PAI JACÓ DO GRANDE ORIENTE


Cada mentor em sua linha distinta dentro do seu congá.
Fui incumbido de uma missão e teria que levar uma yuricy sol comigo para abrir este caminho. Minha filha yuricy foi convidada e subimos os três. Era uma visita em uma mansão etérica. O mentor não podia romper o elo, por isso me pediu ajuda para chegar até esta grande casa.
Muito linda em cor ocre com grandes janelões na frente. Paramos em frente a uma grande porta e esperamos ser atendidos. A mulher e sua filha vieram nos atender. Engraçado que eu já a conhecia da terra, mas não conseguia lembrar. Ela me viu e com um sorriso choroso na face me abraçou. Não sei se era alegria ou descontentamento pela perda.
_ Fernando! Que bom que veio!
Minha filha se alegrou e a moça que estava com ela estava um pouco assustada. Ficou ao lado esquerdo nosso e direito dela. Entramos com permissão. Ela via somente eu e minha filha e pai Jacó estava invisível para elas.
Muitos anos se passaram da terra e o esquecimento vai tornando um eterno vazio.
_ Eu tinha esperança de um dia reencontra-lo!
Sem ainda entender a situação pai Jacó sorria. Eu tentava recordar da terra e abrir as imagens registradas. Mas como eu não meto a colher onde não fui chamado, respeitei. Existe esta divisão da terra e do céu, personalidade e individualidade. Fomos conversando para chegar onde nos trouxe nesta missão.
Uma simplicidade, sim, por mais que tivessem esta mansão eram simples. Muitos espíritos que não tem nada e ficam vagando nas casas transitórias esperando uma oportunidade de seguir.
Eu ainda não tinha entendido bem esta viagem e do porque estarmos sendo recebidos tão bem.
Conversando eu fui entendendo o motivo e também a ligação com minha filha yuricy.
O marido foi um homem que viveu uma guerra e partiu deixando para trás uma herança. Ele nunca mais foi visto no plano espiritual. Alfredo e sua mulher. Dois nomes que se encontraram e dois nomes que se separaram.
Ele já desencarnado a muitos anos. Vivia aqui em Campo Largo. Todos já esqueceram das promessas, mas os espíritos jamais esquecem.
Eu não esperava esta reação, até porque eles conheciam a nossa missão neste amanhecer.
_ Fernando! Preciso encontrar Alfredo! Só você pode fazer isso!
_ Salve Deus! Quem pode fazer é nosso Pai Seta Branca! Escreva o nome dele completo e me entregue na próxima lua cheia!
_ Vou escrever e te entregar!
_ Vamos buscar e traze-lo no templo! No dia da chamada pai Jacó vai estar esperando!
Assim fomos matando a saudade. Minha filha foi quem mais ficou feliz. Com ela junto as coisas ficaram mais familiar. Convívio terreno.
Nossa viagem estava chegando ao fim e o mentor estava aguardando as despedidas. Muitas emoções e um longo silêncio tomou nossos corações. Partimos para a terra. Nossa cápsula, uma pequena redoma magnética atravessou os portais. Em três vimos os raios solares prenunciando a vida terrestre. Conforme entrávamos na crosta ia escurecendo nossas visões. Deixei por conta do mentor fazer as entregas e depois ele me entregou aqui neste templo.
Vamos viver cada dia como se fosse o último dia de sua vida. Não desperdicem sequer uma gota do orvalho que escorre pela face em forma de energia. Esta energia que mantém equilibrada as células faciais. Sem elas os tecidos vão se enrugando. No amanhecer de Seta Branca todos são jovens espirituais. O respeito pelas aparências deve ser o princípio da honestidade. Jamais desmoralizem seu próximo só porquê você é jovem. A sua idade vai chegar.
Nossa missão é espiritual. A terra é somente uma base de reencontros. Muitos partiram sem deixar endereço de sua existência e depois tentam reunir os elos partidos.
No templo os aparas que tem a mediunidade aberta são convidados a passar pela porta estreita. Eles vão abrir o véu que cobre as cabeças e perscrutar as almas perdidas. Os segredos da vida e da morte fazendo a unificação dos planos. Somente os aparas com esta abertura abrem os ciclos.
Pai Jacó se despediu e logo vamos ter notícias.
Eu procuro o amor dentro dos corações esquecidos. Pai Seta Branca sempre me pede o amor incondicional. Nunca se dizer o máximo e sim ter humildade e tolerância para aceitar a terra e o céu. Eu nunca vou ser espinho.
A vida na terra pertence ao seu ator. A vida espiritual é a raiz de toda existência.
Agora, pensem bem, de onde vem tantos espíritos para encarnar ou reencarnar!
Se me mostrarem de onde eu ficarei feliz.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
28.02.2022

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!