VIDA


O que seria da vida sem a morte.
Nós temos a consciência que nos faz repensar sobre nós mesmos. Ela é quem determina o grau de preocupação e segurança que devemos ter em relação a morte. Quando se perde esta condição nós nos desligamos e ficamos vegetando irracionalmente.
Eu estive vendo um quadro enigmático de um casal. Ela missionária deste amanhecer e ele já partiu sem levar nada do que tinha, nem suas armas. Agora ele desencarnado a esta procurando, pois era seu grande amor na terra. Ela estava desenrolando e enrolando um carretel de fita vermelha, sua cor preferida. Eu estive no seu apartamento e via aquele espírito com saudade. Apática ela não se ligava ao sentimental e sim no racional. A pressão está forte sobre sua cabeça, mas continuava enrolando e desenrolando o carretel como se não tivesse vida própria.
Saudade, não sei, mas o amor deles foi difícil pois envolveu outros carmas que se separaram deixando sequelas irreparáveis.
Ele não estava ali com ela, mas a vibração dele de onde estava atingia seu coração. Sem poder sair de sua prisão sentimental a única forma de satisfazer seu coração é retirar ela da terra para seguir com ele. A solidão do espírito está aprisionando os dois.
Ela não me via, ele também não. Dois mundos distantes ligados pelo mental. Eu não podia separar ou cortar o fio, somente observar os mentores agirem. Talvez o dia que ela desencarnar ele sossegue espiritualmente.
Enquanto isso o carretel enchia com os pensamentos.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
06.11.2021

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!