O CURADOR


Naquele tempo onde eu realiza as maiores curas eu não consegui curar a mim mesmo. Longas filas que no toque das rezas recebiam a energia da pureza. Voltei no passado para relembrar que nem todos merecem o que recebem, pois não sabem agir diante do que pediram. Assim foi com Cristo e assim será com todos que carregam a força de um sacerdócio.
Nesta passagem houve uma reunião de grandes iniciados que viram nos deuses o monoteísmo, Deus único. A grande jornada dos iniciados formou o apêndice desta corporação que se estabeleceram no campo astral terreno nas madrugadas do neutrôm absoluto. Vocês sabem que de madrugada o neutrôm fica rarefeito e mais suave deixando transpassar os efeitos da conjunção de dois planos. Tudo isso foi assimilado nesta viagem.
Um amigo de longe sintoniza pedindo abrigo. Ele não era da terra, já havia feito sua passagem. Ele estava sem ter onde descansar sua cabeça. Na terra não fez por merecer e a ausência de atitudes morais o levaram a trancafiar sua memória. Não sabia onde estava e nem contato era permitido ter. Aí ele se lembra do amigo da terra e na parca lembrança emite no etérico plano seus pensamentos.
Vale dos deuses. O que nos relaciona ao passado no presente momento são os monumentos erguidos que marcaram as decisões de um faraó. Por isso o monoteísmo foi colocado na mesa redonda. Uma única divindade a ser adorada. Os deuses eram um só Deus. Como na contagem dos sete raios que saem do sol simétrico. Cada raio fala em nome do seu Deus maior. Seria um mensageiro da divindade. Na terra seria como um representante de uma autoridade.
Eu diria que posso representar um poder sem que ele seja meu. Quando se ganha o direito de emitir na via sagrada você passa a ser reconhecido pelo amor, coragem e disciplina.
O politeísmo foi abolido das narrativas configurando na história da humanidade o desejo de servir ao seu Deus. Então cada um criou a sua divindade conforme sua necessidade e a sua imagem.
Quando surgiu esta abertura no labirinto de Ramsés, traduzido neste roupagem de Deuses do antigo continente, foi para reorganizar as forças esparsas. Assim como todos os trabalhos do amanhecer se reportam ao desejo humano. Marcas do passado impregnadas no presente.
A abertura deste portal traria a cura do sol interior pela força dos deuses na simbologia única de um Deus. Raios como laser desceriam oriundos da formação dos impérios consagrados por milhares de anos. Tia Neiva viu, ela sabia desta nova continuidade, mas no espaço de um tempo não impregnou na terra seu desejo. Grandes faraós do antigo Egito dariam a sustentação para erguer as colunas em direção ao firmamento.
O amigo ainda estava me ouvindo. Talvez pela necesdidade de obter seu passaporte terreno dentro desta seara espiritual.
Somos das origens do politeísmo com pé no destino do monoteísmo. Muitos sacrifícios para se chegar aonde chegamos. O Império destruído está sendo reerguido pela força de um povo esquecido.
Humahã tem feito milagres na conversão do sicretismo religioso para estruturar esta junção. Todas serão reorganizadas em uma única. Assim como os deuses foram unificados a um Deus, as religiões serão trabalhadas para se integrarem.
Não se tem data formalizada, tudo depende de suas raízes.
Que no silêncio absoluto as almas imploram perdão.
Seta Branca ainda o espera aqui.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
24.09.2021

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!