SOLIDÃO


A solidão mata.
Eu fui viajar em missão e desta vez foi para reestabelecer a vida de um político em Brasília. Ele estava espiritualmente desesperado tentando até o suicídio, pois teve que se afastar da sua cidade para servir seu estado.
Foi uma missão que me foi entregue com respeito, pois eu tinha que acalmar e enturmar este homem.
Eu já morei anos em Brasília e conheço bem esta grande capital. Trabalhei em grandes agências de publicidade e tenho muitos amigos que ficaram nesta cidade. Por isso para mim se deslocar de um lado para outro não precisa endereço, eu sei onde fica.
Assim ao chegar no congresso ele estava lá em cima na cúpula virada para baixo. Pensativo e desgastado pela saudade dos seus amores. A razão desta saudade são as raízes que ficaram temporariamente perdidas. Quando um espírito reencarna ele trás consigo os planos de sua evolução. O círculo de sua missão geralmente é onde nasceu. Lá estão os registros de sua origem. É lá que ficaram assentados os contatos de sua família espiritual. Ao mudar de endereço o contato deixa de existir e é aí que entra a parte do amanhecer, registrar o novo endereço físico do encarnado junto a sua origem espiritual.
Já há uma grande mudança no comportamento, pois começa a receber o prana novamente.
Eu levei este político para se reencontrar e formar novas amizades. Deixar de pensar bobagens e ver que ele que quis este caminho. Pediu e foi ouvido. A única coisa que o distraía eram as comissões onde tinha voz ativa. Um bom interlocutor, dono de sua inteligência e orador exímio.
Só que isso para ele não era tudo. Ele estava sentindo ausência da energia de sua família espiritual a qual recebia onde moram os seus amores.
Foi um momento de expectativa acalmar os pensamentos negativos. A solidão mata mais que uma doença.
Assim que tudo voltou ao normal deixei-o no seu endereço e ele se foi.
Eu voltei desta missão um pouco complicada, mas foi atingido o objetivo desta viagem.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
19.12.2021

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