Os destinos vão se organizando em etapas.
Nesta viagem eu fui de encontro a minha família por parte de mãe. Foi uma investigação para ajudar neste enredo das coisas que acontecem no limiar de nossas vidas. Vendo os quadros que desceram, as uniões, os descendentes e transcendentes nós podemos definir metas de alcance.
Foram vários espíritos da mesma origem que desceram nesta família. Espíritos que pediram por esta oportunidade de chegar em uma colônia material, sim, eles são de uma única colônia espiritual. Ao formarem seus laços de afinidades casando e dando oportunidade de mais outros chegarem à terra, e ali, naquele pequeno espaço foi crescendo as gerações.
Nesta colônia eles vieram como donos de terras e tinham uma linda missão de cultivar os alimentos para suprir a eles próprios e a sobra vendiam para os armazéns. Uns foram embora dos sítios e na cidade construíram outras culturas dando aos seus familiares condições de estudo.
Eu fui nesta missão ajudar a um espirito que veio na segunda geração onde sua mãe está com problemas geriátricos. Ele faz parte desta colônia espiritual e ela não o aceita por motivos pendentes já naquele convívio acima da terra. Eu reuni todos os descendentes ali no sitio. Fui buscar, com ajuda dos mentores, um por um para avaliar esta situação embaraçosa.
Foi uma negociação fechada que trouxe também outra parte unida pelos laços matrimoniais. Então não era somente mais uma tribo, eram variantes que se consolidaram formando uma grande jornada.
Conforme eles iam chegando eu ia administrando aquele povo. Eles me conheciam em vida, mas não sabiam da minha condição doutrinária espiritual. Assim foi mais fácil deles me ouvirem, porque eu era do mesmo sistema. Como foi importante esta reunião, sim, eles me ouviram perfeitamente na definição de quem é quem.
Como minha tia está com esta dissintonia ela não percebe mais a relação parental. Sua mente foi modificada pela queima de neurônios que mantem a pessoa equilibrada emocionalmente. As doenças degenerativas são um convite para esquecer os laços familiares e sociais.
Mas vejam bem, esta enfermidade é somente pela matéria e não pelo espirito. Ali nesta ocasião quando ela foi retirada do seu involucro ela abraçou seu filho e pediu perdão pelos desafetos da carne. Choraram os dois diante de todos que presenciaram esta situação.
Com o tempo de uso da memória ela vai se desgastando e gastando os laços de afinidades. Muitos estudiosos caem nesta fase cíclica do esquecimento, pois usam em demasia a massa encefálica e esquecem que tudo tem que ter um ponto de equilíbrio entre razão, emoção e compreensão.
O universo conspira em nosso favor. Não nesta fase de separação de corpos pela desinformação. O truque é viver a vida sem molestar seu destino. Dosar, sim, se não dosar um remédio ao invés dele fazer bem vai fazer mal.
Eu tive que reunir os compromissos espirituais para ajeitar os cármicos. Muitas vezes as coisas não dependem somente da terra, mas do mundo espiritual que reflete sobre as organizações, os juramentos. Para quebrar esta barreira entre mãe e filho eu fui longe, fui buscar os compromissos de outras vidas que enfeitam os altares das religiões. O conhecimento supera as religiões em sua fase emocional da fé.
Quando um espirito está marcado para errar não adianta que ele vai errar. Pode ser no princípio ou no final de sua jornada. Esta marca já vem presa ao seu destino. Este filho desta mãe está com esta marca, algo que não está na contagem do mundo que vive. Não vou entrar nas considerações cármicas, mas ninguém sustenta um segredo pela vida toda, uma hora ou outra ele será jogado na mesa.
A mãe espiritualmente sabe deste segredo e por isso se revoltou com ele. Este desvio de conduta é suficiente para criar esta barreira de desafetos e desaforos. Na presença de todos foi articulado que ninguém pode interferir no carma de alguém. Cada qual faz de sua vida aquilo que compreendeu da sua evolução ou involução.
Para conseguir a homogenia os laços foram abertos. Os médicos espirituais ministraram uma dose medicinal na mente dela para equilibrar sua razão. Uma capsula com um liquido branco foi introduzida na aura e com a manipulação energética o espirito absorveu o remédio. Agora é ter calma e paciência para que não afete ainda mais a cura com as dores da família.
Assim esta tribo que veio das eternas colônias espirituais tiveram uma aula de amor e respeito. Foi muito importante esta viagem para formar o caminho de retorno as origens. Ninguém permanece muito tempo nesta terra sem haver os reencontros e desencontros. Todos são partes de um grande tabuleiro orquestrados pela consciência. Sua consciência.
Jaguares do amanhecer. O nosso convívio está se arrastando com diversas anomalias cármicas. Vamos rever os ensinamentos de Tia Neiva para formar o canto do homem livre das amarras. Como clarividente ela sabia dos fatos que iriam acontecer, mas acreditou que havia compreendido a sua tribo, ou que todos a haviam compreendido. Quem não conviveu com ela não sabe nem um terço de sua preocupação com o mestrado.
O viver dentro de uma grande ilusão não corresponde ao destino traçado. Ser Jaguar Koatay 108 é uma prerrogativa do espirito nesta imensidão do espaço sem barreiras. Quando todos assumirem este titulo seus espíritos poderão viajar sem medo de se perderem na vastidão do mundo espiritual. Lá, dependendo da consciência, vão ouvir somente os ecos colidindo com as massas invisíveis. Ouvem os lamentos, mas não sabem de onde vem. Eles passam pelos nossos sensores, antenas, e nos obrigam a ouvir os ecos das nossas próprias vidas.
Tudo ajeitado. Todos voltaram para seus destinos, uns para seus corpos e outros para a eternidade.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
10.04.2021