FILHOS DO MESMO PAI – PARTE DOIS


O espírito não quer perdoar e fica na minha cabeça. Eu virei pra ele na presença do cavaleiro e lhe disse:
_ cuide de sua vida porque da minha cuido eu!
Naquele instante uma força tomou conta e separou tudo. Ele foi sumindo de minha visão.
Esta noite foi perturbada, muitos espíritos vieram para cá. Teve um filho de uma ninfa que veio do templo mãe com sua esposa, irmã e cunhada. Eu os conheço. Vieram em paz, mas vieram conhecer esta obra de Seta Branca. Vejam, Pai Seta Branca está mostrando a direção para aqueles que seguirão os ensinamentos do amanhecer. Quando eles chegaram foram bem recebidos. Quando fui leva-los ao templo percebi que ele estava apagado. Uns gritos estranhos dentro ecoavam pela mata. Eu fiquei de fora escutando. Não eram vozes, parecia uma adoração ou sei lá o que era.
Ficamos no jardim do templo saboreando os manjares de energia. Estas frutas eram como amoras em cacho, uma grudada na outra. Todos estes visitantes receberam estas frutas e se deliciavam pelo néctar encantado.
Mas o som dentro do templo me chamava atenção. Parecia estar invadido por espíritos que não são da nossa linha. Deixei por conta do povo de Oxóssi. Logo aquilo parou.
Esta visita veio mostrar que não estamos sozinhos nestas paragens de uma terra seca. Aqui nada cresce pois não existe amor incondicional. Seta Branca não desiste de tentar recuperar este solo derramando sobre ele suas bênçãos e todas as energias espirituais. É como adubo que vai descendo e fertilizando para que as rosas possam desabrochar e perfumar uma terra árida.
Fiquei feliz e testemunho que as nossas missões são muito importante para mudar este planeta. Nada se perde, tudo se transforma.
Este povo veio nos conhecer aqui neste mundo espiritual.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
04.07.2021

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!