POVO DAS PEDREIRAS – PARTE TRÊS

chegamos da viagem lá por meia noite. Tudo bem, tudo em paz.
Esta Br 116 que liga os estados de São Paulo ao Paraná é muito perigosa, qualquer descuido os acidentes acontecem com vítimas.
Eu subi e fui agradecer ao povo que nos permitiu esta passagem livre. Ali existe uma grande caverna, caverna do diabo, que serve como abrigo a muitas falanges. Eu cheguei no povo das pedreiras e fui falar com o cacique. Perguntei o porque de haver espíritos sofredores vivendo nestas cavernas e com muita bondade ele me disse: se o Grande Deus não destrói o Diabo quem somos nós para destruir seus filhos. Eu parei e fiquei pensativo, pois a maioria dos acidentes acontecem pelo abuso dos humanos. Quer pela imperícia ou negligência na condução.
Mesmo assim eu fui agradecer. Eles me deram a palavra que cuidariam da nossa viagem. Na volta, à noite, todo gato é pardo. Ninguém vê ao longe, mas somente aonde seus olhos conseguem enxergar.
Chegamos em casa no momento preciso do nosso relógio espiritual. Onde os portões se abrem para contar os segredos da vida num cemitério.
O cacique sorria com tanta leveza e trazia em seu rosto a experiência do seu mundo.
Vejam a sabedoria deste povo que não lutam para destruir ou reprimir. Eles são parte de um conhecimento muito além; é Deus na sua representatividade absoluta.
Geralmente o homem acaba se destruindo pela sua vã filosofia.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/ Un
14.02.2022

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!