Muitas vezes nós temos que se usar do mal para vencer o mal.
Nesta cainhada do jaguar que vai descobrindo os segredos de sua manifestação ruidosa ele vai integrando forças diversas para corresponder ao chamado de sua missão. Não que tudo seja um mal permanente, mas um caminho diferenciado entre fazer coisas para livrar um destino ou deixar morrer porque desconhece a verdade.
Vou contar esta passagem espiritual, mas vejam, não é para sair fazendo o que eu faço, porque tendo consciência da razão e dos motivos, eu faço sem perder a minha identificação.
Eu estou em uma batalha contra o império negro. Esta noite eles plantaram aqui um pequeno animal, um filhote de gato, para que ele servisse de instrumento de manifestação. Eu comecei a ouvir uns miados e fui atrás. Ele estava nos fundos da minha casa, na meia água, escondido entre umas caixas empilhadas. Eu o achei e tão logo peguei este animal e o retirei de dentro. Todos sabem que o gato tem uma facilidade de transportar energias pelo portal dos espíritos. Geralmente ele é usado na magia negra para que uma vibração seja entregue no local planejado.
Ao pegar este animalzinho eu me liguei pela vibração dele e fui até onde a raiz estava soldada. Existe um corredor que se liga, porque somente deixar um animal sem ter ligação nada acontece. Agora, deixar como encomenda é diferente, existe relatividade entre dois caminhos.
Um lugar escuro e úmido. Muitos vultos animalescos zanzando de um lugar para outro. Ali eu vi que a batalha seria gigantesca e colocaria meus conhecimentos dentro da magia no aleda. Eu não podia ficar sozinho e fui buscar compromissos com outros espíritos desalinhados com minha missão, mas alinhados com a magia que seria usada para esta finalidade.
Cheguei em São José dos Pinhais e lá fui buscar um espirito que podia me ajudar, pois é de lá que estava partindo esta oferenda negra. Como ele pertencia a uma ordem, uma casa materialista, um tio desencarnado, ele poderia se unir nesta cruzada para quebrar este desafio. O encontrei na origem de sua chegada a este estado do Paraná. Ele não havia me reconhecido, me expus, e tão logo se prontificou a comparecer ao combate.
Juntei os pedaços de retalhos que ficaram na colcha e fomos empenhados a esta jornada. O mundo negro foi visitado e tão logo o ser animal gato me viu e queria investir contra. Foi barrado pelos seus próprios senhores, porque queriam saber como eu cheguei até eles sem usar de técnicas para cruzar os portais.
Eles se usam de animais para serem cavalos de suas manifestações. Eu uso a mediunidade para me locomover e é isso que eles não sabem manipular. Por isso houve hesitação em me atacar. Agora foi tomada uma medida de contenção para fechar a porta que se ligou aqui do meu lar com estes senhores das trevas. Eu usei do mal contra o mal, lição que me foi entregue com muita sabedoria pelos grandes iniciados.
Tem uma história do Ministro Ypuena que ele teve que se desfazer de sua luz para tirar um espirito de uma caverna. Ditinho estava prisioneiro deste povo sem luz porque não tinha padrinho na terra. Ypuena entrou sem sua luz deu uma ordem para aqueles espíritos que tão logo tudo se aquietou.
Eu não sugiro ninguém fazer isso sem conhecer a magia. Eu somente conto para formar uma opinião junto ao corpo mediúnico, porque jaguares, entre o céu e a terra existem tantas coisas em segredo que não são contadas pelos mentores para não assustar os missionários.
Agora, o trabalho que os missionários deste amanhecer estão fazendo é para mostrar a sua condição de mestres. Não é para ficar com medo, mas é para mostrar ao mundo porque vieram e assumiram este papel de restabelecer a ordem espiritual do bem.
Eu faço isso e não me perco nesta condição de usar do conhecimento para ajudar. O que os mentores temem é que seus pupilos aprendam a lidar com as forças magnéticas e depois saiam por aí inventando modas. Um átomo divino pode destruir a terra.
Tudo foi construído por este átomo divino, tudo mesmo, então façam como aprenderam, façam a lição do amanhecer e não fiquem esperando os acontecimentos chegarem, vão atrás. Não se envaideçam por terem esta rica oportunidade de fazer parte deste acervo doutrinário, a vaidade é uma arma dos ignorantes.
Um pobre homem ou um homem pobre. Na manifestação mediúnica dos missionários todos tem a sua distinção que silenciosamente vai construindo seus aledas em consignação com Deus. Deus não dá a plenitude, ele consigna um dom conforme a necessidade. Então para se chegar ao supremo temos que conhecer o caminho de retorno.
Eu retirei a sintonia daqui. Agradeci ao espirito que me ajudou nesta missão e ele seguiu seu destino. Eu não poderia força-lo a me seguir, ele tem sua obra e está preso a ela, assim como eu estou a serviço de Simiromba nosso Pai.
Não façam o que eu faço sem conhecer os meandros espirituais. É muito fácil entrar, mas como é difícil sair sem conhecer o mundo que vivemos. A terra por si é um palco de decisões e indecisões, todos podem se tornar marionetes em mão hábeis. Vejam no caso dos políticos que podem ajudar a melhorar ou piorar a evolução da sociedade. Basta criar uma lei que pode tirar a liberdade de todos os cidadãos. Com todos presos em suas casas a energia do descontentamento vai fluindo pelos chacras e vai servindo de alimento aos vales da incompreensão. É isso que os políticos não entendem e estão sendo teleguiados pelos vampiros em seus leitos.
Nós somos apolíticos, mas devemos ajudar a transição desta corrente positiva e negativa a ter melhores condições para a humanidade receber seus benefícios. Não podemos separar um bem do mal, pois eles que criam as leis é que podem dar ou tirar direitos. Vamos ajudar pedindo pelos políticos em nossas vibrações para que Deus comande suas decisões.
Votei de São José dos Pinhais. Foi uma batalha, mas vamos ver o resultado desta ação quando tudo for esclarecido pela espiritualidade. Eu não faço nada sozinho, eu sou dois em um, como podemos dizer. Minha personalidade sofre os embates da missão e minha individualidade caminha livre para executar a obra divina.
Mas tenham certeza, que sem o Pai Seta Branca nada disso seria possível. Nós temos que viver a missão e não somente comentá-la.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
12.04.2021