ENTRE QUATRO PAREDES


Com o trabalho de sessão branca e a água num copo me possibilitou desvendar um grande enigma espiritual pela energia transmutada pelo povo do xingu em Seta Branca.
Desci a um mundo preso entre quatro paredes. Era um enorne presídio que somente um espírito controlava tudo e todos. Ele era um cientista que foi preso por saber demais. Não havia culpa, havia medo, inveja e outros motivos daqueles algozes.
Ao chegar neste mundo escuro eu me vi dentro deste lugar. Eu procurei por todas as celas, mas o homem era invisível, sabia se esconder. Muitos prisioneiros arrastando seus pés no chão. O controle de tudo estava com aquele espírito. Andei e andei de cela em cela até que em dado momento ele veio ao meu encontro. Eu não consegui ver seu rosto. Sempre de costas, sempre mexendo em alguma engrenagem. Tudo ele sabia e via. Entre as quatro paredes haviam outras duas. Eram corredores secretos por onde ele se deslocava. Eu diria como túneis construídos nas entranhas deste presídio.
Ao entrar em uma das muitas celas ele estava me esperando. Muitos beliches grudados nestas paredes, mas ele estava sentado num deles de costas para mim. Fui tentando manter contato, mas a ausência de consciência em dialogar o fez perder a noção de tudo. Como um ser inocente foi condenado e sepultado vivo.
Com minhas palavras ele foi conseguindo formar as suas palavras. Momentos eram somente grunhidos até que conseguiu verbalizar.
Triste, mas não vingativo. Ele criou um sistema de controle total e dali fez o seu castelo. Como estava preso ele ficou estabelecido e usou de sua inteligência para se deslocar.
Sentado bem no canto da cabeceira e perto de onde podeia sumir eu busquei me integrar para ajudar nesta libertação. Dali ele tinha controle até da cidade que o condenou. Os moradores até tentaram absolve-lo, mas quem não quis foi ele. Não houve vingança, mas houve reparação. Tudo de ruim que acontecia nesta cidade ele tomava de conta e com seus conhecimentos mudava todos. Era uma espécie de controle entre gatilhos que ao levantar uma alavanca atingia determinadas partes da cidade. Com isso ele acalmou o povo e não havia mais perigo.
Ele não mostrou sua face. Era um manto cinza escuro como uma pequena fumaça.
Muitos dos seus algozes foram parar dentro destas celas. Não para se vingar, mas para aprenderem a respeitar o próximo. Toda sentença era determinada por ele. Controle geral.
Me ofereci como alternativa de ajudar a tira-lo deste mundo. Observando tudo e todos achei por melhor deixar como estava. Ele não usava do conhecimento para o mal, mas sim para elucidar o mal dentro dos corações.
Muitos espíritos que hoje seguem este caminho ainda vivem dentro dos seus castelos como Saba, Mestre Lázaro e outros mais. Este cientista construiu o seu Castelo dentro deste lugar.
Eu vi que a questão de libertar ou não está impregnada em nós como libertadores. Não vemos as narrativas e nos comportamos como desiguais pela nossa dificuldade em ser simples.
Quando Cacique Seta Branca veio nos curar na sessão branca muitos já começaram a julgar. Sempre os errados querendo deturpar a verdade. Seta Branca não necessita passaporte espiritual para se deslocar neste mundo de Deus. Ele vai onde é bem recebido. Onde alguém abra seu coração e pronuncie as palavras que ele gosta de ouvir: Jesus.
Quando o grande oráculo se deslocou para cá vieram também as raízes do céu. Simiromba é a chave deste processo evolutivo humano espiritual.
Ao receber toda aquela energia manipulada no trabalho meu espírito foi renovado. Eu pude viajar para mais longe em busca de respostas. Seta Branca pediu ao Cavaleiro da Lança Vermelha que curasse seus filhos deste amanhecer. Foi feita uma grande cultura que possibilitou reorganizar os espíritos. Cada um que se deslocou recebeu uma chave de sua responsabilidade. Esta chave é única pela individualidade. Através desta chave cabalística é que abrirão as portas de suas conquistas. Não há mudanças em relação ao comando superior, até porque não se muda ou altera a Lei espiritual do Cristo.
Na terra é como um papel que aceita tudo que escrevem, mas na ciência encantada qualquer descuido é morte certa.
Nossos espíritos foram conjurados pelas consagrações. Aqui todos estão se debatendo entre as incertezas pois não ouviram a voz direta do céu.
Somente dos céus ouvireis. Seta Branca.
Cegos guiando cegos e os surdos fecharam ainda mais seus corações.
Neste trabalho realizado pelo grande oráculo interviu diretamente no desmanche da organização na terra. O céu contínua sendo o céu.
Paz!
Foi isso que o cacique me pediu para divulgar. Ele quer paz para que seus filhos sejam seus emissários. Ele não quer reprimenda, mas o soldado só pensa em guerras, lutas e domínio. Imagine se este homem tivesse o conhecimento da antimatéria ele desintegraria seus inimigos por não seguirem suas opiniões. Todo ser humano tem suas intenções e por mais malucas que sejam sempre será o domínio do poder.
Graças a Deus nosso pai não virou suas costas para a terra. Ele sabe que os encarnados tem vida no limite de suas experiências animais. Logo voltarão a serem os espíritos libertos de suas couraças, mas não libertos de suas dívidas. Isso tem preocupado muito as forças do astral, um povo que era para se libertarem estão se aprisionando.
Quem vai pagar esta conta!
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
23.11.2021

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!