POVO DAS PEDREIRAS

POVO DAS PEDREIRAS
Eu nunca havia tido a oportunidade de estar neste mundo. Ouvia este povo chegando para manipular e sabia que eram da luz.
Foi então que fui ao encontro deles. Ao chegar nas grandes montanhas de pedra em seu silêncio absoluto eu sentia seu poder. As pedras falavam entre si. Havia movimentação dos blocos e pedriscos. Naquele silêncio majestoso eu estava parado ouvindo o murmurar e arrasto dos segredos.
Eu gritava ecoando minhas intenções. O eco acordou a terra. As pedras se movimentaram, agora em favor da grande jornada.
A terra em suplícios derramou uma gota do sereno da madrugada como cachoeira levando as dores da humanidade. O vento soprou misturando o destino como uivo ou zumbido. Eu escutei o portal se abrir. Um silvo ascendeu meus instintos no despertar da ciência. Eu passei pelo meu portal e retornei trazendo este fenômeno imortal. A terra vai trabalhar para se reorganizar. Até as pedras se reencontram.
Um povo que trabalha em silencio nas madrugadas frias do inverno e do verão. Eu não os via, mas sabia distinguir a verdade. Paus, terra e pedras. Este povo está na base terrena desde a criação da vida. Mesmo se sacudindo no balanço do firmamento eles dão notícias.
Eu estava ali.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
12.02.2022

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