Qual é a vossa origem espiritual!
Os muitos espíritos vieram com esta interrogação tentando obter respostas as suas dúvidas. No desejo decorrente do sono profundo eles amarguram seus ais e não conseguem romper a barreira que os separa de si mesmos.
Como não gostam de serem confundidos preferem arrancar quem lhes barra na porta de entrada do cenário místico. Eles estão procurando e vão se desiludindo com as incertezas de não ter alguém para lhes informar.
Estes espíritos são jogares e brincam com as vidas que se colocam no grande tabuleiro. Pensando em mudar um destino eles influem na mente de cada pessoa para que ela se afaste do seu caminho. São verdadeiros inimigos de suas origens, pois com estes assédios vão criando uma enorme crosta que cega e empobrece a alma.
No comando de ontem o espirito queria plantar uma discórdia. Queria que todos tivessem duvidas quanto a minha presença no templo. Só que ele sabia que eu o estava vendo e vendo sua artimanha. Quando eu cheguei mais perto da incorporação ele tentou desviar seus intentos. É um espirito encarnado que se acha no direito de provocar separação.
Como Pai Seta Branca estava no comando deste trabalho ele viu as intenções e tão logo providenciou para que este irmão fosse separado dos demais espíritos.
A noite este espirito veio com alguns exortados em sua frequência. Eu não estou sozinho, eu estou com minhas prerrogativas de jaguar. Quem me confiou este sétimo não me deixa perambular pelos caminhos dos ventos uivantes.
A imensidão do vazio espaço temporal. Tempo que não determina o grau da existência. Lá tanto pode ser um como mil anos se esvaindo sem tampa e sem fundo. Vieram atrás de respostas para conhecer suas origens. Se nem os mentores falam é porque não há merecimento para suportar tal abertura.
Para quem consegue ver através da janela do anonimato é indiscutível a relação intima que se cria no âmbito espiritual. Olhando para a aura de uma pessoa o espirito mostra sua origem em imagens abstratas que vão se consolidando através de sua afirmação. Não há lembranças que se escondam por muito tempo e não há tempo que se apague dentro das almas.
Dois polos que se unem pela eternidade. Um jaguar positivo e um negativo conseguem frear as investidas dos sofredores encarnados e desencarnados. Como é lindo um médium que separa os dois planos. Se entrega com amor a sua abertura mais sincera. Não fica desprovido da ciência e nem da comunicação. Transita pela chave cabalística levando e trazendo os efeitos da comunicação interplanos.
Com a chegada do inverno o ar fica menos denso e vai resfriando as camadas sutis das auras. Este resfriamento atravessa os grandes portais que se interligam pela experiencia de estar onde jamais pensaria estar: dentro de outro coração. Todos sabem quando um espirito é trazido para um trabalho estando encarnado. Ele não incorpora habitualmente como os desencarnados. É como os índios do Xingu, incorporação de espíritos vivos.
A necessidade dele é tão grande que ele quer limpar a sua própria aura. De mãos fechadas ele começa a passar a mão do aparelho em sua cabeça e batendo no peito para tentar desassimilar as impregnações que estão sufocando. Ele está sufocado pelas energias do seu plexo. Tão logo vai recebendo do doutrinador a sua limpeza.
A incorporação de vivos é bem diferente dos mortinhos. Tudo é mais pesado, tudo se torna espinhos. Não brinquem de ser médium, seus próprios espíritos vão conversar com Pai Seta Branca e falar que sua matéria está indo por caminhos difíceis. Vejam como a personalidade é crua e como a individualidade ainda é superficial.
O choque de interesses causa um mal muito grande nas pessoas da terra. Elas não se contentam com o que receberam e querem mais, sempre mais, do que podem carregar. Acabam recebendo e não dando conta da carga que desce em suas auras vão explodindo em falsidades.
Ninguém pode tomar do outro o que não lhe pertence. Ninguém sabe o que ele trilhou para ter este merecimento. Não sabem que ele pode não estar sozinho diante de sua porta. Não brinquem com as vidas que Deus criou.
Seta Branca está de olho.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An-Selmo Rá
11.02.2021