
Quando eu vi os dois juntinhos este povo reunido para me combater viram que eu não fui com más intenções. Quando eu trouxe o pequenino ser houve um murmúrio que ecoou pela caverna. Eu digo caverna porque é dentro da terra, mas que é um mundo imaginável isso é.
Agradeceram esta ajuda. Ali houve uma integração, não houve motivo de revolta e indiferenças. Me levaram até a saída e tão logo cheguei no meu leito. Foi uma missão e uma aventura.
O que eu conto é o que meu espírito vive. A realidade vertical dentro da horizontal. Espiritualmente sou bem diferente do fisicamente. Sou alto e magro, uma silhueta espelhada no gelo liso polido. Eu me vi no reflexo do gelo. Quando nós estamos fora do corpo físico não conseguimos nos olhar. Sabemos que existimos pela nossa memória astral, mas não vemos a nossa imagem. Somente ali eu consegui me ver.
Vemos pelos olhos do espírito tudo ao redor, menos a nós mesmos.
Como se diz: se eu respiro é porque eu existo.
Tem tantas coisas a serem descobertas e a terra vive seus obstáculos como se nada mais existisse. Apaziguamento dos seres peixes. Vi também que muitos deles estão sobre a terra causando destruição, sim, eles tinham um plano para destruir a superfície e poderem habitar. Acho que alguma coisa vai mudar, nem todos os seres encarnados são maus. Claro que existem os incompreendidos que se acham donos do mundo. O levante deste povo será pela paz, nem que a guerra seja um caminho de retirada dos indiferentes. Grandes aparelhos serão vistos saindo do mar. Como será a reação da terra.
Eu não posso confirmar o que vi, mas o segredo deste povo está sendo quebrado pelos constantes abalos.
Ondas de choque estão chegando ao interior da terra. Ou paramos ou entramos em convulsão racial.
Voltei as quatro da madrugada. Me fizeram escrever para ilustrar este contato.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
11.03.2022
