XINGU

Haviam duas clareiras dentro desta aldeia de Xingu. A chalana foi se aproximando e contrastando com os olhos do pajé.

De cima dava para ver a movimentação dos índios que se preparavam para receber a força da cura através do magnetismo desta nave. Ao compasso que ia descendo com clareza se formavam os grandes pensamentos.

Os índios estão também nesta condição de serem contaminados pela obra desumana de cientistas dos laboratórios negros, mas a pronta atuação dos mensageiros do espaço está cuidando para que estejam protegidos.

O Pajé deu sinal e logo todos saíram da aldeia e foram para esta outra clareira, pois era ali onde a chalana depositava seu poder. Eles rodavam em volta deixando o solo compactado pela vibração dos pés. A cantoria era em louvor a presença das divindades que adoram.

De repente aquilo tudo foi ficando mais claro, o povo que vive dentro dos rios foi subindo com a força desta concentração. Foi uma festa que ilustrou este reencontro dos povos celestiais com a terra. Agora está havendo uma preocupação dos mentores com seus filhos jaguares na roupagem de índios. O índio está indo buscar esta contaminação na cidade do homem branco.

Eu olhava a aproximação de cima. Foi uma viagem missionária. Hoje estamos sentindo a necessidade de aproximar este comando com as forças do sol e da lua. Caiapó está aqui nas matas ao redor do templo, mas muitas aldeias ainda estão sofrendo as intempéries da necessidade de ajuda. Não material, mas espiritual, pois foi deixado de receberem esta afirmação da casa mãe.

Eles estão aqui comigo esperando uma reação mais concreta dos fenômenos que Tia Neiva trouxe para confirmar a unificação dos povos. Tia Neiva unificou todos os povos neste amanhecer, mas alguns sempre gostam de seguir outro caminho ao o que ela formou. Ao invés de se unificarem estão desunificando. O preço vai ser grande e a balança vai pesar.

Quando a chalana estacionou em cima da clareira a direita da aldeia os nossos irmãos já estavam prontos para receber as devidas autorizações para o embarque. Vão se deslocar fluidicamente para o espaço em busca da cura dos plexos físicos. Vejam, ela, chalana, não desce na terra, ela projeta sua imagem formando um canal que se liga no tempo de cada espirito. Assim eles sobem para dentro e quando todos que estivem sido alocados para uma missão dentro do conhecimento eles são levados.

Como era noite ainda, mas a noite no espiritual é dia. Somente o relógio desperta esta curiosidade do tempo e no espaço de cada um. Era como se fosse de dia na vida da aldeia, mas eram os espíritos saindo dos seus físicos e indo atender ao chamado da chalana. Quem transporta o povo Xingu para os templos são as naves que tem esta missão de aproximação.

A primeira leva de espíritos foram deslocados para outro ponto dentro deste comando maior. Já que muitos templos não estão abrindo o trabalho de sessão branca os nossos irmãos estão sentindo falta desta manipulação. Eles trazem a cura das matas, das águas e das conquistas deixada pela clarividente. Mas agora está na hora de ajuda-los a não contraírem esta enfermidade no físico. Esta doença não é espiritual, ela é da terra e só compromete o físico.

A união dos jaguares positivos e negativos ascende a luz da sabedoria. A união de todos em prol da verdade vai testemunhar a nossa condição de amor ou ódio. Quem estiver separado ou quebrou a homogenia desta corrente não terá tempo de refazer sua trajetória. É como as palavras do Mestre Jesus: “Quem estiver fora não entre, quem estiver dentro não saia. Hão de julgar os vivos e os mortos”.

A chalana veio para nosso templo com o objetivo de esclarecer a necessidade sobre os fatos que estão adoecendo esta tribo de Seta Branca. Todos estão caminhando as cegas e ao invés de seguir a luz estão com medo do reencontro. As diversas anomalias causadas pela impregnação do medo destruíram a cronologia espiritual. A coragem deu um passo em falso e comprometeu a missão.

Jaguares, o exercício da fé nesta corrente indiana do espaço e das correntes branca do oriente maior não é brincadeira que cada um pode fazer o que quer e sair ileso da prestação de contas. O pior de tudo é que quando em reunião um desagrava o outro falando um monte de asneira para derrubar a moral do seu irmão. O ditado diz: Quem com ferro fere com ferro será ferido. Isso não são os mentores que irão cobrar, mas dentro da razão espiritual todos irão ter que reconhecer seus erros.

É mais fácil destruí uma imagem que aceitá-la com proposito altaneiro. Os julgadores de plantão serão os primeiros a serem chamados. Fácil tirar um cisco dos olhos do seu irmão quando não se tem uma trave nos seus. Aqui todos estão espetados pela desunião. É como se todos fossem contrários ao que foi implantado nesta doutrina. Seria igual ao regime comunista da terra, onde passa restam somente cinzas. A doutrina do amanhecer é da direita e não da esquerda, exemplificando um pouco sobre sua atuação. Temos dois canais sensíveis sobre os ombros direito e esquerdo. Os mentores se projetam no direito e os sofredores no esquerdo.

Eu estou bem quieto aqui no meu cantinho cultivando a sabedoria dos grandes iniciados. A escola do mestre é o conhecimento que ele adquire na sua evolução.

Foi então que tudo está se conciliando pelo fator positivo. Seta Branca está aqui esperando a reconciliação dos seus filhos. A Estrela Candente está sobrepondo a clareira aberta nas densas nuvens de cada coração. Como disse Tia Neiva: Nem tudo posso falar e nem tudo posso manter em segredo.

A nave se deslocou e todos foram juntos em harmonia. Quem estiver fora desta contagem não receberá nada além do que a terra pode oferecer. Não há consagrações que sejam registradas sem a presença das testemunhas.

Hoje, sábado, estamos em um regime fechado pela terra que não sabe mais como agir em determinação aos contágios. Todos estão propensos a serem levados ao contraditório.

Salve Deus!

Adjunto Apurê

An-Selmo Rá

06.03.2021

Seja bem-vindo ao vale dos deuses!