Tem uma mulher aqui desesperada gritando no meu ouvido.
_ Mestre! O pai vai morrer! O pai vai morrer!
A nuvem ainda não clareou a mensagem pois ela está envolta em seu desequilíbrio vendo tudo acontecer e nada poder fazer.
A nossa vida é um pano remendado com muitos senões e dúvidas. Com o passar do tempo no templo as coisas vão tomando outro rumo e vão aceitando as dores do parto como prova de sua existência.
Não podemos reclamar da nossa vigília e voltar a dormir sem ter esclarecimento das vidas sobre esta vida.
Ela continua gritando, mas eu não sou surdo.
_ Pare um pouco de gritar! Contenha-se! Equilibre seu sol interior!
As vezes é preciso um impacto para o raciocínio retomar sua caminhada. Um chicotinho no lombo faz a reflexão voltar para a cabeça.
Assim o cavaleiro fez, botou ordem na desordem. O susto foi grande pelo som no impacto que rasgou o verbo da insegurança.
A mulher continua aqui agora respeitando meu ambiente e de minha família.
O medo de perder o que nunca teve torna as pessoas em joguetes das ilusões. No templo vou poder saber e ajudar para limpar esta nuvem de discórdia.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
31.07.2021
