MIGRAÇÕES

Viemos de um mundo evoluído para nos evoluir ou evoluir este planeta em desenvolvimento.

As nossas vidas sempre foram marcadas por episódios que neste palco de idas e vindas perpetuaram a presença do espirito conservador, de alta frequência lidando com os baixos padrões. Uns vieram para alimentar a transformação educando e outros vieram para serem educados.

A razão desta viagem na proposta sideral era de eliminar os resíduos das contradições causadoras das metamorfoses que se promoveram através da ciência levando aos seres a esta intranquilidade. Hoje vemos no submundo as constantes ambiguidades entre os seres subdesenvolvidos. Os mesmos que perderam seus habitats pelo escurecimento mental. Escurecimento da mente pela perda dos raios solares. Até uma planta precisa do sol para fazer seu papel e se ela for escurecida morre.

Eu fui deslocado desta vida para os primeiros habitantes que chegaram em grandes naves. Foi como os navios negreiros que trouxeram os primeiros escravos para o Brasil. Vieram nos porões e amontoados em um mundo perverso de submissão. Assim foi quando esta primeira gleba de espíritos chegara na terra, nos porões das grandes naves onde os comandantes eram diferenciados pela sua postura e hierarquia.

A grande Harpázios na sua rota elíptica distanciou do planeta mãe deixando apagado das memórias os reflexos da saudade. Tudo novo, zerado, mas uma coisa que não pode ser apagado das almas era a saudade de suas famílias, que hoje se denomina família espiritual.

Para se chegar ao infinito cosmo temos que penetrar na camada etérica do planeta. Só assim podemos viajar por longas distancias sem perder a noção de nossa verdade. É por onde os navegadores se locomovem pelo silencio mental, sem barulho e sem molestar a vida terráquea.

No espaço vazio o som é camuflado pela ausência da atmosfera. Silencio absoluto, chega até dar medo. Foi assim que me vi nesta viagem sem tempo para retornar. Muitas mortes aconteceram na primeira gleba. O universo foi tumulo de muitos viajantes. A sobrevivência estava marcada pela construção do habitat que viria se tornar um planeta prisão. Hoje a terra já é reconsiderada como planeta em evolução. Já está sendo aclamada pela ressocialização espiritual.

Os momentos mais dramáticos era quando abriam as capsulas para retirar um componente já em falecimento e o enterravam no espaço vazio. Toda migração da terra que conhecemos foram dramáticas pelas mortes, enfrentamentos e doenças. Mas o homem tinha metas a serem conquistadas e por isso não se prendeu ao pouco que tinha.

No lado obscuro das nossas mentes espirituais está gravada a mensagem de retorno. Dia e hora de voltar, é como uma vela que foi acesa e vai se apagando pelo passar da idade. Assim na terra como no céu, disse Jesus. Então, se na terra você sabe de suas juras no espiritual nada muda.

O ciclo de uma encarnação é de oitenta anos. Pode ser menos ou mais para alguns, mas é o mesmo ciclo da rota de Harpázios. A solidificação do espirito na matéria o fez esquecer de seus compromissos com suas heranças. A criação do plano etérico foi uma benção e uma tentativa de esclarecer o homem de sua origem. Ali ficaram os conceitos familiares que ao se deslocarem vão apaziguar os corações.

Para se chegar a uma constelação é preciso estar desintegrado do seu eu exterior. O que vemos é uma vida desregrada e cheia de desafetos. O homem se aprisionou novamente na sua couraça animal deixando de ser livre para experimentar a morte carnal. O suplicio dos mortos que perderam suas características com os humanos.

A grande nave então se deslocou por oitenta ciclos até chegar neste planeta em desenvolvimento. Isso para que este povo não fosse desintegrado. Jesus interviu novamente dando escolha para todos refazerem seus caminhos. A terra foi cientificamente preparada para acolher estes habitantes preparando corpos físicos dentro da condição climática e biológica para acolher os espíritos deslocados.

O principio de um final feliz. Dentre estes que desceram para pisar esta terra muitos cientistas chegaram com missões paralelas de ajudar na transformação. A conscientização não foi acelerada, ela foi como um parâmetro a ser considerada. Vejam que muitos ainda não alcançaram esta conscientização.

Ao receber esta feliz oportunidade de recomeçar a vida em modo diferente foi uma realidade. Com a preparação do sistema encarnatório os muitos espíritos tiveram dissabores pois não havia compatibilidade entre os corpos. A rejeição trouxe muita dor até que se chegasse a um momento de equidade social física. Os exemplos de hoje na terra são seres bonitos e perfeitos, mas de outro lado, outro ponto de vista, estes mesmos seres bonitos ao saírem desta dimensão material, por não respeitar a sua linha, podem se tornarem os primitivos dos submundos.

A natureza é benevolente para os encarnados. Mesmo que chorem as suas dores eles esquecem tão logo o sol volte a raiar. É como a dor do parto que logo vira felicidade.

As grandes constelações abriram as portas para que a terra fosse incluída no cenário ambíguo, evolução e involução. A maior certeza que temos hoje que todos estão de olho neste planeta. Ao sair desta invisibilidade vamos também poder ver o resultado desta revolução social.

Sairemos da obscuridade quando houver equiparação entre a crosta e o etérico. Veremos as grandes aureolas bem acima de nossas cabeças como resultado da perfeita obra de Deus. O homem não irá permanecer na sua condição sofredora, irá sentir os reflexos de uma vida melhor.

Quando alguém sofre ou está sofrendo por uma dor ela pode ser de outra fonte ou natureza, uma dor refletida, ou projetada para ferir seus sentimentos. Se você conseguir fechar esta porta tudo volta à normalidade.

Assim, dentro desta grande nave, o nosso regresso ao nosso paraíso gravado em nossas mentes espirituais. O eldorado mundo de nossos sonhos e desejos.

A terra não irá morrer, ela será um planeta diferente no aspecto material. Novos seres que estão na dimensão invisível esperando para chegar já estão assumindo seus comandos.

Salve Deus!

Adjunto Apurê

An-Selmo Rá

05.05.2021

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!