TORÁ

TORÁ
Nesta incursão conheci uma família judia. Eles estavam viajando em busca de seguidores de sua milenar religião. A religião mais antiga com mais de quatro mil anos de existência.
Era uma plataforma de embarque e ali havia uma multidão de gente aguardando. Havia somente um lugar ao lado deste homem vestido de preto. Sentei. Tão logo percebi em suas mãos como se fosse uma tábua. Era redonda com muitos símbolos escritos nela. Era escrito como pirografia imitando quando Deus escreveu os mandamentos que Abraão recebeu em suas mãos.
A cada símbolo ele canalizava versículos do Torá. Ao perceber minha curiosidade ele se manteve tranquilo e deu sinal a sua família. Tão logo eles começaram a tocar uns instrumentos daquela época. Parecia com pandeiro, mas não era batida seca. Fazia um som conforme passavam as mãos em cima do couro cru.
Eram felizes dentro da sua fé.
Eu busquei conhecer um pouco mais, porque nosso tempo de viagem é curto pela terra, mas é longo pelos caminhos do espírito.
Nesta plataforma de embarque muitos espíritos atravessam os grandes vales em busca de suas origens. Vão sacudindo a poeira da terra. É como uma libertação da carne.
Cada qual com sua crença e filosofia de vida. Aqui mesmo no amanhecer o reencontro destas origens acontecem diretamente envolvendo dinastias. Cada pessoa vem de um caminho distante, se prepara, absorve a luz e volta carregado de experiências.
Eu queria ouvir as palavras do Rabino e o som me direcionada para a música. Era um mantra indutivo.
Barbas longas com um chapéu na cabeça se distinguia dos demais. Ali era uma mistura de etnias como pude perceber. Outras formas de adorar Deus em suas culturas.
A grande nave estava chegando. Não era minha hora. Eu fui conhecer esta rodoviária universal e aprender mais comigo mesmo.
Grandes filas se aprontando para entrar. Todos daquela plataforma já tinham seus bilhetes. Ao haver a movimentação destes passageiros eu voltei. Cheguei em casa e me deitei sobre o corpo suavemente. Tem certas viagens que ao voltar nós caímos em cima do físico dando um baque na cama. Levamos até um susto pela pressa em voltar. Geralmente estamos correndo perigo e o único refúgio é nossa matéria.
Não os vi embarcar, mas tive uma boa aula de conduta judaica. O respeito é um sinal positivo da evolução. São sinais do tempo no espaço de nossa existência.
Nós somos originários de várias épocas que marcaram a nossa história. Aqui se reencontram cristãos e não cristãos. Todos cultuam Deus na sua infinita bondade. Todos tiveram seus líderes como foi Abraão. Em outros ciclos mais líderes foram sobressaindo ao comando de Nações.
Aqui na terra tivemos também Jesus, filho de Deus, que mudou a história humana. Pregou o amor incondicional. Morreu por todos e até hoje suas palavras são o testemunho vivo e resplandecente.
Em cada religião, culto ou crença surge um comando para apaziguar os espíritos encarnados e desencarnados. No amanhecer, como ciência instrutiva temos a canalização do eu superior ao eu inferior. Aqui as várias crenças filosóficas de reúnem para praticar o cristianismo. Não importa que venham de outras crenças, mas ao abrir suas mediunidades recebem o dom da vida eterna. Vão retroagir no tempo para formar suas culturas. E cada um tem a sua história impregnada de conhecimento.
Após chegar aqui outras viagens aconteceram. São missões que cumprimos. Se somos missionários na terra somos também no céu.
Que todos abram seus corações e busquem o que lhes pertence.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
07.03.2022

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!