De repente uns passos ali na mata perto da bananeira. Já não é a primeira vez que ouvimos.
Eu e minha esposa estávamos transportados para a área da nossa casa e ali sentados olhávamos para o templo que estava com uma luz prateada.
Não demorou muito para começar a ouvirmos passos na mata. Fomos até mais perto para ver quem era. O barulho parou. Lancei não da técnica de formar pedras de energia e joguei para o mato. Eu só vi quando a mata se abriu na minha frente. Não havia ninguém, ninguém mesmo. Era somente uma presença invisível até para o mundo espiritual.
_ Quem é você?
_ Arana!
_ O que deseja!
_ Sou um espírito das matas! Eu vivo nas matas! Eu sou as matas!
Eu calei para ouvir mais, mas a mata fechou logo em seguida.
Minha filha também ouviu quando tirava foto da lua alaranjada. Ela até ficou clareando com seu celular perto da babaneira, mesmo lugar da aparição.
Eu não senti medo ou frio, porque quando é coisa ruim, negativa, a gente sente os efeitos.
Algo está acontecendo aqui nas matas. Começa pelo caminhar e termina no silêncio absoluto.
Como o templo é um portal interdimensional não se sabe o que passa por ele ou o que ele acomoda em sua órbita. Estes segredos vão sendo abertos para clarear a nossa missão.
Muita coisa ainda não foi plenamente revelada para justamente não assustar aos encarnados. Ta chegando muitas manifestações diretas e indiretas que modificarão as narrativas dos sábios profetas. Há muita coisa entre o céu e a terra que a vã filosofia possa imaginar. 32 mil anos de história sedimentada arquivada que já começa a aparecer.
Mas ainda não posso dizer quando as portas se abrirão por completo. Os sinais estão aí, mas os cegos e surdos caminham com sua viseira carmica. É como uma toca que bloqueia os sinais da nova era.
Voltei com minha esposa para o físico e ao ficar entre o lusco fusco eu pedi para ela guardar o nome do espírito.
Somente quem mora dentro do campo magnético templário sabe como é viver o auge das manifestações.
Vamos a luta. Já comecei a construir um novo altar para Seta Branca no templo. Ontem o Pai veio de surpresa para ver a obra. Eu até nem estava esperando, foi algo inesperado.
Seta Branca é simplesmente humilde. Não gosta que fiquem enfeitando pavão, ele gosta de sentir a terra sob seus pés. Por isso ele é nosso pai e pai de todos que confiam em seu amor.
Vamos esperar mais notícias da Arana.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
29.08.2021
