Nem tudo a gente sabe ou recorda.
Estava havendo uma reunião no Reino Central e para poder entrar tinha que falar a chave. Muitos espíritos presentes transportados em suas jornadas entraram na grande fila. Eu fui convidado com minha ninfa a fazer parte e ao chegar Tumarã estava sentado na entrada como guardião do Oráculo de Delfos e cobrava dos participantes que registrassem a chave para poder passar. Eu não lembrava desta chave e por isso não entrei. A sua escrava estava do outro lado fazendo a mesma cobrança das ninfas. Houve até uma certa indecisão minha na hora. Como era um ritual preparativo e não oficialmente consumado muitos não puderam participar. Eu fui em frente ao Tumarã e falei varias chaves e nenhuma delas era a correta.
Voltamos na esperança de obter esta chave para ter passagem livre. O ritual secreto dentro do Reino Central estava marcado para acontecer e seria destinado para capacitar os filhos dos mensageiros da última hora.
Eu não fiquei lá para ver o final, sem chave, sem chance.
O segredo dos espíritos que transitam pelo mundo etérico tem sempre uma verdade escondida, não se entra no Oráculo sem ter a sua chave. Ali somente quem fosse portador dela iria participar. Cheguei agora em casa e ainda tentando responder ao chamado. Não estou triste e nem sem esperança, pois muita coisa não sabemos ainda.
Esta escola do caminho é uma Universidade Espiritual que prepara os espíritos em suas missões na terra e no céu. Tudo funciona sem haver ruptura das leis. Não se corrompe e nem da-se aquele jeitinho de obter seu passe. Não tem ou não sabe não adianta enrolar ou tentar escutar, volta para a terra ou de onde veio.
Vamos aprender ou reaprender para poder participar.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
21.06.2021
